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EVOLUÇÃO DE ROTAS E DINÂMICAS MIGRATÓRIAS EM TIRANÍDEOS NEOTROPICAIS
Migração é um fenômeno biológico caracterizado pelo deslocamento espacial de indivíduos entre locais diferentes com retorno posterior ao lugar de origem. Esse fenômeno é observado em vários grupos de animais, porém, é mais comumente encontrado em aves, onde o mesmo apresenta enormes variações devido a fatores físicos e ecológicos. A migração ocorre de forma regular, sendo uma alternativa de sobrevivência de muitas espécies devido a sazonalidade de recursos e fenômenos naturais. A região Neotropical apresenta uma elevada diversidade de aves e faz parte da rota de muitas espécies migratórias. Entretanto, poucas informações sobre rotas migratórias e locais de invernada estão disponíveis para a maior das espécies migrantes de Passeriformes brasileiros. A família Tyrannidae é um dos táxons mais representativos e numerosos de aves do mundo, sua distribuição é exclusiva do continente americano e sua ocupação compreende os mais variados ambientes. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi investigar os padrões de deslocamento de espécies consideradas migratórias segundo a literatura. Para tanto, foram selecionadas quatro espécies de tiranídeos: Chibum (Elaenia chiriquensis), Irré (Myiarchus swainsoni), Maria-ferrugem (Casionrnis rufus) e Suiriri-cavaleiro (Machetornis rixosa). Foram utilizados dados secundários disponíveis nas bases Xeno-canto e WikiAves. De cada base foram extraídas informações referentes à localização espacial (latitude e longitude), observações comportamentais, além de informações temporais relacionadas aos registros (data da observação). As análises envolveram comparações temporais das distribuições dos pontos no programa RStudio. Os resultados indicaram pequenos deslocamentos latitudinais ao longo do ano para todas as espécies investigadas. Adicionalmente, não foi observado uma orientação consistente nos deslocamentos feitos para todas as espécies estudadas. Os resultados parecem sugerir que o processo migratório nas espécies investigadas ocorre em uma escala menor, possivelmente relacionado a variações nas condições ambientais locai
Uso da taxidermia como recurso no ensino de ciências para alunos com deficiência visual
A deficiência visual é caracterizada pela perda da capacidade de enxergar, seja parcial
ou total, podendo ser congênita ou adquirida e é
subdividida em cegueira e visão subnormal. Segundo a Lei de Diretrizes e Base da
Educação (LDB) o deficiente visual tem direito à educação diferenciada contendo
métodos, técnicas e recursos didáticos apropriados. A taxidermia vem se destacando
como método didático sensorial no ensino, facilitando a aprendizagem. O objetivo deste
estudo é avaliar a eficiência da taxidermia como ferramenta no ensino de ciências para
portadores de deficiência visual. O trabalho foi desenvolvido com os alunos do Centro
de Ensino Especial de Deficientes Visuais em Brasília e contou com auxílio dos
servidores do Museu de Taxidermia da Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB).
Os alunos responderam a um questionário contento 13 perguntas. A análise mostrou o
interesse dos alunos ao tocarem as peças uma vez que o tato é o canal de comunicação
com o mundo, e também relacionou a utilização de um modelo didático para o ensino
com a eficácia da aprendizagem. Foi constatado que a taxidermia pode ser uma
ferramenta de auxílio ao ensino para pessoas portadoras de deficiência visual
A influência da estrutura da vegetação em parâmetros ecológicos de comunidades
Destaca-se a importância do estudo das aves por conta de sua essencial função
ecológica e da utilidade desses estudos para sua conservação. Dados de riqueza e
abundância são elementares, pois aumentam o conhecimento a respeito da área
favorecendo planos de conservação mais eficazes. O objetivo do estudo foi avaliar a
influência da estrutura do ambiente e do tempo na abundância de aves em uma área de
Cerrado. Adicionalmente foi estimada a densidade, a riqueza de espécies e foi avaliada
a diversidade dos ambientes. O estudo foi conduzido na Reserva Ecológica do IBGE e o
método de amostragem utilizado foi o censo por ponto em duas categorias ambientais:
ambientes abertos e ambientes florestais. Foram observados 287 indivíduos de 46
espécies diferentes. As estimativas de diversidade utilizadas revelaram que ambientes
florestais apresentaram diversidade superior a observada em ambientes abertos. Estes
resultados justificam-se pelo fato de áreas florestais oferecerem proteção maior contra
predadores, além de maior quantidade de recursos alimentares. Estes dados são de
grande importância no âmbito da conservação de aves, pois geram a possibilidade de
conservação da avifauna destes locais