15 research outputs found

    Efeitos não antihiperglicêmicos da metformina em indivíduos não diabéticos

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    A metformina é um medicamento classicamente usado como primeira linha no tratamento do diabetes mellitus tipo 2. Além de seus efeitos antihiperglicêmicos, existem evidências sugerindo que a metformina possa ter impacto positivo na redução do peso e da pressão arterial, na melhora do perfil lipídico, com consequente redução de marcadores de risco cardiovascular mesmo em indivíduos não diabéticos. Outro possível efeito da metformina observado a relativamente pouco tempo é a redução dos níveis de tireotrofina (TSH). Na última década, diversos estudos têm sugerido que o uso de metformina em indivíduos com hipotireoidismo primário, tanto em tratamento com levotiroxina, quanto virgens de tratamento, possa reduzir os níveis de TSH. Esta redução não parece alterar os níveis de hormônios tireoidianos e tem sido observada em indivíduos com algum grau de resistência à insulina. Com o objetivo de avaliar alguns destes efeitos em indivíduos não diabéticos, foram desenhados dois ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos, placebo controlados, com até três meses de duração. O primeiro teve como objetivo principal avaliar o efeito da metformina sobre o TSH de indivíduos com hipotireoidismo subclínico. O outro estudo procurou avaliar o efeito da metformina sobre a pressão arterial de indivíduos hipertensos. São apresentados aqui os resultados do primeiro estudo e uma análise post hoc do grupo total de indivíduos dos dois estudos. Para avaliar o efeito da metformina sobre o TSH de indivíduos com hipotireoidismo subclínico, 48 pacientes com este diagnóstico foram randomizados para receber metformina 850 mg duas vezes ao dia ou placebo por 3 meses. Não houve diferença estatisticamente significativa nos níveis de TSH entre os grupos, nem dentro dos grupos na comparação entre o período pré e pós-tratamento. No entanto, o tamanho da amostra se mostrou pequeno para afastar a hipótese de erro tipo beta. Procurou-se avaliar também se o uso de métodos não invasivos de avaliação de risco cardiovascular (escores de risco de Framingham e ACC/AHA 2013) seria capaz de detectar redução de risco após o uso da metformina nos 48 indivíduos do primeiro estudo somados aos 100 indivíduos do segundo. Não houve diferença estatisticamente significativa. Foi estimado um tamanho de amostra de 1960 indivíduos para mostrar uma redução de risco de 1%, com poder de 80% e erro alfa bilateral de 5% para o escore ACC/AHA 2013. No entanto, o significado desta possível pequena redução deve ser interpretado dentro do contexto clínico de diferentes faixas de risco. Como a magnitude dos efeitos não antihiperglicêmicos da metformina em indivíduos não diabéticos parece ser modesta, estudos com amostras maiores e em diferentes populações são necessários para que se consiga identificar quem realmente pode se beneficiar do seu uso

    Perception of uncontrolled blood pressure and non-adhrenece to anti-hypertensive agents in diabetic hypertensive patients

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    We assessed the association between adherence to antihypertensive drug treatment and patient's perception of uncontrolled blood pressure (BP) in diabetic hypertensive subjects. This was a cross-sectional study that evaluated adherence to antihypertensives (Morisky questionnaire), patients' perception of abnormal BP, office BP, and ambulatory BP monitoring in diabetic hypertensive subjects. We evaluated 323 patients, 65.2% women, aged 56.5 ± 7 years, glycosylated hemoglobin (HbA1c) 8.0% (range, 6.9%–9.6%), diabetes duration of 10 years (range, 5–17 years). Adherence to drug treatment was 51.4%. Patients who reported hypertension-related symptoms (60.4%) had a lower level of adherence (P < .001). Non-adherence occurred four times more frequently in patients who reported hypertension-related symptoms (P < .001, adjusted for use of three or more anti-hypertensives, age, and duration of diabetes). Non-adherents had higher office diastolic BP (83.6 ± 11.9 vs. 79.8 ± 9.9; P = .003), but no difference between groups was observed considering systolic, diastolic, and mean BP evaluated by ambulatory BP monitoring. Low rates of adherence to antihypertensive drug treatment were observed in outpatient hypertensive diabetic subjects. Perception of uncontrolled BP levels was strongly and independently associated with non-adherence. Non-adherence determined repercussion on office BP that may have clinical implications in cardiovascular risk

    Efeitos não antihiperglicêmicos da metformina em indivíduos não diabéticos

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    A metformina é um medicamento classicamente usado como primeira linha no tratamento do diabetes mellitus tipo 2. Além de seus efeitos antihiperglicêmicos, existem evidências sugerindo que a metformina possa ter impacto positivo na redução do peso e da pressão arterial, na melhora do perfil lipídico, com consequente redução de marcadores de risco cardiovascular mesmo em indivíduos não diabéticos. Outro possível efeito da metformina observado a relativamente pouco tempo é a redução dos níveis de tireotrofina (TSH). Na última década, diversos estudos têm sugerido que o uso de metformina em indivíduos com hipotireoidismo primário, tanto em tratamento com levotiroxina, quanto virgens de tratamento, possa reduzir os níveis de TSH. Esta redução não parece alterar os níveis de hormônios tireoidianos e tem sido observada em indivíduos com algum grau de resistência à insulina. Com o objetivo de avaliar alguns destes efeitos em indivíduos não diabéticos, foram desenhados dois ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos, placebo controlados, com até três meses de duração. O primeiro teve como objetivo principal avaliar o efeito da metformina sobre o TSH de indivíduos com hipotireoidismo subclínico. O outro estudo procurou avaliar o efeito da metformina sobre a pressão arterial de indivíduos hipertensos. São apresentados aqui os resultados do primeiro estudo e uma análise post hoc do grupo total de indivíduos dos dois estudos. Para avaliar o efeito da metformina sobre o TSH de indivíduos com hipotireoidismo subclínico, 48 pacientes com este diagnóstico foram randomizados para receber metformina 850 mg duas vezes ao dia ou placebo por 3 meses. Não houve diferença estatisticamente significativa nos níveis de TSH entre os grupos, nem dentro dos grupos na comparação entre o período pré e pós-tratamento. No entanto, o tamanho da amostra se mostrou pequeno para afastar a hipótese de erro tipo beta. Procurou-se avaliar também se o uso de métodos não invasivos de avaliação de risco cardiovascular (escores de risco de Framingham e ACC/AHA 2013) seria capaz de detectar redução de risco após o uso da metformina nos 48 indivíduos do primeiro estudo somados aos 100 indivíduos do segundo. Não houve diferença estatisticamente significativa. Foi estimado um tamanho de amostra de 1960 indivíduos para mostrar uma redução de risco de 1%, com poder de 80% e erro alfa bilateral de 5% para o escore ACC/AHA 2013. No entanto, o significado desta possível pequena redução deve ser interpretado dentro do contexto clínico de diferentes faixas de risco. Como a magnitude dos efeitos não antihiperglicêmicos da metformina em indivíduos não diabéticos parece ser modesta, estudos com amostras maiores e em diferentes populações são necessários para que se consiga identificar quem realmente pode se beneficiar do seu uso

    Hemoptise: Etiologia, avaliação diagnóstica e tratamento

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    A hemoptise é um sinal comum e inespecífico. Pode ocorrer em uma grande variedade de doenças respiratórias, cardíacas e hermatológicas e é uma situação assustadora para o paciente e preocupante para o clínico. Pode ser a primeira manifestação de um amplo espectro de enfermidades com etiologia, prognóstico e tratamento variáveis. Uma mesma causa ou praticamente a maioria delas pode apresentar um sangramento mínimo ou moderado e ser o aviso de uma patologia grave; ou então, manifestar-se como hemorragia fatal. Este artigo revisa os principais fatores etiológicos da hemoptise baseado em informações coletadas entre 1952 e 2006 dos principais estudos que foram feitos, além da avaliação diagnóstica e tratamento. A importância da anamnese, o exame físico e exames complementares também fazem parte da discussão desta revisão
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