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    Od. 8.548: Ocultação e verdade no questionamento de Alcínoo a Odisseu

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    At the end of Book 8 of the Odyssey, Alcinous decides to ask, in a definitive manner, the mysterious foreigner he has welcomed in his court about his identity. However, it’s not easy to make him disclose it: during his stay in the Land of the Phaeacians, he has craftily managed to remain anonymous. In this article, we examine thestrategic nature of the request of revelation made by the king of the Phaeacians in Od. 8.548 in order to prevent the foreigner from avoiding the question once again.Al final del canto 8 de la Odisea, Alcínoo cuestiona de manera definitiva la identidad del extranjero misterioso que recibe en su corte. Pero no es tarea fácil hacer que la revele: durante toda su estancia en el País de los Feácios, el extraño se esforzó hábilmente en permanecer en el anonimato. En este trabajo, analizo cuán estratégica es la petición de revelación por parte del rey feacio en Od. 8.548 con el fin de impedir que el extranjero evite la pregunta una vez más.À la fin du chant 8 de lʹOdyssée, Alcinoos décide dʹinterroger définitivement lemystérieux étranger quʹil reçoit dans sa cour à propos de son identité. Cependant, il nʹestpas facile de le pousser à se dévoiler : tout au long de son séjour au pays des Phéaciens,lʹétranger est habilement parvenu à rester anonyme. Dans cet article, jʹanalyse la manièredont le roi Phéacien fait preuve de stratégie pour obtenir la révélation dans Od. 8.548,au point que lʹétranger ne puisse plus éviter la question.Ao final do canto 8 da Odisseia, Alcínoo decide questionar de maneira definitiva o estrangeiro misterioso que recebe em sua corte a respeito de sua identidade. Mas não é tarefa fácil fazê‐lo revelar‐se: durante toda sua estadia no País dos Feácios, o estranho esforçou‐se habilmente para permanecer anônimo. Neste trabalho, analiso quão estratégico é o pedido de revelação por parte do rei feácio em Od. 8.548 a fim de impedir que o estrangeiro mais uma vez se esquive da pergunta

    O MITO NÓRDICO DE CRIAÇÃO NA EDDA EM PROSA: TRADUÇÃO COMENTADA

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    A Edda em prosa é uma das mais importantes fontes sobre o mito nórdico de criação. Composta no século XIII por Snorri Sturluson, político e poeta islandês, a obra contém diversas narrativas sobre deuses e heróis das antigas religiões pré-cristãs da Escandinávia. Neste artigo, apresento uma tradução comentada direto do texto em islandês antigo estabelecido por Faulkes (2005) do segmento sobre a criação do mundo, em que Snorri detalha a origem do cosmo, dos astros, dos elementos da natureza, dos deuses, dos homens, gigantes, elfos, anões etc

    Alcinous versus Odysseus in the Phaeacian court: a discourse game

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    Dos Cantos 6 a 13 da Odisseia, Homero narra a estada de Odisseu em Esquéria, a terra dos feácios. Durante a recepção de Alcínoo ao herói, uma tensão sutil se desenvolve: enquanto o anfitrião deseja descobrir a identidade de seu misterioso convidado, o herói luta para manter-se anônimo e garantir sua condução para casa. Essa tensão se desenrola num jogo de palavras sutil e elegante, no qual se digladiam o mestre da astúcia, o polúmetis Odisseu, e aquele de forte mente, alkí-nóos, o perspicaz Alcínoo. A essa disputa dou o nome de jogo do discurso. Conforme aqui defendo, tal jogo toma forma abaixo da superfície das palavras, e seus dois participantes conversam muito mais por meio do não-dito do que pelo que de fato dizem. Para que uma análise desse jogo intelectual seja possível, proponho um resgate da figura de Alcínoo, cujo nome defendo significar alkí-nóos, força-mente, como figura astuta e perspicaz, o que vai de encontro à opinião difundida de que o rei dos feácios é anódino ou pouco inteligente. Conforme argumento, ele permanece atento às manobras retóricas de seu convidado, o qual busca a todo custo tecer discursos agradáveis e proveitosos (meilíkhioi kaì kerdaléoi mûthoi), num processo que culmina com sua cartada final: a narrativa das aventuras. Alcínoo, mesmo percebendo os recursos astuciosos e manipulativos de seu convidado, rende-se a seus talentos e regozija-se com sua performance.From Book 6 till the beginning of Book 13 in the Odyssey, Homer tells us of Odysseus sojourn in Scheria, the land of the Phaeacians. During Alcinous reception of the hero, a subtle tension develops between the two: while the host wishes to discover the identity of his mysterious guest, the hero strives to remain anonymous and secure his conveyance home. This tension unfolds in a subtle and elegant game of words in which the two oponents meet: the master of of tricks, Odysseus polúmetis, and the one of a strong mind, alkí-nóos, shrewd Alcinous. I call this contest the discourse game. As I wish to defend, such game takes place beneath the surface of words, and the participants maintain a conversation in which what remains unexpressed communicates more than what is actually said. For such an analysis to be possible, I propose to rescue Alcinous, whose name I claim to mean strength-mind, from the widespread opinion that the king is foolish or unintelligent. As I argue, he is very attentive to the rhetorical maneuvers of his guest, who is trying to fabricate pleasing and profitable speeches (meilíkhioi kaì kerdaléoi mûthoi), in a process that culminates with his final play: the narrative of the adventures. Alcinous, although detecting and understanding the crafty and manipulative purposes of his guest, surrenders to his talents as a storyteller and enjoys his performance
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