28 research outputs found

    Correlação do Escore de Oxford Modificado com as Medidas Perineométricas em Pacientes Incontinentes

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    Introdução: diversas técnicas foram propostas para avaliação da musculatura do assoalho pélvico, porém, nenhum método mostrou-se capaz de medir as duas funções desses músculos: elevação e força de compressão. Na rotina de avaliação clínica é comumente empregada a palpação vaginal e, especialmente, o escore de Oxford modificado; entretanto, alguns trabalhos questionam a sensibilidade da escala de Oxford e sua correlação com medidas objetivas de força de contração muscular.Objetivo: neste estudo, propõe-se correlacionar as variáveis medidas na perineometria com o escore de Oxford modificado.Métodos: foram incluídas no estudo 45 pacientes com incontinência urinária que procuraram o ambulatório de Uroginecologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. As pacientes foram submetidas à palpação vaginal, realizada por uma fisioterapeuta treinada na escala de Oxford, e a medição da força de compressão da musculatura pélvica por meio de balonete conectado a transdutor de pressão. As duas avaliações foram realizadas no mesmo dia.  Resultados: encontrou-se correlação significativa (

    Correlation between the modified oxford scale and perineometry measurements in incontinent patients

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    Introdução: Diversas técnicas foram propostas para avaliação da musculatura do assoalho pélvico, porém, nenhum método mostrou-se capaz de medir as duas funções desses músculos: elevação e força de compressão. Na rotina de avaliação clínica é comumente empregada a palpação vaginal e, especialmente, o escore de Oxford modificado; entretanto, alguns trabalhos questionam a sensibilidade da escala de Oxford e sua correlação com medidas objetivas de força de contração muscular. Objetivo: Neste estudo, propõe-se correlacionar as variáveis medidas na perineometria com o escore de Oxford modificado. Métodos: Foram incluídas no estudo 45 pacientes com incontinência urinária que procuraram o ambulatório de Uroginecologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. As pacientes foram submetidas à palpação vaginal, realizada por uma fisioterapeuta treinada na escala de Oxford, e a medição da força de compressão da musculatura pélvica por meio de balonete conectado a transdutor de pressão. As duas avaliações foram realizadas no mesmo dia. Resultados: Encontrou-se correlação significativa (P <0,001) entre o escore de Oxford e as variáveis pressão máxima de contração e tempo de ativação muscular com coeficientes de Pearson de 0,69 e -0,532, respectivamente. Contudo, observa- se uma superposição entre as medidas perineométricas e do escore de Oxford entre categorias adjacentes. Conclusões: Os resultados mostram que apesar de estar incorporada a rotina clínica de avaliação, deve haver restrições quanto ao uso do escala de Oxford com propósitos científicos.Background: Several techniques have been proposed for the assessment of pelvic floor muscles; however, none of them were able to measure the two main functions of these muscles: lifting and compressive force. Vaginal palpation and especially the Modified Oxford Scale (MOS) are frequently used during routine clinical evaluation, but some studies have questioned the sensitivity of the MOS and its correlation with objective measurements of muscle contraction force. Aim: The objective of this study is to correlate perineometry measurements with the MOS. Methods: Forty-five patients with urinary incontinence treated at the Urogynecology Outpatient Clinic of Hospital de Clínicas de Porto Alegre were included. The patients were submitted to vaginal palpation performed by a physical therapist trained in the MOS. The compression force of their pelvic muscles was measured by means of an air-filled ballonet connected to a pressure transducer. Both tests were carried out on the same day. Results: We found significant correlation (P <0.001) between the MOS and the variables maximum contraction pressure and muscular activation time with Pearson's coefficients of 0.69 and -0.532, respectively. However, we found overlapping results between the perineomtry measurements and the MOS scores in neighboring categories. Conclusions: These findings show that, although incorporated into routine clinical evaluation, there should be restrictions to the use of the MOS for scientific purposes

    Tratamento conservador da incontinência urinária de esforço feminina : estudo comparativo entre reeducação vesical e treinamento da musculatura do assoalho pélvico com biofeedback

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    Base teórica A incontinência urinária (IU) é um sintoma comum, afetando mulheres em todas as idades, com prevalência estimada em 30%. A incontinência urinária aos esforços (IUE) pode representar cerca de metade dos casos. O treinamento da musculatura do assoalho pélvico (TMAP), associado a medidas comportamentais e reeducação vesical constitui a primeira linha de tratamento. Apesar dos bons resultados em curto e médio prazo, pode haver perda de motivação e adesão ao tratamento em longo prazo. Técnicas complementares como o biofeedback (BIO) podem auxiliar no treinamento inicial e contribuir para melhores resultados, mas permanece indefinido o perfil de casos que pode realmente se beneficiar desta abordagem. Novos estudos e a implementação de dispositivos facilitadores do tratamento são necessários, pois a adesão é etapa fundamental para manutenção dos resultados. Objetivo Determinar o efeito do TMAP associado ao BIO comparados ao treinamento vesical (TV), considerando resultados com questionários de sintomas, qualidade de vida (QV) e função sexual (FS). Investigação adicional a partir de dados do diário miccional (DM), avaliação da funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico por meio de palpação manual e perineométrica do assoalho, gerando informações adicionais sobre o efeito de ambos os tratamentos. Métodos Ensaio clínico randomizado, paralelo, aberto, incluindo mulheres acima de 18 anos com IUE na ausência de prolapso genital. Recrutamento de casos de forma consecutiva em ambulatório de uroginecologia, com alocação aleatória para TV ou BIO, sendo comparadas a resposta aos sintomas, força muscular, escores de QV e FS ao final de 3 meses de tratamento supervisionado com fisioterapeuta. Para o cálculo amostral foi considerada a detecção de uma diferença de 42 pontos percentuais entre os grupos e estimadas 26 pacientes em cada grupo para um α=0,05 e β-80%. Resultados Ao final do estudo, das 53 pacientes inicialmente recrutadas, 28 pacientes foram analisadas, 14 em cada grupo. Ambos os grupos apresentaram melhores resultados em número de perdas diárias (P<0.001), micções noturnas (P<0.002) e no questionário de sintomas (p<0.001). Na FS, não houve diferença individual e entre os grupos. Alguns domínios do questionário de qualidade de vida foram significativamente melhores nas pacientes que fizeram o treinamento vesical (TV), mas a percepção geral de saúde não se modificou de forma significativa ao longo do tempo e entre os grupos TV (P=0.157) e BIO (P=0.795). Apesar de ter havido melhora subjetiva da contração perineal, esse achado não se correlacionou com aumento de força muscular (rs=0.428 P=0.144). Conclusão No presente estudo, os resultados em ambos os grupos foram equivalentes em termos de melhora clínica, nas ferramentas de medida utilizadas, não sendo possível demonstrar um efeito significativo do biofeedback. O desenvolvimento de tecnologias para melhorar a adesão e motivação dos pacientes para o tratamento conservador segue sendo um desafio atual.Objective: To compare the effect of pelvic exercises combined with biofeedback, against bladder training, using questionnaires on symptoms, quality of life, and sexual function. Methods: Randomized clinical trial. Women over the age of 18 with stress urinary incontinence, but without genital prolapse, were recruited at a urogynecology clinic and assigned to bladder training or pelvic floor restoration at home with biofeedback. Results for muscle strength and symptoms, quality of life, and sexual function questionnaires were compared after 3 months of physiotherapist-supervised treatment. Results: Fourteen patients in each group were analyzed at the end of the study. Both groups exhibited improved results for number of daily leakages (P<0.001), nighttime micturitions (P<0.002) and symptoms (P<0.001). For sexual function, there were no individual or intragroup differences. Some quality of life domains were significantly better in the bladder training patients, but perceived general health did not change significantly and did not differ between the BT (P=0.157) and BIO (P=0.795) groups. Improvements in perineal contraction were not correlated with increased muscle strength (rs=0.428 P=0.144). Conclusion: The two methods had equivalent results, but larger patient samples could change certain findings. It remains a challenge to develop technologies to improve patients’ motivation and adherence to conservative treatment. Registration: Plataforma ReBec (Brazilian Clinical Trials Register - http://www.ensaiosclinicos.gov.br/). Reference code REQ:7854

    Tratamento conservador da incontinência urinária de esforço feminina : estudo comparativo entre reeducação vesical e treinamento da musculatura do assoalho pélvico com biofeedback

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    Base teórica A incontinência urinária (IU) é um sintoma comum, afetando mulheres em todas as idades, com prevalência estimada em 30%. A incontinência urinária aos esforços (IUE) pode representar cerca de metade dos casos. O treinamento da musculatura do assoalho pélvico (TMAP), associado a medidas comportamentais e reeducação vesical constitui a primeira linha de tratamento. Apesar dos bons resultados em curto e médio prazo, pode haver perda de motivação e adesão ao tratamento em longo prazo. Técnicas complementares como o biofeedback (BIO) podem auxiliar no treinamento inicial e contribuir para melhores resultados, mas permanece indefinido o perfil de casos que pode realmente se beneficiar desta abordagem. Novos estudos e a implementação de dispositivos facilitadores do tratamento são necessários, pois a adesão é etapa fundamental para manutenção dos resultados. Objetivo Determinar o efeito do TMAP associado ao BIO comparados ao treinamento vesical (TV), considerando resultados com questionários de sintomas, qualidade de vida (QV) e função sexual (FS). Investigação adicional a partir de dados do diário miccional (DM), avaliação da funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico por meio de palpação manual e perineométrica do assoalho, gerando informações adicionais sobre o efeito de ambos os tratamentos. Métodos Ensaio clínico randomizado, paralelo, aberto, incluindo mulheres acima de 18 anos com IUE na ausência de prolapso genital. Recrutamento de casos de forma consecutiva em ambulatório de uroginecologia, com alocação aleatória para TV ou BIO, sendo comparadas a resposta aos sintomas, força muscular, escores de QV e FS ao final de 3 meses de tratamento supervisionado com fisioterapeuta. Para o cálculo amostral foi considerada a detecção de uma diferença de 42 pontos percentuais entre os grupos e estimadas 26 pacientes em cada grupo para um α=0,05 e β-80%. Resultados Ao final do estudo, das 53 pacientes inicialmente recrutadas, 28 pacientes foram analisadas, 14 em cada grupo. Ambos os grupos apresentaram melhores resultados em número de perdas diárias (P<0.001), micções noturnas (P<0.002) e no questionário de sintomas (p<0.001). Na FS, não houve diferença individual e entre os grupos. Alguns domínios do questionário de qualidade de vida foram significativamente melhores nas pacientes que fizeram o treinamento vesical (TV), mas a percepção geral de saúde não se modificou de forma significativa ao longo do tempo e entre os grupos TV (P=0.157) e BIO (P=0.795). Apesar de ter havido melhora subjetiva da contração perineal, esse achado não se correlacionou com aumento de força muscular (rs=0.428 P=0.144). Conclusão No presente estudo, os resultados em ambos os grupos foram equivalentes em termos de melhora clínica, nas ferramentas de medida utilizadas, não sendo possível demonstrar um efeito significativo do biofeedback. O desenvolvimento de tecnologias para melhorar a adesão e motivação dos pacientes para o tratamento conservador segue sendo um desafio atual.Objective: To compare the effect of pelvic exercises combined with biofeedback, against bladder training, using questionnaires on symptoms, quality of life, and sexual function. Methods: Randomized clinical trial. Women over the age of 18 with stress urinary incontinence, but without genital prolapse, were recruited at a urogynecology clinic and assigned to bladder training or pelvic floor restoration at home with biofeedback. Results for muscle strength and symptoms, quality of life, and sexual function questionnaires were compared after 3 months of physiotherapist-supervised treatment. Results: Fourteen patients in each group were analyzed at the end of the study. Both groups exhibited improved results for number of daily leakages (P<0.001), nighttime micturitions (P<0.002) and symptoms (P<0.001). For sexual function, there were no individual or intragroup differences. Some quality of life domains were significantly better in the bladder training patients, but perceived general health did not change significantly and did not differ between the BT (P=0.157) and BIO (P=0.795) groups. Improvements in perineal contraction were not correlated with increased muscle strength (rs=0.428 P=0.144). Conclusion: The two methods had equivalent results, but larger patient samples could change certain findings. It remains a challenge to develop technologies to improve patients’ motivation and adherence to conservative treatment. Registration: Plataforma ReBec (Brazilian Clinical Trials Register - http://www.ensaiosclinicos.gov.br/). Reference code REQ:7854
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