32 research outputs found

    Cuidados paliativos na oncologia e a qualidade do fim da vida

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    Os cuidados paliativos correspondem a uma série de abordagens multidiscipliares direcionadas aos pacientes portadores de doenças terminais e aos seus familiares, que visam garantir a ortotanásia com melhor qualidade e menos sofrimento. Atualmente, o câncer é responsável por 12% das mortes no mundo e, em vinte anos, esse número tende a duplicar. Assim, o câncer é um problema de saúde pública e é de direito dos cidadãos uma boa qualidade de vida até o seu último batimento cardíaco e, para isso, os cuidados paliativos são de suma importância. Busca-se ressaltar a importância dos cuidados paliativos pra um fim de vida de qualidade principalmente de pacientes oncológicos. Trata-se de uma revisão integrativa de caráter qualitativo, observacional e retrospectivo na qual foram analisados trabalhos científicos encontrados na base de dados Scielo e LILACS utilizando descritores. A fim de garantir um final de vida com qualidade, os cuidados paliativos, por meio da sua abordagem multidisciplinar, previnem e tratam o sofrimento através de avaliação detalhada e individual; da identificação precoce e tratamento de sintomas físicos, sociais, psicológicos, espirituais; da comunicação; e da autonomia. Assim, os cuidados paliativos substituem os cuidados curativos quando esses não são mais resolutivos e passam a ser mais danosos que benéficos, sendo uma nova forma de gerir a morte. Essa abordagem atualmente é destinada para qualquer paciente portador de doença crônica em fase terminal, porém iniciou-se na oncologia e, até hoje, é a sua principal área de atuação. Para que o cuidado seja efetivo em tornar a morte melhor de ser vivida é necessário comunicação clara com o paciente e seus familiares. No entanto, esse diálogo tem uma barreira: a morte. A perspectiva sobre a morte varia culturalmente e, no Ocidente, a morte ainda é um tabu, o que dificulta a comunicação plena e verdadeira – tanto pela dificuldade que os profissonais têm de falar quanto a que os pacientes e familiares têm de ouvir. Além disso, outra ferramenta utilizada nessa abordagem para alcançar seu objetivo é a autonomia. Quando os familiares, e até mesmo os profissionais, adotam medidas paternalistas e se apropriam do corpo e desejos do paciente, ignorando que o processo de adoecimento é individual, baseado em vivências e crenças próprias. A atenção e o cuidado do primeiro ao último batimento cardíaco é direito de todos. Para isso, os cuidados paliativos lançam mão de estratégias que objetivam tornar a morte menos sofrida, tanto para o paciente quanto para seus familiares. Assim, essa abordagem multidisciplinar, centrada no indivíduo, em seu processo individual de adoecimento, é essencial para uma ortotanásia de boa qualidade e com menos sofrimento. No entanto, dado o aspecto cultural intrínseco da morte, ferramentas da abordagem paliativa, como comunicação clara e autonomia, encontram obstáculos que devem ainda ser trabalhados e superados

    Casos de tuberculose em Anápolis-GO: um estudo epidemiológico

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    Introdução: A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch e seu principal sintoma é a tosse. É considerada um dos graves problemas de saúde pública mundial, sendo responsável por cerca de 1,5 milhão de mortes. Sendo assim, acabar com a epidemia global de tuberculose é a nova estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para isso, a detecção precoce e o tratamento adequado das pessoas acometidas são de extrema importância a fim de garantir sucesso no controle da doença. Diante dessa realidade, em Anápolis-GO, foi realizada em março de 2019, uma ação para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Objetivo: Avaliar a incidência de tuberculose no município de Anápolis-GO, no período de 2015 a 2018, relacionando as ações e orientações oferecidas à população. Material e método: Trata-se de uma revisão sistemática, baseada em um estudo epidemiológico sobre os casos de tuberculose no município de Anápolis-GO, no período de 2015 a 2018, realizado por meio de consulta no DATASUS e no site da Prefeitura de Anápolis. Os dados obtidos foram comparados com artigos que abordam o mesmo tema. Os critérios utilizados na seleção dos artigos foram: trabalhos escritos em língua portuguesa, publicados entre 2015 e 2019, nas plataformas de pesquisa Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico por meio de descritores em ciência da saúde: tuberculose, epidemiologia. Resultados: De acordo com o DATASUS, houve um aumento de casos de tuberculose em Anápolis de 33, em 2015, para 58 novos casos em 2018. Além disso, os dados mostram a predominância de indivíduos entre 20 e 39 anos, com um total de 93 casos. Segundo a Prefeitura de Anápolis, até março de 2019 já foram detectados 14 novos casos na cidade. Ao comparar municípios de dimensão e número populacional pertencentes ao estado de Goiás a incidência de casos de tuberculose em Anápolis é expressiva. O município de Anápolis possui 381.970 habitantes e contabilizou no período de 2014 a 2018 um total de 214 casos enquanto no munícipio de Rio Verde que contêm 229.651 houve uma incidência de 104 casos no mesmo período. De todos esses 214 casos notificados apenas 3 deles teve início de tratamento fora do ano de notificação sendo que em todos eles a terapia iniciou-se no ano seguinte. Esse dado afirma que há uma conscientização sobre a gravidade da enfermidade e a necessidade do tratamento precoce evidenciando com as campanhas a importância do controle da doença e de se fazer o tratamento de maneira adequada, não abandonando o tratamento para evitar recidivas e conter a transmissão da doença. É com intuito de prevenir certas enfermidades que em Anápolis, a prefeitura realiza ações de conscientização a fim de alertar a população acerca da doença. Conclusão: Portanto, diante dos resultados encontrados, pôde-se concluir que a escassez de orientações sobre algumas enfermidades é um dos fatores que pode levar ao aumento da incidência da tuberculose. Com isso, assim como foi observado em Anápolis o número de casos de tuberculose é bastante significativo se comparado com o porte da cidade. Por isso, é necessário que ações de conscientização e alerta estejam disponíveis orientando a população a buscar assistência ao menor dos sintomas

    Soroprevalência ao teste ml flow entre moradores de um centro de reintegração hanseniano em Goiá

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    Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, causada pelo Mycobacterium leprae. O bacilo possui predileção pelo sistema nervoso periférico e pele, o que confere danos funcionais e dermatológicos à doença. Historicamente, do isolamento dos enfermos à terapêutica em ambulatórios gerais, a hanseníase marcou grandes transformações no âmbito sanitário. Em razão da segregação imposta pela sociedade, mantiveram-se entidades filantrópicas como alternativa aos doentes que buscavam fugir dos estigmas, visto que, a despeito dos avanços, a doença ainda permanece circundada por preconceitos. Objetivo: Descrever a taxa de soropositividade ao glicolipídeo fenólico-1 através de teste rápido de fluxo lateral ML Flow, entre moradores de uma instituição coordenada pelo Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN), no município de Anápolis, estado de Goiás, bem como elucidar aspectos sociais da doença. Material e Métodos: Pesquisa com abordagem observacional, transversal, em forma de levantamento de prevalência, não controlado e não randomizado. Envolveu todos os indivíduos do centro coordenado pelo MORHAN, os quais totalizaram 19 participantes. Foi realizada punção digital para coleta de sangue capilar a ser testado pelo dispositivo imunocromatográfico ML Flow, desenvolvido no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás, além da aplicação de questionário semiestruturado socioeconômico e epidemiológico. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Anápolis CAAE: 85967818.7.0000.5076e e está apoiado na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: A instituição abriga portadores de sequelas hansênicas, desabrigados, além de portadores de patologias cardiovasculares, endocrinológicas e/ou psiquiátricas. A pesquisa compreendeu todos os indivíduos residentes do centro social que concordaram em participar (n = 19). Houve predominância do sexo masculino (68,42%), com mais de 54 anos de idade (57,89%) e ensino fundamental incompleto como grau de escolaridade (68,42%). A aplicação do questionário objetivou o levantamento de informações direcionadas à patologia analisada e 05 participantes relataram ter convivido com alguém portador de hanseníase (26,31%). Ao ML Flow, 17 apresentaram sorologia negativa (89,47%), em contraste a 02 soropositivos (10,52%) que relataram diagnóstico e término do tratamento farmacológico há mais de cinco anos. Conclusão: Reside no imaginário local que os indivíduos da instituição pesquisada são os responsáveis pela transmissão da doença, determinando, dessa forma, impactos psicossociais e a manutenção do preconceito. No entanto, os resultados esclareceram informações importantes acerca da prevalência de soropositivos, além da ênfase na importância do tratamento farmacológico adequado, visto que, logo ao início da terapia, deixam de transmitir a doença. Portanto, o esclarecimento sorológico associado a informação sobre a patologia, favorecem a eliminação da marginalização e estigmas impostos sobre indivíduos que possuíram a doença outrora ou que estão sob condições de vulnerabilidade social abrigados pela instituição

    A epidemiologia da hanseníase e as barreiras para a sua erradicação no Brasil

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    Introdução: A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa de caráter crônico, cujo agente etiológico é a bactéria Mycobacterium leprae, que acomete indivíduos desde os tempos mais remotos. Por ser uma doença complexa, a erradicação da doença tem se mostrado difícil, com discreto declínio nas taxas de prevalência de diferentes países. Objetivo: Estabelecer a prevalência e a incidência da doença no Brasil evidenciando as barreiras que impedem a sua erradicação. Material e Método: O presente trabalho consiste em uma Pesquisa Original realizada a partir da base de dados Datasus, Ministério da Saúde e artigos publicados entre os anos de 2016 e 2018. Os critérios utilizados para a pesquisa foram: dados atualizados, ano de publicação dos artigos e estudos relevantes que demonstrassem a persistência da doença no país. Resultados: O Brasil é o primeiro país em incidência proporcional ao número de habitantes. De acordo com o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), houve uma diminuição, entre 2010 e 2016, de 34.894 para 25.218 de casos novos segundo ano de diagnóstico. No entanto, no ano seguinte, 26.875 novos casos foram detectados. Soma-se a esse quadro preocupante o fato de que, dentre esses casos, 1.718 corresponderam à menores de 15 anos de idade – o que indica transmissão ativa e recente na comunidade. Outro dado relevante é o percentual de cura nas coortes que, segundo o SINAN, nos anos de 2015, 2016 e 2017 foram de 83,5%, 81,8% e 81,2%, respectivamente. Esses valores indicam a eficiência dos serviços em manter a adesão desde o tratamento até a alta. Observa-se, a partir disso, que o decréscimo nessa estimativa é prepcupante e denota, sobretudo, a precariedade ao da assistência de saúde pública em efetivar o acompanhamento dos pacientes ao longo do quadro patológico. No que tange a fisiopatologia da doença, o Grau de Incapacidade Física (GIF) do paciente pode ser classificado em três valores: 0 quando não há comprometimento neural nos olhos, nas mãos e nos pés; 1 quando há diminuição ou perda da sensibilidade nas partes do corpo supracitadas e 2 quando há incapacidade e deformidade. No Brasil, o GIF, entre 2016 e 2017, sofreu um acréscimo, passando de 7,9 por um milhão de habitantes para 8,3 por um milhão de habitantes, representando, assim, uma queda na detecção precoce da doença e, consequentemente, uma piora no prognóstico da doença. Já quando se trata acerca da distribuição da Hanseníase nas regiões brasileiras, percebe-se que, nos últimos três anos, ela tem se tornado prevalente no Nordeste, Centro-Oeste e Norte, atingindo proporções maiores nas regiões mais carentes. Essa realidade retrata que as desigualdades regionais - tanto econômicas quanto sociais – guardam uma intrínseca relação histórica com os dados epidemiológicos das doenças de cunho infectocontagioso. Conclusão: Diante desse quadro, depreende-se que as barreiras para a erradicação da Hanseníase transitam na negligêcia do Estado brasileiro. Dessa feita, é preciso um reforço nas estratégias de tratamento da doença, uma vez que a eficiência desse serviço é um ponto primordial no combate da enfermidade. Além disso, garantir a Universalidade no atendimento aos pacientes é também imperativo já que se constatou que regiões mais pobres são as que mais registram novos casos da doença

    Terapias imunossupressoras no tratamento de COVID-19: uma revisão integrativa da literatura / Immunosuppressive therapies treatments for COVID-19: a literature review

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    O atual cenário pandêmico, provocado pelo SARS-CoV-2, propiciou uma busca por tratamentos para combater a COVID-19. Como o avanço da doença está relacionado com um quadro inflamatório grave, grande parte dos medicamentos em estudo estão relacionados direta ou indiretamente com mecanismos de imunossupressão. O objetivo dessa revisão integrativa da literatura foi descrever as alternativas imunossupressoras para a COVID-19. A busca foi realizada nos bancos de dados do PubMed e LILACS por estudos que abrangiam ensaios clínicos relacionados a terapias imunossupressoras primárias ou secundárias e sua efetividade no combate ao Coronavírus. À vista disso, os tratamentos de ação primária mostraram-se promissores quanto a redução do tempo de internação, uso de ventilação mecânica e minimização dos efeitos da cascata de inflamação gerados pela COVID-19. Contudo, a mortalidade hospitalar foi mais pronunciada em pacientes graves que estavam em uso de corticosteroides do que aqueles que não fizeram uso da medicação. Outrossim, o uso das drogas de ação secundária mostrou-se pouco eficaz no combate ao vírus. Por fim, diante das análises apresentadas neste trabalho, conclui-se que a ação imunossupressora dos tratamentos estudados possuem caráter animador no combate a COVID-19. 

    Desafios dos programas de gerenciamento para antibioticoterapia: uma revisão sistemática: Challenges of antibiotic therapy management programs: a systematic review

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    A Diretriz Nacional para Elaboração do Programa de Gerenciamento do Uso de Antimicrobiano em Serviços de Saúde, desenvolvida pela ANVISA em 2017, reza que a elaboração de protocolos para esses programas deve ser realizada de maneira multidisciplinar, sendo que este pilar é o que mais demonstra desafios. Para além destes, há também desafios voltados aos dados coletados e recursos financeiros. A partir do alto consumo de antibióticos, os programas de gerenciamento são capazes de causar impacto clínico, econômico, além do bem-estar do paciente. Diante dos impactos das diretrizes, o objetivo desta revisão sistemática é descrever o papel dos programas de gerenciamento para antibioticoterapia em unidades hospitalares e os principais desafios no seu desenvolvimento e implementação. Foi realizado um levantamento de dados nas bases PubMed, Periódico Capes e Lilacs, utilizando como critérios de elegibilidade a leitura dos títulos, resumos e conteúdo geral de acordo com o que fora selecionado. Durante o desenvolvimento desta revisão foram utilizados descritores que levaram a busca por artigos que relacionavam a implementação de programas de gerenciamento de antibióticos em hospitais onde são descritos desafios encontrados nesta ação. Fora realizada a leitura dos 819 artigos selecionados e logo após a aplicação dos critérios de elegibilidade restaram 11 onde foi feita leitura integral e foram extraídos 48 desafios principais onde o mais recorrente está relacionado à equipe multidisciplinar. Durante este estudo uma das maiores dificuldades foi encontrar artigos que relatassem a respeito das dificuldades, pois a maior parte destes demonstraram somente a execução e o êxito na implementação. Após a análise dos desafios encontrados, evidenciou que 37,5% deles são relacionados à equipe, com destaque na resistência dos profissionais envolvidos, além de outros como a ausência de dados confiáveis (8,3%), falta de recursos tecnológicos/financeiros (8,3%) e falta de capacitação (12,5%), que podem impactar diretamente na implementação destes programas

    Formigas como vetores mecânicos de bactérias patogênicas em unidades hospitalare

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    Introdução: Os hospitais são locais propícios para a instalação e propagação de insetos, especialmente formigas. Estas, além da sua capacidade adaptativa, vivem em mutualismo com outros animais, plantas, fungos e bactérias, o que confere um risco elevado para infecções nosocomiais. A associação desse grupo de microorganismos ao seu carreamento por formigas pode ser observada como fator de risco para o aumento da exposição dos pacientes hospitalizados a diversos tipos de agentes etiológicos e, consequentemente, sejam sujeitos a infecção. Objetivo: Reconhecer a microbiota bacteriana associada a formigas dentro do ambiente nosocomial. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Foi realizada pesquisa bibliográfica nos bancos de dados PUBMED, SciELO, LILACS e BIREME através dos seguintes descritores: bactérias; formigas; infecção hospitalar. Foram selecionados artigos científicos em língua vernácula e estrangeira contemplando a temática da revisão bibliográfica para a elaboração do resumo. Resultados: Os estudos avaliados pela revisão revelaram o potencial das formigas como carreadoras de: Acinetobacter sp., Bacillus sp., Burkholderia cepacia, Candida sp., Citrobacter sp., Comamonas terrigena, Enterobacter sp., Enterococcus sp., Hafnia sp., Klebisiella sp., Pseudomonas sp., Serratia sp., Staphylococcus sp., Streptococcus viridans e Yersinia sp. . Staphylococcus aureus é um dos agentes etiológicos mais prevalentes em infecções hospitalares, sendo responsável por infecções de pele e partes moles, pneumonia e infecções invasivas. Estafilococos coagulasenegativos são representados principalmente por S. epidermidis e S. saprophyticus, patógenos mais comuns no ambiente hospitalar e causadores de infecção da corrente sanguínea. H. alvei é causa rara de infecção em indivíduos não hospitalizados, mas em fragilizados gera diarreia, infecção da corrente sanguínea, meningite, infecção do trato urinário, infecção de ferida, abscesso intra-abdominal e empiema. K. ozaenae é implicada como causadora de rinite crônica atrófica, bacteremia e infecção do trato urinário em indivíduos sob regime hospitalar, e K. pneumoniae com infecções pulmonares graves. E. coli é um dos patógenos mais frequentes no hospital, juntamente com S. aureus, e normalmente causa infecção do trato urinário. Y. pseudotuberculosis é causa rara de infecção em humanos e relaciona-se mais comumente com linfadenite mesentéria, com poucos casos relatados de infecção grave. P. luteola associa-se com infecção do trato respiratório baixo e derrame pleural, e P. aeruginosa causa infecção grave em pacientes (septicemia, pneumonia, infecção do trato urinário) debilitados, especialmente em grandes queimados. Conclusão: Pôde-se identificar distintas espécies bacterianas com potencial infeccioso associadas com formigas, sendo que a maioria delas possui relevância no cenário de infecções nosocomiais. Esse achado corrobora para o fato de que esses artrópodes apresentam potencial para elevar os índices de infecções hospitalares, necessitando serem alvo de controle. Assim, os resultados desse estudo devem fomentar o surgimento de outros que avaliem métodos efetivos para a diminuição da população desses insetos dentro dos hospitais, além de incentivar o surgimento de mais estudos brasileiros dentro da temática que busquem avaliar a perfil da microbiota dos hospitais nacionais. Palavra

    Bactérias associadas a formigas coletadas em hospitais em Anápolis – GO

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    Justificativa e Objetivos: os hospitais são locais propícios para a instalação e propagação de insetos, especialmente formigas. Essas, além da sua capacidade adaptativa, vivem em mutualismo com outros animais, como fungos e bactérias, o que confere risco elevado para infecções nosocomiais. O presente estudo teve como objetivo identificar a microbiota bacteriana associada com formigas intra-hospitalares na cidade de Anápolis, Goiás, e discutir o papel de tais agentes no desenvolvimento de infecções hospitalares e o consequente risco para indivíduos hospitalizados. Métodos: foram montadas armadilhas para formigas em dois hospitais da cidade de Anápolis a fim de capturá-las nos setores de enfermaria, unidade de terapia intensiva/semi-intensiva e nutrição. As armadilhas eram deixadas por um período prédeterminado nos respectivos setores e depois eram levadas ao Laboratório de Microbiologia da UniEvangélica para cultivo, semeadura e identificação bacteriana. Resultados: foram 2 realizadas três coletas em cada um dos setores de cada instituição hospitalar. Foi possível isolar os seguintes microrganismos: Staphylococcus spp., bacilos Gram-positivos, Klebsiella ozaenae, K. rhinoscleromatis, Escherichia coli e Yersinia pseudotuberculosis. Conclusão: pode-se concluir que as formigas podem atuar como veículos para microrganismos. Esse fato sugere que podem favorecer o processo de infecção em usuários de assistência hospitalar. Entretanto, permanece incerto a relação entre população de formigas e incidência de infecções nos hospitais, sendo necessário realizar estudos para associar tais variáveis

    O sistema de comunicação microbiota-intestino-cérebro: uma revisão integrativa da literatura

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    Introdução: Há um complexo sistema de comunicação bidirecional entre o trato gastrointestinal e o cérebro. Inicialmente, essa relação foi denominada “eixo intestinocerebral”, mas pesquisas recentes têm demonstrado que a microbiota intestinal é um componente-chave deste conjunto, assim renomeou-se como “eixo microbiota-intestinocérebro”. Logo, evidencia-se que esse microbioma também regula funções psíquicas do hospedeiro, como sono, estado mental e oscilações de humor. Objetivo: Revisar aspectos da relação entre o trato gastrointestinal e o sistema nervoso central, com enfoque na atuação da microbiota sobre esse conjunto. Material e Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada a partir de uma busca nas bases de dados “National Library of Medicine and National Institutes of Health” (PubMed), “Scientific Electronic Library Online” (SciELO) e Google Acadêmico. Como critérios de inclusão foram determinados: artigos publicados entre os anos de 2017 a 2019, nos idiomas português e inglês, disponíveis eletronicamente e que abordem, detalhadamente, a questão norteadora desta pesquisa. Foram utilizados os descritores: “gastrointestinal” and “microbiome” and “stress” and “microbiota gut brain axis”. Dentre os 548 artigos encontrados, foram selecionados 32 para análise, dos quais 15 se enquadraram nos critérios e foram utilizados para esta revisão. Resultados: Nota-se que o eixo microbiota-intestino-cérebro está relacionado de forma intrínseca com outros sistemas do organismo, como o nervoso autônomo, o nervoso sensitivo e o imunológico, e com os metabólitos microbianos e hormônios intestinais. Assim, há uma comunicação bidirecional que é influenciada por diversas vias imunorregulatórias, endócrinas e neurais. Nesse sentido, quando ocorre uma disbiose entérica, através de perturbações na microbiota por estressores psicossociais, as vias citadas são afetadas e aumentam o risco de distúrbios psiquiátricos. Isso acontece através da produção de citocinas pró-inflamatórias e da interferência dessas reações inflamatórias no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, causando ou agravando doenças neurodegenerativas, ansiedade, depressão e outros transtornos psiquiátricos relacionados ao estresse. Ademais, estudos mostram a existência de cepas microbianas produtoras de moléculas neuroativas e metabólitos que atuam na comunicação com o cérebro. Um exemplo é o glutamato, cuja modulação está intimamente associada a distúrbios neuropsiquiátricos e gastrintestinais. Nesse contexto, esses conhecimentos podem ser aplicados na prática através da utilização de probióticos na restauração da microbiota intestinal como forma de aliviar diversos sintomas neuropsiquiátricos. Conclusão: Há um complexo sistema de conexão entre o trato gastrintestinal e o cérebro, no qual microbiota intestinal apresenta um papel central. Diversas vias imunológicas, endócrinas e neurais estão envolvidas, influenciando na patogênese de transtornos neuropsiquátricos

    Análise da efetividade da terapia oncolítica viral na regressão do câncer de próstata

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    RESUMO: A terapia oncolítica viral é uma promissora alternativa no tratamento do câncer, pois os vírus infectam seletivamente células tumorais com a garantia de não causar danos às células de tecidos saudáveis. O câncer de próstata é uma doença clinicamente heterogênea, causada pela proliferação de células malignas que acometem a saúde do homem e podem ser alvo da viroterapia oncolítica. Assim, busca-se descrever os mecanismos de ação dos principais vírus estudados na terapia oncolítica contra o câncer de próstata, demonstrando sua efetividade na regressão tumoral. Com isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, a partir das bases de dados: Scielo, BVS e MEDLINE (por meio do Portal PubMed) a partir da seleção de 28 artigos originais que mais se adequaram aos critérios de inclusão e exclusão, do período de 2003 a 2019. Os vírus estudados foram o Adenovirus, Herpes simplex virus, Vaccinia virus e o Vesicular stomatitis vírus, os quais foram altamente eficazes na regressão tumoral em estudos in vitro, in vivo e in situ. Dessa forma, a viroterapia oncolítica foi eficaz contra o câncer de próstata em organismos vivos. No entanto, é necessário situações que mimetizem as condições de vida humana para se analisar melhor as reações, comportamentos celulares e sua viabilidade clínica no câncer de próstata humano. &nbsp
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