Desafios dos programas de gerenciamento para antibioticoterapia: uma revisão sistemática: Challenges of antibiotic therapy management programs: a systematic review

Abstract

A Diretriz Nacional para Elaboração do Programa de Gerenciamento do Uso de Antimicrobiano em Serviços de Saúde, desenvolvida pela ANVISA em 2017, reza que a elaboração de protocolos para esses programas deve ser realizada de maneira multidisciplinar, sendo que este pilar é o que mais demonstra desafios. Para além destes, há também desafios voltados aos dados coletados e recursos financeiros. A partir do alto consumo de antibióticos, os programas de gerenciamento são capazes de causar impacto clínico, econômico, além do bem-estar do paciente. Diante dos impactos das diretrizes, o objetivo desta revisão sistemática é descrever o papel dos programas de gerenciamento para antibioticoterapia em unidades hospitalares e os principais desafios no seu desenvolvimento e implementação. Foi realizado um levantamento de dados nas bases PubMed, Periódico Capes e Lilacs, utilizando como critérios de elegibilidade a leitura dos títulos, resumos e conteúdo geral de acordo com o que fora selecionado. Durante o desenvolvimento desta revisão foram utilizados descritores que levaram a busca por artigos que relacionavam a implementação de programas de gerenciamento de antibióticos em hospitais onde são descritos desafios encontrados nesta ação. Fora realizada a leitura dos 819 artigos selecionados e logo após a aplicação dos critérios de elegibilidade restaram 11 onde foi feita leitura integral e foram extraídos 48 desafios principais onde o mais recorrente está relacionado à equipe multidisciplinar. Durante este estudo uma das maiores dificuldades foi encontrar artigos que relatassem a respeito das dificuldades, pois a maior parte destes demonstraram somente a execução e o êxito na implementação. Após a análise dos desafios encontrados, evidenciou que 37,5% deles são relacionados à equipe, com destaque na resistência dos profissionais envolvidos, além de outros como a ausência de dados confiáveis (8,3%), falta de recursos tecnológicos/financeiros (8,3%) e falta de capacitação (12,5%), que podem impactar diretamente na implementação destes programas

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