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    Utilização de PCR em tempo real para desenvolvimento de método qualitativo e quantitativo do vírus da hepatite B, em soro de pacientes crônicos no estado de Rondônia

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    Dissertação de mestrado apresentada ao curso de Biologia Experimental do Núcleo de Saúde da Universidade Federal de Rondônia para obtenção do título de Mestre.Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dois bilhões de pessoas já foram infectadas pelo vírus da hepatite B (HBV) e destes 400 milhões se tornaram portadores crônicos. A quantificação deste virus é amplamente utilizada para o monitoramento do tratamento antiviral da infecção. Um sistema de quantificação da carga viral do HBV foi desenvolvido, através da metodologia de PCR em tempo real, utilizando o sistema TaqMan. Como alvo um produto de 109 pb correspondente a região pré-core foi clonado e diluido seriadamente para construção da curva padrão. O método foi validado pela comparação dos resultados de quantificação da PCR em tempo real de sete amostras, com os resultados do Centro de Genomas, onde houve uma correlação significativa (r = 0,95) entre os dois métodos. O ensaio mostrou ampla faixa dinâmica linear entre 2x10² e 2×10⁷ cópias/ml. Amostras negativas para HBV foram utilizadas como controle nas reações, indicando a alta especificidade do ensaio. Os coeficientes de variação dos ensaios intra e interexperimental foram de 1% para ambas, os quais indicaram reprodutibilidade notável. O ensaio padronizado é aplicado a todos os genótipos, porém um número maior de amostras devem ser comparadas para melhor validação do método. Esse ensaio pode ser aplicado no monitoramento de pacientes infectados pelo HBV na rotina de diagnostico dos laboratórios e na prática clínica. Além disso, o estudo possibilitou a identificação da distribuição dos genótipos do HBV em 35 amostras de pacientes HBsAg-positivos. Um fragmento de 1306bp que corresponde parcialmente aos genes de superfície e da polimerase foi amplificado purificado e seqüenciado. As seqüências foram alinhadas com seqüências referência obtidas no GenBank usando software Clustal X e, em seguida, editadas com software SE-AL. As análises filogenéticas foram conduzidas pela Cadeia de Markov Monte Carlo (MCMC) usando BEASTv.1.5.3. A distribuição dos subgenótipos foi A1 (37,1%), D3 (22,8%), F2a(20,0%), D4 (17,1%) e D2 (2,8%). Esses resultados representam a primeira caracterização genotípica do HBV no estado de Rondônia e são consistentes com outros estudos no Brasil, mostrando a presença de vários genótipos, refletindo a origem mista da população, envolvendo descendentes de nativos americanos, europeus e africanos

    Identificação de hepatite B oculta em indivíduos com anti-HBc isolado utilizando um método molecular ultrassensível

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    Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Biologia Experimental – PGBIOEXP – do Núcleo de Saúde da Universidade Federal de Rondônia para obtenção do título de doutora. Orientador: Dr. Juan Miguel Villalobos Salcedo.Atualmente existe um risco significativo de transmissão do vírus da hepatite B (HBV) durante a transfusão de sangue e transplante de órgãos, em áreas endêmicas para essa infecção. Isso ocorre em duas situações em especial, a primeira pode acontecer na fase aguda, onde há um período de janela imunológica, quando o marcador sorológico HBsAg pode ser indetectável no soro. A outra situação, durante a fase crônica, na chamada infecção oculta, definida como a presença de DNA-HBV em indivíduos com teste para HBsAg negativo e geralmente com carga viral muito baixa. A hepatite B oculta é comum em indivíduos que apresentam apenas, o marcador sorológico anti-HBc total reagente, perfil definido como anti-HBc total isolado. A redução do risco de transmissão nessas situações depende da aplicação de testes mais sensíveis. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi identificar a hepatite B oculta em amostras de indivíduos com anti-HBc total isolado, utilizando um método de PCR em tempo real in house ultrassensível (qHBV), servindo como alternativa para teste de ácido nucleico (NAT). Para isso, os valores ensaio foram calibrados com o 1º padrão internacional estabelecido pela OMS (OptiQuant® DNA-HBV Quantificação Painel, AcroMetrix Europe B.V.). Além disso, foram realizados testes para avaliar a sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade. O limite de detecção para o qHBV calibrados com o OptiQuant foi de 2000/mL num volume total de reação de 30 μl. Foi observada uma forte correlação entre os dois métodos (r2 = 0,9965 e p <0,0001). A linha de regressão dá-nos a seguinte equação: Log 10 (UI / mL) = 0.9038Log 10 (cópias / mL) - 1,0643, sugerindo que 1 UI / mL = 15 cópias / mL. O método foi considerado sensível para identificação de hepatite B oculta, onde de 150 indivíduos com anti-HBc isolado, 42 foram positivas para DNA-HBV. Portanto, podemos afirmar que o qHBV pode detectar carga viral em indivíduos com hepatite B em qualquer estágio da doença, com alta capacidade para o rastreio de NAT para hepatite B em doadores de sangue e de órgãos. A sensibilidade deste método poderia proporcionar um avanço para a automação em bancos de sangue, centros de hemodiálise e em transplantes de órgãos, aumentando a segurança dos pacientes receptores

    Análise da estrutura fatorial do Audit em adolescentes entre 18 e 19 anos

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    OBJETIVO: Determinar a estrutura fatorial do instrumento Alcohol Use Disorders Identification Test (Audit) em uma amostra representativa de adolescentes de 18 a 19 anos. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com adolescentes nascidos em São Luís (MA). A consistência interna do instrumento foi determinada pelo coeficiente alfa de Cronbach e a validade do construto foi avaliada por meio da Análise Fatorial Confirmatória (AFC). O índice de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) foi calculado para analisar a adequação da amostra. A qualidade de ajuste do modelo fatorial foi analisada de acordo com os índices dos testes qui-quadrado de ajustamento, comparative fit index (CFI), Tucker-Lewis index (TLI) e root mean square error of approximation (RMSEA). RESULTADOS: A amostra do estudo foi composta por 1.002 adolescentes entre 18 e 19 anos, sendo 56,8% meninas, 68,5% com 18 anos, 63,3% pardos ou mulatos, 48,6% pertencentes à classe C, 15,4% não trabalhavam e não estudavam e 52,1% tinham pais separados. A amostra foi adequada para a análise fatorial confirmatória (KMO = 0,79) e o coeficiente do alfa de Cronbach foi de 0,70, demostrando consistência interna satisfatória com cargas fatoriais acima de 0,5, com exceção do item 9 “Ficou ferido ou ficou alguém ferido por ter bebido”. A análise fatorial confirmatória revelou a validade do modelo de três fatores para a amostra em estudo com base nos índices de ajustes psicométricos. CONCLUSÃO: A estrutura fatorial do Audit com três fatores foi confirmada para a população de adolescentes entre 18 e 19 anos residentes em São Luís, ratificando os domínios conceituais originais propostos pela Organização Mundial da Saúde. O Audit apresentou-se como um instrumento confiável para a identificação do consumo de álcool.OBJECTIVE: To determine the factor structure of the instrument Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) in a representative sample of adolescents aged 18 to 19 years. METHODS: Cross-sectional study performed with adolescents born in São Luís (MA). The internal consistency of the instrument was determined by the Cronbach's alpha coefficient, and the validity of the construct was assessed by Confirmatory Factor Analysis (CFA). The Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) was estimated to analyze the adequacy of the sample. The fit quality of the factor model was analyzed according to the indexes of the Chi-square adjustment test, comparative fit index (CFI), Tucker-Lewis index (TLI) and root mean square error of approximation (RMSEA). RESULTS: The sample of the study was composed of 1,002 adolescents aged from 18 to 19 years, being 56.8% girls, 68.5% with 18 years, 63.3% brown, 48.6% belonging to class C, 15.4% did not work or did not study, and 52.1% had divorced parents. The sample was suitable for confirmatory factor analysis (KMO = 0.79); Cronbach's alpha coefficient was 0.70, demonstrating satisfactory internal consistency with factor loads above 0.5, except for item 9, “was injured or someone else was injured due to drinking.” Confirmatory factor analysis revealed the validity of the three-factor model for the studied sample based on the indices of psychometric adjustments. CONCLUSION: The three-factor AUDIT factor structure was confirmed for the population of adolescents between 18 and 19 years old living in São Luís, ratifying the original conceptual domains proposed by the World Health Organization. AUDIT proved to be a reliable instrument to identify the consumption of alcohol

    Cistatina C e marcadores inflamatórios em receptores de transplante renal

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    OBJETIVO: O transplante renal é a melhor opção para pacientes renais crônicos em estágio terminal. Este estudo avaliou o perfil da cistatina C (CysC), interleucina 2 (IL-2), IL-6, e fator de necrose tumoral-α (TNF-α) como marcadores inflamatórios em 23 transplantados renais de doador vivo. MÉTODOS: Estudo descritivo, analítico e prospectivo conduzido entre 1o de janeiro (2007) e 30 de junho (2008) em 23 transplantados renais de doador vivo. Os biomarcadores foram avaliados no pré, com 30 e 180 dias do pós-transplante. RESULTADOS: A média de idade foi de 34,3 anos (± 11,7), 52% do sexo feminino e 61% de negros. Foi encontrada diferença significativa na CysC e creatinina antes do transplante e 30 dias após o procedimento (p < 0,0001) e antes do transplante e 180 dias após o procedimento (p < 0,0001). Houve uma diferença significativa na IL-2, entre 30 and 180 dias do pós-transplante (p = 0,0418) e no TNF-α antes do transplante e 30 dias após o procedimento (p = 0,0001). Foi observada uma correlação negativa entre CysC e TNF-α no pré-transplante, e entre CysC e IL-6 com 180 dias do pós-transplante. Em pacientes biopsiados houve uma diferença significante na creatinina e na CysC com 30 e 180 dias do pós-transplante. CONCLUSÃO: Em seguimento a curto prazo, não houve correlação relevante entre os níveis de CysC, IL-2, IL-6 e TNF-α em transplantados renais. Em pacientes biopsiados e não biopsiados, os níveis de CysC foram muito similares aos da creatinina, ao contrário de outros marcadores inflamatórios. Demais estudos são importantes para avaliar o perfil destes marcadores a longo prazo.OBJECTIVE: Kidney transplantation is the best option for patients with end-stage renal disease. This study evaluated the profile of cystatin C (CysC), interleukin 2 (IL-2), IL-6, and tumor necrosis factor-α (TNF-α) as inflammatory markers in 23 living donor kidney transplant recipients. METHODS: A descriptive, analytical and prospective study was conducted between January 1st, 2007 and June 30th, 2008 on 23 living donor kidney transplant recipients. The biomarkers were evaluated before and 30 and 180 days after transplantation. RESULTS: The mean age of the patients was 34.3 years (± 11.7), females (52%) and non-whites (61%). Significant difference was found in cystatin C and creatinine before and 30 days after transplantation (p < 0.0001) and before and 180 days after transplantation (p < 0.0001). There was a significant difference in IL-2 between 30 and 180 days post-transplant (p = 0.0418) and in TNF-α between pre-transplant and 30 days post-transplant (p = 0.0001). A negative correlation was observed between cystatin C and TNF-α at pre-transplant and between cystatin C and IL-6 at 180 days post-transplant. Comparison of biopsied and non-biopsied patients showed a significant difference in creatinine and cystatin C at 30 and 180 days post-transplant in biopsied patients. CONCLUSION: Our results showed no significant correlations between CysC, IL-2, IL-6 and TNF-α levels in kidney transplant recipients at short-term follow-up. Moreover, CysC levels were very similar to creatinine levels in contrast to other inflammatory markers studied in biopsied and non-biopsied patients. Further studies are important to evaluate the long-term profile of these markers

    Prognóstico da Coinfecção com SARS-COV2 em indivíduos que vivem com HIV: Revisão integrativa / Prognosis of Co-infection with SARS-COV2 in individuals living with HIV: Literature review

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    Em 2020, emergiu no mundo a pandemia da SARS-COV 2, vírus respiratório com repercussões sistêmicas e a coinfecção de pacientes diagnosticados com HIV é uma preocupação emergente na comunidade de saúde. A resposta adaptativa através de anticorpos e linfócitos T específicos é imprescindível à convalescença do paciente com viroses, que por sua vez demanda um arranjo orquestrado pelos linfócitos TCD4 + os quais possuem um déficit secundário à infecção pelo HIV. Até o momento registram-se 4,55 milhões de óbitos no mundo pelo novo coronavírus e as perspectivas de manejo terapêutico galgam-se em vacinas, já em fase de imunização em massa em todo o globo. Com objetivo de revisar evidências de como é o transcorrer e o prognóstico da coinfecção HIV e SARS-COV2, foi realizada revisão integrativa em bancos de dados com os indexadores “HIV”, “co-infection” e “COVID-19”, resultando em 48 produções e destas, 23 elegíveis. A coinfecção prévia com HIV não foi corroborada como fator de pior prognóstico em pacientes infectado com SARS-COV2, antagonicamente, a revisão da literatura sugere que a terapia antirretroviral pode ter sido determinante para o curso clínico brando na população pesquisada. Paralelamente, alguns autores evidenciaram demora na soroconversão em resposta a COVID-19, bem como falsos negativos na detecção de marcadores virais mediante RT-PCR, exame padrão ouro de diagnóstico, mesmo em pacientes sintomáticos. As pesquisas até então tem limitações, por não ter caráter prospectivo de acompanhamento de pacientes, bem como a amostras serem diminutas conferindo a eles o status prematuro de evidências até o momento

    Prevalência e fatores associados à hesitação vacinal contra a covid-19 no Maranhão, Brasil

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    OBJECTIVES: To estimate the prevalence and factors associated with hesitancy in getting the vaccine against SARS-CoV-2 in Maranhão, Brazil. METHODS: This is a cross-sectional population-based study conducted from October 19 to 30, 2020. The estimates were calculated based on clustering, stratification, and non-response. A three-stage sampling was adopted, considering stratum, census tracts, and domicile. After systematic analysis, thirty sectors were selected in each stratum, totaling 150 sectors. Each sector contained a fixed number of 34 households, thus totaling 5,100 households. One individual within each household (resident for at least six months and aged one year or more) was selected by a simple random sampling. We questioned participants about their vaccination intention. Univariate association between independent variables and the outcome were verified using descriptive analysis (weighted frequencies) and Pearson's chi-square test (p &lt; 0.05). Robust multivariate analysis was performed using a three-level hierarchical model. RESULTS: We found 17.5% (95%CI 16.1–19.1%) of the 4,630 individuals interviewed to report hesitancy to be vaccinated against covid-19. After final model adjustment, vaccination hesitancy was statistically higher among residents of the cities of Imperatriz (24.0%; RP = 1.48; IC95% 1.09–2.02) and municipalities of the Grande Ilha de São Luís (20.7%; RP = 1.34; 95%CI 1.02–1.76), female individuals (19.8%; RP = 1.44; 95%CI 1.20–1.75), older adults (22.8%; RP = 1.79; IC95% 1.30–2.46), evangelicals (24.1%; RP = 1.49; 95%CI 1.24–1.79), and those without reported symptoms (18.6%; RP = 1.24; 95%CI 1.02–1.51). We found no statistical differences for other socioeconomic and demographic characteristics, as well as variables related to the labor market, behaviors, and health conditions of the interviewees. CONCLUSION: The prevalence of vaccine hesitancy in Maranhão and its association with individual, contextual, and clinical factors enable us to identify the groups and contexts of greatest resistance, requiring special attention from public strategies to ensure wide vaccination.OBJETIVOS: Estimar a prevalência e fatores associados à hesitação ao uso da vacina contra o vírus SARS-CoV-2 no Maranhão, Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional realizado de 19 a 30 de outubro de 2020. As estimativas consideraram agrupamento, estratificação e não resposta. A seleção da amostra foi realizada em três estágios (estrato, setores censitários e domicílio). Após análise sistemática, em cada estrato foram selecionados trinta setores, totalizando 150 setores, sendo o número de domicílios em cada setor fixado em 34, totalizando 5.100 domicílios e um indivíduo por domicílio (residente pelo menos há seis meses e com um ano de idade ou mais) selecionado por amostra aleatória simples. A intenção de ser vacinado foi questionada aos participantes. Foi realizada análise descritiva (frequências ponderadas) e teste do qui-quadrado de Pearson para verificar associação univariada entre as variáveis independentes e o desfecho (p &lt; 0,05). Realizou-se análise multivariada robusta utilizando-se modelagem hierarquizada em três níveis. RESULTADOS: Foram entrevistados 4.630 indivíduos. A prevalência de hesitação vacinal foi de 17,5% (IC95% 16,1–19,1%). Após ajuste final do modelo, a hesitação vacinal foi estatisticamente maior entre moradores das cidades de Imperatriz (24,0%; RP = 1,48; IC95% 1,09–2,02) e de munícipios da Grande Ilha de São Luís (20,7%; RP = 1,34; IC95% 1,02–1,76), pessoas do sexo feminino (19,8%; RP = 1,44; IC95% 1,20–1,75), idosos (22,8%; RP = 1,79; IC95% 1,30–2,46), pertencentes às religiões de denominação evangélica (24,1%; RP = 1,49; IC95% 1,24–1,79) e entre aqueles sem relato de sintomas (18,6%; RP = 1,24; IC95% 1,02–1,51). Outras características socioeconômicas e demográficas, assim como variáveis relacionadas ao mercado de trabalho, comportamentos e condições de saúde dos entrevistados, não tiveram diferença estatística. CONCLUSÃO: A prevalência de hesitação vacinal no Maranhão e sua associação com fatores individuais, contextuais e clínicos revelam os grupos e contextos mais resistentes e que devem merecer atenção especial das estratégias públicas para garantir a ampla vacinação
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