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    Mortalidade cerebrovascular: tendência e sazonalidade nas capitais brasileiras, 2000–2019

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    OBJETIVO: Avaliar a tendência e a sazonalidade das taxas de mortalidade cerebrovascular na população adulta das capitais brasileiras de 2000 a 2019. MÉTODOS: Estudo ecológico e descritivo de séries temporais de mortalidade por causas cerebrovasculares em adultos (≥ 18 anos) residentes nas capitais do Brasil no período 2000–2019, obtidas do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Técnicas de estatística descritiva foram aplicadas na análise exploratória dos dados e no resumo de taxas específicas, padronizadas e razões por características sociodemográficas. A regressão de pontos de junção ( jointpoint regression model) e stimou a t endência d as t axas d e m ortalidade c erebrovascular p or s exo, grupos etários e regiões geográficas. A variabilidade sazonal por regiões geográficas das taxas foi estimada utilizando o modelo aditivo generalizado por meio de splines de suavização cúbica. RESULTADOS: As pessoas maiores de 60 anos representaram 77% dos óbitos cerebrovasculares. Predominaram o sexo feminino (52%), a raça branca (47%), os solteiros (59%) e a baixa escolaridade (57%, ensino fundamental). As capitais Recife (20/1.000 hab.) e Vitória (16/1.000 hab.) apresentaram as maiores taxas brutas de mortalidade. Aplicando as taxas padronizadas Recife (49/10.000 hab.) e Palmas (47/10.000 hab.) prevaleceram. As taxas de mortalidade cerebrovascular no Brasil apresentam uma tendência favorável ao declínio em ambos os sexos e em adultos. A sazonalidade mostrou influenciar na elevação das taxas entre os meses de julho a agosto em quase todas as capitais das regiões, exceto na Norte, que se elevaram nos meses de março, abril e maio. CONCLUSÕES: Os óbitos por causa cerebrovascular prevaleceram em pessoas idosas, solteiras e com baixa escolaridade. A tendência foi favorável ao declínio, sendo o inverno o período de maior risco. As diferenças regionais permitem subsidiar os tomadores de decisões em relação à implementação de políticas públicas para reduzir a mortalidade cerebrovascular.OBJECTIVE: To evaluate the trend and seasonality of cerebrovascular mortality rates in the adult population of Brazilian capitals from 2000 to 2019. METHODS: This is an ecological and descriptive study of a time series of mortality due to cerebrovascular causes in adults (≥ 18 years) living in Brazilian capitals from 2000 to 2019, based on the Brazilian Mortality Information System. Descriptive statistical techniques were applied in the exploratory analysis of data and in the summary of specific, standardized rates and ratios by sociodemographic characteristics. The jointpoint regression model was used to estimate the trend of cerebrovascular mortality rates by gender, age groups, and geographic regions. The seasonal variability of rates by geographic regions was estimated using the generalized additive model by smoothing cubic splines. RESULTS: People aged over 60 years comprised 77% of all cerebrovascular deaths. Women (52%), white individuals (47%), single people (59%), and those with low schooling (57%, elementary school) predominated in our sample. Recife (20/1,000 inhab.) and Vitória (16/1,000 inhab.) showed the highest crude mortality rates. Recife (49/10,000 inhab.) and Palmas (47/10,000 inhab.) prevailed after we applied standardized rates. Cerebrovascular mortality rates in Brazil show a favorable declining trend for adults of all genders. Seasonality influenced rate increase from July to August in almost all region capitals, except in the North, which rose in March, April, and May. CONCLUSIONS: Deaths due to cerebrovascular causes prevailed in older single adults with low schooling. The trend showed a tendency to decline and winter, the greatest risk. Regional differences can support decision-makers in implementing public policies to reduce cerebrovascular mortality

    MUDANÇAS CLIMÁTICAS, POLUIÇÃO DO AR E REPERCUSSÕES NA SAÚDE HUMANA: REVISÃO SISTEMÁTICA

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    As principais implicações das mudanças climáticas e da poluição atmosférica sobre a saúde humana, tanto em nível global como no Brasil, têm sido objeto de atenção perante as instituições mundiais. Objetivo: Revisar a literatura sobre os efeitos das mudanças climáticas e da poluição do ar na saúde humana. Método: Revisão sistemática de pesquisas publicadas, entre os anos de 2010-2018, em bases de dados (PubMed, Dimensions, SciELO, Periódicos Capes) por meio de descritores-chaves alusivos à problemática de estudo. Foram selecionados 228 artigos, divididos e organizados sob duas dimensões de buscas e analisados pela técnica bibliométrica. Resultados: No geral, 54% dos estudos foram publicados entre 2010-2012, em sua maioria, assinados por pesquisadores vinculados a instituições públicas brasileiras. A maior parte dos estudos foi realizada na Amazônia Legal e os grupos mais pesquisados foram crianças e idosos. O poluente atmosférico mais investigado foi omaterial particulado com diâmetro inferior a 2,5 µm, que revelou ser um fator de risco grave à saúde humana. Encontrou-se também relação entre eventos climáticos extremos e o aumento do desmatamento e dos casos de morbimortalidade, sobretudo por doenças respiratórias. Conclusão: O fogo sobre a biomassa florestal oriunda do desmate é posto como uma das principais causas das mudanças climáticas e o MP2,5 foi o poluente atmosférico que mais se associou aos agravos à saúde, principalmente nos grupos mais vulneráveis

    Um grau e meio. E daí?

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    Variabilidade climática aumenta a morbimortalidade associada ao material particulado

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    OBJETIVO: Analisar se o material particulado fino (PM2,5), bem como seu efeito sinérgico com a temperatura máxima, a umidade e as estações do ano estão associados à morbimortalidade por doenças cardiovasculares. MÉTODOS: Estudo ecológico de séries temporais. Foram utilizados como desfechos os registros diários de óbito e internação em adultos com 45 anos ou mais de idade para os anos de 2009 a 2011 nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, Mato Grosso, Brasil. Utilizou-se regressão de Poisson via modelos aditivos generalizados, assumindo-se um nível de significância de 5%. O modelo foi controlado para tendência temporal, sazonalidade, temperatura média, umidade e efeitos de calendário. Concentrações diárias de PM2,5 (material particulado com diâmetro aerodinâmico inferior a 2,5 micrômetros) foram obtidas por meio da conversão dos valores da espessura ótica de aerossóis. Temperatura máxima, umidade e estações do ano foram incluídas separadamente ao modelo como variáveis indicadoras para análise do efeito sinérgico do PM2,5 com a morbimortalidade por doenças cardiovasculares. Foi calculado o aumento percentual de risco relativo (%RR) dos óbitos e internações para o aumento linear de 10 μg/m3 de PM2,5. RESULTADOS: Entre 2009 e 2011, o aumento de PM2,5 foi associado a um %RR 2,28 (IC95% 0,53–4,06) para internações no mesmo dia de exposição e %RR 3,57 (IC95% 0,82–6,38) para óbitos com uma defasagem de três dias. Em dias quentes, observou-se %RR 4,90 (IC95% -0,61–9,38) para óbitos. Não foi observada modificação de efeito do PM2,5 pela temperatura máxima relacionada as internações. Em dias com baixa umidade, o %RR foi 5,35 (IC95% -0,20–11,22) para óbitos e 2,71 (IC95% -0,39–5,92) para internações. Na estação seca, o %RR foi 2,35 (IC95% 0,59–4,15) para internações e 3,43 (IC95% 0,58–6,35) para óbitos. CONCLUSÕES: O PM2,5 está associado à morbimortalidade por doenças cardiovasculares e seus efeitos podem ser potencializados pelo calor, pela baixa umidade e durante a estação secaOBJECTIVE: The objective of this study has been to analyze whether fine particulate matter (PM2.5), as well as its synergistic effect with maximum temperature, humidity, and seasons, is associated with morbidity and mortality from cardiovascular diseases. METHODS: This is an ecological study of time series. We have used as outcomes the daily death and hospitalization records of adults aged 45 years and over from 2009 to 2011 of the municipalities of Cuiabá and Várzea Grande, State of Mato Grosso, Brazil. We have used Poisson regression using generalized additive models, assuming a significance level of 5%. The model has been controlled for temporal trend, seasonality, average temperature, humidity, and season effects. Daily concentrations of PM2.5 (particulate material with aerodynamic diameter less than 2.5 micrometers) have been obtained by converting the values of optical aerosol thickness. Maximum temperature, humidity, and seasons have been separately included in the model as dummy variables for the analysis of the synergistic effect of PM2.5 with morbidity and mortality from cardiovascular disease. We have calculated the percentage increase of relative risk (%RR) of deaths and hospitalizations for the linear increase of 10 μg/m3 of PM2.5. RESULTS: Between 2009 and 2011, the increase in PM2.5 was associated with a %RR 2.28 (95%CI 0.53–4.06) for hospitalizations on the same day of exposure and RR% 3.57 (95%CI 0.82–6.38) for deaths with a lag of three days. On hot days, %RR 4.90 (95%CI -0.61–9.38) was observed for deaths. No modification of the effect of PM2.5 was observed for maximum temperature in relation to hospitalizations. On days with low humidity, %RR was 5.35 (95%CI -0.20–11.22) for deaths and 2.71 (95%CI -0.39–5.92) for hospitalizations. In the dry season, %RR was 2.35 (95%CI 0.59–4.15) for hospitalizations and 3.43 (95%CI 0.58–6.35) for deaths. CONCLUSIONS: The PM2.5 is associated with morbidity and mortality from cardiovascular diseases and its effects may be potentiated by heat and low humidity and during the dry seaso

    Health Impact Assessment in protected areas: a proposal for urban contexts in Brazil

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    Abstract: The use of Health Impact Assessment (HIA) in the establishment of an urban protected area can enhance the positive impacts and mitigate the negative impacts resulting from its implementation. Brazil hosts some of the most important biodiversity hotspots in the world and the HIA may benefit biodiversity and human health. These areas are commonly created without any preceding survey to assess their impacts on health. Protected areas located in urban zones are essential to maintain environmental balance and quality of life in cities. It promotes positive impacts on health, providing ecosystem services and salutogenic benefits. However, they can generate negative impacts such as the violation of human rights, property speculation, spread of vectorial diseases, and psychosocial stress. Based on the identification of the potential impacts of urban protected areas on health and best practices, this qualitative and exploratory study justifies the use of HIA in urban protected areas, especially in the Brazil, and indicates the main elements for the construction of a methodological approach to contribute to the Sustainable Development Goals and one of its alternatives, the Buen Vivir approach

    Impactos na saúde humana de partículas emitidas por queimadas na Amazônia brasileira

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    OBJECTIVE: To analyze the impact on human health of exposure to particulate matter emitted from burnings in the Brazilian Amazon region. METHODS: This was an ecological study using an environmental exposure indicator presented as the percentage of annual hours (AH%) of PM2.5 above 80 μg/m3. The outcome variables were the rates of hospitalization due to respiratory disease among children, the elderly and the intermediate age group, and due to childbirth. Data were obtained from the National Space Research Institute and the Ministry of Health for all of the microregions of the Brazilian Amazon region, for the years 2004 and 2005. Multiple regression models for the outcome variables in relation to the predictive variable AH% of PM2.5 above 80 μg/m3 were analyzed. The Human Development Index (HDI) and mean number of complete blood counts per 100 inhabitants in the Brazilian Amazon region were the control variables in the regression analyses. RESULTS: The association of the exposure indicator (AH%) was higher for the elderly than for other age groups (β = 0.10). For each 1% increase in the exposure indicator there was an increase of 8% in child hospitalization, 10% in hospitalization of the elderly, and 5% for the intermediate age group, even after controlling for HDI and mean number of complete blood counts. No association was found between the AH% and hospitalization due to childbirth. CONCLUSIONS: The indicator of atmospheric pollution showed an association with occurrences of respiratory diseases in the Brazilian Amazon region, especially in the more vulnerable age groups. This indicator may be used to assess the effects of forest burning on human health.OBJETIVO: Analisar o impacto à saúde humana pela exposição ao material particulado das emissões de queimadas na Amazônia brasileira. MÉTODOS: Estudo ecológico utilizando o indicador de exposição ambiental apresentado como percentagem anual de horas (AH%) de PM2,5 acima de 80 μg/m³ e como desfecho taxas de hospitalização por doenças respiratórias em crianças, idosos e grupos etários intermediários e taxas de hospitalização por parto. Os dados foram obtidos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e do Ministério da Saúde para todas as microrregiões da Amazônia Brasileira, nos anos 2004 e 2005. Foram analisados modelos de regressão múltipla das variáveis de desfecho com a variável preditora AH% acima de 80 μg/m³ para PM2,5. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o número médio de hemogramas por 100 habitantes na região da Amazônia brasileira foram variáveis de controle nas análises de regressão. RESULTADOS: Observou-se maior associação do indicador de exposição (AH%) para os idosos do que para outros grupos etários (β = 0,10). Para cada ponto percentual de aumento no indicador de exposição, houve aumento de 10% na taxa de hospitalização de idosos, 8% em internações de crianças, e 5% para a faixa etária intermediária, mesmo ajustando por IDH e número médio de hemogramas. Não foi encontrada associação entre AH% e a taxa de hospitalização por parto. CONCLUSÕES: O indicador de poluição atmosférica mostrou associação com a ocorrência de doenças respiratórias, em especial nos grupos etários mais vulneráveis da Amazônia brasileira, podendo ser utilizado na abordagem dos efeitos da queima das florestas na saúde humana.OBJETIVO: Analizar el impacto a la salud humana por la exposición al material particulado de las emisiones de incendios en el Amazonas brasilero. MÉTODOS: Estudio ecológico utilizando el indicador de exposición ambiental, presentado como porcentaje anual de horas (AH%) de PM2,5 encima de 80 µg/m³ y como resultado tasas de hospitalización por enfermedades respiratorias en niños, ancianos y grupos etarios intermediarios y tasas de hospitalización por parto. Los datos fueron obtenidos del Instituto Nacional de Pesquisas Espaciales y del Ministerio de la Salud de Brasil para todas las microrregiones del Amazonas Brasilero, en los años 2004 y 2005. Fueron analizados modelos de regresión múltiple de las variables de resultado con la variable predoctora AH% encima de 80 µg/m³ para PM2,5. El Índice de Desarrollo Humano (IDH) y el número promedio de hemogramas por 100 habitantes en la región del Amazonas Brasilero fueron variables de control en los análisis de regresión. RESULTADOS: Se observó mayor asociación del indicador de exposición (AH%) para los ancianos en comparación con otros grupos etarios (? = 0,10). Para cada punto porcentual de aumento en el indicador de exposición, hubo aumento de 10% en la tasa de hospitalización de ancianos, 8% en internaciones de niños, y 5% para el grupo etario intermedio, aún ajustando por IDH y número promedio de hemogramas. No fue encontrada asociación entre AH% y la tasa de hospitalización por parto. CONCLUSIONES: El indicador de polución atmosférica mostró asociación con la ocurrencia de enfermedades respiratorias, en especial en los grupos etarios más vulnerables del Amazona Brasilero, pudiendo ser utilizado en el abordaje de los efectos de incendios de las selvas en la salud humana.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMS)/Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde - DECI

    Mortalidade por doenças cardiorrespiratórias em idosos no estado de Mato Grosso, 1986 a 2006

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    OBJECTIVE: To describe time trends of mortality due to cardiorespiratory diseases in elderly people. METHODS: Epidemiological descriptive study with an ecological time series approach conducted in the state of Mato Grosso, Central-West Brazil, between 1986 and 2006. Data were obtained from the Brazilian Ministry of Health Mortality Database. Linear regression models were adjusted to analyze trends in mortality rates by age groups (60 to 69; 70 to 79; and 80 or more) and gender. RESULTS: There was an increase in proportion of deaths due to respiratory diseases and a decrease in proportion of deaths due to cardiovascular diseases. As for gender, cardiovascular rates were 15% lower in women than men and respiratory rates were similar in both men and women. High mortality rates for respiratory and cardiovascular diseases were observed with increasing trends among the oldest-old groups. The annual average increase for respiratory and cardiovascular diseases in those aged 80 years and older was 1.99 and 3.43 deaths, respectively. CONCLUSIONS: The state of Mato Grosso shows high mortality rates due to cardiorespiratory disease among elderly people with increasing trends among the oldest-old groups.OBJETIVO: Describir la evolución temporal de la mortalidad por enfermedades cardiorrespiratorias en ancianos. MÉTODOS: Estudio epidemiológico descriptivo con delineamiento ecológico de series temporales realizado en el Estado de Mato Grosso, Centro-Oeste de Brasil, de 1986 a 2006. Se utilizaron datos sobre enfermedades de los aparatos respiratorio y circulatorio obtenidos del Sistema de Información sobre Mortalidad del Ministerio de la Salud. Modelos de regresión lineal simple fueron ajustados para evaluar la tendencia de las tasas específicas de mortalidad por grupos específicos de edad (60 a 69, 70 a 70 y 80 o más años) y sexo. RESULTADOS: Hubo aumento en la proporción de óbitos por enfermedades respiratorias y disminución por enfermedades cardiovasculares. En la comparación de tasas entre los sexos, las mujeres presentaron tasas 15% menores para las causas cardiovasculares y tasas similares al sexo masculino para las causas respiratorias Se observó tasa elevada de mortalidad por enfermedades respiratorias y cardiovasculares, con importante tendencia de incremento entre los grupos más longevos. En ancianos con edad ³80 años o aumento anual promedio en la tasa de mortalidad por enfermedades respiratorias fue de 1,99 óbitos y de 3,43 por enfermedades del aparato circulatorio. CONCLUSIONES: El Estado de Mato Grosso presenta elevada tasa de mortalidad por enfermedades respiratorias y cardiovasculares en ancianos, con importante tendencia de incremento entre los grupos más longevos.OBJETIVO: Descrever a evolução temporal da mortalidade por doenças cardiorrespiratórias em idosos. MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo com delineamento ecológico de séries temporais realizado no estado do Mato Grosso, de 1986 a 2006. Foram utilizados dados sobre doenças dos aparelhos respiratório e circulatório obtidos do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Modelos de regressão linear simples foram ajustados para avaliar a tendência das taxas específicas de mortalidade por grupos específicos de idade (60 a 69, 70 a 79 e 80 ou mais anos) e sexo. RESULTADOS: Houve aumento na proporção de óbitos por doenças respiratórias e diminuição por doenças cardiovasculares. Na comparação de taxas entre os sexos, as mulheres apresentaram taxas 15% menores para as causas cardiovasculares e taxas similares ao sexo masculino para as causas respiratórias. Foi observada taxa elevada de mortalidade por doenças respiratórias e cardiovasculares, com importante tendência de incremento entre os grupos mais longevos. Em idosos com idade >; 80 anos o aumento anual médio na taxa de mortalidade por doenças respiratórias foi de 1,99 óbitos e de 3,43 por doenças do aparelho circulatório. CONCLUSÕES: O estado de Mato Grosso apresenta elevada taxa de mortalidade por doenças respiratórias e cardiovasculares em idosos, com importante tendência de incremento entre os grupos mais longevos

    Particulate matter originating from biomass burning and respiratory

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    OBJETIVO: Analisar os efeitos da exposição de partículas finas de queimadas sobre as internações por doenças respiratórias em crianças e idosos. MÉTODOS: Estudo ecológico de série temporal em Cuiabá, estado de Mato Grosso, região da Amazônia brasileira, durante 2005. Níveis diários de material particulado fino PM2.5 foram estimados e disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Variáveis relacionadas a temperatura, umidade relativa e ajustes por tendência temporal, sazonalidade e efeitos de calendário foram incluídos no modelo. Utilizou-se a Regressão de Poisson por modelos aditivos generalizados. RESULTADOS: Crescimento de 10 mg/m3 nos níveis de exposição ao PM2.5 foi associado a aumentos de 9,1%, 9,2% e 12,1% das internações hospitalares de crianças, relacionados às médias móveis de 1, 2 e 5 dias, respectivamente. O nível de exposição ao material particulado foi associado a aumentos de 11,4%, 21,6% e 22,0% em crianças, referentes às médias móveis de 1, 5 e 6 dias, respectivamente, para a estação seca. Não foram observadas associações significativas para os idosos. CONCLUSÕES: Foi evidenciada a influência de PM2.5 sobre a ocorrência de internações por doenças respiratórias em crianças < 5 anos, na região estudada.OBJECTIVE: To analyze the effects of exposure to fine particulate matter from burning on hospital admissions due to respiratory diseases in children and the elderly. METHODS: This is an ecological time series study that took place in the city of Cuiaba, Mato Grosso, in Brazil's Amazon Region, in 2005. Information on the daily levels of fine particulate matter PM2.5 was made available by the Brazilian National Institute for Spatial Research. The model included variables related to temperature, relative humidity and adjusts for seasonality and calendar effects. Poisson regression with generalized additive models was used. RESULTS: A 10 µg/m3 increase in the level of exposure to PM2.5 was associated with increases of 9.1%, 9.2% and 12.1% in hospital admissions due to respiratory diseases in children for moving averages of 1, 2 and 5 days, respectively. For the dry season, the level of exposure to particulate matter was associated with increases of 11.4%, 21.6% and 22.0% in hospital admissions in children for moving averages of 1, 5 and 6 days, respectively. No significant link was noticed in the elderly. CONCLUSIONS: The results show the influence of PM2.5 on hospitalizations for respiratory disease in children under 5 in the region studied
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