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Melhoria da brancura de pastas sulfito ácido de eucalipto
Mestrado em Ciência e Engenharia de MateriaisDe acordo com a prática realizada na indústria, o branqueamento de pasta
sulfito ácido de eucalipto é realizado por um processo TCF de dois estágios
E(O)P-EP obtendo-se uma brancura final de 88,5-89,0% ISO. A sua utilização
compreende a produção de papéis de impressão e escrita, papéis especiais,
“tissue”, viscose, entre outras aplicações. As exigências futuras do mercado na
área da produção de papel especial e, às vezes, de impressão exigem um
grau de brancura de pasta de 90-91% ISO. Com o objectivo de viabilizar a
utilização da pasta sulfito ácido de eucalipto nesta área executaram-se estudos
no sentido de aumentar o seu grau de brancura minimizando o impacto a nível
do preço e investimento requerido na indústria.
Estudaram-se os parâmetros envolvidos na sequência fabril, tendo-se obtidos
resultados satisfatórios. Estes resultados foram confirmados através da
realização de um ensaio à escala industrial. Como não foi atingido o objectivo
de obter uma pasta de grau de brancura 91% ISO, foram utilizados
catalisadores/ iniciadores de peróxidos no estágio EP que permitiram obter um
incremento na brancura final da pasta de apenas 0.1-0.3% revelando-se
ineficazes para o objectivo pretendido. Propôs-se um estágio complementar
utilizando vários reagentes, incluindo ozono, dióxido de cloro, hipoclorito e
ditionito. Todos os reagentes oxidantes verificaram-se ineficazes excepto o
ditionito. O estágio redutor complementar à sequência de branqueamento
permitiu alcançar, à escala laboratorial, o grau de brancura de pasta de 90.5%.
Um ensaio à escala industrial confirmou este resultado bem como a viabilidade
de implementar esse estágio nas instalações existentes da CAIMA.
Finalmente, implementou-se um pré-estágio pressurizado com oxigénio à
sequência de branqueamento que permitiu alcançar uma brancura final de
pasta de 91.4%.
ABSTRACT: According to established industrial practice, the magnesium-based acid
sulphite eucalypt pulp is bleached by a two-stage E(O)P-EP TCF bleaching
sequence allowing a final pulp brightness of 88.5-89.0% ISO. This pulp founds
applications for the production of viscose, tissue and printing papers among
others. The further market developments, for instance, application for some
printing and special papers, request the pulp brightness improvement to 90-
91% ISO without significant increase of its price and investments to the existing
bleaching facilities.
Aiming to improve the acid sulphite eucalypt pulp brightness from 88-89% to
90-91% ISO the conditions of the conventional E(O)P-EP bleaching were
optimised. This allowed the increase of final pulp brightness to about 90%.
Several hydrogen peroxide catalysts/ activators (TAED, CyA and PAG) and
peracetic acid were applied at the second EP stage tough without significant
improvement of the pulp brightness. A complementary stage to the bleaching
sequence was studied using ozone, chlorine dioxide, hypochlorite and
dithionite. All the oxidative reagents revealed to be ineffective in the final
bleaching stage. On the other hand, the use of dithionite in the complementary
final stage allowed obtaining 90.5% ISO brightness of the pulp. An industrial
scale experiment confirmed these results as well as the feasibility of
implementing this technology using the CAIMA’s facilities. Finally, a peroxidereinforced
oxygen pre-delignification stage to the bleaching sequence was
studied allowing reaching a final brightness of 91.4%
Uma Sequência de Ensino para a Introdução de Logaritmo: Estudo exploratório usando a calculadora
Este artigo descreve um estudo preliminar sobre o processo ensino-aprendizagem dos logaritmos com
alunos da lª série do ensino médio. Primeiramente, será apresentada uma sequência de ensino desse
conteúdo, baseada em situações-problema envolvendo equações exponenciais, integradas com o uso da
calculadora. Nelas os logaritmos assumem o papel de ferramenta de resolução. Os resultados, analisados
qualitativamente, indicam que:
(a) houve uma tendência à utilização do pensamento linear;
o conceito de logaritmo foi, em todas as etapas da sequência, mais bem explicitado oralmente do que por
escrito, usando simbologia matemática;
a calculadora, que inicialmente foi vista como uma ferramenta desnecessária passou a assumir o papel de
facilitadora dos cálculos envolvidos. O estudo conclui que a abordagem desenvolvida por nossa sequência
parece favorecer a formação do conceito de logaritmo para esse grupo e que é necessário fazer ajustes
nessa sequência para, então, voltar a testá-la
A pesquisa na sala de aula de matemática das séries iniciais do ensino fundamental. Contribuições teóricas da psicologia
A Fração nas Perspectivas do Professor e do Aluno dos Dois Primeiros Ciclos do Ensino Fundamental
O presente estudo visa discutir o ensino e a aprendizagem do conceito de fração nas séries iniciais do Ensino Fundamental a partir de uma pesquisa diagnóstica aplicada paralelamente a 70 professores polivalentes e a 131 alunos que cursavam 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental. A análise dos resultados oferece indícios de que os professores têm, em geral, um prognóstico do desempenho dos alunos longe do real, havendo uma tendência de superestimar o nível de acertos, principalmente no que tange aos alunos da 4ª série. Uma possível causa para essa discrepância pode estar relacionada ao fato da maioria dos professores não ter claro os diferentes significados que as frações assumem, o que os leva a apresentar estratégias de ensino que nem sempre auxiliam seus alunos a superar falsas concepções sobre esse conceito. Tais estratégias resumem-se à indicação do uso de material concreto à utilização do desenho para facilitar comparações perceptuais, em detrimento do ensino de ordem e equivalência, invariantes operatórios necessários para a compreensão do referido conceito. Os alunos, por sua vez, apresentaram desempenhos insuficientes em muitos dos problemas apresentados, principalmente naqueles cujos significados se relacionavam aos significados “número” e “operador multiplicativo”.
Palavras-chave: Conceito de fração. Ensino Fundamental. Professor polivalente. Prognóstico. Estratégias de ensino.O presente estudo visa discutir o ensino e a aprendizagem do conceito de fração nas séries iniciais do Ensino Fundamental a partir de uma pesquisa diagnóstica aplicada paralelamente a 70 professores polivalentes e a 131 alunos que cursavam 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental.. A análise dos resultados oferece indícios de que os professores têm, em geral, um prognóstico do desempenho dos alunos longe do real, havendo uma tendência de superestimar o nível de acertos, principalmente no que tange aos alunos da 4ª série. Uma possível causa para essa discrepância pode estar relacionada ao fato da maioria dos professores não ter claro os diferentes significados que as frações assumem, o que os leva a apresentar estratégias de ensino que nem sempre auxiliam seus alunos a superar falsas concepções sobre esse conceito. Tais estratégias resumem-se à indicação do uso de material concreto à utilização do desenho para facilitar comparações perceptuais, em detrimento do ensino de ordem e equivalência, invariantes operatórios necessários para a compreensão do referido conceito. Os alunos, por sua vez, apresentaram desempenhos insuficientes em muitos dos problemas apresentados, principalmente naqueles cujos significados se relacionavam as significados “número” e “operador multiplicativo”.
Palavras Chave: Conceito de Fração. Ensino Fundamental. Professor Polivalente. Prognóstico. Estratégias de Ensino
A aprendizagem da média aritmética simples a partir de materiais didáticos distintos: uma comparação entre duas propostas de ensino
Este artigo tem por objetivo apresentar uma análise comparativa entre dois estudos que investigaram a formação do conceito de média aritmética simples. Os estudos foram realizados com estudantes do 5o ano do ensino fundamental (antiga 4a série) de uma mesma escola pública situada em uma zona central da cidade de São Paulo. Os estudos utilizaram os mesmos instrumentos diagnósticos (pré e pós-testes) e trabalharam as mesmas atividades (situações-problema) em suas intervenções de ensino. Eles, porém, diferiram quanto ao material didático utilizado: um trabalhou em ambiente computacional, com o software Tabletop, e o outro usou material manipulativo, especificamente uma tábua de gráfico, feita de chapa galvanizada, acompanhada de ímãs com formas e cores distintas. Os resultados apontam que os alunos que usaram material manipulativo tiveram melhores desempenhos nas atividades de média do que os que trabalharam com o Tabletop. Essa diferença, porém, não foi estatisticamente significativa. O comportamento dos estudantes de ambos os grupos nos testes seguiu a mesma tendência, tanto no que tange ao acerto quanto ao erro. O estudo conclui que as intervenções interferiram positivamente no processo de abstração, do tipo pseudo-empírica, desses estudantes
Investigating the factors which influence the child's conception of angle.
The aim of the present study is to investigate the factors which influence
the child's understanding of angle. Fifty-four students aged from 6 to 14, were
set 92 activities to solve in three separate sections. The activities were
elaborated according to six interwoven variables: (a) activities in static and
dynamic perspectives carried out under (b) three different representational
systems: oral (everyday life model), written (paper and pencil model), and bodysyntonic
(Logo model). These were inserted in three situations (c), rotation,
navigation and comparison, using (d) different materials. The children were
asked (e) to perform an action or to recognise differences and similarities
between angles, followed by an explanation, or description of what they had
done. All activities involved (f) different sizes of angle.
The findings were submitted to both quantitative and posteriori qualitative
analysis. Cross-sectionally by age, the data indicate a strong trend of improved
performance with age. This points to a developmental effect, but the school's
influence has to be taken into account.
The results suggest that the child's acquisition of the conception of angle
has a dynamic perspective as its starting-point. In particular, the children
performed better within activities which involved rotation. This does not imply
that every child used the dynamic perspective of angle consistently across all
tasks. In fact the choice of perspective frequently changedaccording to the
meaning of the situation, which could sometimes be depended on cultural
influences. This was particularly apparent in the watch arena, the situation which
the children were most successful. In a comparison of representational
systems, the best performances were achieved in activities on Logo, while
activities conducted with paper & pencil proved to be the most difficult.
Performance was also enhanced in tasks which required action by the children.
These findings indicate that there exist various factors influencing a
child's understanding of angle, and these factors are close interrelated
Estratégias de Interpretação Gráfica de uma Professora Polivalente ao Manipular Dados no Ambiente Computacional
The present paper refers to the analyses of one primary school teacher’s manipulation of graphics dealing with basic Statistics concepts. The teacher’s formation occurred during workshops as well as individual meetings carried out at the school where this teacher works. The main themes were graphic manipulation and representation of data inside a computational environment. For the purpose of this paper, we will present an analysis of the teacher’s strategies to solve a ‘pontual question’. The results indicate that the teacher preferred to read graphics as if they were simplified tables, avoiding the iconic representation. Although frequency tables are often an efficient way to analyze data, there are moments in which tables alone are not sufficient, and a graphic representation is necessary. This teacher’s rejection of the graphic mode also reveals her lack of familiarity with the technology.
Keywords: Teacher Formation. Data Handling. Primary School. Computer Environment. Concept Formation.Este artigo refere-se à análise das estratégias de manipulação de dados por uma professora das séries iniciais do Ensino Fundamental, sobre a formação de conceitos elementares de estatística. A formação ocorreu em oficinas realizadas numa escola pública e também em encontros individuais, tendo como tema a manipulação e representação de dados no ambiente computacional. Neste artigo nos deteremos à análise da resolução adotada pela professora em uma questão pontual. Os resultados dessa análise indicam que a professora em questão apresentava uma preferência para ler os gráficos como se fossem tabelas simplificadas (tabelas de freqüência), evitando assim a representação icônica. Embora tabelas de freqüência, muitas vezes, proporcionem um meio eficaz para análise dos dados, há momentos em que só as tabelas não são suficientes, fazendo-se necessário o uso da representação gráfica. Essa rejeição pelo modo gráfico revela também a pouca familiaridade da professora com a tecnologia que tinha em mãos.
Palavras-chave: Manipulação de Dados. Formação de Professor. Informática Educativa. Ensino Fundamental. Formação de Conceitos
Como professoras dos anos iniciais de jequié - BA percebem o conceito de número?
O conceito de número é possivelmente “um dos conceitos que mais despertou interesse dos pesquisadores” (Nacarato, 2000), entretanto, Burgo, Nogueira e Bellini (2010) anunciam um hiato existente entre os frutos das pesquisas e o ensino do número. As autoras evidenciam a necessidade de o professor conhecer como as crianças constroem tal conceito para poder nortear sua prática docente, com atividades que propiciem essa construção. Isto por que, a construção do conceito de número não é tão simples, o fato de ele ter diferentes funções leva-nos a necessidade de compreendê-lo com base em seus diversos significados. Diante disto, investigamos que concepção(ões) está(ão) presente(s) quando professores se propõem trabalhar o conceito de número com alunos do 1º e 2º ano do ensino fundamental de escolas de Jequié – BA. Apresentaremos um recorte de nossa dissertação de mestrado em que constatamos que as professoras investigadas possuem a concepção de que número é sinônimo de numeral, confundindo o número com a sua representação. Tal confusão pode se refletir no momento do ensino. A confusão do objeto matemático com a sua representação pode implicar no entendimento que seus alunos já sabem o que é número quando eles, reconhecem, nomeiam e representam numerais
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