6 research outputs found
Etnobotânica e estrutura populacional do butiá, Butia catarinensis Noblick & Lorenzi (Arecaceae) na comunidade dos Areais da Ribanceira de Imbituba/SC
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2011Os Areais da Ribanceira de Imbituba/SC correspondem a uma área de uso comum caracterizada como um mosaico de restinga, capoeiras e roças. É uma área de grande interesse conservacionista, na qual a comunidade local propôs junto ao Ministério do Meio Ambiente a criação de uma Unidade de Conservação de uso sustentável. O principal motivo dessa proposta é a permanência no local dos agricultores que têm como principal atividade a agricultura em pequena escala baseada em uso e pousio da terra, sendo seus principais cultivos as variedades locais de mandioca, milho e melancia. Como uma das consequências deste tipo de atividade está o aumento da agrobiodiversidade e a manutenção da biodiversidade da região. Entre as plantas da restinga que permanecem neste local está o Butia catarinensis Noblick & Lorenzi, uma espécie recém descrita como endêmica da restinga do sul do Brasil, que apresenta forte relação com os moradores da região. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o conhecimento ecológico e botânico local dos agricultores dos Areais da Ribanceira sobre a B. catarinensis, bem como suas formas e finalidades de uso, formas de coleta e manejo; buscou reunir informações sobre a cadeia produtiva; e buscou entender como o manejo da forma que é feito atualmente pode influenciar na reposição de indivíduos dessa população. No total foram 38 entrevistas, sendo 31 com agricultores, cinco com sorveterias, uma com um intermediário e uma com uma produtora de Florianópolis. Foram registradas informações quanto à nomenclatura específica para as partes da planta do butiá, variedades locais reconhecidas, épocas de floração e frutificação, 18 diferentes finalidades de usos, 23 diferentes animais/grupos de animais que se alimentam do butiá, e 14 diferentes visitantes florais. Foram registradas três formas principais de coleta: uma para fim alimentício imediato, outro para fim alimentício da unidade familiar e o terceiro para fins comerciais. Sobre a cadeia produtiva: o butiá extraído da região dos Areais da Ribanceira é comercializado tanto in natura quanto na forma de sorvetes e picolés no município de Florianópolis. Atingindo os mais variados públicos uma vez que as sorveterias de Imbituba apresentam mais de 300 quiosques ao longo do trajeto Imbituba - Florianópolis, assim como a fabrica de Florianópolis comercializa seus produtos dentro dos três maiores shoppings centers da ilha. Sobre a estrutura populacional da espécie, as seis diferentes áreas amostradas apresentaram diferentes padrões de distribuição. Não houve correlação entre altura e produtividade, mas foi verificada correlação negativa entre densidade de adultos e produção de cachos. Percebe-se uma forte relação da comunidade com o ambiente de restinga e com o butiá. Também se percebe o grande potencial de mercado de produtos provenientes desta planta como um todo. Deste modo estimula-se o manejo local da agrobiodiversidade através da manutenção e permanência de pequenos agricultores, seja através de agricultura familiar ou comunitária, que em conjunto com o manejo esclarecido e monitorado da biodiversidade nativa da Mata Atlântica e sua coleta em baixa escala permite a permanência de pequenas comunidades em locais de interesse conservacionista
Influência da despolpa do fruto e do choque térmico na germinação de Butia catarinensis Noblick & Lorenzi
Butia catarinensis Noblick & Lorenzi is a palm tree endemic to the coast of southern Brazil, with socio-economic importance for local people who collect Butia fruits. This research presents a test of germination of B. catarinensis from 12 different matrices from the sandy banks of Areais da Ribanceira of Imbituba, Santa Catarina. We selected 600 fruits with no signals of predation, which were separated into three treatments: (T1) entire fruit, with epicarp and mesocarp (control); (T2) no pulp, or fruits which epicarp and mesocarp were removed; and (T3) no pulp with thermal shock of 60 oC for 1 minute; with four replications for each treatment. The germination of the seeds occurred after the 12th month of the experiment and after 18 months of monitoring it had positive results in the following percentages: 7.5% control, 3.5% no pulp and 1.0% no pulp with thermal shock. Contrary to what was expected, the control treatment had a higher germination percentage than the other two treatments.Butia catarinensis Noblick & Lorenzi é uma palmeira endêmica do litoral sul do Brasil, possuindo uma grande importância sócio-econômica com a população local que coleta seus frutos. Este trabalho apresenta um teste de germinação de sementes de B. catarinensis obtidas de 12 matrizes diferentes da região de restinga dos Areais da Ribanceira de Imbituba, Santa Catarina. Foram selecionados 600 frutos, sem sinais de predação, distribuídos em três tratamentos: (T1) fruto inteiro, com epicarpo e mesocarpo (controle); (T2) fruto despolpado (retirada do epicarpo e do mesocarpo); e (T3) despolpado (retirada do epicarpo e do mesocarpo) com choque térmico de um minuto imerso em água a 60 °C, com quatro repetições para cada tratamento. A geminação das sementes ocorreu somente no 12º mês do experimento e após 18 meses o tratamento controle apresentou uma taxa de germinação de 7,5%, seguido pelo fruto despolpado (3,5%) e o fruto despolpado com choque térmico (1,0%). Ao contrário do que era esperado, o tratamento controle teve uma maior porcentagem de germinação quando comparado aos outros dois tratamentos
Bromeliaceae do Pico Piraí, APA de Guaratuba (Guaratuba - Paraná)
Orientador: Raquel Rejane Bonato NegrelleMonografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Curso de Graduação em Ciências BiológicasResumo : Apresentam-se resultados de levantamento florístico das espécies de Bromeliaceae Juss. no Pico Pirai, Complexo do Araraquara (Mun. Guaratuba, Paraná). Constatou-se a ocorrência de 26 espécies pertencentes a nove gêneros e três sub-famílias. Em Bromelioideae identificou-se a maior diversidade de gêneros e para Tillandsioideae registrou-se o maior numero de espécies, embora a grande maioria destas incluída em um único gênero (Vriesea). Aechmea ornata (Gaudichaud) Baker Nidularium procerum Lindman, Tillandsia stricta Solander var. stricta, Vriesea altodaserrae L. B. Smith, Vriesea erythrodactylon (E. Morren) E. Morren ex Mez, Vriesea flava Costa, Luther e Wand., Vriesea friburgensis Mez var. paludosa, Vriesea hoehneana L. B. Smith, Vriesea inflata (Wawra) Wawra e Wittrockia superba Lindman foram registradas pela primeira vez para a região estudada. Detectou-se a ocorrência de Dickya lepidostachia Baker após 40 anos do ultimo registro de coleta da espécie. Sao apresentados chave dicotômica para identificação, assim como, descrições, nomes populares, fenologia, distribuição geográfica para cada espécie identificada
Etnobotânica e estrutura populacional do butiá, Butia catarinensis Noblick
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2011Os Areais da Ribanceira de Imbituba/SC correspondem a uma área de uso comum caracterizada como um mosaico de restinga, capoeiras e roças. É uma área de grande interesse conservacionista, na qual a comunidade local propôs junto ao Ministério do Meio Ambiente a criação de uma Unidade de Conservação de uso sustentável. O principal motivo dessa proposta é a permanência no local dos agricultores que têm como principal atividade a agricultura em pequena escala baseada em uso e pousio da terra, sendo seus principais cultivos as variedades locais de mandioca, milho e melancia. Como uma das consequências deste tipo de atividade está o aumento da agrobiodiversidade e a manutenção da biodiversidade da região. Entre as plantas da restinga que permanecem neste local está o Butia catarinensis Noblick & Lorenzi, uma espécie recém descrita como endêmica da restinga do sul do Brasil, que apresenta forte relação com os moradores da região. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o conhecimento ecológico e botânico local dos agricultores dos Areais da Ribanceira sobre a B. catarinensis, bem como suas formas e finalidades de uso, formas de coleta e manejo; buscou reunir informações sobre a cadeia produtiva; e buscou entender como o manejo da forma que é feito atualmente pode influenciar na reposição de indivíduos dessa população. No total foram 38 entrevistas, sendo 31 com agricultores, cinco com sorveterias, uma com um intermediário e uma com uma produtora de Florianópolis. Foram registradas informações quanto à nomenclatura específica para as partes da planta do butiá, variedades locais reconhecidas, épocas de floração e frutificação, 18 diferentes finalidades de usos, 23 diferentes animais/grupos de animais que se alimentam do butiá, e 14 diferentes visitantes florais. Foram registradas três formas principais de coleta: uma para fim alimentício imediato, outro para fim alimentício da unidade familiar e o terceiro para fins comerciais. Sobre a cadeia produtiva: o butiá extraído da região dos Areais da Ribanceira é comercializado tanto in natura quanto na forma de sorvetes e picolés no município de Florianópolis. Atingindo os mais variados públicos uma vez que as sorveterias de Imbituba apresentam mais de 300 quiosques ao longo do trajeto Imbituba - Florianópolis, assim como a fabrica de Florianópolis comercializa seus produtos dentro dos três maiores shoppings centers da ilha. Sobre a estrutura populacional da espécie, as seis diferentes áreas amostradas apresentaram diferentes padrões de distribuição. Não houve correlação entre altura e produtividade, mas foi verificada correlação negativa entre densidade de adultos e produção de cachos. Percebe-se uma forte relação da comunidade com o ambiente de restinga e com o butiá. Também se percebe o grande potencial de mercado de produtos provenientes desta planta como um todo. Deste modo estimula-se o manejo local da agrobiodiversidade através da manutenção e permanência de pequenos agricultores, seja através de agricultura familiar ou comunitária, que em conjunto com o manejo esclarecido e monitorado da biodiversidade nativa da Mata Atlântica e sua coleta em baixa escala permite a permanência de pequenas comunidades em locais de interesse conservacionista
Influência da despolpa do fruto e do choque térmico na germinação de Butia catarinensis Noblick & Lorenzi
Butia catarinensis Noblick & Lorenzi is a palm tree endemic to the coast of southern Brazil, with socio-economic importance for local people who collect Butia fruits. This research presents a test of germination of B. catarinensis from 12 different matrices from the sandy banks of Areais da Ribanceira of Imbituba, Santa Catarina. We selected 600 fruits with no signals of predation, which were separated into three treatments: (T1) entire fruit, with epicarp and mesocarp (control); (T2) no pulp, or fruits which epicarp and mesocarp were removed; and (T3) no pulp with thermal shock of 60 oC for 1 minute; with four replications for each treatment. The germination of the seeds occurred after the 12th month of the experiment and after 18 months of monitoring it had positive results in the following percentages: 7.5% control, 3.5% no pulp and 1.0% no pulp with thermal shock. Contrary to what was expected, the control treatment had a higher germination percentage than the other two treatments.Butia catarinensis Noblick & Lorenzi é uma palmeira endêmica do litoral sul do Brasil, possuindo uma grande importância sócio-econômica com a população local que coleta seus frutos. Este trabalho apresenta um teste de germinação de sementes de B. catarinensis obtidas de 12 matrizes diferentes da região de restinga dos Areais da Ribanceira de Imbituba, Santa Catarina. Foram selecionados 600 frutos, sem sinais de predação, distribuídos em três tratamentos: (T1) fruto inteiro, com epicarpo e mesocarpo (controle); (T2) fruto despolpado (retirada do epicarpo e do mesocarpo); e (T3) despolpado (retirada do epicarpo e do mesocarpo) com choque térmico de um minuto imerso em água a 60 °C, com quatro repetições para cada tratamento. A geminação das sementes ocorreu somente no 12º mês do experimento e após 18 meses o tratamento controle apresentou uma taxa de germinação de 7,5%, seguido pelo fruto despolpado (3,5%) e o fruto despolpado com choque térmico (1,0%). Ao contrário do que era esperado, o tratamento controle teve uma maior porcentagem de germinação quando comparado aos outros dois tratamentos
Bromeliaceae from Pico Piraí, Guaratuba Municipality (Parana, Brazil) <br> Bromeliaceae Juss. do Pico Piraí, município de Guaratuba (Paraná, Brasil)
The results of a Bromeliaceae Juss. floristic survey in the Piraí Mountain, Araraquara complex(Guaratuba Municipality, Paraná State) are presented. Twenty six species included in nine genera and three subfamilies were registered. Bromelioideae presented the highest genera diversity and Tillandsioideae showed the highest species diversity, including twelve species belonging to the genus Vriesea (46%). It was the first register of Nidularium procerum Lindm., Tillandsia stricta Sol. ex Ker Gawl., Vriesea altodaserrae L. B. Sm., Vriesea erythrodactylon (E. Morren) E. Morren ex Mez, Vrieseaflava And.Costa, H. Luther & Wand., Vriesea friburgensis Mez, Vriesea hoehneana L. B. Sm., Vriesea inflata (Wawra) Wawra e Wittrockia superba Lindm. at the Guaratuba Municipality. Dyckia leptostachya Baker was collected for the first time at the coastal zone of Paraná State, being this record done after 40 years since its last register in the State. For each species, information on phenology, geographic distribution and vulnerability level are included. Apresentam-se resultados de levantamento florístico das espécies de Bromeliaceae Juss. no Pico Piraí, Complexo do Araraquara (Guaratuba, Paraná). Verificou-se a ocorrência de 26 espécies pertencentes a nove gêneros e três subfamílias. Bromelioideae englobou a maior diversidade de gêneros e Tillandsioideae registrou-se a maior diversidade de espécies, sendo 12 delas incluídas no gênero Vriesea (46%). As seguintes espécies foram registradas pela primeira vez no município de Guaratuba: Nidularium procerum Lindm., Tillandsia stricta Sol. ex Ker Gawl., Vriesea altodaserrae L. B. Sm., Vriesea erythrodactylon (E. Morren) E. Morren ex Mez, Vriesea flava And. Costa, H. Luther & Wand.,Vriesea friburgensis Mez, Vriesea hoehneana L. B. Sm., Vriesea inflata (Wawra) Wawra e Wittrockia superba Lindm.. Dyckia leptostachya Baker foi registrada pela primeira vez na zona litorânea paranaense e após 40 anos do último registro de coleta da espécie no Estado. São apresentadas informações sobre fenologia,distribuição geográfica e grau de vulnerabilidade para cada espécie identificada