7 research outputs found

    Bioavailability of cowpea peptides (Vigna unguiculata L. Walp) and the cholesterol metabolism

    No full text
    Introdução: Doenças cardiovasculares constituem importante causa de morte em todo mundo e a hipercolesterolemia está diretamente relacionada a elas. A dieta desempenha papel importante neste processo e alguns alimentos como o feijão caupi (Vigna unguiculata L. Walp), especialmente sua proteína, tem sido apontado com potencial capacidade de redução do colesterol plasmático. Os efeitos hipocolesterolêmicos já observados indicaram o uso da proteína do feijão caupi, ou dos seus peptídeos, como ingrediente funcional de alimentos para a promoção da saúde e a redução do risco de doenças. Entretanto, as consequências da digestão gastrointestinal na absorção destes peptídeos são claramente complexas tornando essenciais estudos in vitro e in vivo para avaliar a sua bioacessibilidade e sua resistência à degradação gastrointestinal, além da disponibilidade e real eficácia destes peptídeos. Objetivo: Analisar a biodisponibilidade de peptídeos e avaliar parâmetros ligados ao metabolismo do colesterol em modelos animais após ingestão de isolado proteico de feijão caupi. Métodos: A farinha de feijão caupi foi desengordurada e sua proteína isolada. O isolado proteico foi submetido a métodos de hidrólise in vitro, para verificação das frações peptídicas formadas e inferência sobre a capacidade de ligação à albumina. Dois experimentos in vivo foram conduzidos. No primeiro, o isolado proteico do feijão caupi foi administrado a ratos e a concentração dos peptídeos monitorada no sangue, por 2 horas. O experimento in vivo 2 consistiu na alimentação de hamsters com dietas normo (N) - e hipercolesterolêmicas por 21 dias, contendo a proteína do feijão caupi como única proteína da ração (I), comparada ao controle de caseína (H). Neste experimento foram analisados no plasma: colesterol total (CT) e frações (LDLc, VLDLc e HDLc), triglicerídeos (TG) e peptídeos; nas fezes: colesterol total (CF) e ácidos biliares (AB); no fígado: colesterol (CH) e lipídeos totais (LH), HMGCR (atividade enzimática e expressão) e expressão de SREBP2, LDLR, ABCA1, ABCG1, ABCG5, ABCG8, LXRa e AMPK. Resultados: Os peptídeos identificados a partir da hidrólise proteica do feijão caupi, ou a partir do plasma dos animais estudados não evidenciaram similaridades entre os experimentos ou corresponderam a sequências previamente identificadas para o feijão caupi a partir de banco de dados. CT, VLDLc, HDLc, TG, CH dos hamsters foram maiores nos grupos H e I quando comparado ao N; LDLc foi maior para I comparado aos demais; LH foi maior em H comparado a N, sendo que I não diferiu dos demais; CF foi maior para I comparado a N, sendo que H não diferiu dos demais. A expressão de ABCA1 foi maior para I em relação aos demais; LXRa foi maior para I em relação a H, mas N não diferiu dos demais; SREBP2 foi menor em H em comparação aos demais; HMGCR foi mais expressa em N em comparação aos demais, ao passo que a atividade desta enzima foi maior em I quando comparado a N, sendo que H não diferiu dos demais. Não houve diferença entre os grupos quanto a AB ou expressão de ABCG8 ou AMPK. Não foram obtidos resultados de expressão para LDLR, ABCG1 e ABCG5. Conclusão: Apesar de pesquisas anteriores a este trabalho terem evidenciado a capacidade do isolado proteico do feijão caupi em inibir a atividade da HMGCR, inibir a solubilização micelar ou melhorar o perfil de lipídeos plasmáticos, no trabalho atual esta matéria prima não mostrou atuação positiva quanto ao metabolismo do colesterol de hamsters nas condições experimentais utilizadas. Os fragmentos indicados como peptídeos obtidos a partir da hidrólise proteica do feijão caupi, ou do plasma dos animais estudados não corresponderam a peptídeos com comprovada, ou até mesmo, com indicação de bioatividadeIntroduction: Cardiovascular diseases are important cause of death worldwide and hypercholesterolemia is directly related to them. Diet plays an important role in this process and some foods such as cowpea (Vigna unguiculata L. Walp), especially its protein, have been shown to have a potential for reducing plasma cholesterol. The hypocholesterolemic effects already observed indicated the use of cowpea protein, or its peptides, as a functional food ingredient for health promotion and reduction of disease risk. However, the consequences of gastrointestinal digestion on the absorption of these peptides are clearly complex, making in vitro and in vivo studies essential to assess their bioaccessibility and resistance to gastrointestinal degradation, as well as the availability and actual efficacy of these peptides. Objectives: To analyze the bioavailability of peptides and evaluate parameters related to cholesterol metabolism in animal models after ingestion of protein isolate of cowpea. Methods: Cowpea flour was defatted and its protein isolated. The protein isolate was subjected to in vitro hydrolysis methods to verify the formed peptide fractions and inference about albumin binding ability. Two in vivo experiments were conducted. In the first, the cowpea protein isolate was administered to rats and the concentration of the peptides monitored in the blood for 2 hours. The in vivo experiment 2 consisted of feeding hamsters with normal (N) - and hypercholesterolemic diets for 21 days, containing the cowpea protein as the sole dietary protein (I), compared to casein control (H). In this experiment were analyzed in the plasma: total cholesterol (TC) and fractions (LDLc, VLDLc and HDLc), triglycerides (TG) and peptides; In feces: total cholesterol (CF) and bile acids (AB); In the liver: cholesterol (CH) and total lipids (LH), HMGCR (enzymatic activity and expression) and expression of SREBP2, LDLR, ABCA1, ABCG1, ABCG5, ABCG8, LXRa and AMPK. XX. Results: The peptides identified from the protein hydrolysis of cowpea or from the plasma of the animals studied did not show similarities among the experiments or correspond to sequences previously identified for the cowpea from the database. CT, VLDLc, HDLc, TG, CH of hamsters were higher in groups H and I when compared to N; LDLc was higher for I compared to the others; LH was higher in H compared to N, and I did not differ from the others; CF was higher for I compared to N, and H did not differ from the others. The expression of ABCA1 was higher for I than the others; LXRa was higher for I than H, but N did not differ from the others; SREBP2 was lower in H compared to the others; HMGCR was more expressed in N compared to the others, whereas the activity of this enzyme was higher in I when compared to N, and H did not differ from the others. There was no difference between groups regarding AB or expression of ABCG8 or AMPK. No expression results were obtained for LDLR, ABCG1 and ABCG5. Conclusion: Although previous research to this work evidenced the ability of the cowpea protein isolate to inhibit HMGCR activity, inhibit micellar solubilization or improve the plasma lipid profile, in the current work this raw material did not show a positive cholesterol metabolism of hamsters under the experimental conditions used. The fragments indicated as peptides obtained from the protein hydrolysis of cowpea beans, or from the plasma of the animals studied did not correspond to peptides with proven, or even, with indication of bioactivit

    The relationship of variables at birth and in adolescence with metabolic syndrome risk markers in adolescents

    No full text
    Objetivou-se investigar a relação de variáveis ao nascer e na adolescência, com marcadores de risco para a síndrome metabólica (SM), em adolescentes de Viçosa-MG. Foram avaliados 114 adolescentes de 10 a 13 anos, púberes, estudantes de escolas públicas da zona urbana do município, sendo 60 (52,6%) do sexo masculino. Primeiramente obteve-se os dados na adolescência, sendo os dados referentes ao nascimento conseguidos retrospectivamente. As variáveis avaliadas na adolescência foram: peso, altura, circunferência da cintura (CC), circunferência do quadril (CQ), relação CC/CQ, índice de massa corporal (IMC), IMC livre de gordura, IMC de gordura, massa magra e de gordura em quilos, porcentagem de gordura corporal, gordura central [prega cutânea (PC) subescapular (Se) + suprailíaca (Si)], gordura periférica [PC tricipital (T) + bicipital (B)] e relação PC Se/T (RPC Se/T), glicemia, insulinemia, HOMA-IR, colesterolemia, HDL (lipoproteína de alta densidade), LDL (lipoproteína de baixa densidade), trigliceridemia e pressão arterial diastólica e sistólica. Ao nascer avaliou-se: peso, comprimento, índice ponderal (IP) e IMC, sendo as variáveis antropométricas obtidas a partir de prontuário hospitalar ou cartão do recém nascido. Todos os adolescentes nasceram a termo e foram divididos em três grupos conforme variável ao nascer: peso (g) [ 3,0]. Considerou-se como fatores de risco para a SM na adolescência: obesidade abdominal, excesso de peso, alta porcentagem de gordura corporal, resistência à insulina, valor acima do desejável para a insulinemia, a glicemia, a pressão arterial, a trigliceridemia, o LDL e a colesterolemia e valor abaixo do desejávelpara o HDL. Para as análises entre as variáveis ao nascer e na adolescência utilizou-se testes de correlação e de comparação entre os grupos. Verificou-se a relação de predição por meio da curva Receiver Operating Characteristic (ROC). Observou-se correlações positivas e significantes entre o comprimento ao nascer e: altura (r = 0,23; p = 0,02), massa magra (r = 0,19; p = 0,04) e glicemia (r = 0,24; p = 0,01) e entre o peso ao nascer e: glicemia (r = 0,22; p = 0,02) e HDL (r = 0,20; p = 0,03) na adolescência. Entretanto, após estratificação para o sexo mantiveram-se significantes apenas as correlações do comprimento ao nascer com a altura (r = 0,28; p = 0,03) e a glicemia (r = 0,29; p = 0,03) na adolescência, ambas, somente para o sexo masculino. O comprimento ao nascer não foi preditivo para nenhum dos fatores de risco para a SM considerados. O peso, o IP e o IMC ao nascer foram capazes de predizer alteração na insulinemia e na pressão arterial dos adolescentes. A circunferência da cintura foi capaz de predizer resistência à insulina, valores acima do desejável para a glicemia, insulinemia e trigliceridemia ebaixos níveis de HDL. A porcentagem de gordura corporal predisse valores aumentados de insulinemia e colesterolemia. O IMC na adolescência mostrou ser preditor de resistência insulínica, insulinemia e trigliceridemia aumentados e HDL abaixo do desejável. Observou-se que a utilização de preditores precoces, como o peso, o IP e o IMC ao nascer podem auxiliar na detecção dos indivíduos mais vulneráveis ao desenvolvimento de fatores de risco para a SM aos 10-13 anos. Além disso, verificou-se que a porcentagem de gordura corporal, a CC e o IMC na adolescência podem contribuir para a identificação daqueles indivíduos mais susceptíveis ao desenvolvimento de enfermidades cardiovasculares.The aim was to investigate the relationship of variables at birth and in adolescence, with metabolic syndrome risk markers (MS), in adolescents of Viçosa-MG. 114 adolescents were evaluated from 10 to 13 years of age, pubescent, public school students from the urbane zone of the local municipality, with 60 (52.6 %) masculine participants. First, the data was obtained in adolescence, with data referringto birth obtained retrospectively. The variables evaluated in adolescence were: weight, height, waist circumference (WC), hip circumference (CQ), WC/CQ relation, body mass index (BMI), fat free BMI, fat BMI, lean mass and fat in kilograms, body fat percentage, central fat [skin fold (SF) subscapular (Se) + suprailiac (Si)], peripheric fat [PC triceps (T) + biceps (B)] and SF Se/T (RPC Se/T) relation, glycemia, insulinemia, HOMA-IR, cholesterolemia, HDL (high density lipoprotein), LDL (low density lipoprotein), triglyceridemia and diastolic and systolic blood pressure. At birth the following were evaluated: weight, length, ponderal index (PI) and BMI,obtaining the anthropometric variables from hospital records or newborn records. All the adolescents were born to term and were divided into three groups according to their birth variable: weight (g) [ 3.0]. MS risk factors considered in adolescence were: abdominal obesity, excess weight, high body fat percentage, insulin resistance, elevated insulinemia value, glycemia, blood pressure, triglyceridemia, LDL and cholesterolemia and a reduced HDL value. For the analyses between the variables at birth and in adolescence, the orrelation and group comparison tests were used. The prediction relation was verified by the Receiver Operating Characteristic (ROC) curve. Positive and significant correlations were observed between the birth length and: height (r = 0.23; p = 0.02), lean mass (r = 0.19; p = 0.04) and glycemia (r = 0.24; p = 0.01) and between the birth weight and: glycemia (r = 0.22; p = 0.02) and HDL (r = 0.20; p = 0.03) in adolescence. However, after stratification for the sex, only the correlations of length at birth with height (r = 0.28; p = 0.03) and glycemia (r = 0.29; p = 0.03) in adolescence remained significant, both only for the masculine sex. The birth length was not predictive for any of the MS risk factors. The weight, PI and the BMI at birth were able to predict insulinemia and blood pressure alterations of adolescents. The circumference waist was able to predict insulin resistance, elevated glycemia, insulinemia and triglyceridemia and low levels of HDL. The body fat percentage predicted increased values of insulinemia and cholesterolemia. The BMI in adolescence showed to be predictor of insulin resistance, insulinemia and raised triglyceridemia and reduced HDL. It was observed that the use of precocious predictors, such as weight, PI and BMI at birth can help in the detection of the most vulnerable individuals for MS risk factors development from 10-13 years of age. Furthermore, the bodyfat percentage, WC and BMI in adolescence can contribute to the identification of those individuals that are most sensitive to the development cardiovascular diseases.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológic

    Tendência secular do crescimento em adolescentes do sexo masculino: ganho estatural e ponderal, estado nutricional e sua relação com a escolaridade Secular trends in growth male adolescents: height and ponderal gains, nutritional state and relation with the education.

    No full text
    Objetivou-se caracterizar as modificações do estado nutricional dos adolescentes ao longo do tempo, a evolução do seu crescimento, a escolaridade e sua correlação com a estatura, o peso e o índice de massa corporal. Avaliou-se dados de 2616 adolescentes do sexo masculino com idade entre 17 e 19 anos, que se alistaram no Tiro de Guerra do município de Viçosa-Minas Gerais - Brasil, no decênio 1995-2004. Foi encontrada tendência secular positiva para estatura e peso com incremento mediano de 4 cm e 3 kg, respectivamente, ao longo dos anos. Houve redução nas prevalências de baixa estatura de 28,0% para 11,6% entre os anos de 1995 e 2004. Constatou-se correlação positiva (pThis work aimed at characterizing the modifications in adolescentsnutritional status, growth evolution and education along time and the correlation with the height, weight and body mass index. Data came from 2616 male adolescents soldiers between 17 and 19 years old enlisted for Armed Services in the city of Viçosa-Minas Gerais, Brazil, between 1995 and 2004. There was a positive secular trend for height and weight, with a 4cm and 3kg median increment, respectively, along time. There was a reduction from 28.0% to 11.6% on the prevalence of short stature in the period. It was estimated positive correlation (p<0,05) between education and stature, weight and BMI. The prevalence of weight excess (risk of overweight and overweight) increased from 7.1% (1995) to 9.1% (2004). Although it was observed positive secular trend for stature and weight, it was not sufficient to reach the median of the National Center for Health Statistics/Center for Disease Control and Prevention. Weight excess and short stature prevalence must be monitored, being necessary the implementation of measures that focus to prevent these disturbance and aim at reaching or maintaining an adequate nutritional state for future generations

    Tendência secular do crescimento em adolescentes do sexo masculino: ganho estatural e ponderal, estado nutricional e sua relação com a escolaridade

    No full text
    Objetivou-se caracterizar as modificações do estado nutricional dos adolescentes ao longo do tempo, a evolução do seu crescimento, a escolaridade e sua correlação com a estatura, o peso e o índice de massa corporal. Avaliou-se dados de 2616 adolescentes do sexo masculino com idade entre 17 e 19 anos, que se alistaram no Tiro de Guerra do município de Viçosa-Minas Gerais - Brasil, no decênio 1995-2004. Foi encontrada tendência secular positiva para estatura e peso com incremento mediano de 4 cm e 3 kg, respectivamente, ao longo dos anos. Houve redução nas prevalências de baixa estatura de 28,0% para 11,6% entre os anos de 1995 e 2004. Constatou-se correlação positiva (p<0,05) entre escolaridade e estatura, peso e IMC. A prevalência de excesso de peso (risco de sobrepeso e sobrepeso) aumentou de 7,1% (1995) para 9,1% (2004). Apesar da ocorrência de tendência secular positiva para estatura e peso, essa não foi suficiente para alcançar a mediana do NationalCenter for Health Statistics/Center for Disease Control and Prevention. O aumento da prevalência de excesso de peso e a alta prevalência de baixa estatura devem ser monitorados, sendo necessária a implementação de medidas que visem prevenir a ocorrência desses distúrbios e objetivem o alcance ou a manutenção de um adequado estado nutricional para as gerações futuras

    PESO AO NASCER E VARIÁVEIS MATERNAS NO ÂMBITO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE

    No full text
    O objetivo deste trabalho foi analisar possíveis associações entre baixo peso ao nascer e variáveis maternas. Realizou-se um estudo transversal, retrospectivo, com dados secundários obtidos do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos, referentes a 6.456 nascimentos de uma série temporal (2000-2005), em Viçosa-MG, Brasil. As variáveis incluídas foram: relacionadas à mãe (faixa etária, grau de instrução, estado civil), ao recém-nascido (sexo, peso ao nascer) e à gestação e parto (número de consultas no pré-natal e idade gestacional). Verificou-se que as prevalências mínima e máxima de baixo peso ao nascer (peso < 2500g) encontradas no período foram de 7,8% e 9,4% respectivamente. O baixo peso ao nascer associou-se (χ2;
    corecore