30 research outputs found

    Currículo de matemática na educação do campo: panoramas e zoons

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    Este artigo tem como objetivo apresentar e discutir maneiras de entender o currículo de matemática na educação do campo, como uma atualização da pesquisa realizada por Barbosa (2014). Para isso, foi feito um levantamento de publicações acadêmicas, em um periódico, em um evento e em dissertações e teses, que aproximem a educação do campo e a educação matemática. A partir da metáfora da fotografia, são feitas imagens panorâmicas, que buscam dar uma ideia do todo. Com a análise dessas publicações, foram constituídas quatro categorias – chamadas de zoons, que focam aspectos relevantes do currículo escolar. A primeira delas entende que é importante “partir da realidade” para chegar ao objeto matemático; a segunda sugere que sejam incluídos nos currículos os “saberes locais”; a terceira afirma que não deve haver especificidade no programa curricular de matemática dessas escolas; e, por fim, a quarta compreende que a escola deveria, também, oferecer uma formação técnica para o trabalho rural

    DIZERES SOBRE A REALIDADE

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    Diante da situação de precariedade escolar no que se refere a escolas do campo e de fracasso escolar como um fruto do fracasso da escola em estabelecer relações entre o conhecimentoescolar e o conhecimento prático que o estudante já possui, tenho como objetivo, neste artigo, investigar o entendimento de seis pessoas – todas, de alguma forma, ligadas à educação do campo – arespeito do enunciado “é importante trazer a ‘realidade’ do aluno para as aulas de matemática”, discutido por Knijnik e Duarte (2010). Apresento, ainda, um sétimo entendimento, a partir de umaentrevista realizada comigo mesma. A problematização, feita por Larrosa (2006), sobre a realidade é fundamental para as reflexões que proponho neste texto

    Currículo de matemática na educação do campo: panoramas e zoons

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    Este artigo tem como objetivo apresentar e discutir maneiras de entender o currículo de matemática na educação do campo, como uma atualização da pesquisa realizada por Barbosa (2014). Para isso, foi feito um levantamento de publicações acadêmicas, em um periódico, em um evento e em dissertações e teses, que aproximem a educação do campo e a educação matemática. A partir da metáfora da fotografia, são feitas imagens panorâmicas, que buscam dar uma ideia do todo. Com a análise dessas publicações, foram constituídas quatro categorias – chamadas de zoons, que focam aspectos relevantes do currículo escolar. A primeira delas entende que é importante “partir da realidade” para chegar ao objeto matemático; a segunda sugere que sejam incluídos nos currículos os “saberes locais”; a terceira afirma que não deve haver especificidade no programa curricular de matemática dessas escolas; e, por fim, a quarta compreende que a escola deveria, também, oferecer uma formação técnica para o trabalho rural

    Multiplicidade de conhecimentos matemáticos na educação do campo

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    Este texto tem como objetivo abordar a multiplicidade de conhecimentos matemáticos no contexto da educação do campo. Duas questões norteiam a discussão: (a) Fala-se muito em “conhecimento acumulado pela humanidade”; que conhecimento é esse e que “humanidade” é essa?; e (b) Quais conhecimentos têm espaço nos currículos escolares (em especial, no que se refere a aulas de matemática)? Com relação à questão (b), é feita uma análise de uma coleção de livros didáticos destinados a escolas do campo; e, para responder à questão (a), em um movimento de “ir aos saberes locais”, são analisadas tarefas propostas por professores de anos iniciais do Ensino Fundamental de uma escola do campo e as falas desses professores sobre essas tarefas. Com essa discussão, argumenta-se a favor da não crença na uniformidade de conhecimentos matemáticos, mas na multiplicidade de conhecimentos

    A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA PROPORCIONANDO UMA DISCUSSÃO SOBRE CURRÍCULO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

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    Este artigo se propõe a analisar uma discussão, proporcionada pela Educação Matemática Crítica, a respeito de temas diversos, em especial sobre o currículo de matemática, a partir da transcrição do áudio gravado de uma aula (que chamamos de aula debate), ocorrida em uma disciplina do curso de Licenciatura em Matemática, do câmpus de Cornélio Procópio, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Nessa aula, oito licenciandos, mediados pela professora, refletem e debatem sobre a formação do sujeito enquanto cidadão crítico e autônomo e as funções da escola nesse contexto, sobre quais são os grupos representados nos currículos, sobre o significado de a escola ser para todos, sobre a formação inicial de professores de matemática, no que se refere à importância de discussões como essas para a futura prática profissional e à ausência desse tipo de debate em disciplinas de conteúdo matemático, bem como a preocupação com os professores em serviço, formados, na maioria das vezes, sem espaço para esse tipo de reflexão

    “É uma escola do campo, e agora?”: crônicas como um produto educacional

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    Este artigo apresenta o Produto Educacional “É uma escola do campo, e agora?”, realizado no formato de um livreto com 11 crônicas, narradas por uma personagem fictícia, Maria, professora de Matemática, com um contrato temporário em uma escola do campo. A pesquisa, em nível de mestrado, que fomentou essa produção foi realizada em uma escola do campo localizada em área de Reforma Agrária do estado do Paraná, com uma proposta curricular específica (Plano de Estudos). Com a pesquisa, procuramos compreender se essa proposta se efetivava (ou não) ali – mais especificamente, em aulas de Matemática do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio. A opção por criar um livreto de crônicas foi fundamentada nos referenciais teóricos – em especial, a Etnomatemática e alguns conceitos do Modelo dos Campos Semânticos – e metodológicos da pesquisa

    IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS DA ETNOMATEMÁTICA NO CONTEXTO DA MULTISSERIAÇÃO EM ESCOLAS DO CAMPO

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    Este texto objetiva discutir possíveis implicações pedagógicas da etnomatemática no contexto da multisseriação em escolasdo campo. Para isso, defende-se a superação de um discurso pedagógico que toma a multisseriação do ponto de vista daprecarização para abordá-la como possibilidade e alternativa para garantir à população do campo o direito à educação.Assim, os desafios colocados não mais se situam na exposição da (falta de) qualidade ou da (in)eficiência do trabalho docentenesses contextos, mas na construção de formas de pensar a matemática, o currículo e a atuação, a participação e a posiçãodos professores e dos estudantes que permitam ações que tenham como centralidade o modo de vida camponês. Ao final,apresenta-se uma proposta de ensino de matemática, especificamente a unidade temática Grandezas e medidas, nos anosiniciais do Ensino Fundamental para classes multisseriadas, pautada em implicações pedagógicas da etnomatemática

    Educação entre latifúndios: algumas contradições

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    Este artigo tem como objetivo apresentar contradições entre uma proposta educacional e as práticas das escolas do campo em áreas de reforma agrária, vinculadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Paraná. Para isso, apresentamos brevemente a proposta educacional dessas escolas, em seguida, a conceituação de contradição, sustentada no materialismo histórico-dialético, no qual fundamentamos a análise e, por fim, elucidamos as contradições expressas no movimento dessas escolas. Essas contradições podem ser atribuídas a alguns condicionantes, entre os quais destacamos dois: a precariedade na contratação de professores para atuação nas escolas e as limitações curriculares. Concluímos que ambas as situações são consequências de uma contradição anterior, entre o Estado e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
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