37 research outputs found

    ENTRE A SOCIOLINGUÍSTICA E A SOCIOLOGIA: LABOV E GIDDENS EM DIÁLOGO

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    Este artigo promove um diálogo entre certas noções da abordagem empírica de Labov e a teoria da estruturação de Giddens. A concepção de fato social defendida por Labov em sua concepção de língua é criticada à luz das reflexões de Giddens. Acredita-se que o ponto de aproximação entre os autores reside no papel atribuído aos sujeitos no processo de mudança social/linguística, rompendo com a visão de total passividade e inconsciência dos sujeitos em relação à dinâmica social e da língua

    Leibniz e Chomsky: convergências e divergências

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    The article reflects on some possible similarities and differences between Leibniz and Chomsky in relation to the mind/body relation, language, the method of work, meaning, thinking and the concept of innate. It emphasizes the notions of “innate” and “virtual” and raises the hypothesis that Leibniz’s conception of “virtual” can be applied to the theory of Chomsky by considering three situations that are related to the degree of attention and ordering necessary for the actualization of the innate principles. Key words: Chomsky, innate, Leibniz, language, virtual.Objetiva-se refletir sobre possíveis aproximações e divergências entre aspectos das teorias do filósofo racionalista Leibniz e do lingüista Chomsky, a partir da discussão de algumas questões: A relação mente/corpo; a linguagem; o método de pesquisa; o sentido; o pensamento e o inatismo. Serão enfatizados os conceitos de inatismo e de virtualidade, sendo que a hipótese levantada é que o conceito de “virtual” de Leibniz pode ser aplicado aos trabalhos de Chomsky mediante a consideração de três situações, que giram em torno dos graus de atenção e de ordenamento envolvidos na atualização dos princípios inatos. Palavras-chave: Chomsky, inato, Leibniz, linguagem, virtual

    Cristianização de escravizados no Brasil do século XVIII e a questão da língua

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    Este artigo aborda o lugar das línguas – e da língua portuguesa, mais especificamente – no processo de cristianização de escravizados africanos no Brasil colonial, com enfoque no século XVIII.  O texto engloba: (i) uma apresentação panorâmica de instrumentos linguísticos e evangelizadores produzidos pelos missionários católicos, especialmente os jesuítas, caracterizando uma linguística colonial no século XVIII; (ii) uma apresentação das representações e regulamentações da Igreja no Brasil colonial a respeito da cristianização de escravizados africanos. Trata-se de evidenciar o lugar epistemológico e teológico conferido à língua no processo de evangelização, especialmente em um contexto no qual a Igreja católica defendia e buscava justificar a escravização de sujeitos africanos. O artigo contribui para a história social e política das práticas de linguagem no Brasil colonial, com enfoque no contexto católico direcionado à evangelização de sujeitos escravizados. Além disso, o texto contribui para inscrever a dimensão teológica como elemento importante e relevante para a linguística colonial e a historicidade das práticas de linguagem

    Das línguas indígenas: por um olhar decolonial em políticas linguísticas

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    Este artigo aborda a importância da perspectiva decolonial para as pesquisas de política e planejamento linguístico envolvendo as línguas e práticas discursivas consideradas indígenas. Para tanto, o texto apresenta a perspectiva decolonial em diálogo com o campo de estudos da linguagem, argumentando a favor de uma revisão de conceitos teóricos e arranjos metodológicos empregados nos trabalhos envolvendo línguas indígenas. Em seguida, o artigo apresenta dois exemplos de pesquisa em que a questão decolonial é relevante, uma que tematiza a importância da posicionalidade do pesquisador, e outra que considera a autoria indígena – literária, midiática, digital – como legítima para a definição e reivindicação do direito à língua. Este artigo pretende contribuir com o debate sobre justiça social e políticas linguísticas, atentando para a importância de reconhecimento dos saberes não-acadêmicos e das identidades indígenas para as políticas linguísticas

    Language diversity as a government issue

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    The aim of this article is to critically discuss the role played by discourses and practices of language diversity in the framework of the ‘reason of the state’. This article investigates the way the ‘will to know’ about language diversity has worked in Brazil, from its colonial period until nowadays, related to the colonial device and the state government. In order to do so, we first present Michel Foucault’s conceptions of reason of state and of the birth of the modern states in Europe in relation to the religious and scientific domains. Then, a panoramic analysis of the discourses and practices of language diversity in the Brazilian context since the 16th century is offered. We argue that the interest in linguistic diversity and its promotion does not mean that discursive diversity is also being promoted, since the existence of language diversity does not imply, necessarily, the existence and protection of a variety of cultures, ways of being, thinking and acting in the world.Key words: language diversity, reason, government, discourse.</p

    Leibniz e Chomsky: convergências e divergências

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    The article reflects on some possible similarities and differences between Leibniz and Chomsky in relation to the mind/body relation, language, the method of work, meaning, thinking and the concept of innate. It emphasizes the notions of “innate” and “virtual” and raises the hypothesis that Leibniz’s conception of “virtual” can be applied to the theory of Chomsky by considering three situations that are related to the degree of attention and ordering necessary for the actualization of the innate principles. Key words: Chomsky, innate, Leibniz, language, virtual.Objetiva-se refletir sobre possíveis aproximações e divergências entre aspectos das teorias do filósofo racionalista Leibniz e do lingüista Chomsky, a partir da discussão de algumas questões: A relação mente/corpo; a linguagem; o método de pesquisa; o sentido; o pensamento e o inatismo. Serão enfatizados os conceitos de inatismo e de virtualidade, sendo que a hipótese levantada é que o conceito de “virtual” de Leibniz pode ser aplicado aos trabalhos de Chomsky mediante a consideração de três situações, que giram em torno dos graus de atenção e de ordenamento envolvidos na atualização dos princípios inatos. Palavras-chave: Chomsky, inato, Leibniz, linguagem, virtual

    A invenção colonial das línguas da América

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    We aim at critically discussing the colonial process of language discursivization in America. Such discursivization integrated Iberian colonial mechanism, centered in Spain and Portugal, from the sixteenth century on. The paper presents and discusses the way languages and people were put into discourses from a power matrix centered on the logic of modernity/coloniality. Examples of this discursivization include the production of grammars, dictionaries, word lists, catechisms and the translation of religious and administrative European discursive genres to non-European context. It is argued that the colonial discursivization of peoples and languages was made from an Eurocentric interpretation which left its effects until today. The article relies on the theoretical framework of colonial Linguistics and Latin American postcolonial criticism, both focused on a historical and discursive perspective on the colonial practices. Finally, we consider that the colonial experience is complex, which means that the colonial encounter produced the emergence of resistance and cultural hybridizationsTrata-se de uma proposta que visa discorrer criticamente sobre o processo colonial de discursivização das línguas na América. Considera-se que tal discursivização integrou o dispositivo colonial ibérico, centrado na Espanha e em Portugal, a partir do século XVI. O texto apresenta e discute a maneira como as línguas e os povos foram discursivizados a partir de uma matriz de poder centrada na lógica da modernidade/colonialidade. São tomados como exemplos dessa discursivização a produção de gramáticas, dicionários, listas de palavras, catecismos, além de uma profusão de traduções de gêneros europeus religiosos e administrativos para o contexto não-europeu. Defende-se que a discursivização colonial implicou o enquadramento dos povos e línguas em uma chave de interpretação eurocêntrica, gerando efeitos ainda vivos contemporaneamente. O artigo apoia-se no referencial teórico da Linguística colonial e da Crítica pós-colonial latino americana, ambas focadas em um olhar histórico e discursivo sobre as práticas coloniais. Considera-se, por fim, que a experiência colonial é complexa, o que significa que o encontro colonial produziu também a emergência de resistências e hibridizações culturais

    Entre o português como língua estrangeira e as práticas interculturais comunicativas: estudo de caso em universidade colombiana

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    Resumo O artigo enfoca teórico-metodologicamente uma experiência de ensino de português como língua estrangeira em universidade colombiana voltada para a formação empresarial. Trata-se de propor uma abordagem de ensino bilíngue que considere a língua como prática social e não como objeto. Nesse caso, o enfoque da experiência bilíngue considera a língua portuguesa como mediadora de encontros interculturais. A partir disso, conceitos como translinguagem e prática social foram considerados em articulação teórico-metodológica com a concepção de língua como gêneros discursivos. Buscou-se uma visão contextualizada e sensível às práticas comunicativas e interculturais. Os resultados do projeto demonstram que o processo de aprendizagem de uma língua estrangeira não exige, necessariamente, que a língua tenha que ser sistematizada e autonomizada para ser ensinada. As práticas comunicativas bilíngues produzem hibridizações e amálgamas linguísticos que não devem ser vistos como “problemas”, mas como recursos que possibilitam o processo de produção, negociação e compreensão de sentidos. Palavras-chave: bilinguismo; PLE; hispanofalantes; prática comunicativa. &nbsp; Between Portuguese as a foreign language and intercultural communicative practices: a case study in a Colombian university Abstract The article presents a theoretical and methodological approach to the teaching of Portuguese as foreign language in a Colombian university focused on business training. We propose a bilingual teaching approach that considers language as social practices rather than theoretical objects. In this case, the focus of the project on the bilingual experience considers Portuguese language as a mediator of intercultural encounters. Concepts such as translinguagem and social practice were considered in theoretical and methodological integration with a concept of discursive genres. The results demonstrate that the process of learning a foreign language does not necessarily require that languages be systematized to be taught. Also, the bilingual communicative practices produced linguistic hybridizations and amalgams that should not be seen as “problems”, but as resources that enable the meaning making process. Palavras-chave:&nbsp;bilingualism; PFL; Spanish speakers; communicative practice
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