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    Mortalidade infantil e fatores associados à atenção à saúde : estudo caso-controle no Distrito Federal (2007-2010)

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    Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação de Medicina Tropical, 2014.Introdução: A taxa de mortalidade infantil (TMI) é um importante indicador de desenvolvimento de uma sociedade. Monitorar sua magnitude e fatores associados pode auxiliar na definição de políticas públicas para o seu enfrentamento. A carência de estudos no Distrito Federal (DF) sobre essa temática justifica os objetivos propostos. Objetivo: 1) Descrever os fatores associados à TMI na literatura internacional mais discutido na bibliografia selecionada, 2) analisar os fatores constantes da declaração de nascidos vivos associados à TMI no DF, e 3) analisar as associações existentes entre a atenção à saúde e a TMI em um estudo de caso-controle no DF. Métodos: Para atender ao objetivo 1, foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas bases de referências bibliográficas a partir da definição prévia dos descritores em ciências da saúde (DECS) e critérios de elegibilidade dos artigos verificados pela leitura dos seus resumos. Posteriormente, os artigos selecionados foram lidos na íntegra e sistematizados em uma ficha padronizada para síntese dos resultados. Para atender ao objetivo 2, foi realizado um linkage dos bancos de dados dos Sistemas de Informação sobre Mortalidade e sobre Nascidos Vivos do DF. Essa base de dados foi analisada por meio de Regressão Logística Hierarquizada para estimar os fatores associados à TMI. Para atender ao objetivo 3, um estudo de caso-controle com coleta de dados primários por meio de entrevistas domiciliares, foi realizado. As medidas de associação de interesse entre atenção à saúde e risco de morte infantil foram estimadas por Regressão Logística Hierarquizada para construção de modelos ajustados. Resultados: 1) Quanto aos fatores associados à TMI na literatura internacional mais citado na literatura revisada (56 artigos completos) são destacados: Produto Interno Bruto (PIB), renda absoluta, desigualdade socioeconômica (Incluindo Índice de Gini e outros), saneamento básico, raça/cor/etnia, número de consultas pré-natal, tipo de parto, número de profissionais de saúde por habitante no território, escolaridade materna, idade gestacional/prematuridade, 2 idade da mãe e paridade da mãe, baixo peso ao nascer, índice de Apgar no primeiro e quinto minuto de vida e sexo da criança. 2) Quanto ao estudo com base em dados secundários do DF, identificou-se uma maior chance de morte infantil associada com o estado civil da mãe, número de consultas pré-natal realizadas, peso ao nascer, presença de malformação congênita e apgar no 1º, minuto de vida. 3) Quanto ao estudo com base em dados primários no DF (estudo caso-controle) foram realizadas 246 entrevistas, sendo 125 casos (óbito infantil) e 121 controles. As variáveis associadas à morte infantil foram: malformação congênita, menos de seis consultas pré-natal, ter licença maternidade, a criança nascer com muito baixo peso, não ter recebido aleitamento materno exclusivo e a mãe ter ganho de peso maior ou igual a 12 quilos durante a gestação. Conclusão: Foram identificados grupos de alto risco de morte infantil no DF, ainda incompatíveis com o atual desenvolvimento econômico dessa região. As políticas públicas de saúde do DF devem ser orientadas no sentido de ampliar o acesso a atenção de boa qualidade para o público materno-infantil objetivando a prevenção da morte infantil, em sua grande maioria prevenível. ______________________________________________________________________________ ABSTRACTIntroduction: The infant mortality rate (IMR) is an important development indicator for a society. Monitoring the magnitude and associated factors can aid in the definition of public policies to address this. The lack of studies in the Distrito Federal (DF) on this theme justifies the proposed objectives. Objective: 1) Describe the factors associated with IMR globally that are most frequently discussed in the selected bibliography; 2) analyze the factors common to declarations of live births associated with IMR in the Distrito Federal; and 3) analyze the existing associations among indicators used in health care and IMR in a case control study in the DF. Methods: To achieve objective 1, a systematic review was carried out of the literature in the bibliographic references based on the previous definition of descriptors in health sciences (DECS) and eligibility criteria of articles checked by reading the abstracts. Subsequently, the selected articles were read in full and systematized in a standardized form for synthesis of the results. To meet objective 2, a linkage of the databases of the DF Mortality and Live Births Information Systems was carried out. This database was analyzed using hierarchical logistic regression to estimate the factors associated with IMR. To achieve objective 3, a case control study with primary data collection through household interviews was conducted. The interest association measures between healthcare and risk of infant death were estimated by hierarchical logistic regression for construction of adjusted models. Results: 1) Regarding the factors most frequently cited in the reviewed literature (56 full papers) associated with IMR in the world, the following stand out: gross domestic product (GDP), absolute income, socioeconomic inequality (including Gini index and others), sanitation, race/color/ethnicity, number of prenatal visits, delivery type, number of health professionals per capita in the territory, maternal education, gestational/prematurity age, maternal age and parity, low birth weight, Apgar score at one and five minutes of life and the child’s sex. 2) As for the study based on secondary data from the DF, the following were identified: a greater chance of infant death associated with the 4 mother’s marital status, the number of prenatal consultations, birth weight, presence of congenital defects and one-minute Apgar score. 3) Regarding the study based on primary DF data (case-control study) 246 interviews were conducted, with 125 cases (of infant death) and 121 controls. The variables associated with infant death were: congenital malformation, fewer than six prenatal visits, the child born with very low birth weight, who did not breastfeed exclusively, mother have maternity leave and gestational weight gain of greater than 12 pounds. Conclusion: Groups at high risk of infant death in the DF, which are still incompatible with the region’s current level of economic development, were identified. DF public health policies should aim at expanding access to good quality care for mothers and babies, with the objective of preventing infant death, the vast majority of which is preventable

    Prevalência de excesso de peso e obesidade e fatores associados, Brasil, 2006

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    OBJECTIVE: To estimate the prevalence of overweight and obesity and factors associated. METHODS: The study analyzed data referring to individuals aged 18 years or older interviewed through the system Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL - Telephone-based surveillance of risk and protective factors for chronic diseases), carried out in the Brazilian capitals and Federal District in 2006. For 49,395 individuals, the body mass index (BMI) was used to identify overweight (BMI 25-30 kg/m²) and obesity (BMI >;30 kg/m²). Prevalence and prevalence ratios were presented according to sociodemographic variables, level of schooling, health condition/comorbidities, and self-evaluation of health, stratified by sex. Poisson regression was employed for crude and age-adjusted analyses. RESULTS: The prevalence of overweight was of 47% for men and 39% for women, obesity was around 11% for both sexes. Direct association was observed between overweight and level of schooling among men and inverse association among women. Obesity was more frequent among men living with a partner and was associated neither with level of schooling nor skin color. The prevalence of overweight and obesity was higher among black women and women who lived with a partner. The presence of diabetes, systemic arterial hypertension and dyslipidemias, as well as the subject perceiving his/her health as regular or poor, were also reported by the interviewees with overweight or obesity. CONCLUSIONS: While approximately one out of every two interviewees was classified as being overweight, obesity was reported by one out of every ten interviewed subjects. Socioeconomic and demographic variables, as well as reported morbidities, were associated with overweight and obesity. These results were similar to the ones found in other Brazilian studies.OBJETIVO: Estimar la prevalencia de exceso de peso y obesidad y factores asociados. MÉTODOS: Fueron analizados datos referentes a individuos con edad >;18 años entrevistados por el Sistema de Vigilancia de Factores de Riesgo y Protección para Enfermedades Crónicas por Pesquisa Telefónica (VIGITEL), realizado en las capitales brasileras y Distrito Federal en 2006. Para 49.395 individuos, el índice de masa corporal (IMC) fue utilizado para identificar exceso de peso (IMC 25-30 kg/m²) y obesidad (IMC>;30 kg/m²). Prevalencia y razones de prevalencia fueron presentadas según variables sociodemográficas, escolaridad y condición de salud/comorbilidades y auto-evaluación de la salud, estratificadas por sexo. Se utilizó regresión de Poisson para análisis brutos y ajustados por edad. RESULTADOS: La prevalencia de exceso de peso fue de 47% para los hombres y 39% para las mujeres, y de obesidad, 11% para ambos sexos. Se observó asociación directa entre exceso de peso y escolaridad entre hombres, y asociación inversa entre mujeres. Obesidad fue más frecuente entre los hombres que vivían con compañera y no estuvo asociada con escolaridad o color de la piel. Las prevalencias de exceso de peso y obesidad fueron más altas entre mujeres negras y que vivían con compañero. La presencia de diabetes, hipertensión arterial sistémica y dislipidemias, bien como considerar su salud como regular o mala, también fueron referidas por los entrevistados con exceso de peso u obesidad. CONCLUSIONES: Mientras cerca de uno de cada dos entrevistados fueron clasificados con exceso de peso, obesidad fue referida por uno de cada diez entrevistados. Variables socioeconómicas y demográficas, bien como morbilidades referidas, fueron asociadas con exceso de peso y obesidad. Estos resultados fueron similares a aquellos encontrados en otros estudios brasileros.OBJETIVO: Estimar a prevalência de excesso de peso e obesidade e fatores associados. MÉTODOS: Foram analisados dados referentes a indivíduos com idade >;18 anos entrevistados pelo sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), realizado nas capitais brasileiras e Distrito Federal em 2006. Para 49.395 indivíduos, o índice de massa corporal (IMC) foi utilizado para identificar excesso de peso (IMC 25-30 kg/m²) e obesidade (IMC >;30 kg/m²). Prevalência e razões de prevalência foram apresentadas segundo variáveis sociodemográficas, escolaridade e condição de saúde/comorbidades e auto-avaliação da saúde, estratificadas por sexo. Utilizou-se regressão de Poisson para análises brutas e ajustadas por idade. RESULTADOS: A prevalência de excesso de peso foi de 47% para os homens e 39% para as mulheres, e de obesidade, 11% para ambos os sexos. Observou-se associação direta entre excesso de peso e escolaridade entre homens, e associação inversa entre mulheres. Obesidade foi mais freqüente entre os homens que viviam com companheira e não esteve associada com escolaridade ou cor da pele. As prevalências de excesso de peso e obesidade foram mais altas entre mulheres negras e que viviam com companheiro. A presença de diabetes, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemias, bem como considerar sua saúde como regular ou ruim, também foram referidas pelos entrevistados com excesso de peso ou obesidade. CONCLUSÕES: Enquanto cerca de um de cada dois entrevistados foram classificados com excesso de peso, obesidade foi referida por um de cada dez entrevistados. Variáveis socioeconômicas e demográficas, bem como morbidades referidas, foram associadas com excesso de peso e obesidade. Esses resultados foram similares àqueles encontrados em outros estudos brasileiros

    Sexual health of adolescents according to the National Survey of School Health

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    O objetivo deste estudo foi descrever as situações relacionadas à saúde sexual dos adolescentes, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Trata-se de um estudo transversal, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, que envolveu 60.973 escolares e 1.453 escolas públicas e privadas. A análise dos dados aponta que 30,5% (IC95% 29,9-31,2) dos adolescentes já tiveram relação sexual alguma vez na vida, sendo mais frequente em meninos (43,7%; IC95% 42,7-44,7) do que em meninas (18,7%; IC95% 18,0-19,4), naqueles que estudam em escola pública (33,1%; IC95% 32,4-33,9), com idade acima de 15 anos (47,3%; IC95% 45,7-48,9) e aos 16 anos (63,5%; IC95% 61,5-65,4). A idade de iniciação sexual foi precoce e 40,1% dos adolescentes (IC95% 38,8-41,4) relataram ter tido um único parceiro na vida. O uso do preservativo na ultima relação sexual foi elevado tanto para proteção (75,9%; IC95% 74,8-76,9), como também para método contraceptivo na última relação sexual (74,7%; IC95% 73,6-75,7). Torna-se necessário enfatizar ações de promoção à saúde sexual voltadas aos adolescentes, visando minimizar vulnerabilidades.The objective of this study was to describe situations related to sexual health of adolescents, according to the National Survey of School Health (PeNSE). It is a cross-sectional study performed by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), in partnership with the Ministry of Health that involved 60,973 students and 1,453 public and private schools. Data analysis points out that 30.5% (95%CI 29.9-31.2) of the adolescents had already had sexual relations sometime in their lives, being more frequent for males (43.7%; 95%CI 42.7-44.7) than females (18.7%; 95%CI 18.0-19.4), especially those who go to public schools (33.1%; 95%CI 32.4-33.9), aged 15 years or older (47.3%; 95%CI 45.7-48.9) and 16 years (63.5%; 95%CI 61,5-65.4). The sexual initiation age was early and 40.1% (95%CI 38.8-41.4) reported having had only one partner in life. The use of condoms in the last sexual relation was high both for protective (75.9%; CI95% 74.8-76.9) and contraceptive methods (74.7%; 95%CI 73.6-75.7). It is necessary to emphasize actions for promoting sexual health towards adolescents in order to minimize vulnerabilities

    Tratamentos utilizados por portadores de DPOC no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013

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    OBJETIVO: Estimar a prevalência dos tratamentos utilizados para o manejo da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) na população adulta brasileira. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional com dados oriundos da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, incluindo indivíduos com 40 anos ou mais, com diagnóstico médico autorreferido de DPOC, bronquite crônica e/ou enfisema, os quais foram questionados sobre tratamentos utilizados para o manejo da doença. RESULTADOS: Foram entrevistados 60.202 adultos, dos quais 636 tinham 40 ou mais anos de idade e haviam referido diagnóstico médico de DPOC, enfisema ou bronquite crônica. Menos da metade (49,4%) da população diagnosticada relatou utilizar algum tipo de tratamento, havendo diferenças quanto à macrorregião do país (Sul 53,8% – Nordeste 41,2%, p = 0,007). O tratamento medicamentoso foi o mais referido e portadores de enfisema apresentaram a maior proporção de mais de um tipo de tratamento utilizado. Entre os indivíduos que declararam ter apenas bronquite crônica, 55,1% (IC95% 48,7–61,4) usavam medicamento, 4,7% (IC95% 2,6–8,3) realizavam fisioterapia e 6,0% (IC95% 3,6–9,9) oxigenoterapia. Por outro lado, entre os enfisematosos, 44,1% (IC95% 36,8–51,7) realizavam tratamento medicamentoso, 8,8% (IC95% 5,4–14,2) fisioterapia e 10,0% (IC95% 6,3–15,6) oxigenoterapia. CONCLUSÕES: As prevalências de tratamentos para o manejo da DPOC estavam aquém do ideal em 2013. O medicamentoso foi o principal tipo de tratamento, seguido de oxigenoterapia e fisioterapia.OBJECTIVE: To estimate the prevalence of treatments used for the management of chronic obstructive pulmonary disease (COPD) in the Brazilian adult population. METHODS: A population-based cross-sectional study with data from the 2013 Brazilian National Survey of Health, including individuals aged 40 years or older, with a self-reported medical diagnosis of COPD, chronic bronchitis and/or emphysema, who were asked about treatments used for disease management. RESULTS: A total of 60,202 adults were interviewed, of which 636 were 40 years of age or older and had reported a medical diagnosis of COPD, emphysema, or chronic bronchitis. Less than half (49.4%) of the diagnosed population reported using some type of treatment, with differences regarding the macro-region of the country (South 53.8% – Northeast 41.2%, p = 0.007). Pharmacological treatment was the most reported, and emphysema patients had the highest proportion of those undergoing more than one type of treatment. Among the individuals who reported having only chronic bronchitis, 55.1% (95%CI: 48.7–61.4) used medication, 4.7% (95%CI: 2.6–8.3) underwent physical therapy, and 6.0% (95%CI: 3.6–9.9) oxygen therapy. On the other hand, among the emphysema patients, 44.1% (95%CI: 36.8–51.7) underwent drug treatment, 8.8% (95%CI: 5.4–14.2) physical therapy, and 10.0% (95%CI: 6.3–15.6) oxygen therapy. CONCLUSION: The prevalence of treatments for COPD management was below ideal in 2013. The pharmacological treatment was the main type of treatment, followed by oxygen therapy and physical therapy

    Food consumption and eating behavior among Brazilian adolescents: National Adolescent School-based Health Survey (PeNSE), 2009

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    O objetivo deste artigo é descrever características de consumo e comportamento alimentar de adolescentes brasileiros e sua associação com fatores sociodemográficos. Estudou-se, em 2009, amostra representativa de alunos do 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal. Utilizou-se questionário autoaplicável sobre atributos sociodemográficos, consumo e comportamento alimentar, entre outros. Estimativas dos indicadores construídos foram apresentadas para o total da população e por sexo. A associação de cada um dos indicadores com variáveis sociodemográficas foi examinada por meio de regressão logística. A maioria dos adolescentes consumia regularmente feijão (62,6%), leite (53,6%) e guloseimas (50,9%), realizava pelo menos o almoço ou o jantar com a mãe ou responsável (62,6%) e comia assistindo televisão ou estudando (50,9%). Em geral, as meninas estavam mais expostas a práticas alimentares não desejáveis, e o melhor nível socioeconômico associou-se a maiores prevalências dos indicadores estudados. Os resultados revelaram consumo regular dos marcadores de alimentação não saudável e consumo inferior ao recomendado dos de alimentação saudável, apontando a necessidade de ações de promoção de saúde dirigidas a jovens.The objective of this article is to describe the characteristics of food consumption and eating behavior of adolescents and its association with socio-demographic factors. In 2009, a random sample of students in 9th grade of elementary education at public and private schools from 26 Brazilian state capitals and Federal District was studied. It was applied a self-administered questionnaire with socio-demographic attributes, food consumption and eating behavior, among others. Estimates of the constructed indicators were presented for the total population and by sex. The association of each indicator with socio-demographic variables was examined by logistic regression. The results showed that over half of adolescents presented frequent consumption of beans (62.6%), milk (53.6%) and sweets (50.9%), and held at least lunch or dinner with the mother or responsible (62.6%) and watching television or studying (50.9%). In general, girls were more exposed to undesirable eating habits and higher socioeconomic status was associated with a higher prevalence of the indicators studied. The results revealed regular consumption of unhealthy diet markers and consumption of less than the recommended for a healthy diet, pointing the need for strengthening health promotion activities targeting young people

    Bullying in Brazilian schools: results from the National School-based Health Survey (PeNSE), 2009

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    O objetivo deste estudo é identificar e descrever a ocorrência do bullying, episódios de humilhação ou provocação perpetrados pelos colegas da escola, entre estudantes do 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas das 26 capitais dos estados brasileiros e do Distrito Federal. Trata-se de estudo transversal feito com 60.973 escolares de 1.453 escolas públicas e privadas. A análise dos dados aponta que 5,4% (IC95%: 5,1%-5,7%) dos estudantes relataram ter sofrido bullying quase sempre ou sempre nos últimos 30 dias; 25,4% (IC95%: 24,8%-26,0%) foram raramente ou às vezes vítimas de bullying e 69,2% (IC95%: 68,5%-69,8%) não sentiram nenhuma humilhação ou provocação (bullying). A capital com maior frequência de foi Belo Horizonte-MG (6,9%; IC95%: 5,9%-7,9) e a menor foi Palmas-TO (3,5%; IC95%: 2,6%-4,5%). Meninos relatam mais bullying (6,0%; IC95%: 5,5%-6,5%) do que meninas (4,8%; IC95%: 4,4%-5,3%). Não houve diferença entre escolas públicas (5,5%; IC95%: 5,1%-5,8%) e privadas (5,2%; IC95%: 4,6%-5,8%), exceto em Aracaju-SE, onde foi registrada maior ocorrência de bullying em escolas privadas. Os dados mostram urgente necessidade de ações intersetoriais a partir de políticas e práticas educativas que efetivem redução e prevenção da ocorrência do bullying nas escolas.The aim of this study is to identify and describe the occurrence of bullying among students in the 9th year (8th grade) from public and private schools from 26 Brazilian state capitals and the Federal District. It is a cross-sectional study involving 60,973 students and 1,453 public and private schools. Data analysis indicates that 5.4% (IC95%: 5.1%-5.7%) of students reported having suffered bullying almost always or always in the last 30 days, 25.4% (IC95%: 24.8%-26.0%) were rarely or sometimes the victim of bullying and 69.2% (IC95%: 68.5%-69.8%) of students felt no humiliation or provocation at school. The capital with higher frequency of bullying was Belo Horizonte (6.9%; IC95%: 5,9%-7,9%), Minas Gerais, and the lowest was Palmas (3.5%; IC95%: 2.6%-4.5%), Tocantins. Boys reported more bullying (6,0%; IC95%: 5.5%-6.5%) compared with girls (4,8%; IC95%: 4.4%-5.3%). There was no difference between public schools 5.5% (IC95%: 5.1%-5.8%) and private (5.2%) (IC95%: 4.6%-5.8%), except in Aracaju, Sergipe, that show more bullying in private schools. The findings indicate an urgent need for intersectoral action from educational policies and practices that enforce the reduction and prevention of the occurrence of bullying in schools in Brazil

    Monitoring of Risk and Protective factors for Chronic Non Communicable Diseases by telephone survey in Brazilian State Capitals, 2008

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    OBJETIVO: Analisar os fatores de risco e proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis - DCNT nas capitais do Brasil. METODOLOGIA: Foram analisadas informações provenientes do sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para DCNT por inquérito telefônico - VIGITEL, em 2008. A amostra foi composta por 54 mil entrevistas sendo as frequências apresentadas para o conjunto das capitais por sexo, faixa etária e escolaridade. RESULTADOS: O estudo mostrou diferenças na prevalência de fatores de risco e proteção de DCNT entre sexos, idade e escolaridade. Os homens apresentaram maiores frequências de fatores de risco como fumo, excesso de peso, consumo de refrigerantes, carnes com excesso de gordura e bebidas alcoólicas. Os homens praticam mais atividade física no lazer. As mulheres se alimentam melhor e referem mais diagnóstico médico de doenças, como hipertensão arterial, dislipidemia e osteoporose, além de estado de saúde ruim. Em geral, os fatores de risco são mais frequentes na população de menor escolaridade. DISCUSSÃO: Estas informações devem redirecionar a implementação das políticas públicas com foco em um modo de viver mais saudável e escolhas individuais mais adequadas por parte da população adulta brasileira

    Case Study of the Formulation of the National Policy of Diet and Nutrition in Brazil

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    Objetivo: analisar o processo de formulação da ‘Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN)’ no campo das ações públicas voltadas à proteção e promoção da saúde. Metodologia: trata-se de estudo de caso qualitativo multicêntrico, tendo por base o período de 1998 a 2005; foram realizadas 16 entrevistas semi-estruturadas com atores-chave do governo e sociedade civil, e analisadas diferentes fontes secundárias de informação para reconstituição do processo, a movimentação dos atores e suas motivações; para a análise da construção da PNAN, utilizou-se uma matriz com cinco categorias – contexto, ideias, instituições, interesses e instrumentos de política. Resultados: a PNAN foi formulada de maneira participativa, envolvendo diversos setores do governo e sociedade organizada; sua publicação, em 1999, destacou as seguintes diretrizes político-institucionais – estímulo às ações intersetoriais, com vistas ao acesso universal aos alimentos; garantia da segurança e da qualidade dos alimentos e da prestação de serviços; monitoramento da situação alimentar e nutricional do país; promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis; prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e de doenças associadas à alimentação e nutrição; promoção do desenvolvimento de linhas de investigação; e desenvolvimento e capacitação de recursos humanos. Conclusão: o processo de formulação da ‘Política Nacional de Alimentação e Nutrição’ constituiu um sólido aprendizado, amparado na busca do aprimoramento democrático, da participação cidadã na discussão com a sociedade civil. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACTObjective: analyze the process of the formulation of the ‘National Policy of Diet and Nutrition in Brazil (NPDN)’ in the field of public actions turned to health protection and promotion. Methodology: multicentric qualitative case study, based on the period from 1998 to 2005; sixteen semi-structured interviews with key government and civil society actors were performed and different secondary information sources analyzed for reconstruction of process and mobility of the actors, and their motivation; for the analysis and construction of NPDN, a matrix with 5 categories was used – context, ideas, institutions, interest, and policy instruments. Results: NPDN was formulated in a participatory manner involving several government sectors and organized society; the publication of the NPDN in 1999 revealed its political-institutional guidelines: stimulus to intersectoral actions, in view of universal access to food; assurance of the safety and quality of food and services rendered; monitoring of the diet and nutrition of the country; promotion of healthy diet practices and life styles; prevention and conrol of nutrition disorders and diseases related to diet and nutrition; development promotion of lines of investigation; human resource developing and training. Conclusion: the process of formulation of the ‘National Policy of Diet and Nutrition’ is a solid learning way, supported by the search democratic perfecting, with an important citizen participation and discussion with civil society

    População com risco cardiovascular elevado em uso de medicamento e aconselhamento: a situação do Brasil em relação à meta mundial, 2014-2015

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    Objective: To estimate the prevalence of high cardiovascular risk (CVR) and the proportion of people with high CVR who receive treatment and counseling, to investigate the sociodemographic factors associated with this outcome, in Brazil. Methods: Cross-sectional study, using subsample data from the National Health Survey, collected by biochemical tests, in 2014-2015. Poisson regression was used. Results: The proportion of high CVR in men was 11.2% (95%CI 9.6;12.9), and in women 10.4% (95%CI 9.2;11.8%). In the group with high CVR, 68.8% (95%CI 63.7;73.4%) received counseling, 59.3% (95%CI 54.2;64.3%) medication, and 55.6% (95%CI 50.4;60.7%) both. In the multivariate analysis, receiving treatment and counseling was associated with age 50 years and over, and poor/very poor health self-assessment (PR=1.26 – 95%CI 1.06;1.51). Conclusion: The proportion of people with elevated CVR who received treatment and counseling was over 50%.Objetivo: Estimar a prevalência de risco cardiovascular (RCV) elevado, a proporção de pessoas com RCV elevado que recebem tratamento e aconselhamento, e investigar os fatores sociodemográficos associados ao desfecho, no Brasil. Métodos: Estudo transversal, com dados de subamostra da Pesquisa Nacional de Saúde, coletados por exames bioquímicos, em 2014-2015. Empregou-se regressão de Poisson. Resultados: A proporção de RCV elevado em homens foi de 11,2% (IC95% 9,6;12,9) e em mulheres de 10,4% (IC95% 9,2;11,8%). No grupo com RCV elevado, 68,8% (IC95% 63,7;73,4%) receberam aconselhamento, 59,3% (IC95% 54,2;64,3%) medicamento e 55,6% (IC95% 50,4;60,7%) ambos. Na análise multivariável, receber tratamento e aconselhamento mostrou associação com a idade de 50 anos e mais, e com autoavaliação de saúde ruim/muito ruim (RP=1,26 – IC95% 1,06;1,51). Conclusão: A proporção de pessoas com RCV elevada que receberam tratamento e aconselhamento foi superior a 50%.&nbsp

    Trends in frequency of consumption of beans assessed by means of a telephone survey in Brazilian state capitals between 2006 and 2009

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    Analisar a tendência da frequência do consumo do feijão nos anos de 2006 a 2009 nas capitais brasileiras. Trata-se de uma série histórica utilizando a base de dados do Vigitel de todas as capitais brasileiras. O consumo de feijão foi descrito por meio da frequência relativa e a tendência foi avaliada utilizando-se regressão de Poisson. O consumo de feijão cinco ou mais vezes por semana variou de 71,85% (2006) a 65,79 (2009). Na maior faixa de frequência de consumo ao longo de todo o período estudado estão incluídas as capitais Goiânia, Belo Horizonte, Palmas, Cuiabá e Brasília. As pessoas com IMC na categoria adequado/baixo peso apresentaram as maiores frequências de consumo em relação aos indivíduos com sobrepeso e obesidade. Foi observada tendência significativa de redução do consumo regular de feijão segundo ano de realização da pesquisa, exceto para a categoria de idade entre os 45 e 54 anos. Ocorreu redução significativa da frequência do consumo do feijão pela população brasileira e a adoção de políticas de monitoramento e incentivo do consumo é necessária em função dos benefícios apresentados pela leguminosa
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