156 research outputs found

    Appraisal of health impacts as knowledge field

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    The debate on what “appraisal of health impacts” is and which its limits are have remained since the beginning of performing studies practice. In consequence, many documents have been published to elucidate these questions, based on specific premises and approaches, especially for health impacts assessments (HIA). The current expansion of studies, mainly of HIA, the adjustments for different contexts, and the aggregated knowledge which vest it with the status of field of knowledge place the debate far from over, and invigorate the need of revisiting concepts and premises of health impact appraisal constructs. This need has motivated the elaboration of this study, which aims to revive the debate of this construct as a field of knowledge with vast theoretical apparatus, and to discuss, under a wide comprehension, about studies that could belong to this field, besides the HIA ones.O debate sobre o que é Avaliação de Impacto à Saúde (AIS) e quais são seus domínios tem ocorrido desde os primórdios de sua prática, resultando em uma série de documentos-guia que, apoiados em visões e pressupostos específicos, buscaram elucidar tais questões. Longe de findado esse debate, a atual expansão da utilização da AIS, as adaptações para diferentes contextos e o agregar de conhecimentos e práticas que lhe conferem o status de campo de saber revigoram a necessidade de revisitar conceitos e preceitos sobre tal constructo. Foi essa necessidade que motivou a elaboração deste artigo, que busca resgatar a definição da AIS como um campo de saber de amplo aparato teórico e expor práticas e estudos que poderiam fazer parte do domínio da avaliação de impactos à saúde sob um entendimento mais amplo do que seria esse constructo

    Mortalidade cerebrovascular: tendência e sazonalidade nas capitais brasileiras, 2000–2019

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    OBJETIVO: Avaliar a tendência e a sazonalidade das taxas de mortalidade cerebrovascular na população adulta das capitais brasileiras de 2000 a 2019. MÉTODOS: Estudo ecológico e descritivo de séries temporais de mortalidade por causas cerebrovasculares em adultos (≥ 18 anos) residentes nas capitais do Brasil no período 2000–2019, obtidas do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Técnicas de estatística descritiva foram aplicadas na análise exploratória dos dados e no resumo de taxas específicas, padronizadas e razões por características sociodemográficas. A regressão de pontos de junção ( jointpoint regression model) e stimou a t endência d as t axas d e m ortalidade c erebrovascular p or s exo, grupos etários e regiões geográficas. A variabilidade sazonal por regiões geográficas das taxas foi estimada utilizando o modelo aditivo generalizado por meio de splines de suavização cúbica. RESULTADOS: As pessoas maiores de 60 anos representaram 77% dos óbitos cerebrovasculares. Predominaram o sexo feminino (52%), a raça branca (47%), os solteiros (59%) e a baixa escolaridade (57%, ensino fundamental). As capitais Recife (20/1.000 hab.) e Vitória (16/1.000 hab.) apresentaram as maiores taxas brutas de mortalidade. Aplicando as taxas padronizadas Recife (49/10.000 hab.) e Palmas (47/10.000 hab.) prevaleceram. As taxas de mortalidade cerebrovascular no Brasil apresentam uma tendência favorável ao declínio em ambos os sexos e em adultos. A sazonalidade mostrou influenciar na elevação das taxas entre os meses de julho a agosto em quase todas as capitais das regiões, exceto na Norte, que se elevaram nos meses de março, abril e maio. CONCLUSÕES: Os óbitos por causa cerebrovascular prevaleceram em pessoas idosas, solteiras e com baixa escolaridade. A tendência foi favorável ao declínio, sendo o inverno o período de maior risco. As diferenças regionais permitem subsidiar os tomadores de decisões em relação à implementação de políticas públicas para reduzir a mortalidade cerebrovascular.OBJECTIVE: To evaluate the trend and seasonality of cerebrovascular mortality rates in the adult population of Brazilian capitals from 2000 to 2019. METHODS: This is an ecological and descriptive study of a time series of mortality due to cerebrovascular causes in adults (≥ 18 years) living in Brazilian capitals from 2000 to 2019, based on the Brazilian Mortality Information System. Descriptive statistical techniques were applied in the exploratory analysis of data and in the summary of specific, standardized rates and ratios by sociodemographic characteristics. The jointpoint regression model was used to estimate the trend of cerebrovascular mortality rates by gender, age groups, and geographic regions. The seasonal variability of rates by geographic regions was estimated using the generalized additive model by smoothing cubic splines. RESULTS: People aged over 60 years comprised 77% of all cerebrovascular deaths. Women (52%), white individuals (47%), single people (59%), and those with low schooling (57%, elementary school) predominated in our sample. Recife (20/1,000 inhab.) and Vitória (16/1,000 inhab.) showed the highest crude mortality rates. Recife (49/10,000 inhab.) and Palmas (47/10,000 inhab.) prevailed after we applied standardized rates. Cerebrovascular mortality rates in Brazil show a favorable declining trend for adults of all genders. Seasonality influenced rate increase from July to August in almost all region capitals, except in the North, which rose in March, April, and May. CONCLUSIONS: Deaths due to cerebrovascular causes prevailed in older single adults with low schooling. The trend showed a tendency to decline and winter, the greatest risk. Regional differences can support decision-makers in implementing public policies to reduce cerebrovascular mortality

    MUDANÇAS CLIMÁTICAS, POLUIÇÃO DO AR E REPERCUSSÕES NA SAÚDE HUMANA: REVISÃO SISTEMÁTICA

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    As principais implicações das mudanças climáticas e da poluição atmosférica sobre a saúde humana, tanto em nível global como no Brasil, têm sido objeto de atenção perante as instituições mundiais. Objetivo: Revisar a literatura sobre os efeitos das mudanças climáticas e da poluição do ar na saúde humana. Método: Revisão sistemática de pesquisas publicadas, entre os anos de 2010-2018, em bases de dados (PubMed, Dimensions, SciELO, Periódicos Capes) por meio de descritores-chaves alusivos à problemática de estudo. Foram selecionados 228 artigos, divididos e organizados sob duas dimensões de buscas e analisados pela técnica bibliométrica. Resultados: No geral, 54% dos estudos foram publicados entre 2010-2012, em sua maioria, assinados por pesquisadores vinculados a instituições públicas brasileiras. A maior parte dos estudos foi realizada na Amazônia Legal e os grupos mais pesquisados foram crianças e idosos. O poluente atmosférico mais investigado foi omaterial particulado com diâmetro inferior a 2,5 µm, que revelou ser um fator de risco grave à saúde humana. Encontrou-se também relação entre eventos climáticos extremos e o aumento do desmatamento e dos casos de morbimortalidade, sobretudo por doenças respiratórias. Conclusão: O fogo sobre a biomassa florestal oriunda do desmate é posto como uma das principais causas das mudanças climáticas e o MP2,5 foi o poluente atmosférico que mais se associou aos agravos à saúde, principalmente nos grupos mais vulneráveis

    Um grau e meio. E daí?

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    Variabilidade climática aumenta a morbimortalidade associada ao material particulado

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    OBJETIVO: Analisar se o material particulado fino (PM2,5), bem como seu efeito sinérgico com a temperatura máxima, a umidade e as estações do ano estão associados à morbimortalidade por doenças cardiovasculares. MÉTODOS: Estudo ecológico de séries temporais. Foram utilizados como desfechos os registros diários de óbito e internação em adultos com 45 anos ou mais de idade para os anos de 2009 a 2011 nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, Mato Grosso, Brasil. Utilizou-se regressão de Poisson via modelos aditivos generalizados, assumindo-se um nível de significância de 5%. O modelo foi controlado para tendência temporal, sazonalidade, temperatura média, umidade e efeitos de calendário. Concentrações diárias de PM2,5 (material particulado com diâmetro aerodinâmico inferior a 2,5 micrômetros) foram obtidas por meio da conversão dos valores da espessura ótica de aerossóis. Temperatura máxima, umidade e estações do ano foram incluídas separadamente ao modelo como variáveis indicadoras para análise do efeito sinérgico do PM2,5 com a morbimortalidade por doenças cardiovasculares. Foi calculado o aumento percentual de risco relativo (%RR) dos óbitos e internações para o aumento linear de 10 μg/m3 de PM2,5. RESULTADOS: Entre 2009 e 2011, o aumento de PM2,5 foi associado a um %RR 2,28 (IC95% 0,53–4,06) para internações no mesmo dia de exposição e %RR 3,57 (IC95% 0,82–6,38) para óbitos com uma defasagem de três dias. Em dias quentes, observou-se %RR 4,90 (IC95% -0,61–9,38) para óbitos. Não foi observada modificação de efeito do PM2,5 pela temperatura máxima relacionada as internações. Em dias com baixa umidade, o %RR foi 5,35 (IC95% -0,20–11,22) para óbitos e 2,71 (IC95% -0,39–5,92) para internações. Na estação seca, o %RR foi 2,35 (IC95% 0,59–4,15) para internações e 3,43 (IC95% 0,58–6,35) para óbitos. CONCLUSÕES: O PM2,5 está associado à morbimortalidade por doenças cardiovasculares e seus efeitos podem ser potencializados pelo calor, pela baixa umidade e durante a estação secaOBJECTIVE: The objective of this study has been to analyze whether fine particulate matter (PM2.5), as well as its synergistic effect with maximum temperature, humidity, and seasons, is associated with morbidity and mortality from cardiovascular diseases. METHODS: This is an ecological study of time series. We have used as outcomes the daily death and hospitalization records of adults aged 45 years and over from 2009 to 2011 of the municipalities of Cuiabá and Várzea Grande, State of Mato Grosso, Brazil. We have used Poisson regression using generalized additive models, assuming a significance level of 5%. The model has been controlled for temporal trend, seasonality, average temperature, humidity, and season effects. Daily concentrations of PM2.5 (particulate material with aerodynamic diameter less than 2.5 micrometers) have been obtained by converting the values of optical aerosol thickness. Maximum temperature, humidity, and seasons have been separately included in the model as dummy variables for the analysis of the synergistic effect of PM2.5 with morbidity and mortality from cardiovascular disease. We have calculated the percentage increase of relative risk (%RR) of deaths and hospitalizations for the linear increase of 10 μg/m3 of PM2.5. RESULTS: Between 2009 and 2011, the increase in PM2.5 was associated with a %RR 2.28 (95%CI 0.53–4.06) for hospitalizations on the same day of exposure and RR% 3.57 (95%CI 0.82–6.38) for deaths with a lag of three days. On hot days, %RR 4.90 (95%CI -0.61–9.38) was observed for deaths. No modification of the effect of PM2.5 was observed for maximum temperature in relation to hospitalizations. On days with low humidity, %RR was 5.35 (95%CI -0.20–11.22) for deaths and 2.71 (95%CI -0.39–5.92) for hospitalizations. In the dry season, %RR was 2.35 (95%CI 0.59–4.15) for hospitalizations and 3.43 (95%CI 0.58–6.35) for deaths. CONCLUSIONS: The PM2.5 is associated with morbidity and mortality from cardiovascular diseases and its effects may be potentiated by heat and low humidity and during the dry seaso

    Impactos na saúde humana de partículas emitidas por queimadas na Amazônia brasileira

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    OBJECTIVE: To analyze the impact on human health of exposure to particulate matter emitted from burnings in the Brazilian Amazon region. METHODS: This was an ecological study using an environmental exposure indicator presented as the percentage of annual hours (AH%) of PM2.5 above 80 μg/m3. The outcome variables were the rates of hospitalization due to respiratory disease among children, the elderly and the intermediate age group, and due to childbirth. Data were obtained from the National Space Research Institute and the Ministry of Health for all of the microregions of the Brazilian Amazon region, for the years 2004 and 2005. Multiple regression models for the outcome variables in relation to the predictive variable AH% of PM2.5 above 80 μg/m3 were analyzed. The Human Development Index (HDI) and mean number of complete blood counts per 100 inhabitants in the Brazilian Amazon region were the control variables in the regression analyses. RESULTS: The association of the exposure indicator (AH%) was higher for the elderly than for other age groups (β = 0.10). For each 1% increase in the exposure indicator there was an increase of 8% in child hospitalization, 10% in hospitalization of the elderly, and 5% for the intermediate age group, even after controlling for HDI and mean number of complete blood counts. No association was found between the AH% and hospitalization due to childbirth. CONCLUSIONS: The indicator of atmospheric pollution showed an association with occurrences of respiratory diseases in the Brazilian Amazon region, especially in the more vulnerable age groups. This indicator may be used to assess the effects of forest burning on human health.OBJETIVO: Analisar o impacto à saúde humana pela exposição ao material particulado das emissões de queimadas na Amazônia brasileira. MÉTODOS: Estudo ecológico utilizando o indicador de exposição ambiental apresentado como percentagem anual de horas (AH%) de PM2,5 acima de 80 μg/m³ e como desfecho taxas de hospitalização por doenças respiratórias em crianças, idosos e grupos etários intermediários e taxas de hospitalização por parto. Os dados foram obtidos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e do Ministério da Saúde para todas as microrregiões da Amazônia Brasileira, nos anos 2004 e 2005. Foram analisados modelos de regressão múltipla das variáveis de desfecho com a variável preditora AH% acima de 80 μg/m³ para PM2,5. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o número médio de hemogramas por 100 habitantes na região da Amazônia brasileira foram variáveis de controle nas análises de regressão. RESULTADOS: Observou-se maior associação do indicador de exposição (AH%) para os idosos do que para outros grupos etários (β = 0,10). Para cada ponto percentual de aumento no indicador de exposição, houve aumento de 10% na taxa de hospitalização de idosos, 8% em internações de crianças, e 5% para a faixa etária intermediária, mesmo ajustando por IDH e número médio de hemogramas. Não foi encontrada associação entre AH% e a taxa de hospitalização por parto. CONCLUSÕES: O indicador de poluição atmosférica mostrou associação com a ocorrência de doenças respiratórias, em especial nos grupos etários mais vulneráveis da Amazônia brasileira, podendo ser utilizado na abordagem dos efeitos da queima das florestas na saúde humana.OBJETIVO: Analizar el impacto a la salud humana por la exposición al material particulado de las emisiones de incendios en el Amazonas brasilero. MÉTODOS: Estudio ecológico utilizando el indicador de exposición ambiental, presentado como porcentaje anual de horas (AH%) de PM2,5 encima de 80 µg/m³ y como resultado tasas de hospitalización por enfermedades respiratorias en niños, ancianos y grupos etarios intermediarios y tasas de hospitalización por parto. Los datos fueron obtenidos del Instituto Nacional de Pesquisas Espaciales y del Ministerio de la Salud de Brasil para todas las microrregiones del Amazonas Brasilero, en los años 2004 y 2005. Fueron analizados modelos de regresión múltiple de las variables de resultado con la variable predoctora AH% encima de 80 µg/m³ para PM2,5. El Índice de Desarrollo Humano (IDH) y el número promedio de hemogramas por 100 habitantes en la región del Amazonas Brasilero fueron variables de control en los análisis de regresión. RESULTADOS: Se observó mayor asociación del indicador de exposición (AH%) para los ancianos en comparación con otros grupos etarios (? = 0,10). Para cada punto porcentual de aumento en el indicador de exposición, hubo aumento de 10% en la tasa de hospitalización de ancianos, 8% en internaciones de niños, y 5% para el grupo etario intermedio, aún ajustando por IDH y número promedio de hemogramas. No fue encontrada asociación entre AH% y la tasa de hospitalización por parto. CONCLUSIONES: El indicador de polución atmosférica mostró asociación con la ocurrencia de enfermedades respiratorias, en especial en los grupos etarios más vulnerables del Amazona Brasilero, pudiendo ser utilizado en el abordaje de los efectos de incendios de las selvas en la salud humana.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMS)/Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde - DECI

    Health Impact Assessment in protected areas: a proposal for urban contexts in Brazil

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    Abstract: The use of Health Impact Assessment (HIA) in the establishment of an urban protected area can enhance the positive impacts and mitigate the negative impacts resulting from its implementation. Brazil hosts some of the most important biodiversity hotspots in the world and the HIA may benefit biodiversity and human health. These areas are commonly created without any preceding survey to assess their impacts on health. Protected areas located in urban zones are essential to maintain environmental balance and quality of life in cities. It promotes positive impacts on health, providing ecosystem services and salutogenic benefits. However, they can generate negative impacts such as the violation of human rights, property speculation, spread of vectorial diseases, and psychosocial stress. Based on the identification of the potential impacts of urban protected areas on health and best practices, this qualitative and exploratory study justifies the use of HIA in urban protected areas, especially in the Brazil, and indicates the main elements for the construction of a methodological approach to contribute to the Sustainable Development Goals and one of its alternatives, the Buen Vivir approach

    The potential impact of PM2.5 on the covid-19 crisis in the Brazilian Amazon region

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    OBJECTIVE: This study aims to assess covid-19 morbidity, mortality, and severity from 2020 to 2021 in five Brazilian Amazon states with the highest records of wildfires. METHODS: A distributed lag non-linear model was applied to estimate the potential exposure risk association with particulate matter smaller than 2.5-μm in diameter (PM2.5). Daily mean temperature, relative humidity, percentual of community mobility, number of hospital beds, days of the week, and holidays were considered in the final models for controlling the confounding factors. RESULTS: The states of Para, Mato Grosso, and Amazonas have reported the highest values of overall cases, deaths, and severe cases of covid-19. The worrying growth in the percentual rates in 2020/2021 for the incidence, severity, and mortality were highlighted in Rondônia and Mato Grosso. The growth in 2020/2021 in the estimations of PM2.5 concentrations was higher in Mato Grosso, with an increase of 24.4%, followed by Rondônia (14.9%). CONCLUSION: This study establishes an association between wildfire-generated PM2.5 and increasing covid-19 incidence, mortality, and severity within the studied area. The findings showed that the risk of covid-19 morbidity and mortality is nearly two times higher among individuals exposed to high concentrations of PM2.5. The attributable fraction to PM2.5 in the studied area represents an important role in the risk associated with covid-19 in the Brazilian Amazon region
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