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AmbivalĂȘncia, gĂȘnero e modernidade capitalista: a França na era da flexibilidade Ambivalence, gender and capitalist modernity: France in an era of flexibility
Tanto a situação na França quanto os quadros de referĂȘncia teĂłricos usados para analisar a flexibilidade evoluĂram consideravelmente nos Ășltimos vinte anos. Nosso artigo pretende descrever essa transformação e defender uma tese especĂfica. O mundo moderno pĂłs-Ford apresenta dois novos aspectos quando comparado ao que fora descrito na anĂĄlise funcionalista tradicional: por um lado, as tensĂ”es inerentes Ă natureza ambivalente da flexibilidade sĂŁo vistas hoje como questĂ”es mais pessoais; por outro, a ambivalĂȘncia nĂŁo Ă© mais encarada como puramente disfuncional, mas tem um aspecto positivo. Ă luz desse novo quadro de referĂȘncia, apresentaremos inicialmente o cenĂĄrio dos vĂĄrios debates sobre flexibilidade na França, e mostraremos, em seguida, as relaçÔes entre flexibilidade e ambivalĂȘncia sociolĂłgica, antes de apresentarmos os dados empĂricos que sustentam nossa tese.<br>Both the situation of employment in France and the frameworks used to analyse flexibility have evolved considerably over the last twenty years. The paper aims to describe this transformation and defend a particular thesis. Our post-Ford modern world has two new aspects when compared with the traditional functionalist analysis: on the one hand, the tensions inherent in the ambivalent nature of flexibility are today seen as more personal issues, and on the other, ambivalence is no longer seen as purely dysfunctional, but to have a possible positive aspect. Given this new framework, the paper first presents the background to the various debates on flexibility in France, and then shows the links between flexibility and sociological ambivalence before presenting empirical data in support of the thesis