6 research outputs found

    A literatura e suas modalidades de amor: um enfoque psicanalítico

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    Psychoanalysis has always needed art, in special literature, but also, visual and scenic art to reveal what theory cannot see, by representing structures and procedures of psychical and social functioning. In these terms, Lacan will read this primordial love, which is the love of his own reflection, under the sign of Narcissus myth, as well as the transferential love, themed by Freud, will be calledunder the sign of Symposium, being as an assumption of knowledge, that knows nothing beyond Alcibiades´ desire for Agathon, or as the master´s speech, for assigning the love philia in place of the seductive agalma. The psychoanalysis will also address the tragic love from Antigone´s lesson, the one who gave even what she did not have, in name of human dignity. Whereas the love-passion comes under the heading bovarysme, romantic expression of a loving desire that, in frustration, will end up on melancholy, as a prelude to death. The comic love, on Molière´s sentence, will be the love that degrades the Other, so that the individual does not require the death of love. The love for thinking comes in terms of the one who loves the love itself, whose model will be the Provencal courtly love. At last, on Lacan, Beatrice´s love will illuminate Dante´s sublimation path towards the empty meaning of eternal love. For that, Lacan will remind us, in his homage to Marguerite Duras, that the artist will always precede the psychoanalyst on unknown paths, both in relation to knowledge and love…A psicanálise sempre precisou da arte, em especial da literatura, mas também, das artes plásticas e cênicas para revelar o que a teoria não consegue ver, por representar as estruturas e procedimentos do funcionamento psíquico e social. Nestes termos, Lacan vai ler este amor primordial, que é o amor pela própria imagem, sob o signo do mito de Narciso, assim como o amor transferencial, tematizado por Freud, será conjugado sob o signo do Banquete, seja como suposição de saber, que nada sabe além do desejo de Alcebíades por Agatão, seja como discurso do mestre, por alocar o amor philia no lugar do agalmasedutório. A psicanálise, também vai abordar o amor trágico a partir da lição de Antígona, aquela que deu até aquilo que não tinha, em nome da dignidade humana. Já o amor-paixão será articulado sob a rubrica do bovarismo, expressão romântica de uma aspiração amorosa que, em malogro, vai desembocar na melancolia, como antessala da morte. O amor cômico, na pena de Molière, será o amor que rebaixa o Outro, justamente para que o sujeito não se obrigue a morrer de amor. O amor ao pensamento será articulado nos termos daquele que ama o próprio amor, cujo modelo será o amor cortês provençal. Enfim, no derradeiro Lacan, será o amor de Beatriz que iluminará o caminho sublimatório de Dante em direção à significação vazia do amor eterno. Por tudo isto Lacan irá nos lembrar, em sua homenagem a Marguerite Duras, que o artista sempre irá preceder o psicanalista nos trilhamentos do inaudito, tanto no que se refere ao saber, quanto ao amor..

    A literatura e suas modalidades de amor: um enfoque psicanalítico

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    Psychoanalysis has always needed art, in special literature, but also, visual and scenic art to reveal what theory cannot see, by representing structures and procedures of psychical and social functioning. In these terms, Lacan will read this primordial love, which is the love of his own reflection, under the sign of Narcissus myth, as well as the transferential love, themed by Freud, will be calledunder the sign of Symposium, being as an assumption of knowledge, that knows nothing beyond Alcibiades´ desire for Agathon, or as the master´s speech, for assigning the love philia in place of the seductive agalma. The psychoanalysis will also address the tragic love from Antigone´s lesson, the one who gave even what she did not have, in name of human dignity. Whereas the love-passion comes under the heading bovarysme, romantic expression of a loving desire that, in frustration, will end up on melancholy, as a prelude to death. The comic love, on Molière´s sentence, will be the love that degrades the Other, so that the individual does not require the death of love. The love for thinking comes in terms of the one who loves the love itself, whose model will be the Provencal courtly love. At last, on Lacan, Beatrice´s love will illuminate Dante´s sublimation path towards the empty meaning of eternal love. For that, Lacan will remind us, in his homage to Marguerite Duras, that the artist will always precede the psychoanalyst on unknown paths, both in relation to knowledge and love…A psicanálise sempre precisou da arte, em especial da literatura, mas também, das artes plásticas e cênicas para revelar o que a teoria não consegue ver, por representar as estruturas e procedimentos do funcionamento psíquico e social. Nestes termos, Lacan vai ler este amor primordial, que é o amor pela própria imagem, sob o signo do mito de Narciso, assim como o amor transferencial, tematizado por Freud, será conjugado sob o signo do Banquete, seja como suposição de saber, que nada sabe além do desejo de Alcebíades por Agatão, seja como discurso do mestre, por alocar o amor philia no lugar do agalmasedutório. A psicanálise, também vai abordar o amor trágico a partir da lição de Antígona, aquela que deu até aquilo que não tinha, em nome da dignidade humana. Já o amor-paixão será articulado sob a rubrica do bovarismo, expressão romântica de uma aspiração amorosa que, em malogro, vai desembocar na melancolia, como antessala da morte. O amor cômico, na pena de Molière, será o amor que rebaixa o Outro, justamente para que o sujeito não se obrigue a morrer de amor. O amor ao pensamento será articulado nos termos daquele que ama o próprio amor, cujo modelo será o amor cortês provençal. Enfim, no derradeiro Lacan, será o amor de Beatriz que iluminará o caminho sublimatório de Dante em direção à significação vazia do amor eterno. Por tudo isto Lacan irá nos lembrar, em sua homenagem a Marguerite Duras, que o artista sempre irá preceder o psicanalista nos trilhamentos do inaudito, tanto no que se refere ao saber, quanto ao amor..

    A melancolia, o discurso melancólico e suas relações com a mídia e com o consumo

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    Starting from the strutural revision of the melancholy in Freud, Lacan and their readers, we intend to point out the stylistic echoes of mania in the melancholic speech of Louis-Ferdinand Celine. For this, we confronted the celiniana obligation to cover the emptiness of the real with the entire truth, a peculiar from its maniac style with the shandiana form assumed by Machado maduro, where the melancholic fiction produces paradoxically a know-how/self-satisfaction with the life based in a nonentire truth. In the sequency, we examined the effects of melancholic speech from the invention of the significant depression, abducted by the science speech and articulated by the media over the auspicious from the capitalist speech. That is what confront us with the depression’s ideology, antecipated by the poetic melancholy from the Artificial paradises. However, this civilization’s illusion without discomfort through the hapiness’ policies is able to produce certain narcotics consequences in the social link, that go from the medically toxicomania, compatible with the society’s consume, until the desegregation appetite of the illicit drugs.Pretendemos, partindo da revisão estrutural da melancolia em Freud, Lacan e seus leitores, apontar os ecos estilísticos da mania no discurso melancólico de Louis-Ferdinand Céline. Para tal, confrontamos a obrigação celiniana de tamponar o vazio do real com a verdade toda, própria de seu estilo maníaco, com a forma shandiana assumida pelo Machado maduro, onde a ficção melancólica produz, paradoxalmente, um saber/satisfazer-se com a vida, baseado em uma verdade não-toda. Na sequência, examinamos os efeitos do discurso melancólico, a partir da invenção do significante depressão, abduzido pelo discurso da ciência e articulado pela mídia, sob os auspícios do discurso do capitalista. O que nos confronta com uma ideologia da depressão, antecipada pela melancolia poética dos Paraísos artificiais. Entretanto, essa ilusão de civilização sem mal-estar, via política da felicidade, é capaz de produzir certas consequências narcotizantes no laço social, que vão da toxicomania medicamentosa, compatível com a sociedade de consumo, até o apetite desagregador pelas drogas ilícitas

    Literature and its modality of love: a psychoanalytic approach

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    Psychoanalysis has always needed art, in special literature, but also, visual and scenic art to reveal what theory cannot see, by representing structures and procedures of psychical and social functioning. In these terms, Lacan will read this primordial love, which is the love of his own reflection, under the sign of Narcissus myth, as well as the transferential love, themed by Freud, will be calledunder the sign of Symposium, being as an assumption of knowledge, that knows nothing beyond Alcibiades´ desire for Agathon, or as the master´s speech, for assigning the love philia in place of the seductive agalma. The psychoanalysis will also address the tragic love from Antigone´s lesson, the one who gave even what she did not have, in name of human dignity. Whereas the love-passion comes under the heading bovarysme, romantic expression of a loving desire that, in frustration, will end up on melancholy, as a prelude to death. The comic love, on Molière´s sentence, will be the love that degrades the Other, so that the individual does not require the death of love. The love for thinking comes in terms of the one who loves the love itself, whose model will be the Provencal courtly love. At last, on Lacan, Beatrice´s love will illuminate Dante´s sublimation path towards the empty meaning of eternal love. For that, Lacan will remind us, in his homage to Marguerite Duras, that the artist will always precede the psychoanalyst on unknown paths, both in relation to knowledge and love

    Foraclusão, exclusão e segregação : da drogadicção em suas relações com a família e com a sociedade

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    A presente tese visa retomar a análise dos processos de segregação, com ênfase nas relações entre drogadicção, família e sociedade, para com isto investigar como a hiperdeterminação entre exclusão social e exclusão psíquica leva o sujeito a propagar social e geracionalmente a Segregação, podendo, também (por causa de outrem), encontrar origem nessa. Em outros termos, buscamos verificar neste trabalho, conceitualmente, bem como na e através da interpretação dos casos “escutados”, a possível provocação foraclusiva da drogadicção, assim como os seus efeitos de retroalimentação perversa existentes no nível extensivo do laço social (toxicomania), vistos enquanto produtos e produtores dos processos de segregação. Isto implica admitir a vigência de uma suposição que articula conceitualmente, em espiral dialética, as categorias de: Foraclusão do Nome-do-Pai, auto e hetero Exclusão (através da agressividade egoica) e Segregação. Para tal, elaboramos um quadro teórico-clínico que responde à articulação da psicanálise intensiva (clínica) com a psicanálise extensiva, enquanto abordagem que possibilitou o mapeamento do modo de ser do fenômeno da droga, como um sintoma social. E, por se tratar de uma categoria extensiva, que nos confronta com o tema da Segregação, nossa abordagem buscou pensar as condições psíquicas e sociais da exclusão (drogatícia), com vistas à proposição de subsídios teóricos às medidas sócio-pedagógicas em prol dos necessários atos de inclusão nos ambientes escolares. Assim, do ponto de vista do excluído, por vezes um drogadito, o estudo constatou a presença possível de três questões: 1º) a agressividade egoica; 2º) uma tendência à ruína psíquica, expressa na forma auto-hostil de um gozo com a morte, causada pela recusa do desmame, em função da suposição de fusão com o objeto impossível; e, 3º) a possível falência social e transmissiva da família. Já enfocando os efeitos sociais da toxicomania, levantamos a possibilidade: 1º) da inserção do drogadito, por efeito de estrutura, na perversão social; 2º) da configuração extensiva de uma relação entre o duo drogadicção/toxicomania e o binômio Kant/Sade; e finalmente, 3º) do contexto retroativo da Segregação que, ao hiperdeterminar exclusão social e (auto-)exclusão psíquica, leva o sujeito (drogadito), não só a transmitir a segregação, inclusive geracionalmente, mas também, por causa da ancestralidade, a tomá-la como fato originário. Por isso, em nosso percurso experimental fomos forçados a reconhecer a validade do diagnóstico lacaniano sobre a morte do olhar do Outro, principalmente no que concerne a função simbólica da metáfora paterna, condição de possibilidade dos processos civilizatórios e educativos. Em face desta foraclusão do Outro, no nível do laço social, nossa leitura, em caráter preventivo, visou destacar a importância da promoção e da transmissão, na infância, do referencial simbólico e amoroso, quando emanado da paternidade. Por outro lado, do ponto de vista dos casos individuais, nossa abordagem enfatiza a “escuta”, enquanto ato capaz de colocar limite ao gozo com a morte (em suas formas auto e hetero-hostis), possibilitando ao sujeito (drogadito ou não) se incluir ali onde ele se excluiu, na família, na escola e na sociedade. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- This thesis has the objective to review the analysis of the segregation processes, emphatizing the relation among the drug addiction, family and the society, to investigate how the overdetermination between social exclusion and psycho exclusion lead the subject to spread social and generationaly the Segregation, it also can (because of the other) be constitute in this. In other terms, we try to check in this paper, conceptualy as well as in and through the interpretation of the “listened” cases, the possible drug addiction exclusive provocation as its effects of the perverse retro-feeding existent in the extensive level from the social link (toxicomania), as products and producers from the segregation processes. This implies to admit the force of a supposition that conceptually articulates in dialectic spiral the categories of: Exclusion from Name-of-the-Father, self and hetero Exclusion (through the ego agressivity) and Segregation. For this, we elaborate a clinic-theoric scene that responds to the articulation from the intensive (clinic) with the extensive psychoanalysis, that as approaching makes possible the cartography of the way of being from the drug phenomenon, like a social symptom. And, because it is a extensive category that confronts us with the Segregation theme, our approaching try to think the psychical and social conditions from the exclusion (drug use), in order to the theoric subsidy proposition to the social-pedagocial measures on behalf of the necessary inclusion action in the school environment. So, from the point of view from the exclude subject, sometimes a drug user, the study notices the possible presence of three issues: 1st) ego agressivity; 2nd) a tendency to psycho ruin, expresses in from of self-hostile enjoyment with the death caused by the refusal from stopping weaning as a result of the supposition fusion with the impossible object; and 3rd) the possible social and transmissive bankruptcy of the family. Pointing out the social effects from the toximania, we got the possibility: 1st) the drug user insertion by the structure effect in the social perversion; 2nd) from extensive configuration of a relation among the duo addiction/toximania and the bi-named Kant/Sade; and finally, 3rd) from the Segregation’s retroactive context that as overdetermine social exclusion and psycho (self-)exclusion leads the subject (drug user) not just to transmit the segregation, even generationaly, but also because of the ancestrality, gets it as originate fact. Because of this, in our experimental journey we are forced to recognize the validity of the “lacaniano” diagnostic over the look´s death from other, mainly concerning to the symbolic function from the father’s metaphora, that is, possibility condition from the civilizatory and educative processes. Because of the Other inclusion in the social link level, our reading, in preventive character, aims to point out the importance of the promotion and transmission in the childhood of the symbolic and loving referencial when emaneted from the fatherhood. On the other hand, from the point of view of individual cases, our approaching emphatizes the “listening” while capable action to put limit to the enjoyment with the death (in their forms self and hetero-hostile), making possible to the subject (drug user) includes himself there where he has included himself, in family, in the school and in the society

    ENTRE MACHADO DE ASSIS E JACQUES LACAN: PRESSUPOSTOS PARA O ENTENDIMENTO DA ATUAL CONJUNTURA SOCIOPOLÍTICA BRASILEIRA

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    Resumo Se o homem pós-moderno parece estar renunciando às virtudes antigas, em benefício das vantagens pessoais, para o Lacan de 1968, seria o esvanecimento da vergonha que abriu as portas para a conversão de qualquer dignidade significante em significante contábil. Assim, a sociedade se pautaria progressivamente pelas formas imaginárias de sobrevivência e/ou ilusão, conferindo um estatuto perverso, inclusive, à política, ainda que narrada pelo discurso do politicamente correto. Contudo, atualmente, despida dos álibis piedosos, restaria disseminada a identificação imaginária com as imposturas de ocasião, abolida a autoria, suprimida a honra e banida de vez a vergonha, por causa do poder e da avidez, como nos antecipou ficcionalmente Machado de Assis, em contos como a "Teoria do medalhão" e "O espelho"
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