69 research outputs found

    Aspectos epidemiológicos da neoplasia mamária canina

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    Tumor de mama é a neoplasia mais freqüente em cadelas, entretanto, há controvérsias sobre os fatores que influenciam o desenvolvimento do tumor. O objetivo deste trabalho foi estudar o perfil das cadelas com tumor de mama atendidas no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (HCV-UFRGS). Foram coletados os dados de 85 cadelas apresentando neoplasias mamárias, entre junho de 1999 e maio de 2000. Foram analisados o tempo de evolução dos tumores, neoplasias anteriores, histórico reprodutivo, localização, tamanho dos nódulos, ulcerações, metástases pulmonares e resultados da histopatologia. A partir destes dados, 71,8% foram lesões malignas e, 28,2%, benignas. A maioria dos malignos foi de carcinomas e, dos benignos, adenoma. A idade média foi de 9 anos para as cadelas com tumores benignos e de 9 anos para os malignos. O progestágeno foi associado a um maior número de tumores benignos. As pseudocieses foram relacionadas a tumores de mama malignos. Tanto o uso de progestágenos como as pseudocieses foram relacionados com o aparecimento precoce de neoplasias mamárias em cadelas

    Aspectos epidemiológicos e patológicos da endocardite bacteriana em cães: 54 casos (200-2005)

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    Endocardite Bacteriana (EB) é a inflamação séptica do endocárdio valvular e/ou mural. É uma doença de diagnóstico ante-mortem difícil devido ao quadro clínico inespecífico. A partir da consulta dos arquivos do Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi realizado um estudo retrospectivo sobre a EB canina em um período de 6 anos. De 2000 a 2005, 54 casos da doença foram diagnosticados à necropsia correspondendo a 1,72% do total de cães necropsiados nesse período. A idade média dos animais afetados foi de 8,2 anos. Machos (32/54) foram mais afetados do que fêmeas (22/54). A doença foi observada principalmente em cães de raça (37/54) sendo Pastor Alemão (9/54) e Fila Brasileiro (8/54) as raças mais acometidas. A válvula mitral foi a mais afetada (50/54). Na maior parte dos casos (42/54), uma possível porta de entrada para as bactérias foi identificada. A origem da infeccção bacteriana usualmente eram lesões cutâneas ulceradas e inflamadas (31/42). Em parte dos casos (10/31), essas feridas de pele estavam infestadas por larvas da mosca Cochliomyia hominivorax (miíases) e apresentavam evidente contaminação bacteriana. Streptococcus beta-hemolítico foi a bactéria mais freqüentemente cultivada de amostras de sangue colhidas à necropsia (6/17). Tromboembolismo arterial, evidenciado pela presença de infartos em múltiplos órgãos e tecidos, foi observado na maioria dos cães (46/54) sendo o rim (38/46) e o baço (24/46) os órgãos mais afetados. Os dados epidemiológicos e achados patológicos apresentados nesse estudo visam auxiliar no diagnóstico clínico da EB

    Epidemiological evaluation of the dogs with oral tumors attended in the Veterinary Hospital of Federal University of Rio Grande do Sul

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    Os tumores orais em cães representam cerca de 6% de todas as neoplasias dessa espécie. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo epidemiológico dos cães com tumores orais atendidos no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul durante o período de julho de 2003 a julho de 2007. Realizou-se a pesquisa nos arquivos do Laboratório de Histopatologia e nas fichas clínicas dos animais, para avaliação de dados como raça, sexo, idade e o tipo histológico dos tumores. Procedeu-se à análise de 79 cães, dentre os quais 39 (49,37%) eram machos e 40 (50,63%) eram fêmeas, com idades variando entre um e dezesseis anos (média de 7,7 anos). Os cães mais acometidos foram os sem raça definida, com dezesseis casos (19,76%), seguido pela raça Poodle, com doze casos (14,82%). As neoplasias malignas representaram 50,63% dos casos e as benignas 49,37%%. Os tumores mais comumente encontrados foram o melanoma e o épulis acantomatoso, com dezenove casos cada (23,46%), seguidos pelo fibrossarcoma e o épulis fibromatoso, com nove casos cada (11,11%), plasmocitoma com oito casos (9,88%), ameloblastoma com quatro casos (4,94%), carcinoma epidermoide e osteossarcoma com três casos cada (3,7%). Por meio deste estudo, verificou-se que os tumores malignos apresentam uma maior incidência, e os tipos histológicos mais frequentes foram o melanoma, o fibrossarcoma, o épulis acantomatoso e fibromatoso.Oral tumors reach about 6% of all the neoplasm in dogs. The objective of this research was to form an epidemiological study on dogs with oral tumors that have been treated at the Veterinary Hospital of Federal University of rio Grande do Sul from July 2003 to July 2007. The research was conducted within the archives of the histopathology laboratory, using the animals’ clinical files, in which they had been categorized by breed, sex, age and the tumors’ histology. Among the total 79 dogs analyzed, 39 (49.37%) were male and 40 (50.63%) were female. The age range of the dogs spanned from 1 to 16 years, with the average age being 7.7 years. Regarding the types of dogs which were affected by tumors, the most, 16 (19.76%), were mixed breed, followed by the poodle, with 12 cases (14.82%). Malignant neoplasms were found in 50.63% of the cases, and benign neoplasms in 49.37% of the cases. The most common tumors found was the melanoma and acanthomatous epulis with 19 cases each (23.46%), followed by fibrosarcoma and fibrous epulis with 9 cases each (11.11%), plasmocytoma with 8 cases (9.88%), ameloblastoma with 4 cases (4.94%), squamous cell carcinoma and osteosarcoma with 3 cases each (3.7%). Ultimately, this study indicates that malignant tumors were more prevalent than benign, and that the most common histological types of tumors were melanoma, fibrosarcoma, acanthomatous epulis and fibrous epulis

    Mesotelioma pleural em um cão da raça rottweiler

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    O mesotelioma é uma neoplasia difusa das membranas serosas da pleura, peritônio, pericárdio e túnica vaginal. É rara em todas as espécies animais. Os sinais clínicos apresentados são secundários ao acúmulo de efusão intracavitária característico deste tipo de tumor. Observam-se dispneia, aumento de volume abdominal, sinais de insuficiência cardíaca congestiva direita, entre outros. O diagnóstico definitivo é obtido através do exame histopatológico. Não existe tratamento efetivo. A cisplatina é a droga de escolha para a terapia paliativa. Neste trabalho é relatado um caso de mesotelioma pleural, diagnosticado na necropsia, em um cão macho da raça rottweiler. A doença apresentou-se rapidamente progressiva, havendo um curto intervalo desde o primeiro atendimento até o óbito do paciente. Clinicamente apresentava muita dispneia em função do acúmulo de efusão hemorrágica intrapleural, sendo a terapia adotada baseada nos sinais clínicos e exames complementares. É, sem dúvida, uma neoplasia com prognóstico bastante desfavorável

    Osteossarcoma apendicular em um felino

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    Tumores ósseos primários são raros em felinos, afetando gatos adultos ou idosos e com predileção pelo esqueleto apendicular. Nesta espécie, o índice de desenvolvimento de metástases é baixo e a amputação é um método eficaz de tratamento. A proposta deste trabalho é relatar um caso de osteossarcoma apendicular em um felino, sem raça definida, fêmea, de 16 anos de idade, apresentando aumento de volume na porção distal do úmero do membro anterior direito. Ao exame físico, o paciente apresentava claudicação e encontrava-se ativo e em bom estado nutricional. Foi solicitado hemograma completo, perfil bioquímico e avaliação radiológica do tórax e do membro afetado. Os valores de fosfatase alcalina (FA) e uréia encontravam-se aumentados. Os exames radiográficos indicaram imagem sugestiva de tumor ósseo, com presença de lise e perda da continuidade óssea do membro e as radiografia s torácicas não a presentara mi magens compatíveis com metástase s pul monares.O paciente foi es tabiliza do e encaminha do para o centro cirú rg ico par a realizaç ão de escapulectomia e posterior te ra pia comc arbopl atina. O animal demonstrou boa recuperação pós-cirúrgica e leve toxicidade re lacionada à quimiotera pia com linfopenia e emese

    Uso do 5-Fluorouracil associado à cirurgia como terapêutica para o carcinoma de células escamosas em cães

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    O carcinoma de células escamosas ou carcinoma epidermóide é uma neoplasia maligna de origem epidérmica. O 5-fluorouracil é um agente antineoplásico comumente administrado pela via parenteral, também sendo descrito seu uso tópico em humanos. Este trabalho relata dois casos de carcinoma de células escamosas em cães que apresentavam nódulos na região abdominal ventral. Em ambos os casos, os animais foram submetidos à quimioterapia antineoplásica neoadjuvante com 5-fluorouracil, para reduzir o tamanho dos nódulos e facilitar a exérese dos mesmos. Em um dos pacientes, utilizou-se 5-fluorouracil pomada como tratamento local e, em outro, foi feita a administração por via endovenosa. Em ambos os casos, ocorreu remissão parcial dos tumores, a qual viabilizou a realização da cirurgia com maiores margens de segurança. Este estudo demonstra que o uso de 5-fluorouracil em cães é um procedimento seguro, devendo ser considerado em casos de tumores avançados, nos quais a cirurgia imediata não é possível
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