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    Fisioterapia digital em grupo por videochamada para o tratamento da incontinência urinária feminina e a percepção das participantes sobre esta modalidade : um estudo semiexperimental

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    Introdução: Na atual pandemia do coronavírus (COVID-19), inúmeras medidas restritivas foram tomadas a fim de diminuir a disseminação do vírus e proteger a população. Esta dinâmica influenciou a organização dos serviços de saúde e muitos atendimentos precisaram ser interrompidos ou reduzidos, especialmente aqueles com demandas eletivas, como é o caso da incontinência urinária (IU). Neste cenário, as práticas digitais em saúde emergiram como um potencial recurso para dar continuidade aos atendimentos. Objetivo: Avaliar se um protocolo de fisioterapia digital em grupo por vídeochamada síncrona é eficaz para reduzir a severidade dos sintomas de IU em mulheres e qual é a percepção das participantes sobre essa forma de atendimento. Métodos: Mulheres com IU, ≥18 anos e que possuíam acesso digital (celular ou computador com câmera e acesso à internet) foram convidadas a participar deste estudo semiexperimental. Conduziu-se um protocolo de fisioterapia digital em grupo, com encontros síncronos uma vez por semana, durante oito semanas, com duração de 30 minutos cada. O protocolo era baseado em exercícios de respiração, mobilidade pélvica, treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) e educação em saúde em relação a hábitos miccionais, evacuatórios e sexualidade feminina. As avaliações pré e pósintervenção foram feitas exclusivamente por telefone. Não foi realizada avaliação física dos músculos do assoalho pélvico. O desfecho primário foi a gravidade dos sintomas de IU e o impacto na qualidade de vida (QV) com base no International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF) e o desfecho secundário foi a percepção dos participantes em relação ao tratamento. Resultados: 23 mulheres participaram do estudo e 17 foram incluídas na análise final. A média de idade foi 60 anos (± 13,0) e o subtipo de IU mais prevalente foi a IU mista (IUM). A QV e a gravidade da IU melhoraram significativamente após a intervenção e a maioria das participantes ficou completamente satisfeita com a fisioterapia digital em grupo para IU. Conclusões: Apesar das limitações, este estudo traz resultados semelhantes a estudos anteriores, concluindo que a fisioterapia através de práticas digitais para o tratamento da IU feminina é uma alternativa eficaz e com boa aceitação pelas pacientes. Os resultados também demonstraram que é possível realizar atendimentos em grupo através do serviço remoto e, dessa forma, acolher a demanda reprimida durante a pandemia, respeitando as medidas de segurança. Mais que isso, considerando a falta de serviço especializado em diversas localidades, a oferta de atendimento remoto pode ser uma estratégia interessante a ser adotada para além da pandemia.Background: During the Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) pandemic, several restrictive measures have been recommended by many governments to fight the virus’ spreading, causing important changes in all healthcare services by interrupting or reducing elective appointments. As generally not urgent, urogynecology outpatients’ services have been required to leave many patients unattended during this period, overwhelming the waiting lists and causing consequences for all of those who use routine services to treat pelvic floor dysfunctions (PFDs) such as urinary incontinence (UI). Digital health practices has emerged as strong alternatives to deal with this situation during the pandemic. Aim: The purpose of this study was to assess whether a digital group physiotherapy by synchronous video call could be effective to reduce the severity of female IU symptoms and what was the woman’s perception on this modality. Methods: Women with UI, ≥18 years old and who had digital access (cell phone or computer with camera and internet access) were invited to participate in this semi-experimental study. A digital group physiotherapy protocol was conducted by synchronous meetings once a week, for eight weeks, lasting 30 minutes each. The protocol was based on breathing exercises, pelvic mobility, pelvic floor muscle training (PFMT) and lifestyle education regarding to bladder and bowel habits and female sexuality. Pre- and post-intervention assessments were carried out exclusively by phonecall. Physical assessment of the pelvic floor muscles was not performed. The primary outcome was the severity of UI symptoms and the impact on quality of life (QL) based on the International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF) and the secondary outcome was the participants' perception of the treatment. Results: Twenty-three women were involved in the study and 17 were included in the final analysis. The mean age was 60 years (±13.0) and the most prevalent subtype of UI was mixed UI (MUI). The QoL and the severity of the UI were significantly improved after the intervention and most of the participants were completely satisfied with the digital group physiotherapy for UI. Conclusions: Despite the limitations, our results are similar to previous studies, concluding that physiotherapy through digital practices for the treatment of female UI is an effective alternative with good acceptance by patients.The results also showed that it is possible to provide group care through the remote service and deal with the long waiting lists. More than that, considering the lack of specialized service in several locations, the offer of a remote care can be an interesting strategy to be adopted beyond the pandemic

    Plataforma Zoom meetings

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    PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM IDOSOS NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

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    Introdução: a idade é um dos fatores que predispõe ao surgimento da incontinência urinária (IU), especialmente a IU de urgência e IU mista. Considerando o aumento da expectativa de vida, estima-se que a prevalência de IU também irá aumentar, sendo necessário o desenvolvimento de estratégias de saúde adequadas para este tipo de condição. Objetivo: revisar estudos que verificaram a prevalência de incontinência urinária em idosos no Brasil nos últimos 10 anos. Materiais e métodos: foi realizada uma revisão sistemática que utilizou as bases de dados PubMed, Scielo, Google Acadêmico e buscas manuais nas referências dos estudos encontrados. Foram incluídos artigos publicados em português e inglês entre 2011 e 2016. Resultados: foram identificados 11 estudos e a prevalência de incontinência urinária variou dependendo do seu subtipo, da idade e do sexo dos idosos, tendo uma taxa entre 29,4% e 65%. O International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF) e entrevistas elaboradas pelos pesquisadores foram os instrumentos mais utilizados. O índice de massa corpórea (IMC), diabetes, hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o número de partos foram relatados como fatores que influenciaram a prevalência de idosos com incontinência urinária. Conclusão: os achados mostraram uma alta prevalência de incontinência urinária em idosos. Estudos futuros são necessários para identificar fatores relacionados a estes achados e a utilização de instrumentos padronizados para a evidenciação da incontinência urinária

    Perfil das pacientes do ambulatório de uroginecologia de um hospital público de Porto Alegre com relação à incontinência urinária e à qualidade de vida

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    Introdução: A incontinência urinária (IU) é a perda involuntária de urina e pode ser classificada de acordo com os sintomas, sendo os tipos mais comuns: IU de esforço (IUE), IU de urgência (IUU) e IU mista (IUM). Ela causa impacto físico e psicológico negativo, piorando a qualidade de vida. A fisioterapia pélvica é importante no tratamento conservador da IU, pois é segura, não invasiva e com mínimos efeitos colaterais. Objetivos: Descrever o perfil das mulheres avaliadas pela fisioterapia pélvica no Ambulatório de Uroginecologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) com relação à IU e qualidade de vida.Métodos: Estudo descritivo, transversal e retrospectivo, realizado a partir de informações dos prontuários das pacientes avaliadas pela fisioterapia pélvica no Ambulatório de Uroginecologia do HCPA, de agosto de 2013 a dezembro de 2014. Resultados: Dos 164 prontuários analisados, a média de idade das pacientes foi de 58,07 anos (±10,98), 55% realizaram parto normal, 51% fizeram episiotomia, todas eram multíparas, 60,4% apresentavam prolapso de órgão pélvico e a IUM foi a mais prevalente, sendo que 71,3% perdiam urina em jato. Quanto à força dos músculos do assoalho pélvico, a maioria apresentava grau 2 (31,1%), seguido de grau 1 (28%) e grau 3 (24,4%), conforme a Escala de Oxford Modificada, e 75,6% acionavam musculatura acessória. O International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIS-SF) mostrou que o impacto da IU foi grave em 62,8%.Conclusão: Este estudo permitiu identificar as principais demandas da população feminina com IU, facilitando o delineamento de estratégias de reabilitação eficazes e compatíveis com a prática clínica.Palavras-chaves: Assoalho pélvico; incontinência urinária; qualidade de vida; fisioterapi
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