10 research outputs found

    A produção de polvilho na Comunidade Tatu

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    A produção do polvilho é a principal fonte de renda dos moradores da Comunidade Tatu, localizada no município de Rio Pardo de Minas, região Norte do estado de Minas Gerais. O trabalho nas tendas de goma vem sendo passado de geração em geração, mas houve mudanças em decorrência da modernização da agricultura. O presente trabalho procurou discutir como a mecanização/modernização na produção do polvilho interfere nos laços de vidas tradicionais da Comunidade Tatu. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou como fonte de informações falas de dois moradores da comunidade, obtidas por entrevistas semiestruturadas, assim como informações das vivências da autora-pesquisadora principal. Nota-se com a chegada da modernização, acompanhada da mecanização, o enfraquecimento ou até mesmo a perda de alguns laços tradicionais como a troca de serviços. Ao mesmo tempo, o trabalho na produção de polvilho continua familiar e artesanal, há trocas de manivas e os agricultores compreendem que a comunidade se constrói a partir da ajuda do outro

    Interculturalidade e conhecimento tradicional sobre a Lua na formação de professores no/do campo

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    ABSTRACT: The treatment given to traditional knowledge by school science tends to devalue it, subjecting it to naive, common sense, and even mythological vision. As a way of promoting dialogue and exchange between different cultures, which populate the classroom, interculturallity assumes that science education should be considered as the acquisition of yet another culture, without overcoming the validity of the others. This article presents a concrete case of teaching and learning of the physical sciences as an example of promoting the recognition of traditional knowledge about the Moon in a context of intercultural rural science teacher education. They are discussed representative excerpts of written productions of undergraduate rural education, major in natural sciences, conducted in the discipline of Introduction to Physics that aimed to argue about how scientific and traditional knowledge are related to the Moon and its implications for science teaching. It is noted that traditional knowledge is strongly intertwined with the social practices of communities of these graduates, pointing out the necessary inclusion of this knowledge in the intercultural rural science teacher education that stimulates the exchange and mutual enrichment.ABSTRACT: The treatment given to traditional knowledge by school science tends to devalue it, subjecting it to naive, common sense, and even mythological vision. As a way of promoting dialogue and exchange between different cultures, which populate the classroom, interculturallity assumes that science education should be considered as the acquisition of yet another culture, without overcoming the validity of the others. This article presents a concrete case of teaching and learning of the physical sciences as an example of promoting the recognition of traditional knowledge about the Moon in a context of intercultural rural science teacher education. They are discussed representative excerpts of written productions of undergraduate rural education, major in natural sciences, conducted in the discipline of Introduction to Physics that aimed to argue about how scientific and traditional knowledge are related to the Moon and its implications for science teaching. It is noted that traditional knowledge is strongly intertwined with the social practices of communities of these graduates, pointing out the necessary inclusion of this knowledge in the intercultural rural science teacher education that stimulates the exchange and mutual enrichment.RESUMEN: El tratamiento dado al conocimiento tradicional por la ciencia escolar tiende a desvalorizarlo, sometiéndolo a la visión ingenua, de sentido común, y hasta mitológica. Con el fin de promover el diálogo y el intercambio entre las diferentes culturas que pueblan el aula, la interculturalidad asume que la enseñanza de las ciencias debe ser considerada como la adquisición de otra cultura sin para ello sobreponer la validez de las otras. En este artículo se presenta un caso de la enseñanza y el aprendizaje, de las ciencias físicas, como un ejemplo de la promoción del reconocimiento de los conocimientos tradicionales acerca de la Luna en un contexto de formación intercultural de los maestros para el campo. Se discuten fragmentos representativos de producciones escritas de estudiantes de graduación en educación del campo, habilitación ciencias de la naturaleza, realizadas en la disciplina de Introducción a la Física que tuvieron como objetivo argumentar sobre el modo como los conocimientos científico y tradicional están relacionados a la Luna y sus implicaciones para la enseñanza de las ciencias. Se observa que el conocimiento tradicional está fuertemente entrelazado a las prácticas sociales de comunidades de esos estudiantes de graduación, señalando la necesaria inclusión de este conocimiento en la formación intercultural de los maestros para el campo que estimula el intercambio y enriquecimiento mutuo.ABSTRACT: The treatment given to traditional knowledge by school science tends to devalue it, subjecting it to naive, common sense, and even mythological vision. As a way of promoting dialogue and exchange between different cultures, which populate the classroom, interculturallity assumes that science education should be considered as the acquisition of yet another culture, without overcoming the validity of the others. This article presents a concrete case of teaching and learning of the physical sciences as an example of promoting the recognition of traditional knowledge about the Moon in a context of intercultural rural science teacher education. They are discussed representative excerpts of written productions of undergraduate rural education, major in natural sciences, conducted in the discipline of Introduction to Physics that aimed to argue about how scientific and traditional knowledge are related to the Moon and its implications for science teaching. It is noted that traditional knowledge is strongly intertwined with the social practices of communities of these graduates, pointing out the necessary inclusion of this knowledge in the intercultural rural science teacher education that stimulates the exchange and mutual enrichment.O tratamento dado ao conhecimento tradicional pela ciência escolar tende a desvalorizá-lo, submetendo-o à visão ingênua, de senso comum, e até mitológica. Como forma de promover o diálogo e a troca entre culturas diferentes, que povoam a sala de aula, a interculturalidade assume que o Ensino de Ciências deve ser considerado como a aquisição de mais uma cultura, sem para isso sobrepor a validade das outras. Este artigo apresenta um caso concreto de ensino e aprendizagem, das ciências físicas, como exemplo da promoção do reconhecimento do conhecimento tradicional sobre a Lua em um contexto de formação intercultural de professores para o campo. São discutidos trechos representativos de produções escritas de licenciandos em Educação do Campo, habilitação Ciências da Natureza, realizadas na disciplina de Introdução à Física que tiveram como objetivo argumentar sobre o modo como os conhecimentos científico e tradicional estão relacionados à Lua e as suas implicações para o Ensino de Ciências. Nota-se que o conhecimento tradicional está fortemente entrelaçado às práticas sociais de comunidades desses licenciandos, apontando a necessária inclusão desse conhecimento na formação intercultural de professores para o campo que estimule o intercâmbio e o enriquecimento mútuo. Palavras-chave: Conhecimento Tradicional, Educação Intercultural em Ciências, Formação de Professores para o Campo.   Interculturallity and traditional knowledge about the moon in teacher training at the/of rural education ABSTRACT: The treatment given to traditional knowledge by school science tends to devalue it, subjecting it to naive, common sense, and even mythological vision. As a way of promoting dialogue and exchange between different cultures, which populate the classroom, interculturallity assumes that science education should be considered as the acquisition of yet another culture, without overcoming the validity of the others. This article presents a concrete case of teaching and learning of the physical sciences as an example of promoting the recognition of traditional knowledge about the Moon in a context of intercultural rural science teacher education. They are discussed representative excerpts of written productions of undergraduate rural education, major in natural sciences, conducted in the discipline of Introduction to Physics that aimed to argue about how scientific and traditional knowledge are related to the Moon and its implications for science teaching. It is noted that traditional knowledge is strongly intertwined with the social practices of communities of these graduates, pointing out the necessary inclusion of this knowledge in the intercultural rural science teacher education that stimulates the exchange and mutual enrichment. Keywords: Traditional Knowledge, Intercultural Science Education, Rural Science Teacher Education.   Interculturalidad y el conocimiento tradicional sobre la Luna en la formación docente en/del campo RESUMEN: El tratamiento dado al conocimiento tradicional por la ciencia escolar tiende a desvalorizarlo, sometiéndolo a la visión ingenua, de sentido común, y hasta mitológica. Con el fin de promover el diálogo y el intercambio entre las diferentes culturas que pueblan el aula, la interculturalidad asume que la enseñanza de las ciencias debe ser considerada como la adquisición de otra cultura sin para ello sobreponer la validez de las otras. En este artículo se presenta un caso de la enseñanza y el aprendizaje, de las ciencias físicas, como un ejemplo de la promoción del reconocimiento de los conocimientos tradicionales acerca de la Luna en un contexto de formación intercultural de los maestros para el campo. Se discuten fragmentos representativos de producciones escritas de estudiantes de graduación en educación del campo, habilitación ciencias de la naturaleza, realizadas en la disciplina de Introducción a la Física que tuvieron como objetivo argumentar sobre el modo como los conocimientos científico y tradicional están relacionados a la Luna y sus implicaciones para la enseñanza de las ciencias. Se observa que el conocimiento tradicional está fuertemente entrelazado a las prácticas sociales de comunidades de esos estudiantes de graduación, señalando la necesaria inclusión de este conocimiento en la formación intercultural de los maestros para el campo que estimula el intercambio y enriquecimiento mutuo. Palabras clave: Conocimiento Tradicional, Educación Intercultural en Ciencias, Formación de Maestros para el Campo

    O saber de comunidades tradicionais acerca do uso e preservação de sementes crioulas

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    Sementes crioulas são multiplicadas artesanalmente por comunidades tradicionais do campo e conservam, além de seu passado genético, o conhecimento agregado ao longo de gerações pela seleção e cuidado de seus guardiões. Guardiões e guardiãs de sementes, em todo o Brasil, cultivam sementes crioulas de modo coletivo. Tendo como pressuposto a perspectiva teórica e epistemológica de reconhecimento e identificação dessas experiências, este artigo tem como objetivo apresentar e discutir os conhecimentos envolvidos no uso e preservação de sementes crioulas por agricultores familiares, atuantes também como guardiões de sementes em suas comunidades tradicionais do campo de origem, localizadas no norte mineiro. A pesquisa, de natureza qualitativa, decorre de uma iniciação científica. Foram entrevistados três guardiões, por meio de um questionário semiestruturado conduzido por um pesquisador insider do campo. Como resultados, é possível observar uma variedade de cultivos realizados a partir das sementes crioulas, associada a saberes voltados à soberania alimentar e à biodiversidade. A guarda, preservação e partilha de sementes correspondem às marcas das suas identidades e estão também relacionadas às suas tradições. Há uma grande preocupação com a perda das sementes crioulas nas comunidades investigadas. A pesquisa permitiu compreender a lógica de resistência dessas populações a partir dos modos de preservação de suas sementes como a troca, a guarda e a doação, motivando a união e solidariedade nas comunidades. Mostra, ainda, a potencialidade de se reconhecer e valorizar as sementes crioulas como objeto legítimo e válido para as aulas de Ciências e para a Educação do Campo coerente com a vida e trabalho de quem vive na/da terra.Palavras-chave: Sementes Crioulas. Comunidade Tradicional. Educação do Campo.The knowledge of traditional communities about the use and preservation of creole seedsABSTRACT   Creole seeds are multiplied by handmade mode for traditional rural communities and preserve, in addition to their genetic past, the knowledge aggregated over generations by the selection and care of their guardians. Guardians and guardians of seeds, throughout Brazil, cultivate Creole seeds collectively. Assuming the theoretical and epistemological perspective of recognition and identification of these experiences, this article aims to present and discuss the knowledge involved in the use and preservation of Creole seeds by family farmers, who also act as seed custodians in their traditional communities in the field of origin, located in the north of Minas Gerais. The research, of a qualitative nature, stems from a scientific initiation. Three guardians were interviewed using a semi-structured questionnaire and conducted by an insider researcher from the field. As a result, it is possible to observe a variety of crops grown from Creole seeds, associated with knowledge focused on food sovereignty and biodiversity. The custody, preservation and sharing of seeds correspond to the marks of their identities and are also related to their traditions. There is great concern about the loss of Creole seeds in the communities investigated. The research allowed to understand the logic of resistance of these populations from the ways of preserving their seeds such as exchange, custody and donation, motivating the union and solidarity in the communities. It also shows the potential of recognizing and valuing Creole seeds as a legitimate and valid object for Science classes and for Rural Education consistent with the life and work of those who live on / from the land.Keywords: Creole Seeds. Traditional Community. Rural Education.El conocimiento de las comunidades tradicionales sobre el uso y la conservación de semillas criouleRESUMENLas semillas criollas son hechas a mano por las comunidades rurales tradicionales y preservan, además de su pasado genético, el conocimiento agregado durante generaciones por la selección y el cuidado de sus guardianes. Guardianes y guardianes de semillas, en todo Brasil, cultivan semillas criollas colectivamente. Asumiendo la perspectiva teórica y epistemológica de reconocimiento e identificación de estas experiencias, este artículo tiene como objetivo presentar y discutir los conocimientos involucrados en el uso y la preservación de las semillas criollas por parte de los agricultores familiares, quienes también actúan como guardianes de las semillas en sus comunidades tradicionales en el campo de origen, ubicado en el norte de Minas Gerais. La investigación, de carácter cualitativo, surge de una iniciación científica. Se entrevistó a tres guardianes utilizando un cuestionario semiestructurado y realizado por un investigador interno del campo. Como resultado, es posible observar una variedad de cultivos de semillas criollas, asociados con el conocimiento centrado en la soberanía alimentaria y la biodiversidad. La custodia, la preservación y el intercambio de semillas corresponden a las marcas de sus identidades y también están relacionadas con sus tradiciones. Existe una gran preocupación por la pérdida de semillas criollas en las comunidades investigadas. La investigación nos permitió comprender la lógica de resistencia de estas poblaciones a partir de las formas de preservar sus semillas, como el intercambio, la custodia y la donación, motivando la unión y la solidaridad en las comunidades. También muestra el potencial de reconocer y valorar las semillas criollas como un objeto legítimo y válido para las clases de ciencias y para la educación rural en consonancia con la vida y el trabajo de quienes viven en / desde la tierra.Palabras clave: Semillas Criollas. Comunidad Tradicional. Educación Rural

    A integração de saberes sobre a Lua no Estágio Supervisionado/Licenciatura em Educação do Campo

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    The text discusses the results of an experience of integration of knowledge in science teaching, carried out during the Supervised Internship in graduation of the Rural Education of a federal university. The objective of the project was to provide, through the traditional knowledge of a rural community in the municipality of Sacramento, Triângulo Mineiro region, recognition about the use of orientation by the phases of the Moon in social practices, especially those related to planting and harvest. The proposal was developed in a class of the 9th grade of Elementary School, with the aid of a model that allowed the visualization of the phases of the Moon linked to the information from the traditional knowledge of that rural community about theMoon in the plantations. This work takes Intercultural Education as a theoretical perspective and defends the necessary integration of the traditional knowledge of the rural people in the science education. The analysis of this experience shows that, even for students from the rural context, where there is still a close link between traditional knowledge about the Moon and social practices of planting and harvesting, scientific knowledge is still prioritized by these students, who attribute its value to the written account in books, whereas traditional knowledge often carries only oral transmission. The results also point to the potential for integrating knowledge from the rural’s own communities into the classroom, in order to recognize that, by giving voice to the knowledge constructed by the rural subjects, it is breaking with a secularway of exclusion of subjects, identities, knowledge and existences.El texto presenta y discute los resultados de una experiencia de integración de saberes en la enseñanza de ciencias, realizada durante la Etapa Supervisada en la licenciatura en Educación del Campo de una universidad federal. El proyecto tenía como objetivo proporcionar, a través de los conocimientos tradicionales de una comunidad de campo del municipio de Sacramento en la región del Mineiro Triángulo, el reconocimiento sobre el uso de guía por las fases de la luna en las prácticas sociales, especialmente las relacionadas con la plantación y la cosecha. La propuesta fue aplicada a una clase del noveno año de la Enseñanza Fundamental con ayuda de una maqueta que posibilitaba la visualización de las fases de la Luna ligada a las informaciones de los conocimientos tradicionales de aquella comunidad del campo acerca de la Luna en las plantaciones. Este trabajo asume como perspectiva teórica la Educación Intercultural y defiende la necesaria integración de los conocimientos tradicionales de los pueblos del campo en la enseñanza de las ciencias. El análisis de esta experiencia demuestra que incluso para estudiantes del contexto del campo, donde aún hay un estrecho vínculo entre los conocimientos tradicionales sobre la Luna y las prácticas sociales de plantación y cosecha, el conocimiento científico sigue siendo priorizado por esos estudiantesque atribuyen su valor al relato escrito en libros mientras que el conocimiento tradicional lleva muchas veces sólo la transmisión oral. Los resultados apuntan aún la potencialidad de la integración de saberes de las propias comunidades del campo en el aula, para reconocer que al dar voz al conocimiento construido porlos sujetos del campo, se está rompiendo con una manera secular de exclusión de sujetos, identidades, saberes y existencias.O texto discute sobre os resultados de uma experiência de integração de saberes no ensino de ciências, realizada durante o Estágio Supervisionado na Licenciatura em Educação do Campo de uma universidade federal. O projeto teve como objetivo proporcionar, por meio dos conhecimentos tradicionais de uma comunidade do campo do município de Sacramento, na região do Triângulo Mineiro, o reconhecimento acerca do emprego da orientação pelas fases da Lua em práticas sociais, especialmente aquelas ligadas ao plantio e à colheita. A proposta foi desenvolvida com uma turma do 9º ano do ensino fundamental, com auxílio de uma maquete que possibilitava a visualização das fases da Lua atrelada às informações dos conhecimentos tradicionais daquela comunidade do campo acerca da Lua nas plantações. Este trabalho assume como perspectiva teórica a educação intercultural e defende a necessária integração dos conhecimentos tradicionais dos povos do campo no ensino de ciências. A análise dessa experiência demonstra que, mesmo para estudantes do contexto do campo, onde ainda há estreito vínculo entre os conhecimentos tradicionais sobre a Lua e as práticas sociais de plantio e colheita, o conhecimento científicoainda é priorizado por esses estudantes, que atribuem seu valor ao relato escrito em livros, ao passo que o conhecimento tradicional carrega, muitas vezes, apenas a transmissão oral. Os resultados apontam ainda a potencialidade da integração de saberes das próprias comunidades do campo na sala de aula, de modo a reconhecer que, ao dar voz ao conhecimento construído pelos sujeitos do campo, está se rompendo comuma maneira secular de exclusão de sujeitos, identidades, saberes e existências

    Da energia pensada à energia vivida: um diálogo intercultural com as ciências

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    Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-14T13:44:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 disserta__o_rodrigo_dos_santos_crepalde.pdf: 1176777 bytes, checksum: 9f96dd057601c84773760fb7c93e848a (MD5) Previous issue date: 3Neste trabalho examinamos o desenvolvimento do conceito energia no contexto de uma proposta de educação intercultural na formação de educadores do campo, bem como o modo que os sujeitos dessa experiência povoam de novos sentidos, dialógica/dialeticamente, o conceito. Trata-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa pela natureza diferenciada, interativa e intencional dos nossos objetivos de pesquisa e das relações que construímos com os sujeitos estudados. Os dados foram coletados em três módulos do curso de Licenciatura em Educação do Campo, habilitação em Ciências da Vida e da Natureza - UFMG. Para analisar o desenvolvimento desse conceito para os sujeitos, nos valemos dos quatro temas propostos por Solomon (1992) para o conceito energia como forma de compreender os processos de conceitualização dos estudantes, nos domínios cotidiano e científico, nas atividades de abertura e fechamento desses módulos. Entendemos o desenvolvimento do conceito científico como parte de um movimento vivo, da generalização que ascende ao concreto. Também selecionamos alguns episódios de interações em sala de aula que ilustram o diálogo intercultural entre as ciências e as vivências dos estudantes da Licenciatura do Campo. Observamos, sobretudo, relações de entrelaçamentos/hibridismos entre as palavras alheias (da ciência escolar) e as dos estudantes do campo marcadas por sua atitude ativa e responsiva. A construção de relações interculturais a partir do diálogo dos significados cotidianos e científicos, principalmente quando esses conceitos são designados pelas mesmas palavras, pode constituir-se um poderoso instrumento de sua ressignificação ou, dito de outro modo, de construção do verdadeiro conceito no sentido utilizado por VigotskiIn this study we examined the development of the energy concept in the context of a proposal for intercultural education in rural science teacher education, and the way that the subjects of this study inhabit with new meanings, dialogic / dialectically, the concept. It is therefore a qualitative research, by the singular, interactive and intentional nature of our research goals and the relationships we build with the subjects studied. Data were collected in three didactical modules of a Teaching Training Program in Rural Science Education major in Life and Natural Sciences in UFMG. We use the four themes proposed by Solomon (1992) concept of energy, both in everyday and scientific fields, as a way to understand the process of conceptual development by the students in the opening and closing activities of these modules. We understand the development of scientific concepts as part of a living movement, of a generalization which ascends to the concrete. We also selected a few episodes of interactions in the classroom that illustrate the intercultural dialogue between science and the field experiences of the students. We observed, especially, relations of twists / hybridism between the words of others (school science) and the field students words marked by active and responsive attitude. The construction of intercultural dialogue between the everyday and the scientific meanings, mainly when these concepts are designated by the same words, can constitute a powerful instrument of reframing or, best saying, following the construction of a true concept, as Vygotsky claime

    Conceptual development as rising from the abstract to the concrete: from thought energy to experienced energy

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    The development of scientific concepts is usually described as a pathway from the realm of concrete life to the abstract principles of science, in a higher level of generalisation. In this paper, we argue that the appropriation of scientific concepts occurs in the return to concrete in a higher level of conceptual development, which means a transition from the given concrete to a thoughtful and recreated concrete. In the first part of the paper we ground this point of view based on the intellectual routes of Lev Vigotski and on the Philosophy of Language of Michail Bakhtin. From Vigotski, we discuss the dialectic method of research, the concept of semiotic mediation and its implications to conceptual development, the relationship between everyday and scientific concepts and the role of concrete and abstract realms in conceptual development. From Bakhtin, we understand conceptual development as sense making in the dialogue between voices in different spheres of social life. In the second part of this paper we present empirical evidence to support this thesis. This will be done by analysing the meanings evoked by rural teacher students to the concept of energy in narratives produced by them at the end of a module of study on this subject. We seek to examine how the subjects of this experience populate with new meanings, dialectically and dialogically, the concept of energy. The main result of this study is the presence of a hybridisation of scientific and everyday life discourses in the efforts of subjects to confer relevant meanings (in both personal and social aspects) to the abstract statements of science. We conclude with some implications of this thesis to science education research and practice

    O HÍBRIDO ENERGIA ENUNCIADO POR PROFESSORES DE FÍSICA E BIOLOGIA EM FORMAÇÃO INICIAL

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    RESUMO: Apoiados em Bakhtin, partimos da premissa de que, na vida social, os discursos são constituídos por diferentes vozes e por diferentes linguagens sociais e que essas vozes muitas vezes se fundem, se intercalam ou são imbricadas em enunciados híbridos. Neste trabalho, procuramos compreender o processo de construção de enunciados híbridos no desenvolvimento do conceito energia e suas implicações para o ensino e aprendizagem de ciências. Analisamos interações verbais produzidas em grupos focais conduzidos pela problematização do conceito científico e cotidiano de energia por parte de licenciandos em Física e Ciências Biológicas, bolsistas do PIBID. Nas interações produzidas, observamos a bivocalização de discursos por meio da construção de híbridos orgânicos e intencionais. A compreensão dos híbridos tem o potencial de indicar a apropriação ativa e responsiva do discurso científico, o que raramente é percebido nos processos de ensinar e aprender ciências. Por fim, a partir dos resultados da pesquisa, esboçamos algumas reflexões sobre o currículo de ciências

    Abordagem intercultural na educação em ciências: da energia pensada à energia vivida

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    Este artigo tem duplo objetivo. A primeira contribuição é de ordem teórica. Partimos de referenciais teóricos que se definem no marco da educação intercultural, para justificarmos a ampliação da abrangência do referencial multi/intercultural para educação em ciências. Para tal, procuramos identificar em alguns autores e estudos no campo da educação em ciências uma proximidade com essa perspectiva. Do ponto de vista empírico, este artigo pretende examinar os sentidos produzidos ao conceito de energia, por estudantes de curso de licenciatura do campo, em narrativas por eles produzidas na atividade de encerramento de uma sequência didática forjada em uma perspectiva de educação intercultural. A produção escrita das narrativas foi marcada pela atitude ativa e responsiva dos estudantes ao demonstrar, especialmente, relações de "entrelaçamentos" entre as palavras alheias (da ciência escolar) e as suas próprias. Concluímos com algumas implicações para a pesquisa e a prática educativa, especialmente para o ensino de ciências

    THE HYBRID ENERGY ENUNCIATED BY PHYSICS AND BIOLOGY TEACHERS IN INITIAL TRAINING

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    <p></p><p>ABSTRACT: Supported by Bakhtin, we start from the premise that, in social life, discourses are made of different voices and different social languages and that these voices often merge, intersect, or are embedded, in hybrid enunciations. The goal of this paper is to understand the process of enunciating hybrid statements for the development of energy concept and its implications for teaching and learning sciences. We analyzed verbal interactions produced in focus groups conducted by questioning both scientific and daily concepts of “energy”, by student teachers in Physics and Biological Sciences, PIBID scholarship holders. In the interactions, we observed bivocalization of discourses through the construction of both organic and intentional hybrids. Understanding hybrid enunciations has the potential to indicate active and responsive appropriation of scientific discourse, which is rarely perceived in the processes of teaching and learning sciences. Finally, from the results, we outline some reflections on the sciences curriculum.</p><p></p
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