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    Mortalidade em agentes da polícia rodoviária federal: série temporal entre 2001 e 2020

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    OBJETIVO Descrever e analisar a tendência de mortalidade, por todas as causas, em agentes da polícia rodoviária federal, entre os anos de 2001 e 2020. MÉTODOS Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais, baseado em dados oficiais sobre mortalidade registrados no sistema de cadastro nacional da polícia rodoviária federal e de certidões de óbitos do sistema de cadastro federal. Foram coletados os óbitos de agentes que estavam em efetivo exercício entre 2001 e 2020. Realizou-se análise descritiva, calcularam-se proporções e taxas de incidência por 1.000 policiais. Utilizou-se qui-quadrado para análises bivariadas e regressão de Prais-Winsten para análise de tendência. RESULTADOS Ocorreram 346 óbitos (11 por causas indeterminadas), dos quais 146 foram por mortes naturais e 189 não naturais. A maioria das mortes ocorreu em policiais do sexo masculino (n = 333; 96,3%), acima de 35 anos (n = 265; 76,6%), tempo de serviço até 15 anos (n = 185; 53,5%), da região Nordeste e por causas não naturais (n = 189; 56,4%). O número absoluto de óbitos de agentes apresentou tendência decrescente ao longo da série (p = -0,78; IC95% -1,03 – -0,5). Entre as principais causas de morte estão acidentes de trânsito (n = 96; 28,7%), doenças cardiovasculares (n = 58; 17,3%), violência interpessoal (n = 51; 15,2%), suicídio (n = 35; 10,5%) e neoplasias malignas (n = 35; 10,4%). As mortes naturais predominaram entre os agentes com idade entre 51–73 anos (68,3%; IC95% 58,6–76,7) e mais de 26 anos de serviço (64,7%; IC95% 52,7–75,1), já as não naturais, entre a faixa etária de 19–35 anos (87,3%; IC95% 78,0–93,1) e de até 15 anos de serviço (70,2%; IC95% 63,1–76,4). CONCLUSÕES Conclui-se que a tendência das mortes de agentes da polícia rodoviária federal foi decrescente no período. O conhecimento das causas de mortalidade pode auxiliar no desenvolvimento de políticas de prevenção de doenças e proteção à saúde desses policiais.OBJECTIVE To analyze the mortality trend from all causes in Brazilian federal highway police officers from 2001 to 2020. METHODS This is an ecological time-series study based on mortality official data from the Brazilian federal highway police registry system and death certificates from the federal registry system. Deaths of active police officers from 2001 to 2020 were assessed. We performed a descriptive analysis reporting proportions and incidence rates per 1,000 police officers. The chi-square test was used for bivariate analyzes and Prais-Winsten regression was used for trend analysis. RESULTS Among 346 deaths, 146 were from natural and 189 from unnatural causes (11 were from undefined causes). Most deaths occurred among police officers who were men (n = 333; 96.3%), over 35 years old (n = 265; 76.6%), whose service time was up to 15 years (n = 185; 53.5%), living in Northeast Brazil, and from unnatural causes (n = 189; 56.4%). The absolute number of deaths presented a decreasing trend throughout the series (p = -0.78; 95%CI: -1.03 to -0.5). Traffic accidents (n = 96; 28.7%), cardiovascular diseases (n = 58; 17.3%), interpersonal violence (n = 51; 15.2%), suicides (n = 35; 10.5%), and malignant neoplasms (n = 35; 10.4%) were the main causes of death. Most natural deaths occurred among police officers who were 51–73 years old (68.3%; 95%CI: 58.6 to 76.7) and worked more than 26 years (64.7%; 95%CI: 52.7 to 75.1), while most unnatural deaths occurred among officers who were 19–35 years old (87.3%; 95%CI: 78.0 to 93.1) and worked up to 15 years (70.2%; 95%CI: 63.1 to 76.4). CONCLUSION The mortality trend in Brazilian federal highway police officers decreased within the period studied. Understanding mortality causes may help to develop policies for disease prevention and health protection of police officers

    Repeated high blood pressure at 6 and 11 years at the Pelotas 2004 birth cohort study

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    Background: We evaluated the prevalence and the factors associated with repeated high systolic (SBP) and diastolic blood pressure (DBP) at 6- and 11-year follow-ups of children from the Pelotas (Brazil) 2004 Birth Cohort. Methods: All live births to mothers living in the urban area of Pelotas were enrolled in the cohort. Blood pressure (BP) values were transformed into Z-scores by sex, age, and height. High SBP and DBP were defined as repeated systolic and diastolic BP Z-scores on the ≥95th percentile at the two follow-ups. Prevalence (95% confidence interval) of repeated high SBP, DBP, and both (SDBP) were calculated. Associations with maternal and child characteristics were explored in crude and adjusted logistic regression analyses. Results: A total of 3182 cohort participants were analyzed. Prevalence of repeated high SBP, DBP and SDBP was 1.7% (1.2–2.1%), 2.3% (1.8–2.9%) and 1.2% (0.9–1.6%), respectively. Repeated high SBP was associated with males, gestational diabetes mellitus (2.92; 1.13–7.58) and obesity at 11 years (2.44; 1.29–4.59); while repeated high DBP was associated with females, family history of hypertension from both sides (3.95; 1.59–9.85) and gestational age < 34 weeks (4.08; 1.52–10.96). Repeated high SDBP was not associated with any of the characteristics investigated. Conclusion: Prevalence of repeated high SBP, DBP, and SDBP were within the expected distribution at the population level. Nonetheless, gestational diabetes mellitus, obesity, family history of hypertension, and prematurity increased the risk of repeated high blood pressure measured at two occasions 5 years apart

    Partners social support for physical activity among gym attendees from Pelotas-RS

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    Objective: To evaluate the direct effects of the partner social support in the physical activity (PA) behavior. Methods: Cross-sectional study, conducted in 26 gyms from Pelotas-RS, Brazil. PA was measured with proper questions about frequency and duration of PA performed in/outside the gym. A total PA score was generated multiplying frequency and duration. Partner Social Support (PSS) was measured by an adaptation of Social Support Scale for Physical Activity. PA was analyzed in three forms: numerical, dichotomized (median = 300 min/week) and quartiles. PSS was analyzed in quartiles. Respectively, Linear, Poisson and Multinomial regression were used to quantify the associations. Results: PSS was associated to PA in all analysis. Linear regression showed that persons belonging to the highest PSS quartile performed 66.1 (95%CI 11.1 - 121.0) more minutes of PA than those from the lowest quartile. Poisson regression showed that persons from the highest PSS quartile had 1.37 (95%CI 1.01 – 1.85) higher probability to perform more than 300 min/week of PA. Multinomial regression analysis presented similar results. Conclusion: PSS is directly associated with PA. Researches must consider the potential effect of partner social support on the target behavior change.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESObjetivo: Avaliar o efeito direto do apoio social do parceiro no nível de atividade física (AF). Métodos: Um estudo transversal em 26 academias foi conduzido em Pelotas-RS. Para a mensuração da AF foi utilizado um questionário próprio com perguntas relacionadas a frequência semanal e duração média de cada sessão de exercícios realizados dentro e fora da academia. Um escore de AF total foi obtido multiplicando a frequência semanal pela duração de cada sessão. Foi utilizada uma adaptação da Escala de Apoio Social para Atividade Física – EASAF para mensurar o apoio social do parceiro. Para fins de análise, o apoio social do parceiro foi utilizado em quartis. A atividade física foi utilizada em três formas (numérica, dicotômica e em quartis). Respectivamente, a Regressão Linear, Poisson e Multinomial foram utilizadas para testar a associação entre a atividade física e o apoio social do parceiro. Resultados: O apoio social do parceiro foi associado com a atividade física em todas as análises. Indivíduos pertencentes ao quartil mais elevado faziam 66,1 (IC95% 11,1 – 121,0) mais minutos de atividade física comparadas aos indivíduos pertencentes ao primeiro quartil. Além disso, indivíduos pertencentes ao quartil mais elevado possuíam probabilidades aumentadas em 1,37 (IC95% 1,01 – 1,85) vezes para realizar 300 minutos/semana de atividades físicas. OS resultados para regressão multinomial seguiram as mesmas tendências. Conclusão: O apoio social do parceiro é diretamente associado com a AF. Pesquisadores devem levar em conta opotencial efeito do apoio social do parceiro para a mudança do comportamento de AF dos indivíduos

    Predictors of physical activity maintenance in gyms services of Pelotas-RS

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    Physical activity is a complex behavior, with different factors that contribute and hinder its practice. Studies that have a conceptual basis in behavioral theories, such as the Social Cognitive Theory, try to fill this knowledge gap in the area of physical activity, especially by being able to establish, previously, the basis on the possible processes of behavioral change and its interaction with individual, social domains and environmental. In Brazil, gyms are establishments that provide physical activity spaces with great acceptance by the population. However, studies aimed at understanding how individuals can adhere to and maintain their physical activity behavior in these spaces are still scarce in the literature. The main objective of the thesis is to identify how different predictors aligned with the Social Cognitive Theory may be associated with the maintenance of leisure-time physical activity among adult individuals attending gyms in the city of Pelotas-RS. For this, a longitudinal study was carried out with an original sample of 390 individuals, in which 334 were again interviewed with an interval of 12 months. The thesis consists of two articles. The first is a narrative review on Social Cognitive Theory, with the objective of elucidating the conceptual and historical construction of the theory, its general mechanisms / concepts and its interlocution with physical activity. The main premise of this theory of psychology is about the exercise of personal agency, that is, the direction in which the individual takes his life depends on the nature and flexibility of the environment, as well as personal ambitions. Factors such as self-efficacy, self-regulation, social support and its relationship to physical activity are discussed in the article. The second article is original and considers the results of the follow-up after 12 months. The study aimed to elucidate how different predictors, especially cognitive behavioral ones, may be associated with the maintenance of leisurephysical activity in gyms after a period of 12 months. The analyzes revealed that income, previous physical activity in gyms, spouse social support and selfefficacy were associated with the aintenance of leisure physical activity in gyms after 12 months. Cognitive behavioral predictors are associated with maintaining leisure-time physical activity in gyms and can have important effects as interventional tools for behavioral change.A atividade física é um comportamento complexo, possuindo diferentes fatores que contribuem e dificultam sua prática. Estudos que possuem base conceitual em teorias comportamentais, como a Teoria Social Cognitiva, tentam preencher essa lacuna do conhecimento na área de atividade física, especialmente por conseguir estabelecer, previamente, embasamento sobre os possíveis processos de mudança comportamental e sua interação com domínios individuais, sociais e ambientais. No Brasil, academias são estabelecimentos de proporcionam espaços de atividade física com uma grande aceitação pela população. Entretanto, estudos que visem entender como indivíduos podem aderir e manter seu comportamento de atividade física nesses espaços ainda são escassos na literatura. A tese tem como principal objetivo identificar como diferentes preditores alinhados com a Teoria Social Cognitiva podem estar associados com a manutenção de atividade física de lazer em academias entre indivíduos adultos frequentadores de academias da cidade de Pelotas-RS. Para isso foi realizado um estudo longitudinal com uma amostra inicial de 390 indivíduos, nos quais 334 foram novamente entrevistados com intervalo de 12 meses. A tese é composta por dois artigos. O primeiro é uma revisão narrativa sobre a Teoria Social Cognitiva, com objetivo de elucidar a construção conceitual e histórica da teoria, seus mecanismos/conceitos gerais e sua interlocução com a atividade física. A principal premissa dessa teoria da psicologia é sobre o exercício da agência pessoal, ou seja, a direção em que o indivíduo leva a sua vida depende da natureza e da flexibilidade do ambiente, bem como das ambições pessoais. Fatores como autoeficácia, autorregulação, apoio social e sua relação com a atividade física são discutidos no artigo. O segundo artigo é original e leva em conta os resultados do acompanhamento após 12 meses. O estudo objetivou elucidar como diferentes preditores, especialmente cognitivos comportamentais, podem estar associados com a manutenção da atividade física de lazer de adultos em academias após um período de 12 meses. As análises revelaram que a renda, a prática prévia de atividade físicas em academias, o apoio social do cônjuge e a autoeficácia foram associados com a manutenção da atividade física de lazer em academias após 12 meses. Preditores cognitivos comportamentais estão associados com a manutenção da atividade física de lazer em academias e podem possuir importantes efeitos como ferramentas interventivas para mudança comportamental

    Prevalence of sedentary behavior and its correlates among primary and secondary school students

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    Abstract Objective: To determine the students’ exposure to four different sedentary behavior (SB) indicators and their associations with gender, grade, age, economic status and physical activity level. Methods: A cross-sectional study was conducted in 2013. The SB was collected using the HELENA instrument, composed by screen time questions (TV, video games and internet) and sitting activities on school opposite shift. The cut point of ≥2h/day was used to categorize the outcome. The Poisson regression was used for associations between the outcome and the independent variables (95% significance level), controlling for confounding variables and the possible design effect. Results: The sample was composed by 8661 students. The overall prevalence of SB was 69.2% (CI95% 68.1–70.2) on weekdays, and 79.6% (CI95% 78.7–80.5) on weekends. Females were more associated with the outcome, except to electronic games. Advanced grades students were more involved in sitting tasks when compared to the early grades. Older students were more likely to surf on net for ≥2h/day. Higher economic level students were more likely to engage in video games and internet. Active individuals were less likely to engage in SB on weekdays. Conclusions: The prevalence of SB was high, mainly on weekends. The associations with sex, age, grade and physical activity level should be considered into elaboration of more efficient interventions on SB control

    Desigualdades sociodemográficas na prática de atividade física de lazer e deslocamento ativo para a escola em adolescentes: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2009, 2012 e 2015)

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    O objetivo foi identificar desigualdades na prática de atividade física de lazer e deslocamento ativo para escola em adolescentes brasileiros, bem como suas tendências de acordo com o sexo, tipo de escola, escolaridade materna e regiões geográficas de 2009 a 2015. Estudo descritivo baseado em dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2009, 2012 e 2015. Foram considerados ativos no lazer aqueles que acumularam, no mínimo, 60 minutos por dia, em cinco ou mais dias da semana anteriores à entrevista. Para deslocamento ativo para escola, foi avaliado o transporte a pé ou de bicicleta para a escola na semana anterior à entrevista. Os desfechos foram estratificados pelo sexo, tipo de escola, escolaridade materna e regiões geográficas. As desigualdades foram avaliadas por meio de diferenças e razões entre as estimativas, bem como por índices sumários de desigualdade. Foram incluídos na PeNSE 2009, 2012 e 2015, 61.301, 61.145 e 51.192 escolares, respectivamente. A prevalência de atividade física de lazer foi 13,8% em 2009, 15,9% em 2012 e 14,7% em 2015; já para o deslocamento ativo para escola, foi 70,6%, 61,7%, 66,7%, respectivamente. Meninos apresentaram uma prevalência de 10 pontos percentuais (p.p.) maior de atividade física de lazer e cerca de 5p.p. no deslocamento ativo para escola do que as meninas. Escolares filhos de mães com maior escolaridade apresentaram, em média, uma prevalência de atividade física de lazer 10p.p. maior do que seu grupo extremo de comparação e cerca de 30p.p. menor com relação ao deslocamento ativo para escola. As desigualdades observadas permaneceram constantes ao longo do período avaliado. Foram identificadas desigualdades socioeconômicas e entre os sexos, que se mantiveram constantes ao longo do período analisado e que foram específicas para cada domínio de atividade física

    Acesso aos programas públicos de atividade física no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013

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    O objetivo foi descrever o conhecimento de programas públicos de atividade física, a prática de atividade física em programas públicos e as barreiras relacionadas à não participação nestes programas de uma amostra representativa nacional, segundo o sexo, idade, cor da pele, renda, Unidades da Federação (UF) e ter sido visitado por uma equipe de saúde da família (EqSF) no último ano. Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. As análises foram de cunho descritivo, usando-se a distribuição de frequências relativas e respectivos intervalos de 95% de confiança, ponderadas para o desenho amostral. Foram inclusos 60.202 indivíduos. A prevalência de conhecimento foi de 20% e, destes, 9,7% relataram prática de atividades nos programas públicos. As barreiras mais relatadas foram falta de tempo (41,4%) e não ter interesse pelas atividades oferecidas (29,7%). Mulheres possuem maior conhecimento quando comparadas aos homens, porém a prática é similar entre os sexos. O conhecimento e a prática de atividade física foram maiores nas categorias de idades mais avançadas. O conhecimento aumentou conforme a renda, mas os mais pobres participam mais dos programas públicos de atividade física em comparação às demais categorias de renda. O conhecimento e a prática de atividade física foram similares entre quem recebeu ou não uma visita de EqSF. As prevalências de conhecimento e prática de atividade física em programas públicos são pouco expressivas, sendo que quase 30% dos indivíduos não se interessam pelos programas vigentes. Esforços loco-regionais são necessários para que a atividade física possa se estabelecer como ferramenta de promoção de saúde
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