33 research outputs found

    Sistematização e distribuição da inervação lombar e sacral em Arctocephalus australis

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    In order to describe the innervation originated from ventral lumbar and sacral branches, a study was made through dissection of two specimens of south american fur seals (Arctocephalus australis), originated from CRAM-FURG, where they arrived deceased. The nervous structures that constitute the lumbar and sacral plexes are originated from ventral branches of spinal nerves which come from medullary segments L1 to S3. Thus, one can observe that the nerves originated form L1 to L3 are monosegmentary, being respectively iliohypogastric, ilioinguinal and lateral femoral cutaneous nerves. From the reunion of L3 and L4 segments arise genitofemoral, obturator and femoral nerves. From the confluence of segments L4-5-S1 arises a nervous trunk - the sciatic plexus, which gives the following nerves: cranial and caudal gluteal, caudal femoral cutaneous and sciatic. Sciatic nerve splits into lateral and caudal sural cutaneous, tibial, common peroneal. Pudendal nerve (which divides into dorsal nerve of the penis or clitoris, deep and superficial perineal) and caudal rectal are formed from the S2-3 segments. With these data, one can conclude that the lumbar and sacral innervation have similar origin to other mammal species, however its organization and distribution reflect the adaptative changes to this animals' habits, specially its locomotion in water.Objetivando descrever a inervação originada a partir dos ramos ventrais lombares e sacrais, fez-se um estudo, mediante a dissecação de dois exemplares de lobos-marinhos (Arctocephalus australis), oriundos do CRAM-FURG, onde chegaram em óbito. As estruturas nervosas constituintes dos plexos lombar e sacral possuem origem dos ramos ventrais dos nervos espinhais que formam-se dos segmentos medulares L1 a S3. Assim, pode-se observar que, os formados dos segmentos L1 a L3 são unissegmentares, sendo respectivamente os nervos Ílio-hipogástrico e Ílio-inguinal e Cutâneo Femoral Lateral. Da união dos segmentos L3-L4 surgem os nervos Genito-femoral, Obturatório e Femoral. Da confluência dos segmentos L4-5-S1 forma-se um tronco nervoso, o plexo isquiático, que emite os nervos: Glúteos Cranial e Caudal, Cutâneo Femoral Caudal e Isquiático. O nervo Isquiático ramifica-se em Cutâneos Surais Lateral e Caudal, Tibial, Fibular Comum. O nervo Pudendo (divide-se nos nervos dorsal do pênis ou clitóris e perineais superficial e profundo) e Retal Caudal têm origem dos segmentos S2-3. Com base nestes dados podemos inferir que a inervação lombar e sacral têm origem similar a outras espécies de mamíferos, contudo sua organização e distribuição refletem as modificações adaptativas aos hábitos destes animais, principalmente a locomoção em meio aquático

    CURVA DE PARÂMETROS SANGUÍNEOS E DE PESO EM SPHENISCUS MAGELLANICUS (FOSTER, 1781) (AVES: SPHENISCIFORMES) EM REABILITAÇÃO COM ASPERGILOSE

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    Parâmetros sanguíneos básicos e peso corpóreo são rotineiramente utilizados para monitoramento do estado geral de Pinguins-de-Magalhães em reabilitação, no entanto, estudos mostrando o perfil de variação destes parâmetros durante o desenvolvimento da aspergilose nestes animais não são conhecidos. Neste sentido, este trabalho objetivou  determinar curva de peso, de hematócrito (Ht) e de proteínas plasmáticas totais (PPT) em pinguins com aspergilose. O estudo do tipo caso-controle retrospectivo foi realizado com pinguins em reabilitação no sul do Brasil, sendo o grupo caso composto por pinguins com aspergilose, e o grupo controle por pinguins sadios. Para a determinação das curvas, foram coletados dados de amostras sequenciais, realizadas em média a cada sete dias, durante um período máximo de 81 dias, sendo estes submetidos a análise de variância (ANOVA) com teste post-hoc de Bonferroni. Ao todo, 140 animais foram estudados (50% casos e 50% controles). Pinguins com aspergilose diferiram significativamente do grupo controle em todos os parâmetros analisados, apresentando ganho de peso somente nas três primeiras coletas, com estabilização ou perda de peso nas coletas posteriores até seu desfecho, bem como declínio progressivo dos valores de Ht, os quais mantiveram-se abaixo do valor de referência para a espécie desde a terceira até a nona e última coleta, e aumento progressivo dos valores de PPT ao longo das coletas, com diferença significativa a partir da sexta coleta em relação ao grupo controle. O estabelecimento desse perfil em pinguins com aspergilose pode servir como indicativo de mau prognóstico destes animais em cativeiro, e como parâmetro para início de terapia preemptiva para aspergilose ou de investigação diagnóstica mais específica.

    Formação do plexo braquial e sistematização dos territórios nervosos em membros torácicos de lobos-marinhos Arctocephalus australis

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    Para a realização do estudo acerca do plexo braquial (PB) e dos territórios nervosos do membro torácico de lobos-marinhos (Arctocephalus australis) foram utilizados dois animais. A pele foi retirada e procedeu-se a identificação da musculatura do membro torácico e região peitoral. Em seguida foram aplicadas compressas de solução de ácido acético glacial 3% na musculatura, com o intuito de facilitar a dissecação realizada macroscopicamente. Nos espécimes analisados notou-se a emergência do plexo braquial a partir do sexto nervo cervical até o primeiro nervo torácico. Destas quatro raízes se formam os troncos de nervos de mesmo número, cujos ramos ventrais constituirão seu arranjo e distribuição territorial. Destes quatro troncos surgem os 12 nervos componentes do PB, sendo encontrados nervos que se formam a partir de apenas um segmento (supra-escapular, peitoral cranial, torácico lateral, toracodorsal e torácico longo) e também nervos que surgem a partir de mais de um segmento, sendo assim denominados plurissegmentares (subescapular, músculo-cutâneo, axilar, mediano, peitoral caudal, ulnar e radial). Nesse sentido, foi observada uma constância na inervação da musculatura, articulações e ossos do membro torácico, de onde podemos assim inferir que existe um padrão claramente definido na delimitação dos territórios nervosos.For the study concerning the brachial plexus (BP) and the nervous territories of the thoracic limb of South American Fur Seal (Arctocephalus australis), two animals had been used. Their skin was removed and the musculature of the thoracic limb and pectoral region was identified. After that compresses of glacial acetic acid solution of 3% had been applied in the musculature, in order to facilitate the carried through dissection. In analyzed specimens it was observed the emergency of BP from the sixth cervical nerve until the first thoracic nerve. From these four roots trunks of nerves of the same number are formed, whose ventral branches will constitute its arrangement and territorial distribution. From these four trunks emerge the 12 component nerves of the BP, some of them come from only one segment (supra scapular, cranial pectoral, lateral thoracic, thoraco-dorsal and long thoracic), while others come from more than a segment (sub scapular, muscle-cutaneous, axillary, median, caudal pectoral, ulnar and radial). In this direction,this observed constancy in the innervation of the musculature, joints and bones of the thoracic limb, led us to infer that a definite pattern in the delimitation of the nervous territories clearly exists

    Contaminação do ar por Aspergillus em ambiente de reabilitação de animais marinhos

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    Espécies fúngicas do gênero Aspergillus são frequentemente associadas com alta mortalidade de aves marinhas em cativeiro. Tendo em vista que a aspergilose geralmente é adquirida pela inalação dos propágulos fúngicos presentes no ar, o estudo objetivou avaliar a qualidade do ar quanto às espécies de Aspergillus, das instalações internas de um centro de reabilitação de animais marinhos que frequentemente recebe pingüins, gaivotas, albatrozes e petréis acometidos por alguma moléstia. Oitenta e um dias de colheitas foram realizados distribuídos em um período de aproximadamente dois anos, através da exposição de placas de Petri contendo Agar Sabouraud dextrose acrescido de cloranfenicol no ambiente, as quais foram posteriormente incubadas a 25ºC. As colônias identificadas como pertencentes ao gênero Aspergillus, foram classificadas quanto à espécie através da avaliação macro e micro morfológica associada a uma chave de identificação. Foram obtidos 43 isolados classificados em sete espécies distintas, sendo A. fumigatus a predominante correspondendo a 27,9%, seguida de A. niger, A. flavus e outras quatro espécies de Aspergillus sp., demonstrando que as aves marinhas estão expostas a espécies fúngicas com potencial patogênico, o que enfatiza a necessidade de um controle microbiológico no ambiente onde são mantidos os animais em cativeiro.Aspergillosis in captivity seabirds is often associated with elevated rates of mortality. The infection is usually acquired by inhalation of airborne fungal conidia. The aim of this study was to evaluate the presence of Aspergillus species in the indoor environment of a rehabilitation centre for marine animals in Southern Brazil. This centre continuously receives injured penguins, seagulls, albatrosses and petrels. Petri dishes plates with Agar Sabouraud dextrose and chloramphenicol were left open for 15 minutes in 3 distinct points in the rehabilitation centre and then incubated at 25ºC. During a period of two years the indoor air was sampled in 81 occasions. A total of 43 isolates belonging to 7 different Aspergillus species were recovered. Aspegillus fumigatus was the predominant species (27.9%), followed by A. niger (25.6%), and A. flavus (16.3%). Four other Aspergillus species were isolated. This study demonstrates that seabirds were exposed to pathogenic Aspergillus species in our rehabilitation centre, reinforcing the need for a strict microbiology control of the indoor air in the captivity environment

    Problemas relacionados a medicamentos e intervenções farmacêuticas realizadas no grupo hiperdia

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    A revisão bibliográfica destaca que as doenças crônicas não transmissíveis, como a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus, causam anualmente o óbito de aproximadamente 15 milhões de pessoas. No Brasil, essas condições são acompanhadas ambulatorialmente nas Unidades Básicas de Saúde por meio do programa HIPERDIA. O presente estudo, de natureza quali-quantitativa, tem como objetivo avaliar a qualidade do acompanhamento farmacoterapêutico oferecido ao grupo HIPERDIA na atenção básica, visando evidenciar a importância do cuidado farmacêutico para essa população. A análise dos artigos compreendeu o período de 2010 a 2020, utilizando as bases de dados PubMed e SciELO. Os resultados apontaram que o principal problema relacionado aos medicamentos é o de necessidade, presente em 52% dos pacientes. Em relação à segurança, destacaram-se problemas como superdose e interações de alto risco, incluindo a possibilidade de hemorragia digestiva, hipotensão e hipoglicemia grave. A multidisciplinaridade, muitas vezes mencionada, mas subutilizada, surge como um ponto crucial para superar esses desafios. No contexto das intervenções farmacêuticas, os resultados foram positivos, promovendo melhorias na saúde dos pacientes, especialmente em termos de conciliação e adesão aos medicamentos. Conclui-se que o acompanhamento farmacoterapêutico do grupo HIPERDIA desempenha um papel crucial na redução dos problemas relacionados aos medicamentos e na morbimortalidade dos pacientes. Para alcançar esse objetivo, é essencial integrar o profissional farmacêutico nos serviços de atenção básica, reforçando a relevância desse cuidado na promoção da saúde e na gestão efetiva das doenças crônicas

    Simulating land use changes, sediment yields, and pesticide use in the Upper Paraguay River Basin: Implications for conservation of the Pantanal wetland

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    As a consequence of accelerated and excessive use of pesticides in tropical regions, wilderness areas are under threat; this includes the Pantanal wetlands in the Upper Paraguay River Basin (UPRB). Using a Land Cover Land Use Change (LCLUC) modelling approach, we estimated the expected pesticide load in the Pantanal and the surrounding highlands region for 2050 under three potential scenarios: i) business as usual (BAU), ii) acceleration of anthropogenic changes (ACC), and iii) use of buffer zones around protected areas (BPA). The quantity of pesticides used in the UPRB is predicted to vary depending on the scenario, from an overall increase by as much as 7.4% in the UPRB in the BAU scenario (increasing by 38.5% in the floodplain and 6.6% in the highlands), to an increase of 11.2% in the UPRB (over current use) under the AAC scenario (increasing by 53.8% in the floodplain and 7.5% in the highlands). Much higher usage of pesticides is predicted in sub-basins with greater agricultural areas within major hydrographic basins. Changing the current trajectory of land management in the UPRB is a complex challenge. It will require a substantial shift from current practices, and will involve the implementation of a number of strategies, ranging from the development of new technologies to achieve changes in land use policies, to increasing dialogue between farmers, ranchers, the scientific community, and local or traditional communities through participatory learning processes and outreach

    Epidemiological survey of aspergillosis in Magellanic penguins at the Centro de Recuperação de Animais Marinhos FURG

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    The Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM-FURG) is a rehabilitation center that works essentially with debilitated Magellanic penguins (Spheniscus magellanicus), aiming to rehabilitate and release them to their natural habitat. However, several of the received penguins develop aspergillosis, an opportunistic fungal disease frequently responsible for the death of captive birds, often in association with the stress experienced by these animals in captivity. This study aimed to examine a six-year period for cases of aspergillosis in Magellanic penguins undergoing rehabilitation at CRAMFURG. For that purpose, a retrospective cohort study was conducted using the institution s records of Magellanic penguins received from January 2004 to December 2009. Animals were classified in two groups: the case group included animals that died from aspergillosis, the control group included animals that survived and were released or those that died from conditions unassociated with aspergillosis. Variables examined as potential risk factors were age group, gender, oil fouling, precedence, prophylactic administration of itraconazole, time in captivity until death or release, body mass, and hematological parameters such as hematocrit and total plasmatic proteins. During this period, the institution received 366 Magellanic penguins, of which 39 were excluded from the analyses due to the insufficiency of data on their cause of death, thus 327 animals were studied. During the studied period, 66 penguins died of aspergillosis. Aspergillus fumigatus was the most frequent etiological agent (98.5%). Relative mortality by aspergillosis was 48.5% during the examined period, and the density of incidence was 7.3 lethal aspergillosis cases per 100 penguins-month. Approximately 75% of the aspergillosis cases occurred in animals received through transfers from other rehabilitation centers, and this was considered a significant risk factor for the disease, with a relative risk of greater than 3.0. Significant differences were also observed between the case and control groups in regards to their time in captivity until death, their hematocrit and total plasmatic proteins upon admission to the center, and their body mass change during the period in captivity. The findings demonstrate the negative impacts of aspergillosis on the rehabilitation of Magellanic penguins, with a high density of incidence and important mortality of these animals.O Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM-FURG) trabalha essencialmente com pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) debilitados, com a intenção de reabilita-los e devolvê-los ao seu habitat natural. No entanto, muitos exemplares recebidos acabam desenvolvendo aspergilose, uma doença fúngica oportunista frequentemente responsável pela morte de aves em cativeiro, associada ao estresse sofrido por estes animais. Neste sentido, este trabalho objetivou realizar um levantamento epidemiológico de seis anos da aspergilose em pinguins-de-Magalhães em reabilitação no CRAM-FURG. Para isso, foi realizado um estudo de coorte retrospectivo a partir de informações coletadas do banco de dados do CRAM-FURG referentes aos pinguins recebidos no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2009. Os animais foram classificados em dois grupos, sendo o grupo caso referente a pinguins que morreram por aspergilose, e o grupo controle aquele composto por animais que foram liberados ou morreram por outras causas. As variáveis analisadas quanto a fator de risco foram idade, sexo, petrolização, procedência, uso de itraconazol profilático, tempo de cativeiro, peso corpóreo e parâmetros sanguíneos como hematócrito e proteínas plasmáticas totais. Durante esse período o Centro recebeu 366 pinguins de Magalhães, dos quais 39 foram excluídos do estudo por não apresentarem dados disponíveis no banco de dados sobre sua causa mortis, resultando num total de 327 animais. Durante o período estudado, 66 pinguins morreram por aspergilose, sendo Aspergillus fumigatus o principal agente etiológico encontrado, com 98,5% dos casos. A mortalidade proporcional por aspergilose foi de 48,5% no período de seis anos de estudo, e a densidade de incidência encontrada foi de 7,3 casos de aspergilose/100 pinguinsmês. Aproximadamente 75% dos casos de aspergilose ocorreram em animais procedentes de outros Centros de reabilitação, sendo este considerado um fator de risco para a doença, com risco relativo maior que 3,0. Também foram encontradas diferenças significativas entre os grupos caso e controle em relação ao tempo de cativeiro, valores de hematócrito e proteínas plasmáticas totais na chegada ao Centro, e ganho de peso durante o período de cativeiro. Os achados deste estudo demonstram a interferência negativa da aspergilose na reabilitação de pinguins-de-Magalhães, com alta densidade de incidência, e responsável por importante mortalidade destes animais

    ISOLATION AND IDENTIFICATION OF Aspergillus spp. FROM THE WATER USED FOR REHABILITATION OF MAGELLANIC PENGUINS

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    Aspergillosis is the main cause of mortality in captivity penguins. The infection occurs mainly by conidia inhalation of the Aspergillus genus, however, the fungus can also be dispersed by water. Therefore, this study aimed to evaluate water quality of the pool where the rehabilitated penguins remain at Centro de Recuperação de Animais Marinhos in Rio Grande city, Brazil, searching for the presence of the fungus Aspergillus spp. Water samples were collected weekly during a ten-month period and processed within six hours, applying the technique of filtrating membrane, with incubation at 25 ºC and 37 ºC during seven days. Of the forty samples analyzed, thirty-two were positive for the presence of Aspergillus genus, from these 60% correspond to A. fumigatus. Some variables significantly interfered on the isolation of Aspergillus genus and/or Aspergillus fumigatus specie, such as incubation temperature, seasonality and population density. This study showed Aspergillus spp. is present in the water, being one of the possible sources of infections for penguins in rehabilitation
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