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Neuroproteção hipotérmica pré, intra e pós-isquêmica na isquemia cerebral focal temporária em ratos: análise morfométrica
Objective: To evaluate the neuroprotection of mild hypothermia, applied in different moments, in temporary focal cerebral ischemia in rats. Methods: Rats was divided into Control (C), Sham (S), Ischemic-control(IC), Pre-ischemic Hypothermia (IH1), Intra-ischemic Hypothermia (IH2), and Post-ischemic Hypothermia (IH3) groups. Morphometry was performed using the KS400 software (Carl Zeiss (R)) in coronal sections stained by Luxol Fast Blue. Ischemic areas and volumes were obtained. Results: Statistically, blue areas showed difference for C vs. IC, IC vs. IH1 and IC vs. IH2 (p=0.0001; p=0.01; p=0.03), and no difference between C vs. S, IC vs. IH3 and IH vs. IH2 (p=0.39; p=0.85; p=0.63). Red areas showed difference between C vs. IC, IC vs. IH1 and IC vs. IH2 (p=0.0001; p=0.009; p=0.03), and no difference between C vs. S, IC vs. IH3 and IH1 vs. IH2 (p=0.48; p=0.27; p=0.68). Average ischemic areas and ischemic volumes showed difference between IC vs. IH1 and IC vs. IH2 (p=0.0001 and p=0.0011), and no difference between IC vs. IH3 and IH1 vs. IH2 (p=0.57; p=0.79). Conclusion: Pre-ischemic and intra-ischemic hypothermia were shown to be similarly neuroprotective, but this was not true for post-ischemic hypothermia.Ribeirao Preto Medical School, Universidade de Sao Paulo (FMRP-USP
Spontaneous spinal epidural hematoma: case report
O hematoma extradural espinhal espontâneo é considerado raro. Tem sido associado com hipertensão
arterial e coagulopatias. O exame de escolha para diagnóstico é a ressonância nuclear magnética.
O tratamento de escolha é drenagem cirúrgica do hematoma. O prognóstico está relacionado com a
etiologia, intervalo entre icto e diagnóstico e o grau de déficits neurológicos. Os autores relatam um caso
de hematoma extradural espinhal espontâneo, localizado na região torácica, com quadro de choque
medular, sendo submetido a tratamento cirúrgico, que evoluiu para óbito._________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: The spontaneous spinal extradural hematoma is rare. It has been associated with arterial hypertension
and coagulopaties. Magnetic resonance is the first choice for neuroimaging diagnosis. The surgical
drainage of the hematoma is the best treatment. Prognosis is related to etiology, interval between ictus
and diagnosis and degree of neurological deficits. The authors report a case of spontaneous spinal
extradural hematoma, located in thoracic region, with medullar shock syndrome, that was submitted to
surgical treatment but died for non neurological complications
Treatment of acromegaly patients at the Federal University of Triângulo Mineiro (UFTM): Experience Report
OBJECTIVE: To evaluate the effectiveness of the treatment of acromegaly patients at the Federal University of Triangulo Mineiro. METHODS: Cross-sectional and retrospective study of thirty cases treated over a period of two decades. RESULTS: 17 men (56.7%) aged 14-67 years and 13 women aged 14-86 years were analyzed. Twenty-one patients underwent transphenoidal surgery, whichwas associated with somatostatin receptor ligands in 11 patients (39.3%), somatostatin receptor ligands + radiotherapyin 5 patients (17.8%), radiotherapy in 3 patients (10.7%), and radiotherapy + somatostatin receptorligands + cabergoline in 1 patient (3.6%). Additionally, 2 patients underwent radiotherapy and surgeryalone. Six patients received somatostatin receptor ligands before surgery, and 2 were not treated due to refusal and death. Nine patients have died, and 20 are being followed; 13 (65%) have growth hormonelevels o1 ng/mL, and 11 have normal insulin-like growth factor 1 levels. CONCLUSION: The current treatment options enable patients seen in regional reference centers to achieve strict control parameters, which allows them to be treated close to their homes
Pre, intra and post-Ischemic hypothermic neuroprotection in temporary focal cerebral ischemia in rats: morphometric analysis
INTRODUÇÃO: A isquemia cerebral é uma doença de alta prevalência, com desfecho clÃnico imprevisÃvel, e com profilaxia e tratamento ainda limitados. Na atividade neurocirúrgica, as duas situações em que a isquemia cerebral ocorre com maior freqüência são o vasoespasmo arterial, que ocorre após hemorragia subaracnóidea, e nas microneurocirurgias vasculares, especialmente naquelas em que são realizadas clipagens vasculares temporárias. Dentre todas as formas de neuroproteção a hipotermia tem se mostrado a mais promissora em estudos experimentais. Pode ser aplicada em diferentes momentos do processo isquêmico (pré, intra ou pós-isquemia), sendo a modalidade pré-isquêmica pouco explorada na literatura. O objetivo deste estudo foi avaliar comparativamente o efeito da hipotermia pré, intra e pós-isquêmica na isquemia focal temporária por oclusão da artéria cerebral média em ratos, através de análise morfométrica computacional. MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados 74 ratos machos adultos da linhagem Wistar, divididos em 6 grupos, com 10 animais cada: Controle (C), Sham (S), Controle-Isquêmico (CI), Hipotermia Pré-Isquêmica (IH1), Hipotermia Intra-Isquêmica (IH2), Hipotermia Pós-Isquêmica (IH3). Todos os animais dos grupos isquêmicos foram submetidos à isquemia de 60 minutos, com um perÃodo reperfusional de 24 horas. A hipotermia utilizada foi do tipo leve (32 - 34 ºC). No grupo IH1 a hipotermia foi iniciada 30 min antes da oclusão arterial e mantida durante toda a isquemia; no grupo IH2 a hipotermia foi mantida somente durante a isquemia; no grupo IH3 a hipotermia foi mantida por 6 horas, sendo iniciada no exato momento da reperfusão. Após a eutanásia os cérebros foram perfundidos e fixados, sendo realizadas secções coronais de 10 micrômetros, em toda a extensão da área isquêmica, as quais foram coradas pela técnica Luxol Fast Blue. A morfometria foi realizada pelo programa KS400, Carl Zeiss, obtendo-se medidas diretas separadas de cada hemisfério, das áreas em azul (fibras mielinizadas) e em vermelho (corpos neuronais), bem como a área total de cada secção. Medidas derivadas (área isquêmica média, e volumes isquêmicos parcial e aproximado) de cada animal, foram obtidas nos grupos submetidos à isquemia. RESULTADOS: Os parâmetros da homeostase dos animais permaneceram dentro dos limites aceitáveis para este tipo de experimento. Em relação à s áreas de fibras mielinizadas (azul) não houve diferença significativa entre os grupos C vs. S (p=0,39, Mann-Whitney-Wilcoxon), CI vs. IH3 (p=0,85, Mann-Whitney-Wilcoxon), e IH1 vs. IH2 (p=0,63, Mann-Whitney-Wilcoxon); ocorreu diferença estatÃstica entre os grupos C vs. CI (p=0,0001, Mann-Whitney-Wilcoxon), CI vs. IH1 (p=0,01, Mann-Whitney-Wilcoxon), e CI vs. IH2 (p=0,03, Mann-Whitney-Wilcoxon). Em relação à s áreas de corpos neuronais (vermelho), não houve diferença significativa entre os grupos C vs. S (p=0,48, Mann-Whitney-Wilcoxon), CI vs. IH3 (p=0,27, Mann-Whitney-Wilcoxon), e IH1 vs. IH2 (p=0,68, Mann-Whitney-Wilcoxon); ocorreu diferença estatÃstica entre os grupos C vs. CI (p=0,0001, Mann-Whitney-Wilcoxon), CI vs. IH1 (p=0,009, Mann-Whitney-Wilcoxon), e CI vs. IH2 (p=0,03, Mann-Whitney-Wilcoxon). A análise estatÃstica das áreas isquêmicas médias, e dos volumes isquêmicos parciais e aproximados não mostrou diferença significante na comparação entre os grupos CI vs. IH3 (p=0,57, Mann-Whitney-Wilcoxon), e IH1 vs. IH2 (p=0,79, Mann-Whitney-Wilcoxon); mostrou diferença significante entre os grupos CI vs. IH1 (p=0,0001, Mann-Whitney-Wilcoxon), e CI vs. IH2 (p=0,0011, Mann-Whitney-Wilcoxon). CONCLUSÕES: As hipotermias pré-isquêmica e intra-isquêmica mostraram-se neuroprotetoras de forma semelhante, o que não ocorreu com a hipotermia pós-isquêmica.INTRODUCTION: Cerebral ischemia is a high prevalent disease, with unpredictable clinical outcome, and prophylaxis and treatment remains limited. In the neurosurgical practice cerebral ischemia occurs most frequently due arterial vasospasm after subarachnoid hemorrhage, and in vascular microneurosurgery, mainly when temporary vascular clipping is performed. Among all forms of experimental neuroprotection, hypothermia has been the most promising. It can be applied at different moments of ischemia (pre, intra or post-ischemia), and the pre-ischemic modality is little explored in literature. This study aimed to evaluate comparatively the effect of pre, intra and post-ischemic hypothermia in temporary focal ischemia obtained by middle cerebral artery occlusion in rats, by computational morphometric analysis. MATERIAL AND METHODS: We used 74 Wistar adult male rats divided into six groups of 10 animals each: Control (C), Sham (S), Ischemic-Control (IC), Pre-Ischemic Hypothermia (IH1), Intra-Ischemic Hypothermia (IH2), Post-Ischemic Hypothermia (IH3). All animals in the ischemic groups were subjected to ischemia for 60 minutes with a reperfusion period of 24 hours. It was used mild hypothermia (32 - 34 ºC). In IH1 group hypothermia was initiated 30 minutes before arterial occlusion and maintained throughout the ischemia, in IH2 group hypothermia was maintained only during ischemia, IH3 group hypothermia was maintained for 6 hours, starting at the beginning of the reperfusion. After euthanasia, the brains were perfused and fixed, and coronal sections of 10 microns were performed to the fullest extent of ischemic area, and these sections were stained by Luxol Fast Blue. The morphometry was performed by the KS400 software, Carl Zeiss, obtaining direct separated measurements in each hemisphere, of blue areas (myelinated fibers) and red areas (neuronal bodies) as well as the total area of each section. Derived measures (average ischemic area, and partial and approximated ischemic volumes) were also obtained from the ischemic groups. RESULTS: The animal homeostasis parameters remained within acceptable limits for this type of experiment. Regarding the myelinated areas (blue) there was no significant difference between groups C vs. S (p=0,39, Mann-Whitney-Wilcoxon), IC vs. IH3 (p=0,85, Mann-Whitney-Wilcoxon), and IH1 vs. IH2 (p=0,63, Mann-Whitney-Wilcoxon), and there was statistical difference between groups C vs. IC (p=0,0001, Mann-Whitney-Wilcoxon), IC vs. IH1 (p=0,01, Mann-Whitney-Wilcoxon), and IC vs. IH2 (p=0,03, Mann-Whitney-Wilcoxon). Regarding the neuronal bodies areas (red) there was no significant difference between groups C vs. S (p=0,48, Mann-Whitney-Wilcoxon), IC vs. IH3 (p=0,27, Mann-Whitney-Wilcoxon), and IH1 vs. IH2 (p=0,68, Mann-Whitney-Wilcoxon), and there was significant difference between C vs. IC groups (p=0,0001, Mann-Whitney-Wilcoxon), IC vs. IH1 (p=0,009, Mann-Whitney-Wilcoxon), and IC vs. IH2 (p=0,03, Mann-Whitney-Wilcoxon). Statistical analysis of average ischemic areas, and partial and approximated volumes of ischemic regions showed no significant difference between groups IC vs. IH3 (p=0,57, Mann-Whitney-Wilcoxon), and IH1 vs. IH2 (p=0,79, Mann-Whitney-Wilcoxon), and showed statistical difference between groups IC vs. iH1 (p = 0,0001, Mann-Whitney-Wilcoxon), and IC vs. IH2 (p = 0,0011, Mann-Whitney-Wilcoxon). CONCLUSIONS: Pre-ischemic and intra-ischemic hypothermia were shown to be similarly neuroprotective, but this was not true for post-ischemic hypothermia
Transseptumpellucidumrostrostomy: anatomical considerations and neuroendoscopic approach Transseptopelucidorostrostomia: considerações anatômicas e abordagem neuroendoscópica
PURPOSE: Verify the presence of the rostral lamina of the corpus callosum, and set parameters for neuroendoscopy. METHODS: Relationship of the floor of the frontal horn of lateral ventricle and the hypothalamic-septal region were studied after sagittal and axial sections of the brains. Measurements were compared using F and Student t tests. The correlations between anterior-posterior diameter of the interventricular foramen / anterior-posterior diameter of the fornix column, and between anterior-posterior diameter of the interventricular foramen / length of the rostral lamina were performed by Pearson index test. RESULTS: There was no statistically significant difference in measurements performed in both hemispheres (p<0.05). Positive correlations were observed between the anterior-posterior diameter of the interventricular foramen / anterior-posterior diameter of the fornix column (R = 0.35), and between the anterior-posterior diameter of the interventricular foramen / length of the rostral lamina (R = 0.23). CONCLUSION: Rostral lamina was observed in all brains. It was possible to perform an endoscopic fenestration in the rostral lamina, communicating safely the lateral ventricle with a polygonal subcallosal cistern.<br>OBJETIVO: Verificar a presença da lâmina rostral do corpo caloso e padronizar parâmetros para a realização de neuroendoscopia. MÉTODOS: A relação do assoalho do corno frontal do ventrÃculo lateral e a região hipotálamo-septal lateral foi estudada através de secções sagitais e axiais dos cérebros. As medidas foram comparadas utilizando os testes F e t-Student. As correlações entre diâmetro ântero-posterior do forame interventricular / diâmetro ântero-posterior da coluna do fornix, e entre o diâmetro ântero-posterior do forame interventricular / comprimento da lâmina rostral foram estudadas pelo teste de Pearson. RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significante nas medidas realizadas em ambos hemisférios (p <0.05). Correlações positivas foram observadas entre diâmetros ântero-posteriores do forame interventricular / coluna do fornix (R = 0.35), os diâmetros ântero-posteriores do forame interventricular / comprimento da lâmina rostral (R = 0.23). CONCLUSÃO: A lâmina rostral foi observada em todos espécimes. Foi possÃvel realizar uma fenestração endoscópica na lâmina rostral, comunicando com segurança o ventrÃculo lateral a uma cisterna poligonal subcalosa
Cerebral venous thrombosis after spinal anesthesia: case report
Introduction: Cerebral venous thrombosis (CVT) is a rare but serious complication after spinal anesthesia. It is often related to the presence of predisposing factors, such as pregnancy, puerperium, oral contraceptive use, and malignancies. Headache is the most common symptom. We describe a case of a patient who underwent spinal anesthesia and had postoperative headache complicated with CVT. Case report: Male patient, 30 years old, ASA 1, who underwent uneventful arthroscopic knee surgery under spinal anesthesia. Forty-eight hours after the procedure, the patient showed frontal, orthostatic headache that improved when positioned supine. Diagnosis of sinusitis was made in the general emergency room, and he received symptomatic medication. In subsequent days, the headache worsened with holocranial location and with little improvement in the supine position. The patient presented with left hemiplegia followed by tonic–clonic seizures. He underwent magnetic resonance venography; diagnosed with CVT. Analysis of procoagulant factors identified the presence of lupus anticoagulant antibody. The patient received anticonvulsants and anticoagulants and was discharged on the eighth day without sequelae. Discussion: Any patient presenting with postural headache after spinal anesthesia, which intensifies after a plateau, loses its orthostatic characteristic or become too long, should undergo imaging tests to rule out more serious complications, such as CVT. The loss of cerebrospinal fluid leads to dilation and venous stasis that, coupled with the traction caused by the upright position, can lead to CVT in some patients with prothrombotic conditions. Resumo: Introdução: A trombose venosa cerebral (TVC) é uma complicação rara, mas grave, após raquianestesia. Está frequentemente relacionada com a presença de fatores predisponentes, como gestação, puerpério, uso de contraceptivos orais e doenças malignas. O sintoma mais frequente é a cefaleia. Descrevemos um caso de um paciente submetido à raquianestesia que apresentou cefaleia no perÃodo pós-operatório complicada com TVC. Relato de caso: Paciente de 30 anos, ASA 1, submetido à cirurgia de artroscopia de joelho sob raquianestesia, sem intercorrências. Quarenta e oito horas após o procedimento apresentou cefaleia frontal, ortostática, que melhorava com o decúbito. Foi feito diagnóstico de sinusite em pronto socorro geral e recebeu medicação sintomática. Nos dias subsequentes teve pioria da cefaleia, que passou a ter localização holocraniana e mais intensa e com pequena melhora com o decúbito dorsal. Evoluiu com hemiplegia esquerda seguida de convulsões tônico-clônicas generalizadas. Foi submetido à ressonância magnética com venografia que fez o diagnóstico de TVC. A pesquisa para fatores pró-coagulantes identificou a presença de anticorpo lúpico. Recebeu como medicamentos anticonvulsivantes e anticoagulantes e teve alta hospitalar em oito dias, sem sequelas. Discussão: Qualquer paciente que apresente cefaleia postural após uma raquianestesia, e que intensifica após um platô, perca sua caracterÃstica ortostática ou se torne muito prolongada, deve ser submetido a exames de imagem para excluir complicações mais sérias como a TVC. A perda de lÃquido cefalorraquidiano leva à dilatação e à estase venosa, que, associadas à tração provocada pela posição ereta, podem, em alguns pacientes com estados protrombóticos, levar à TVC. Keywords: Spinal anesthesia, Complications post-dural puncture headache, Cerebral venous thrombosis, Palavras-chave: Raquianestesia, Complicações cefaleia pós-punção da dura-máter, Trombose venosa cerebra
Hematoma subdural intracraniano: uma rara complicação após raquianestesia: relato de caso
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O hematoma subdural intracraniano é uma complicação rara após raquianestesia. O diagnóstico é muitas vezes difÃcil porque os sintomas iniciais são os mesmos da cefaleia pós-punção da dura-máter. O objetivo é relatar o caso de um hematoma subdural diag nosticado precocemente, após uma raquianestesia realizada com agulha de calibre fino e punção única. RELATO DO CASO: Paciente de 48 anos, ASA I, submetida a raquianestesia para cirurgia de correção de incontinência urinária. Foi realizada a raquianestesia com agulha 27G Quincke e punção única. A cirurgia foi sem intercorrências, e a paciente recebeu alta hospitalar. Após 48 horas da punção raquidiana, a paciente relatou cefaleia de inÃcio súbito, de forte intensidade, acometendo principalmente a região orbitária, mas também a região temporal, com melhora importante no decúbito dorsal e acompanhada de dois episódios de vômitos. Foi solicitada tomografia de crânio que revelou a presença de um hematoma subdural agudo frontotemporoparietal esquerdo. Foi indicado tratamento conservador com analgésicos, dexametasoma e hidantoÃna. Após 17 dias, apresentou quadro de cefaleia intensa, acompanhada de dormência e paresia do membro superior direito, e distúrbio da fala e comportamento. O hematoma foi drenado cirurgicamente. A paciente evoluiu bem sem sequelas. CONCLUSÕES: A cefaleia é a complicação mais frequente após raquianestesia e é considerada de evolução benigna. Faz com que diagnósticos potencialmente fatais, como o hematoma subdural, não sejam feitos em muitos casos, ou sejam tardios. Este caso descreve uma ocorrência rara, um hematoma subdural agudo após uma raquianestesia com agulha fina em uma paciente sem fatores de risco para sangrament
Burns related to electrosurgery – Report of two cases
Electrosurgery is a technology developed over the last few years and has become a very important tool in modern surgery. Most of the equipment is considered safe, although there are risks related to its use. Several lesions may be caused by electrocautery, and burns are the most common and feared. We report two cases of burns related to use of electrocautery and promote a literature review, because knowledge of electrosurgery fundamentals, its correct use, the choice of a safety device, constant monitoring, and immediate investigation before any suspicions surely can improve the operational experience for both surgeon and patient. Resumo: A eletrocirurgia é uma tecnologia que se desenvolveu muitos nos últimos anos e se tornou um instrumento de grande importância na cirurgia moderna. A maioria dos equipamentos é considerada segura, embora existam riscos relacionados ao seu uso. Várias lesões podem ser causadas por eletrocautérios, as queimaduras são as mais frequentes e temidas. Relatamos dois casos de queimaduras relacionadas ao uso do bisturi elétrico e promovemos uma revisão de literatura, pois o conhecimento dos fundamentos da eletrocirurgia, seu uso correto, a escolha de um equipamento seguro, o monitoramento constante e a investigação imediata diante de quaisquer suspeitas com certeza podem melhorar a experiência operacional para ambos, cirurgião e paciente. Keywords: Complications: burn, Equipment: electrocautery, Surgery: complications, Palavras-chave: Complicações: queimadura, Equipamento: eletrocautério, Cirurgia: complicaçõe