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    Distonia cervical

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    Resumo: Introdução: A distonia cervical (DC) é um distúrbio do movimento caracterizado por movimentos involuntários, com contrações sustentadas ou repetitivas dos músculos cervicais, causando torções e posturas anormais. A dor, a postura anormal da cabeça e o tremor distônico têm sido apontados como fatores limitantes na execução das atividades diárias. Além de fatores físicos outros como a depressão, ansiedade, dificuldades na interação social e constrangimento social afetam a qualidade de vida (QV) e a capacidade de trabalho destes pacientes. Objetivos: Descrever o perfil funcional, clínico e de QV de pacientes com DC sem efeito da toxina botulínica (BTX), ou com apenas efeito residual em acompanhamento e tratamento no Ambulatório de Distúrbio de Movimento do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR), verificar a existência de correlação entre o nível de comprometimento motor, dor e QV e analisar o impacto da gravidade da DC e da dor nas atividades de vida diária e na QV. Casuística: Setenta pacientes, com mediana de 50 anos (39-65), variando entre 21 e 79 anos, sendo 44 (63%) do gênero feminino. Métodos: Foram utilizados um protocolo contedo dados de identificação e as escalas Craniocervical Dystonia Questionnaire-24 (CDQ24) para avaliação da QV e Toronto Western Spasmodic Torticollis Rating Scale (TWSTRS) para avaliação da gravidade da DC. Resultados: A combinação de movimentos foi observada em 41 (58,4%) pacientes sendo torcicolo e laterocolo a mais freqüente (35,7%%) e o torcicolo a apresentação mais prevalente (80%). Vinte (28,6%) pacientes encontravam-se em aposentadoria precoce devido à doença. O tremor distônico foi observado em 50 (71,4%) pacientes e 59 (84,3%) relataram sentir dor. Observou-se que quanto maior a incapacidade (para a realização do trabalho, atividades de vida diária, atividades fora de casa, ler e dirigir), dor e a gravidade da distonia pior a QV (p<0,0001) dos pacientes avaliados neste estudo. A maior gravidade esteve relacionada a maior incapacidade (p<0,0001). Discussão e Conclusão: A prevalência da DC em mulheres, o tremor distônico, a aposentadoria precoce, o torcicolo como componente mais observado e combinação de desvios como achado mais prevalente são dados que corroboram com os encontrados na literatura. Foi observada interferência da DC para a execução das atividades de vida diária e na QV, sendo a dor um fator limitante estando associada, neste estudo, à incapacidade físico-funcional e à gravidade da distonia. Sinais de isolamento, interação social prejudicada e limitação emocional também apontam para o impacto negativo na QV destes pacientes

    EFEITOS DO TREINAMENTO MUSCULAR ESQUELÉTICO EM PACIENTES SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA PROLONGADA

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    The study aimed to verify the effects of a skeletal muscle training with intensive care unit (ICU) patients. Itis a case report of two patients who underwent a program of skeletal muscle training. Nutritional and skeletal muscleassessments were performed during the hospital period, considering the period of weaning from mechanical ventilator,and ICU and hospital discharges. The training program started at the admission in ICU. After the evaluation of thepatients, passive exercises were performed until the period of weaning. From weaning period until the hospital discharge,active exercises, tests of muscle strength and goniometry were conducted. As results, we found improvement in musclestrength and width of movement with the training. Weight, despite of the malnutrition found in both cases, did not suffersignificant reduction. The study showed the importance of muscle training with critically ill patients to minimize skeletalmuscle disorders due to prolonged bed rest.Estudio con el objetivo de relatar los efectos de la aplicación del entrenamiento muscular esquelético en dospacientes internados en unidad de terapia intensiva. Fueron realizadas evaluaciones durante la internación; en el destetedel ventilador mecánico; en el alta de la unidad y salida del hospital teniendo como parámetros la evaluación nutricional ymúsculo esquelético. El programa de entrenamiento empezó en la internación en la unidad de terapia intensiva. Despuésde la evaluación inicial, se aplicaron ejercicios pasivos hasta el periodo de destete de la ventilación. A partir de ese periodohasta el alta hospitalaria fueron aplicados ejercicios activos, pruebas de fuerza muscular y goniometría. Hubo mejoría dela fuerza muscular y amplitud del movimiento articular y, el peso no sufrió reducción significativa, a pesar de la desnutriciónencontrada en ambos casos. El estudio demostró la importancia del entrenamiento muscular, en pacientes críticos, paradisminuir los disturbios músculo-esqueléticos debido al reposo prolongado.Estudo com o objetivo de relatar os efeitos da aplicação do treinamento muscular esquelético em dois pacientesinternados em unidade de terapia intensiva. Foram realizadas avaliações na internação; no desmame do ventilador mecânico;na alta da unidade e na alta hospitalar, tendo como parâmetros a avaliação nutricional e músculo-esquelética. O programade treinamento iniciou na internação na unidade de terapia intensiva. Após a avaliação inicial, foram aplicados exercíciospassivos até o período de desmame da ventilação. A partir desse período até a alta hospitalar foram aplicados exercíciosativos, testes de força muscular e goniometria. Houve melhora da força muscular e amplitude de movimento articular e opeso não sofreu redução importante, apesar da desnutrição encontrada em ambos os casos. O estudo demonstrou aimportância do treinamento muscular em pacientes críticos, para minimizar os distúrbios músculo-esqueléticos devido aorepouso prolongado

    Distonia cervical

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    Resumo: Introdução: A distonia cervical (DC) é um distúrbio do movimento caracterizado por movimentos involuntários, com contrações sustentadas ou repetitivas dos músculos cervicais, causando torções e posturas anormais. A dor, a postura anormal da cabeça e o tremor distônico têm sido apontados como fatores limitantes na execução das atividades diárias. Além de fatores físicos outros como a depressão, ansiedade, dificuldades na interação social e constrangimento social afetam a qualidade de vida (QV) e a capacidade de trabalho destes pacientes. Objetivos: Descrever o perfil funcional, clínico e de QV de pacientes com DC sem efeito da toxina botulínica (BTX), ou com apenas efeito residual em acompanhamento e tratamento no Ambulatório de Distúrbio de Movimento do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR), verificar a existência de correlação entre o nível de comprometimento motor, dor e QV e analisar o impacto da gravidade da DC e da dor nas atividades de vida diária e na QV. Casuística: Setenta pacientes, com mediana de 50 anos (39-65), variando entre 21 e 79 anos, sendo 44 (63%) do gênero feminino. Métodos: Foram utilizados um protocolo contedo dados de identificação e as escalas Craniocervical Dystonia Questionnaire-24 (CDQ24) para avaliação da QV e Toronto Western Spasmodic Torticollis Rating Scale (TWSTRS) para avaliação da gravidade da DC. Resultados: A combinação de movimentos foi observada em 41 (58,4%) pacientes sendo torcicolo e laterocolo a mais freqüente (35,7%%) e o torcicolo a apresentação mais prevalente (80%). Vinte (28,6%) pacientes encontravam-se em aposentadoria precoce devido à doença. O tremor distônico foi observado em 50 (71,4%) pacientes e 59 (84,3%) relataram sentir dor. Observou-se que quanto maior a incapacidade (para a realização do trabalho, atividades de vida diária, atividades fora de casa, ler e dirigir), dor e a gravidade da distonia pior a QV (p<0,0001) dos pacientes avaliados neste estudo. A maior gravidade esteve relacionada a maior incapacidade (p<0,0001). Discussão e Conclusão: A prevalência da DC em mulheres, o tremor distônico, a aposentadoria precoce, o torcicolo como componente mais observado e combinação de desvios como achado mais prevalente são dados que corroboram com os encontrados na literatura. Foi observada interferência da DC para a execução das atividades de vida diária e na QV, sendo a dor um fator limitante estando associada, neste estudo, à incapacidade físico-funcional e à gravidade da distonia. Sinais de isolamento, interação social prejudicada e limitação emocional também apontam para o impacto negativo na QV destes pacientes
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