34 research outputs found

    Adaptação transcultural do Inventory of Callous-Unemotional Traits para avaliação de traços de insensibilidade e afetividade restrita de adolescentes no Brasil

    Get PDF
    Objetivo: Realizar a adaptação transcultural para o português brasileiro do instrumento Inventory of callous-unemotional traits (ICU) para avaliação de traços de insensibilidade e afetividade restrita de adolescentes.Método: Estudo metodológico que envolveu as etapas de tradução, retradução, avaliação por comitê de especialistas e de clareza da versão pré-final do ICU, avaliado por 40 adolescentes, entre 10 a 17 anos, de ambos os sexos, de uma escola pública.Resultados: A versão pré-final do ICU foi aprovada pelo comitê de especialistas e pelo autor do instrumento. A avaliação da clareza revelou uma boa compreensão dos itens. Os 10 itens com menor clareza foram modificados conforme as sugestões.Conclusão: A versão final do ICU para o português brasileiro mostrou ser similar ao instrumento original no que se refere à equivalência semântica, operacional e conceitual. Recomendam-se a realização de estudos que evidenciem a validade psicométrica do ICU adaptado para o português brasileiro.Palavras-chave: Adolescente. Estudos de avaliação. Escolas.

    Saúde mental na estratégia saúde da família: caminhos para uma assistência integral em saúde

    Get PDF
    Objetivo: analisar a produção científica sobre as ações de saúde mental desenvolvidas no âmbito da Estratégia Saúde da Família. Metodologia: revisão integrativa de literatura realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed e Web of Science, que após aplicação dos critérios, selecionaram-se 14 artigos científicos. Resultados: as ações de saúde mental desenvolvidas na Saúde da Família são de matriciamento, o Programa Intervenção Precoce, a Terapia Comunitária Integrativa, os grupos terapêuticos e a visita domiciliar. Também foi identificado o desenvolvimento de práticas focadas na doença com o privilégio de consultas ambulatoriais e o uso excessivo de psicofármacos. Há necessidade de investimentos na formação do profissional da saúde, além do fortalecimento da rede extra-hospitalar que sirva de retaguarda para a Saúde da Família. Conclusão: a literatura aponta que o cuidado em saúde mental na Saúde da Família é tímido e ainda muito focado no modelo biomédico

    Predictors of school bullying in adolescents

    No full text
    O bullying é uma forma de comportamento agressivo, usualmente maldosa, deliberada e persistente. É considerado uma forma de violência e um problema de saúde coletiva. Estudos têm comprovado prejuízos em curto e em longo prazo, além da alta prevalência de problemas educacionais, emocionais e legais associados ao bullying. No entanto, estudos de seguimento que avaliem fatores que determinam o comportamento de bullying em ambiente escolar ainda são escassos. O objetivo da presente pesquisa foi o de avaliar os preditores de comportamento de bullying relacionados às características demográficas, psicossociais (problemas de saúde mental e temperamento) e de desempenho escolar no período de seguimento de três anos. Tratase de um estudo de seguimento para avaliar os fatores preditores de bullying em adolescentes escolares. A população foi de alunos das turmas do 8º e 9º ano diurno de três escolas da rede pública de ensino de Porto Alegre/RS. Na ocasião da primeira coleta, os alunos estavam cursando o 5º e o 6º ano. Os instrumentos foram aplicados nas escolas pela equipe de pesquisa, em sala de aula, no último trimestre de 2017. O comportamento de bullying foi avaliado com o Questionário de Bullying (QB) – versão agressor e versão vítima. As características de temperamento foram identificadas por meio do Inventory of callous-Unemotional Traits (ICU) e do Índice de Reatividade Afetiva - versão de criança (ARI-C) e o Questionário de Capacidades e Dificuldades - versão criança (SDQ-C) avaliou os problemas de saúde mental. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e do CEP da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) (CAEE nº19651113.5.0000.5338). Um total 248 alunos responderam aos questionários nos dois momentos do estudo, sendo que 129(52%) eram meninos, com média de idade de 14,6 (DP=1,12) anos e com 110(44,4%) de etnia autodeclarada branca. Na comparação entre os dois períodos do estudo, observou-se que houve mudanças significativas em relação ao bullying, sendo que os escores aumentaram significativamente para o agressor (p<0,001) e houve diminuição para vítima (p=0,024). Os traços de temperamento também aumentaram significativamente para a irritabilidade (p=0,004) e indiferença (p<0,001), porém, houve diminuição significativa para insensibilidade (p=0,039). Foi encontrada correlação positiva significativa fraca entre a vítima e o agressor com os traços de irritabilidade, insensibilidade e o total do ICU. Já a indiferença foi correlacionada, significativamente, com o agressor e não com o envolvimento como bullying vítima. O problema de saúde mental que apresentou correlação positiva significativa foi no domínio conduta, tanto para vítima como para agressor. Observou-se modificação significativa no tipo de prática de bullying ao longo dos três anos, com aumento significativo no comportamento de vítima-agressor. Foi encontrado que a repetência escolar, a irritabilidade e a insensibilidade aumentam o risco para o comportamento como vítima-agressor. Por outro lado, menor escore do domínio emocional diminui o risco para o envolvimento como vítima-agressor. Os achados evidenciaram que a mudança no comportamento de bullying, sobretudo, para o envolvimento como vítima-agressor tem relação com o desempenho escolar, com determinados traços de temperamento e com problemas do domínio de conduta entre adolescentes ao longo de três anos de pesquisa.Bullying is a form of aggressive behavior that is usually malicious, deliberate, and persistent. It is considered a form of violence and a collective health problem. Studies have shown short and long term harm, as well as a high rate of educational, emotional, and legal problems associated with bullying. However, follow-up studies evaluating factors that determine bullying behavior in the school environment are still scarce. The purpose of this study is to evaluate predictors of bullying behavior related to demographic, psychosocial (mental health and temperament problems) and school performance characteristics during a three-year follow-up period. This is a follow-up study to evaluate predictors of bullying in school aged adolescents. The population consisted of students from the 8th and 9th grade morning shift classes at three public schools in Porto Alegre/RS. At the time of the first collection, the students were in the 5th and 6th grade. The instruments were applied in schools by the research team in the classroom during the last quarter of 2017. Bullying behavior was assessed with the Bullying Questionnaire (BQ) - aggressor version and victim version. Temperament characteristics were identified using the Inventory of callous-Unemotional Traits (ICU) and the Affective Reactivity Index - child version (ARI-C), and the Strengths and Difficulties Questionnaire - child version (SDQ-C) evaluated any mental health problems. The study was approved by the Research Ethics Committee (CEP) of Porto Alegre City Hall and the CEP of the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS) (CAEE No. 19651113.5.0000.5338). A total of 248 individuals answered the questionnaires at both stud intervals, where 129 (52%) were boys, with a mean age of 14.6 (SD = 1.12) years and 110 (44.4%) self-reporting their ethnicity as white. In the comparison between the two study periods, there were significant changes found in relation to bullying, and the scores increased significantly for the aggressor (p <0.001) and there was a decrease for the victim (p = 0.024). Temperament traits also increased significantly for irritability (p = 0.004) and indifference (p <0.001), but there was a significant decrease for insensitivity (p = 0.039). A weak significant positive correlation was found between the victim and the aggressor with the traits of irritability, insensitivity and the total ICU score. However, indifference was significantly correlated with the aggressor and not the bullying victim. The mental health problem that showed a significant positive correlation was in behavior control, for both victim and the aggressor. There was a significant change in the type of bullying practice during the three years, with a significant increase in victim-aggressor behavior. School grade repetition, irritability and insensitivity were found to increase the risk for victim-aggressor behavior. On the other hand, a lower emotional domain score decreases the risk for involvement as a victim-aggressor The findings showed that the change in bullying behavior, especially regarding involvement as a victim-aggressor, is related to school performance, with certain temperament traits, and behavior control problems among adolescents during the three years of research

    Boletín del Servicio Meteorológico Nacional: Epoca 2ª Año X Número 8 - 1961 Enero 08

    No full text
    Traços de insensibilidade (callous) e afetividade restrita (unemotional) estão associados à característica essencial de comportamento antissocial na infância e adolescência. O Inventory of callous-unemotional traits (ICU), traduzido como Inventário de traços de insensibilidade e afetividade restrita, é um instrumento de autorrelato, com 24 itens, que mensura esses traços. No entanto, o ICU ainda não foi adaptado para o português falado no Brasil. O presente estudo tem por objetivo realizar a adaptação transcultural do ICU e verificar as evidências de validação psicométricas para adolescentes brasileiros. O estudo foi dividido em duas etapas: a primeira, de tradução, retradução, avaliação por comitê de especialistas e avaliação da clareza, da versão pré-final traduzida; e a segunda, a avaliação das evidências das seguintes propriedades psicométricas da versão final: validade de constructo, por meio da análise fatorial confirmatória (AFC) e exploratória (AFE); consistência interna via confiabilidade intra e interavaliadores; e validade de convergência através da correlação com o Questionário de Capacidades e Dificuldades – versão criança (SDQ-C). A amostra foi composta por adolescentes, entre 10 a 17 anos, de ambos os sexos, matriculados em quatro escolas da rede pública de ensino fundamental. A AFC foi embasada em oito modelos de estrutura fatorial, conforme estudos prévios de validação do ICU. O instrumento foi aplicado novamente em 40 alunos sorteados, com intervalo de 15 dias, para verificar a confiabilidade intra-avaliadores (teste-reteste). A pesquisa foi aprovada em Comitê de Ética em Pesquisa (CAEE nº 19651113.5.0000.5338). Após as considerações do comitê de especialistas e a aprovação do autor do ICU, 40 alunos avaliaram a clareza da versão pré-final e os termos considerados de menor entendimento foram adequados, concluindo-se, então, a etapa de adaptação transcultural. A versão final do ICU foi aplicada em 1307 estudantes, sendo 673(51,5%) do sexo masculino, com média de idade de 12,7(DP=1,68) anos. Os modelos fatoriais com melhores ajustes foram: o bifatorial adaptado de dois fatores de Hawes et al. (2014), e o bifatorial de três fatores de Waller et al. (2015). Os resultados das cargas fatoriais após AFE foi aceitável para ambos os modelos, sendo a versão breve (ICU-B) com um fator geral de 12 itens e dois fatores definidos como: insensibilidade (callous – 7 itens) e indiferença (uncaring – 5 itens). A versão do ICU com 18 itens também permaneceu com um fator geral e os três fatores definidos como: insensibilidade (callous – 9 itens), indiferença (uncaring – 4 itens) e afetividade restrita (unemotional – 5 itens). A consistência interna intra-avaliadores foi satisfatória, com coeficiente de correlação intraclasse (ICC) >0,700, em ambos os modelos. A confiabiliadade interavaliadores foi considerada moderada, no fator geral, para o ICU com 12 itens (alfa Cronbach = 0,616) e o modelo ICU de 18 itens foi satisfatória (α= 0,700). Houve convergência do ICU com o SDQ-C, sendo as correlações significativas negativas (r >0,300) entre o domínio pró-social e correlação significativa positiva com o domínio conduta e hiperatividade. Após a realização da adaptação transcultural e a avaliação das evidências de validação psicométricas do ICU para adolescentes brasileiros, obteve-se dois modelos com bons ajustes: com 12 itens (ICU-B) e com 18 itens (ICU). O constructo, conforme foi determinado após as evidências de validação, poderá favorecer a detecção precoce de características psicopatológicas em adolescentes brasileiros e contribuir para o desenvolvimento de pesquisas no tema.Callous and unemotional traits are associated with the essential characteristics of antisocial behavior in infancy and adolescence. The Inventory of Callous-unemotional traits (ICU) is a self-report instrument, with 24 items that measure those traits. However, ICU has not being adapted for brazilian portuguese yet. The aim of this study is to perform cross-cultural adaptation of the ICU and verify the psychometric evidences for Brazilian adolescents. This study was divided in two stages: the first part in translation, backtranslation, consideration of the committee of experts and clarity evaluation, of the prefinal translated version. The second stage is evidence evaluations of the following psychometric propriety of the final version: construct validity throughout confirmatory factor analysis (CFA) and exploratory factor analysis (EFA); internal consistency via inter and intra-rater reliability; and convergence validation through the correlation with the Strengths and Difficulty Questionnaire– child version (SDQ-C). The sample was made up of teenagers between 10 and 17 years old, both sex, enrolled in four public primary schools. The CFA was based in eight factor structure models, according to previous studies of ICU validation. The instrument was applied again in 40 students randomly selected, with an interval of 15 days to verify intra-rater reliability (test-retest). The research was approved by the Research Ethics Committee (CAEE nº 19651113.5.0000.5338). After the committee’s considerations and the approval of ICU’s author, 40 students evaluated the clarity of the pre-final version and adapted the terms that were less comprehensible, concluding then the cross-cultural adaptation step. The final version of ICU was applied in 1307 students, being 673(51,5%) male, with mean of 12,7(SD= 1,68) years old. The factorial models with best adjustments were bifactors adapted of two factors by Hawes et al. (2014), and bifactor of three factors by Waller et al. (2015). The factor loading results after EFA were acceptable for both models, being the brief version (ICU-B) with a general factor of 12 items and two factors defined as: callous (7 items) and uncaring (5 items). The ICU version with 18 items also remained with a general factor and three factors defined as: callous (9 items), uncaring (4 items) and unemotional (5 items). Intra-rater consistency was satisfactory, with intra-class correlation coefficient (ICC) >0,700 in both models. Interrater reliability was considered moderated, in general factor, for the ICU with 12 items (alfa Cronbach = 0,616) and the ICU model of 18 items was satisfactory (α=0,700). There was convergence between ICU and SDQ-C, being the negative significant correlation (r >0,300) between pro-social dominance and positive significant correlation with conduct dominance and hyperactivity. After the ICU’s cross-cultural adaptation and psychometric validation evidences adapted for Brazilian adolescents, two models were obtained with good adjustments: ICU-B (12 items) and ICU (18 items). The construct as determined by validation evidences might help in earlier detection of psychopathologic characteristics in brazilian adolescents and contribute to the development of researches in this subject.Rasgos de insensibilidad (callous) y afectividad restricta (unemotional) se asocian a la característica esencial del comportamiento antisocial en la niñez y adolescencia. El Inventory of callous-unemotional traits (ICU), traducido como inventario de trazos de insensibilidad y afectividad restricta, es un instrumento de auto-relato, con 24 ítems, que mensura estos trazos. Sin embargo, el ICU todavía no fue adaptado para el portugués hablado en Brasil. El presente estudio tiene por objetivo realizar la adaptación transcultural del ICU y verificar las evidencias de validación psicométricas para adolescentes brasileños. El estudio se divide en dos etapas: la primera, de traducción, re-traducción, evaluación por comité de expertos y evaluación de claridad, de la versión pre-final traducida; y la segunda, la evaluación de las evidencias de las siguientes propiedades psicométricas de la versión final: validad del constructo, por medio del análisis factorial confirmatorio (AFC) y exploratorio (AFE); consistencia interna vía fiabilidad intra e inter-evaluadores; y validad de convergencia a través de la correlación con el cuestionario de capacidades y dificultades – versión para niños (SDQ-C). La muestra es compuesta por adolescentes, entre 10 a 17 años, de ambos los sexos, matriculados en cuatro escuelas públicas de enseñanza primaria. La AFC fue embazada en ocho modelos de estructura factorial, según estudios previos de evaluación del ICU. El instrumento se aplicó nuevamente en 40 alumnos sorteados, con intervalo de 15 días para verificar la fiabilidad intra-evaluadores (teste-reteste). La investigación fue aprobada en el Comité de Ética en Investigación (CAEE nº 19651113.5.0000.5338). Después de las consideraciones del comité de expertos y la aprobación del autor del ICU, 40 alumnos evaluaron la claridad de la versión pre-final y se adecuaron los términos considerados de menor entendimiento, concluyendo, de esa forma, la etapa de la adaptación transcultural. La versión final del ICU se aplicó en 1307 estudiantes, siendo 673(51,5%) del sexo masculino, con edad media de 12,7(DP= 1,68) años. Los modelos factoriales con mejores ajustes fueron: el bi-factorial adaptado de dos factores de Hawes et al. (2014), y el bi-factorial de tres factores de Waller et al. (2015). Los resultados de las cargas factoriales tras el AFE fue aceptable para ambos los modelos, siendo la versión breve (ICU-B) con un factor general de 12 ítems y dos factores definidos como: insensibilidad (callous - 7 ítems) y indiferencia (uncaring - 5 ítems). La versión del ICU con 18 ítems también se quedó con un factor general y tres factores definidos como: insensibilidad (callous – 9 ítems), indiferencia (uncaring – 4 ítems) y afectividad restricta (unemotional – 5 ítems). La consistencia interna intra-evaluadores fue satisfactoria, con coeficiente de correlación intraclase (ICC) >0,700 en ambos modelos, la fiabilidad inter-evaluadores se consideró moderada, el factor general para el ICU con 12 ítems (alfa Cronbach =0,616) e o modelo ICU de 18 ítems fue satisfactoria (=0,700). Hubo convergencia del ICU con el SDQ-C, siendo las correlaciones significativas negativas (r>0,300) entre el dominio pro-social y correlación significativa positiva con el dominio conducta e hiperactividad. Después de la realización de la adaptación transcultural y la evaluación de las evidencias de validación psicométricas del ICU para adolescentes brasileños, se obtuvo dos modelos con buenos ajustes: con 12 ítems (ICU-B) y con 18 ítems (ICU). El constructo conforme determinado tras las evidencias de validación podrá favorecer la detección precoz de características psicopatológicas en adolescentes brasileños y contribuir para el desarrollo de investigaciones en el tema

    Educação social-emocional : impacto da prática de mindfulness na saúde mental e na qualidade de vida de escolares

    Get PDF
    A Educação Social-Emocional (ESE) é uma intervenção proposta para auxiliar os alunos a compreender, a expressar e a controlar suas emoções de modo a promover um crescimento pessoal, emocional e intelectual. A ESE utiliza a técnica de mindfulness que é o conjunto de práticas meditativas de integração mente-corpo. Os estudos que avaliam o resultado da ESE em amostra não clínica ainda são escassos. Este trabalho tem como objetivo avaliar o impacto da ESE com a prática de mindfulness na saúde mental e na qualidade de vida (QV) de alunos de escolas públicas. Trata-se de um quase experimento derivado de um banco de dados de estudantes do 5° ano do Ensino Fundamental de três escolas públicas da área de abrangência da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). O grupo intervenção (4 turmas) recebeu 8 ou 12 sessões de ESE em sala de aula e o grupo controle (3 turmas) não recebeu intervenção. Foram aplicados os instrumentos: Questionário de Capacidades e Dificuldades versão Criança (Strenghts and Difficulties Questionnaire Child version – SDQ-C), Instrumento Avaliação da Qualidade de Vida (Youth Quality of Life Instrument – YQOL-R), preenchido pelos alunos, e o Instrumento Avaliação de Sintomas de Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (SNAP-P), preenchido pelo professor. As intervenções de ESE que utilizam a prática de mindfulness foram organizadas em 8 ou 12 encontros realizados em sala de aula, com duração de uma hora semanal e com a articulação de uma equipe multiprofissional. Foram avaliados 132(92,9%) alunos, sendo 69(52,3%) do sexo masculino, com média de idade de 11,1(DP=1,19) anos. Dentre os alunos que participaram 64(48,5%) realizaram a intervenção e foi encontrada melhora significativa em relação aos problemas de saúde mental, avaliados pelo SDQ-C (emocional p=0,005, conduta p<0,001, relacionamento p=0,009 e pró-social p=0,041) comparado ao controle. Também houve impacto positivo da intervenção nos domínios da QV (geral p=0,006, pessoal p=0,024 e total p=0,002). Contudo, o resultado do número de sessões de ESE realizadas (8 ou 12) e os desfechos foram controversos. Nas 8 sessões, os desfechos favoráveis foram nos domínios do SDQ-C; nas 12 sessões, a melhora significativa foi na QV ambiental e na hiperatividade. Os resultados deste estudo demonstraram um impacto positivo em uma amostra não-clínica da intervenção de ESE realizada em sala de aula para alunos de escolas públicas. O número de sessões e resposta a ESE ainda precisa de novos estudos.The Social-Emotional Education (ESE) is a suggested intervention which aims at assisting students to understand, express and manage their emotions in order to improve personal, emotional and intellectual growth. The ESE relies on the mindfulness technique which is a set of meditative practices of mind-body integration. There are a few study papers assessing ESE outcomes through non-clinical samples. The present paper aims at evaluating the impact of ESE within the mindfulness technique in mental health and quality of life (QOL) of public school students. It is a partial experiment derived from a database of 5th grade elementary public school students in the area covered by the Basic Health Unit (BHU) of HCPA (Hospital de Clinicas de Porto Alegre). The intervention group (4 groups from three schools) received either 8 or 12 ESE sessions in the classroom whereas the control group (3 groups from three schools) received no intervention. The following instruments were applied: Strenghts and Difficulties Questionnaire Child Version (SDQ-C); Youth Quality of Life Instrument (YQOL) completed by students and an Evaluation of Symptoms of Disorder Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (SNAP-P) completed by teachers. ESE interventions using mindfulness technique were organized into either 8 or 12 classroom meetings (60 minute a week each) managed by a multidisciplinary team. From the 132 (92,9%) students sampled, 69 (52,3%) were male in an average of 11.1 years old (SD=1.19). Among the participating students, 64 (48,5%) had undergone intervention with a significant improvement outcome in relation to mental health problems, assessed by the SDQ-C (emotional p=0.005, behavior p<0.001, relationship p=0.009 and prosocial p=0.041) in comparisson with the control group. There was also a positive impact of the intervention in the areas of QOL (general p=0.006, personal p=0.024 and total p=0.002). Nevertheless, the results between the number of accomplished ESE sessions (8 or 12) and the outcomes were controversial. Within 8 sessions, the favorable outcomes have concentrated in SDQ-C domain whereas within 12 sessions there has been a significant improvement in QV atmosphere and hyperactivity. The results of the present study demonstrated a positive impact in a non-clinical sample of ESE classroom intervention performed by public school students. The number of sessions and ESE response still need further studies

    Educação social-emocional : impacto da prática de mindfulness na saúde mental e na qualidade de vida de escolares

    Get PDF
    A Educação Social-Emocional (ESE) é uma intervenção proposta para auxiliar os alunos a compreender, a expressar e a controlar suas emoções de modo a promover um crescimento pessoal, emocional e intelectual. A ESE utiliza a técnica de mindfulness que é o conjunto de práticas meditativas de integração mente-corpo. Os estudos que avaliam o resultado da ESE em amostra não clínica ainda são escassos. Este trabalho tem como objetivo avaliar o impacto da ESE com a prática de mindfulness na saúde mental e na qualidade de vida (QV) de alunos de escolas públicas. Trata-se de um quase experimento derivado de um banco de dados de estudantes do 5° ano do Ensino Fundamental de três escolas públicas da área de abrangência da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). O grupo intervenção (4 turmas) recebeu 8 ou 12 sessões de ESE em sala de aula e o grupo controle (3 turmas) não recebeu intervenção. Foram aplicados os instrumentos: Questionário de Capacidades e Dificuldades versão Criança (Strenghts and Difficulties Questionnaire Child version – SDQ-C), Instrumento Avaliação da Qualidade de Vida (Youth Quality of Life Instrument – YQOL-R), preenchido pelos alunos, e o Instrumento Avaliação de Sintomas de Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (SNAP-P), preenchido pelo professor. As intervenções de ESE que utilizam a prática de mindfulness foram organizadas em 8 ou 12 encontros realizados em sala de aula, com duração de uma hora semanal e com a articulação de uma equipe multiprofissional. Foram avaliados 132(92,9%) alunos, sendo 69(52,3%) do sexo masculino, com média de idade de 11,1(DP=1,19) anos. Dentre os alunos que participaram 64(48,5%) realizaram a intervenção e foi encontrada melhora significativa em relação aos problemas de saúde mental, avaliados pelo SDQ-C (emocional p=0,005, conduta p<0,001, relacionamento p=0,009 e pró-social p=0,041) comparado ao controle. Também houve impacto positivo da intervenção nos domínios da QV (geral p=0,006, pessoal p=0,024 e total p=0,002). Contudo, o resultado do número de sessões de ESE realizadas (8 ou 12) e os desfechos foram controversos. Nas 8 sessões, os desfechos favoráveis foram nos domínios do SDQ-C; nas 12 sessões, a melhora significativa foi na QV ambiental e na hiperatividade. Os resultados deste estudo demonstraram um impacto positivo em uma amostra não-clínica da intervenção de ESE realizada em sala de aula para alunos de escolas públicas. O número de sessões e resposta a ESE ainda precisa de novos estudos.The Social-Emotional Education (ESE) is a suggested intervention which aims at assisting students to understand, express and manage their emotions in order to improve personal, emotional and intellectual growth. The ESE relies on the mindfulness technique which is a set of meditative practices of mind-body integration. There are a few study papers assessing ESE outcomes through non-clinical samples. The present paper aims at evaluating the impact of ESE within the mindfulness technique in mental health and quality of life (QOL) of public school students. It is a partial experiment derived from a database of 5th grade elementary public school students in the area covered by the Basic Health Unit (BHU) of HCPA (Hospital de Clinicas de Porto Alegre). The intervention group (4 groups from three schools) received either 8 or 12 ESE sessions in the classroom whereas the control group (3 groups from three schools) received no intervention. The following instruments were applied: Strenghts and Difficulties Questionnaire Child Version (SDQ-C); Youth Quality of Life Instrument (YQOL) completed by students and an Evaluation of Symptoms of Disorder Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (SNAP-P) completed by teachers. ESE interventions using mindfulness technique were organized into either 8 or 12 classroom meetings (60 minute a week each) managed by a multidisciplinary team. From the 132 (92,9%) students sampled, 69 (52,3%) were male in an average of 11.1 years old (SD=1.19). Among the participating students, 64 (48,5%) had undergone intervention with a significant improvement outcome in relation to mental health problems, assessed by the SDQ-C (emotional p=0.005, behavior p<0.001, relationship p=0.009 and prosocial p=0.041) in comparisson with the control group. There was also a positive impact of the intervention in the areas of QOL (general p=0.006, personal p=0.024 and total p=0.002). Nevertheless, the results between the number of accomplished ESE sessions (8 or 12) and the outcomes were controversial. Within 8 sessions, the favorable outcomes have concentrated in SDQ-C domain whereas within 12 sessions there has been a significant improvement in QV atmosphere and hyperactivity. The results of the present study demonstrated a positive impact in a non-clinical sample of ESE classroom intervention performed by public school students. The number of sessions and ESE response still need further studies
    corecore