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    CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA DOS CARBONATOS ALBIANOS DO RESERVATÓRIO QUISSAMÃ NA PORÇÃO MERIDIONAL DA BACIA DE CAMPOS

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    Rochas carbonáticas albianas da Formação Quissamã do sul da Bacia de Campos (RJ) e a Formação Outeiro são descritas em detalhe, com ênfase à petrologia, petrografia, ciclicidade, paleoambientes e diagenênese. Foram reconhecidas seis litofácies na Formação Quissamã, principalmente grainstones e packstones (raros wackestones) com grãos carbonáticos compostos por ooides, oncoides, peloides e alguns bioclastos (moluscos, equinoides, microfósseis bentônicos). Sucessões de packstones peloidais/bioclásticos para grainstones representam típicos ciclos de alta frequência que representam a passagem de paleoambientes deposicionais relativamente profundos/calmos para rasos/com maior energia (“arrasamento ascendente”). O presente trabalho corrobora interpretações anteriores de que a Formação Quissamã foi originada numa rampa carbonática rasa, onde águas agitadas moldaram uma série de grandes bancos paralelos à costa constituídos por grãos carbonáticos. Desta forma, as outras fácies da formação (principalmente packstones) representam condições mais calmas nos flancos dos bancos e regiões de interbancos. Oncoides rudáceos formaram-se mais comumente na porção oeste do flanco, portanto em áreas mais protegidas, onde comunidades microbianas encontravam condições propícias para o seu desenvolvimento. Há evidências de retrabalhamentos por tempestades. A Formação Outeiro apresenta mudstones e wackestones, com microfósseis de organismos planctônicos marinhos distais gradualmente mais abundantes a partir da base, representando contexto transgressivo, em águas cada vez mais profundas. Há evidências de processos de micritização, compactação mecânica, dissolução, cimentação (franja, mosaico e sintaxial) atribuídos à eodiagênese, assim como compactação química e cimentação blocosa em fraturas, referentes à mesodiagênese

    Análise multiescalar da arquitetura deposicional dos sistemas fluviais da base da Formação Rio Bonito no Paleovale Leão-Mariana Pimentel – Eopermiano da Bacia do Paraná – Rio Grande do Sul

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    O presente trabalho tem como objetivo a caracterização e compreensão em multiplas escalas da arquitetura deposicional dos sistemas fluviais da base da Formação Rio Bonito no Paleovale Leão-Mariana Pimentel. Para isso foi feita uma análise de detalhe no afloramento Morro do Papaléo e um estudo mais regional em quatro poços situados no paleovale. Na análise de detalhe foram identificados dois complexos de canais fluviais single-story amalgamados, os quais foram parametrizados geometricamente a partir da construção de um modelo tridimensional do afloramento. Internamente a estes canais foram identificados, em seções de GPR (ground penetrating radar), quatro elementos arquiteturais: barras de acresção, formas de leito sub-horizontais, preenchimento de erosões e barras de meio de canal. Integrando-se os elementos arquiteturais, os parâmetros geométricos dos canais e os perfis litológicos de detalhe do afloramento Morro do Papaléo, se definiu que o estilo fluvial desta exposição é entrelaçado perene (Miall, 1996). Nos poços estudados foram interpretadas dez sequências de 4a ordem que preenchem o paleovale Leão-Mariana Pimentel e constroem uma sequência incompleta de 3a ordem, a qual é caracterizada por um trato de sitemas de nível baixo, onde há um predomínio de depósitos fluviais, e por um trato de sistemas transgressivos, onde o predomínio passa a ser de depósitos estuarinos. A transição destes tratos de sistemas é chamada de superfície de regressão máxima, sendo essa a superfície estratigráfica de 3a ordem que ocorre nos depósitos detalhados no afloramento Morro do Papaléo. Nesse arcabouço deposicional multiescalar integrado, se identificou uma hierarquia de superfícies estratigráficas e sedimentológicas que podem afetar o fluxo de fluidos em reservatórios fluviais, e serem importantes para a indústria de petróleo e de água mineral.The main aim of this study is a multiple scale understanding of the fluvial architecture of the Rio Bonito Formation in the Leão-Mariana Pimentel Paleovalley (Parana Basin). In order to reach the objective, it was analysed in detail an outcrop and it was performed a regional study based on four wells disposed on the paleovalley. In the detail analysis was identified two amalgamated fluvial channel complexes. Using the outcrop tridimensional model was measured width and thickness of the single-story channels that build these two complexes. Within these single-story channels was described, by GPR (ground penetrating radar) survey sections, four architectural elements: accretion bars, subhorizontal bedforms, erosions filling and mid-channel bars. The integration of the architectural elements, the single-story channel parameters and the outcrop detailed litological descriptions allowed us classified the fluvial system as a perennial braided (Miall, 1996). The regional study resulted in the interpretation of ten fourth order sequences that filled the Leão-Marina Pimentel Paleovalley. These sequences compound an incomplete third order sequence, which one is characterized, on its base, by predominance of fluvial deposits (lowstand system tract), and on its top, by predominance of estuarine deposits (transgressive system tract). The transition between these system tracts is called maximum regressive surface, which one correlates and crops out on detailed fluvial channels. In this integrated multiple sclale depositional framework was possible to identify a hierarchy of sedimentological and stratigraphical surfaces. These surfaces, following this hierarchy, can influence the fluid flow in fluvial reservoirs and, consequently, they can be important to mineral water and petroleum industry

    Depositional, diagenetic and stratigraphic aspects of Macaé Group carbonates (Albian): example from an oilfield from Campos Basin

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    Carbonate rocks from the Macaé Group (Albian) represent an example of carbonate sedimentation related to the drift phase in Campos Basin. This study presents depositional features, integrating them with diagenetic and stratigraphic aspects of the Macaé Group carbonates including the upper part of the Quissamã Formation and the lower part of the Outeiro Formation. Macroscopic analyses in cores and microscopic ones in thin sections allowed the recognition of eleven sedimentary facies - nine of them corresponding to the Quissamã Formation and two of them representing the Outeiro Formation. These facies were grouped into five facies associations. Oolitic grainstones and oncolitic grainstones are interpreted to be deposited in shallow depth probably in shoals above the fair weather wave base. The interbanks between shoals were formed in less agitated waters and characterized by deposition of peloidal bioclastic packstones and wackestones representative of sedimentation in calm waters. Bioclastic packstones and oolitic packstones/wackestones represent allochthonous deposits related to the beginning of the regional drowning that occur in upper Quissamã Formation. Pithonellids wackestones and bioclastic wackestones with glauconite are related to deep water deposits, characteristics of the Outeiro Formation. Post-depositional features revealed the action of diagenetic processes as, micritization, cimentation, dissolution, compaction, dolomitization and recrystallization occurred during the eo- and mesodiagenesis phases. Vertical facies analysis suggests shallowing upward cycles stacked in a sequence progressively deeper towards the top (from the Quissamã Formation to the Outeiro Formation).</p

    Microbialitos da Sequência Balbuena IV (Daniano), Bacia de Salta, Argentina: caracterização de intrabioarquiteturas e de microciclos

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    Microbialites produced in lacustrine environment exhibit a wide range of internal structures and textures. The organization and the characterization of the arrangement formed by these attributes are denominated as intrabioarchitectures. This work sought to identify the main types of intrabioarchitectural patterns in the microbialites of Balbuena IV Sequence (Danian, Salta Basin, Argentina) in mesoscopic scale (100 – 10-2 m) and the cyclical interpretation for the recurrence of the components that build these intrabioarchitectures, in microscopic scale. Seven main intrabioarchitectural types were recognized, and denominated as: coarse grain agglutinated microbialite (MA-gg); fine grain agglutinated and sparite fan crust, banded microbialite (MBFA-gf); micrite agglutinated, pseudo-microcolumnar microbialite (MPMA-m); fine grain agglutinated, grumous, shrubby microbialite (MArbMA-gf); fine grain agglutinated grumous, dendriform microbialite (MDMA-gf); fine grain agglutinated with esferulites, sparite fan crust, banded microbialite (MBFA-gf,esf); coarse grain agglutinated, grumous, stromatolite (EMA-gg). These intrabioarchitectures were grouped and related to three types of microcycles. The microcycles allow organizing the microbial record in a meso- and microscopic scale. That cyclic organization is related to climatic variations that affect the base level, the input of siliciclastics sediments, the biotic and geochemical processes in lake system. Therefore, it was possible to associate the formation of microbialites to phases of higher or lower aridity in the depositional environment.Microbialitos gerados em ambiente deposicional lacustre apresentam grande diversidade de estruturas e texturas internas. A organização e a caracterização do arranjo formado por esses atributos correspondem ao que se denomina intrabioarquitetura. Este trabalho tem o objetivo de identificar os principais tipos de intrabioarquiteturas nos microbialitos da Sequência Balbuena IV (Daniano, Bacia de Salta, Argentina) em escala mesoscópica (100 – 10-2 m) e a interpretação cíclica da recorrência dos componentes que formam estas intrabioarquiteturas, em escala microscópica. Foram reconhecidos sete padrões intrabioarquiteturais, assim denominados: Microbialito Aglutinante de grão grosso (MA-gg); Microbialito Bandeado Fasciculado/Aglutinante de grão fino (MBFA-gf); Microbialito Pseudo-microcolunar Aglutinante de micrita (MPMA-m); Microbialito Arbustiforme Microgrumoso Aglutinante de grão fino (MArbMA-gf); Microbialito Dendriforme Microgrumoso Aglutinante de grão fino (MDMA-gf); Microbialito Bandeado Fasciculado/Aglutinante de grão fino com esferulito (MBFA-gf,esf) e Estromatólito Microgrumoso/Aglutinante de grão grosso (EMA-gg). Essas intrabioarquiteturas foram agrupadas e relacionadas a três tipos de microciclos deposicionais. Os microciclos possibilitam organizar o registro microbial em escala meso- e microscópica. Essa organização cíclica está relacionada às variações climáticas, que afetam o nível de base, o aporte sedimentar e os processos biológicos e geoquímicos do sistema lacustre. Portanto, foi possível associar a formação dos microbialitos a períodos de maior ou de menor aridez no ambiente deposicional
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