8 research outputs found

    From moral harassment to interpersonal violence: reports on a junior enterprise

    Get PDF
    This article aims to analyze the interpersonal violence experienced by subjects who work or worked in a junior enterprise (JE). For this, we have developed a theoretical framework which presents and thinks through the theory related to workplace moral harassment. Succinctly, moral harassment is usually characterized, in the Organizational Studies, as hostile, inappropriate, repetitive, and prolonged behaviors exercised through attitudes, words, gestures, and/or humiliating situations involving the worker, or a group, during the work day. In this article, we discuss the concept of moral harassment, which is closely related to the subject's intentionality, and, on the other hand, we propose the concept of interpersonal violence, that is, the act of assaulting the subject in a physical and/or discursive way and/or through actions and/or harmful attitudes, either intentionally or not. Then, we analyze some reports of interpersonal violence experienced by current or former junior entrepreneurs under the light of this concept; we conducted an empirical survey with a qualitative approach, where we used the oral history methodology and analyzed data according to the hermeneutic/dialectic technique. We found out that the types of violence reported are, in most cases, naturalized by the victims themselves and the social body as the result of a kind of praxis considered necessary for incorporating the subject. We also highlight the clear overlapping of the categories interpersonal violence and symbolic violence.O objetivo deste artigo é analisar a violência interpessoal vivenciada por sujeitos que atuam ou atuaram profissionalmente em uma empresa júnior (EJ). Para tanto, desenvolvemos um referencial teórico que apresenta e pondera sobre a teoria relativa ao assédio moral no trabalho. De modo sucinto, o assédio moral geralmente é caracterizado, nos Estudos Organizacionais, como condutas hostis, impróprias, repetitivas e prolongadas por meio de posturas, palavras, gestos e/ou situações humilhantes que envolvem o trabalhador, ou um grupo, durante a jornada de trabalho. Neste artigo, questionamos o conceito de assédio moral, que é intimamente relacionado à intencionalidade dos sujeitos, e, em contrapartida, propomos o conceito de violência interpessoal, isto é, o ato de agredir o sujeito física e/ou discursivamente e/ou por atitudes e/ou comportamentos prejudiciais, sejam propositais ou não. Em seguida, analisamos alguns relatos de violência interpessoal experienciadas por atuais ou ex-empresários juniores à luz desse conceito; realizamos uma pesquisa empírica de cunho qualitativo, na qual utilizamos a metodologia da história oral e analisamos os dados de acordo com a técnica hermenêutica/dialética. Constatamos que os tipos de violência relatados são, na maioria dos casos, naturalizados pelas próprias vítimas e pelo corpo social em decorrência de uma práxis tida como necessária para a incorporação do sujeito. Destacamos, ainda, o nítido imbricamento das categorias violência interpessoal e violência simbólica

    Urbs e civitas: a formação dos espaços e territórios urbanos nas minas setecentistas

    Get PDF
    O presente artigo procura situar a evolução das abordagens acerca da cidade colonial mineira dentro da perspectiva mais ampla dos estudos sobre o urbanismo colonial português. A análise privilegia os trabalhos que, em vez de se aterem aos aspectos ligados à estética urbana, procuraram relacioná-los às questões fundiárias e à constituição das redes e hierarquias urbanas.This article seeks to situate the evolution of approaches to the study of the colonial towns of Minas Gerais placing them in the broader perspective of studies on the Portuguese colonial urbanism. Instead of restricting our approach to questions of urban aesthetics, the analysis focuses on the works that tried to relate these questions to aspects of land ownership and to the establishment of networks and urban hierarchies

    Das histórias de violências em uma empresa júnior à reprodução da ideologia da administração

    No full text
    Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-14T05:13:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 disserta__o_renata_de_almeida_bicalho_pinto.pdf: 568754 bytes, checksum: 3adb33f8a46ea30d84cdd67da704eea7 (MD5) Previous issue date: 6O objetivo desta dissertação é analisar as violências vivenciadas pelos sujeitos durante o período de atuação em uma Empresa Júnior (EJ). Para tanto, resgatamos parte da literatura em Ciências Humanas e Sociais sobre violência e os seus correlatos processos de naturalização e banalização. Criticamos as abordagens que se sobrelevam no debate sobre violência, especificamente os trabalhos de Marie-France Hirigoyen e Pierre Bourdieu. Propusemos uma concepção de violência fundamentada em duas categorias: violência interpessoal e violênciasimbólica. Aventamos, então, com base na demarcação da violência simbólica, o seu arrolamento com o mundo administrado, a ideologia da administração e a participação das empresas juniores no processo formativo de graduandos. Apresentamos o objeto de pesquisa (a EJ) e discorremos sobre a epistemologia e a metodologia que nortearam a investigação. Demarcamos que o estudo empírico foi desenvolvido por meio de uma pesquisa qualitativa, galgada num estudo de caso desenvolvido por intermédio de vinte entrevistas de história oral e três entrevistas destinadas à contextualização histórica. Os resultados da pesquisa foram analisados por meio da abordagem hermenêutica-dialética, com vistas a uma crítica imanente do real em duas direções. Por um lado, as violências vivenciadas foram tomadas como particular e, por outro, a reprodução da ideologia da administração na formação dos administradores e economistas, como universal. Concluímos que, por intermédio das falsas projeção e identificação e da pseudo-individualidade, eles naturalizam as violências de que são vítimas e as difundem, seja na própria EJ ou em outro lócus de oficio. Destarte, crêem eles que o estabelecimento de violências é necessário para que o aprendizado ocorra, verdadeira e profundamente, pois tal tirocínio propicia o confrontamento prévio com a sua realidade profissional que é opressiva, em seus termos, por natureza. Mesmo quando não reproduzem tais violências, os graduandos e bacharéis compactuam com elas e as justificam pela mesma razão. O foco desvia-se da educação para a constituição de um sujeito pleno para a educação dele como mercadoria, que cede a sua própria liberdade por certo preço, em busca do acolhimento entre os socialmente eleitos.The objective of this dissertation is to analyze the forms of violence experienced by the students during the period at the Junior Enterprise (JE). Thus, we bring up the part of discussion about violence in Social and Human Sciences and the processes of naturalization and banalization. We criticize the more relevant approaches in the debate about violence, specially the works of Marie-France Hirigoyen and Pierre Bourdieu. We proposed a conception of violence based on two categories: interpersonal violence and symbolic violence. In the sequence, we expose the symbolic violence as the base of discussion and its relationship with the managed world, the ideology of the administration and the participation of the junior enterprises in the formative process of undergraduate students. We present the research object (the JE) and expose the epistemology and the methodology that had guided the inquiry. We demarcated that the empirical study was developed by means of a qualitative research, based in a study of case done through twenty interviews of verbal history and through three interviews destined to the historical contextualization. The results of thisresearch were analyzed by hermeneutics-dialectic approach, in search for an immanent critic of the reality in two directions. In one hand, the experienced violence was taken as particular and, in the other hand, the reproduction of the ideology of the administration in the formation of students at JE as universal. We conclude that, by intermediation of false projection, false identification and the pseudo-individuality, the students naturalize the violence of which they are victims and they spread out it either in the JE or in another place of work. Thus, they believe that the establishment of violence is necessary to the success of learning, truly and deeply, therefore this learning offers the previous experience before the professional reality that is naturally overwhelming. When they dont reproduce such forms of violence, the undergraduate students and the students already graduated consent with such violence, justifying it for the same reason. The focus is turned from the education for the constitution of a complete person for the education of himself as commodity. This student yields his/her proper freedom for certain price, in search of the shelter among the socially elected people

    Violência Simbólica e Subjetividade: Uma Leitura a partir da Teoria Crítica Adorniana

    No full text
    O objetivo do presente ensaio teórico é discutir o conceito de violência simbólica proposto por Pierre Bourdieu e, a partir de sua crítica, estabelecer uma nova proposta à luz da teoria crítica adorniana, que a aprimore, na medida em que apreende de uma forma mais específica a subjetividade. Para Bourdieu, a violência simbólica é uma violência “invisível”, exercida por meios simbólicos de comunicação e conhecimento, que se estabelece em uma relação de subjugação-submissão e que resulta de uma dominação, da qual o dominado é cúmplice. Vislumbrando algumas lacunas no conceito de Bourdieu, estabelecemos uma conceituação ampliada baseada no pensamento de Adorno, enfatizando a subjetividade, e designamos por quais processos a violência simbólica se estabelece. Por violência simbólica entendemos que o arrolamento do sujeito em uma realidade que o constrange, em síntese, mesmo que de modo sutil e imperceptível, a se enquadrar em certas predisposições, percebidas como condições sociais, ocorre por intermédio da degeneração da sua subjetividade por meio da projeção, identificação e individualidade

    Do assédio moral à violência interpessoal: relatos sobre uma empresa júnior

    No full text
    O objetivo deste artigo é analisar a violência interpessoal vivenciada por sujeitos que atuam ou atuaram profissionalmente em uma empresa júnior (EJ). Para tanto, desenvolvemos um referencial teórico que apresenta e pondera sobre a teoria relativa ao assédio moral no trabalho. De modo sucinto, o assédio moral geralmente é caracterizado, nos Estudos Organizacionais, como condutas hostis, impróprias, repetitivas e prolongadas por meio de posturas, palavras, gestos e/ou situações humilhantes que envolvem o trabalhador, ou um grupo, durante a jornada de trabalho. Neste artigo, questionamos o conceito de assédio moral, que é intimamente relacionado à intencionalidade dos sujeitos, e, em contrapartida, propomos o conceito de violência interpessoal, isto é, o ato de agredir o sujeito física e/ou discursivamente e/ou por atitudes e/ou comportamentos prejudiciais, sejam propositais ou não. Em seguida, analisamos alguns relatos de violência interpessoal experienciadas por atuais ou ex-empresários juniores à luz desse conceito; realizamos uma pesquisa empírica de cunho qualitativo, na qual utilizamos a metodologia da história oral e analisamos os dados de acordo com a técnica hermenêutica/dialética. Constatamos que os tipos de violência relatados são, na maioria dos casos, naturalizados pelas próprias vítimas e pelo corpo social em decorrência de uma práxis tida como necessária para a incorporação do sujeito. Destacamos, ainda, o nítido imbricamento das categorias violência interpessoal e violência simbólica
    corecore