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    Depression and diabetes mellitus

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    O diabetes mellitus possui elevada prevalência, acometendo cerca de 7% da população brasileira. Em torno de 20% a 30% dos pacientes com diabetes apresentam depressão. A depressão pode atuar como um fator de risco para o desenvolvimento do diabetes, piorar seus sintomas e interferir com o autocuidado dos pacientes. Quando não tratada adequadamente, a depressão nesses pacientes tende a evoluir com elevada taxa de recorrência. Entre os tratamentos disponíveis, encontramos na literatura um benefício da psicoterapia, cognitiva ou cognitivo-comportamental, para melhora dos sintomas depressivos, mas sem evidência de um benefício no controle glicêmico. Os antidepressivos tricíclicos, em especial os com maior ação noradrenérgica, e os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) tendem a aumentar os níveis glicêmicos. A bupropiona não interfere na glicemia e há evidências de que os inibidores seletivos de recaptura de serotonina (ISRS) melhoram os níveis glicêmicos e podem reduzir a taxa de recaídas, mostrando-se boas opções de tratamento farmacológico. A eletroconvulsoterapia também é uma estratégia interessante para esses pacientes, recomendando-se, no entanto, monitorização da glicemia. Não foram encontrados estudos significativos sobre os demais antidepressivos disponíveis para comercialização.Diabetes mellitus has an estimated prevalence of 7% among Brazilian population. Around 20% to 30% of these patients have a depressive disorder. Depression can work as risk factor to the development of diabetes, can worse its symptoms and interfere with self-care. When not adequately treated, depressive disorder in these patients tends to have high rates of recurrence. Among the available treatments literature shows a benefit of psychotherapy, mainly cognitive or cognitive-behavioral, in ameliorating depressive symptoms, but without impact on glycaemic control. Tryciclic antidepressants, especially those with more noradrenergic profile, and monoamino oxidase inhibitors are associated with worsening of glycaemic control. Bupropion shows no action on glucose blood levels and there are evidences that serotonin selective reuptake inhibitors may improve the glycaemic levels and reduce the recurrence, being good choices to treat these patients. Electroconvulsive therapy is an interesting treatment to these patients, but monitoring of blood glucose is recommended. We did not find data about other antidepressants

    Is late-onset Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) a valid diagnosis in adults?

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    INTRODUÇÃO: O paradigma atual do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) o entende como um transtorno do neurodesenvolvimento de início na infância, que pode persistir na vida adulta. Entretanto, foi levantada a hipótese de uma síndrome de TDAH de início tardio (idade de início >12 anos). OBJETIVO: Avaliar o atual estado do conhecimento em relação ao TDAH de início tardio. MATERIAL E MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura usando as bases de dados PubMed (MEDLINE) e SCOPUS. RESULTADOS: Nós encontramos seis estudos que relatam dados corroborando a existência do TDAH de início tardio: cinco da busca no PubMed e um dos artigos sem sobreposição da busca no SCOPUS. DISCUSSÃO: Apesar do pequeno número de estudos, das diferenças de metodologia entre eles e da presença de limitações em todos eles, os dados relativos a aspectos clínicos oferecem alguma sustentação para a validade de conteúdo do diagnóstico de TDAH em adultos de início tardio. CONCLUSÕES: Embora muitas controvérsias ainda existam e estudos confirmando sua validade de construto são necessários, TDAH de início tardio pode ser um diagnóstico válido em adultos. Portanto, clínicos devem considerar o diagnóstico e tratamento de TDAH em adultos de início tardio ao invés de simplesmente negligencia-lo devido ao critério de idade de início.INTRODUCTION: The current Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) paradigm understands it as a childhood-onset neurodevelopmental disorder that can persist into adult life. However, it has been raised the possibility of a late-onset ADHD syndrome. OBJECTIVE: Evaluate the current state of knowledge regarding late-onset (i.e. age-of-onset > 12 years) ADHD. MATERIAL AND METHODS: Systematic literature review using PubMed (MEDLINE) and SCOPUS databases. RESULTS: We found six studies reporting data offering some support for the existence of late-onset ADHD: five from the PubMed search and one from the non-overlapping articles in the SCOPUS search. DISCUSSION: Despite the small number of studies, the differences in methodology among them and the presence of limitations in all of them, data regarding clinical aspects offer some support for the content validity of late-onset ADHD diagnosis in adults. CONCLUSIONS: Although many controversies still exist and studies supporting its construct validity are needed, late-onset ADHD may be a valid diagnosis in adults. Thus, clinicians should consider diagnosing and treating late-onset ADHD in adults, instead of just neglecting this possibility because of the age-of-onset criterion

    Depressão e câncer

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    Depression is the most common psychiatric disorder in patients with cancer, with prevalence rates ranging from 22% to 29%. This variability is associated to cancer sites, clinical stages, pain, limited physical functioning, beyond the existence of social support. Depression is associated to poorer prognosis and higher cancer mortality. Depressive syndromes can be a consequence of the antineoplasic therapies, as occurs in 21% to 58% of the patients treated with alfa-interferon. Sadness and desperation can inhibit the search for care by the patients, and difficult depression recognition. Antidepressant treatment is effective, and improve the adherence to cancer treatments, reducing side effects as nausea, pain and fatigue. In cancer patients, pretreatment with antidepressants seems to minimize depressive symptoms induced by interferon-alfa. Psychosocial interventions as relaxing techniques, group and individual psychotherapies can also be applied to reduce depressive and stress symptoms in patients with cancer.A depressão é o transtorno psiquiátrico mais comum em pacientes com câncer, com prevalências variando de 22% a 29%. Essa variabilidade está associada a sítios do tumor, estágio clínico, dor, funcionamento físico limitado, além da existência de suporte social. A depressão associa-se a um pior prognóstico e aumento da mortalidade pelo câncer. Síndromes depressivas podem ser uma consequência das terapias antineoplásicas, como ocorre em 21% a 58% dos pacientes recebendo interferon-alfa. Sentimentos de tristeza e desespero podem inibir a procura de cuidado pelos pacientes, dificultando o reconhecimento da depressão. O tratamento com antidepressivos é efetivo e melhora a adesão aos tratamentos do câncer, reduzindo efeitos adversos como náusea, dor e fadiga. Em pacientes com câncer, tratamento prévio com antidepressivos pode minimizar sintomas depressivos induzidos por interferon-alfa. O tratamento com antidepressivos parece ser uma estratégia efetiva para prevenir o desenvolvimento da depressão induzida por interferon-alfa. Intervenções psicossociais, como técnicas de relaxamento, terapia individual e em grupo, também podem ser utilizadas na redução dos sintomas depressivos e de estresse em pacientes com câncer

    Depressão e infarto agudo do miocárdio

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    A associação entre transtorno depressivo maior e doenças cardiovasculares, em particular infarto agudo do miocárdio, é frequente, levando a pior prognóstico tanto da depressão como da doença cardiovascular, com maiores taxas de reinfarto e maior morbidade e mortalidade. Os autores discutem as evidências na literatura que demonstram essa associação entre infarto agudo do miocárdio e quadros depressivos, com enfoque nos avanços em fisiopatologia e terapêutica psiquiátrica. Vários estudos têm mostrado que o tratamento da depressão associada a quadros cardíacos é eficaz, melhora a qualidade de vida e pode ser feito com segurança. Embora o tratamento da depressão tenha sido associado à melhora de alguns parâmetros cardiovasculares, ainda não existem, entretanto, evidências de associação entre tratamento da depressão e melhora da morbidade e mortalidade cardiovascular.The association between major depressive disorder and cardiovascular diseases, particularly myocardial infarction, is frequently observed, leading to worse prognosis both on the depressive disorder as well as cardiovascular disease, with increased rates of re-infarction and both morbidity and mortality. The authors review and discuss the evidence in the literature that supports the relationship between depressive disorder and cardiovascular disease, with focus on the advances on the physiopathology and the psychiatric management. Various studies have shown that treatment of depression is efficacious, improves quality of life and can be safely conducted. Although, treatment of depression has been associated with improvement on some cardiovascular parameters, there is no evidence so far that treatment of depression is associated with decrease of cardiovascular morbidity and mortality

    Medical environment: bad news’ impact on patients and doctors – towards an effective model of communication

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    Breaking bad news is part of physicians’ routine; however, its impact on both doctors and patients is not well-known. With that knowledge, physicians would be able to convey such news more effectively. This study aims to review physiological and psychological impacts of breaking bad news on both doctors and patients, and strategies to improve communication skills and minimize those effects. Physicians, while breaking bad news, may have increases in heart rate, mean arterial pressure and cardiac output in such an expressive way that it might be a risk factor for hypertension. Cortisol levels and immune responses were also found to be enhanced in these situations. Doctors declared that giving bad news involved a risk of losing control in different ways, concerning emotions, professionalism and confidence. When it comes to the impact on patients, the physiological effects have not been investigated by any research, but patients react by crying, their “body may shake” and they can feel a “cold sensation in stomach”. Patients need time to adjust to the information given; they want their doctor to be sensitive and to answer all their questions on the same day, giving them a sensation of knowing everything. Data have showed awkwardness and unpreparedness in conveying bad news from undergraduate medical students to experienced physicians. That emphasizes the need of an efficient model to develop physicians’ skills in truth disclosure. Personal, institutional, training and language issues have been recognized as potential barriers to breaking bad news. Strategies that have been developed to improve breaking bad news include the use of guidelines such as the SPIKES; and time-intensive training programs. Such strategies have been proven to minimize the impact on both patients and doctors. Thus, the inclusion of these strategies is needed in medical undergraduate, residency and continuing medical training programs.As más notícias fazem parte da rotina dos médicos, no entanto, seu impacto em ambos os médicos e paciente, não é bem conhecido. Com esse conhecimento, os médicos seriam capazes de transmitir estas notícias de forma mais eficaz. O objetivo deste estudo é revisar o impacto fisiológico e psicológico das más notícias em ambos, médico e paciente, e estratégias para melhorar as habilidades de comunicação e minimizar estes efeitos. Ao transmitir uma má notícia, médicos podem ter um aumento na frequência cardíaca, pressão arterial e débito cardíaco de forma tão expressiva que pode ser um fator de risco para hipertensão. Alterações nos níveis de cortisol e as respostas imunes também estão relacionadas a estas situações. Médicos relataram que dar más notícias envolve um risco de perder o controle de diferentes maneiras, com relação às emoções, profissionalismo e confiança. Em relação ao impacto nos pacientes, até o momento, nenhuma pesquisa investigou os efeitos fisiológicos; entretanto, os pacientes reagem com choro, seus “corpos podem agitar” e eles podem sentir uma “sensação de frio no estômago”. Os pacientes precisam de tempo para se adaptar a informação dada; eles querem que seus médicos sejam sensíveis e respondam as suas perguntas no mesmo dia, dando-lhes a sensação de que eles estão sabendo de tudo. Dados mostram desde os que de estudantes de medicina a médicos experientes sentem desconforto e despreparo em transmitir más notícias. Isso enfatiza a necessidade de um modelo eficiente para o desenvolvimento de habilidade na revelação. Questões pessoais, institucionais, de treinamento e linguagem vêm sendo reconhecidas como potenciais barreiras para a transmissão de más notícias. Estratégias que estão sendo desenvolvidas para melhorar a transmissão de más notícias incluem o uso de diretrizes como o SPIKES e programas de treinamento intensivo. Tais estratégias têm sido comprovadas para minimizar o impacto em ambos, pacientes e médicos. Assim, é necessária a inclusão destas estratégias na graduação de medicina, residência e programas de treinamento médico

    Depressão e diabetes mellitus

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    Diabetes mellitus has an estimated prevalence of 7% among Brazilian population. Around 20% to 30% of these patients have a depressive disorder. Depression can work as risk factor to the development of diabetes, can worse its symptoms and interfere with self-care. When not adequately treated, depressive disorder in these patients tends to have high rates of recurrence. Among the available treatments literature shows a benefit of psychotherapy, mainly cognitive or cognitive-behavioral, in ameliorating depressive symptoms, but without impact on glycaemic control. Tryciclic antidepressants, especially those with more noradrenergic profile, and monoamino oxidase inhibitors are associated with worsening of glycaemic control. Bupropion shows no action on glucose blood levels and there are evidences that serotonin selective reuptake inhibitors may improve the glycaemic levels and reduce the recurrence, being good choices to treat these patients. Electroconvulsive therapy is an interesting treatment to these patients, but monitoring of blood glucose is recommended. We did not find data about other antidepressants.O diabetes mellitus possui elevada prevalência, acometendo cerca de 7% da população brasileira. Em torno de 20% a 30% dos pacientes com diabetes apresentam depressão. A depressão pode atuar como um fator de risco para o desenvolvimento do diabetes, piorar seus sintomas e interferir com o autocuidado dos pacientes. Quando não tratada adequadamente, a depressão nesses pacientes tende a evoluir com elevada taxa de recorrência. Entre os tratamentos disponíveis, encontramos na literatura um benefício da psicoterapia, cognitiva ou cognitivo-comportamental, para melhora dos sintomas depressivos, mas sem evidência de um benefício no controle glicêmico. Os antidepressivos tricíclicos, em especial os com maior ação noradrenérgica, e os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) tendem a aumentar os níveis glicêmicos. A bupropiona não interfere na glicemia e há evidências de que os inibidores seletivos de recaptura de serotonina (ISRS) melhoram os níveis glicêmicos e podem reduzir a taxa de recaídas, mostrando-se boas opções de tratamento farmacológico. A eletroconvulsoterapia também é uma estratégia interessante para esses pacientes, recomendando-se, no entanto, monitorização da glicemia. Não foram encontrados estudos significativos sobre os demais antidepressivos disponíveis para comercialização

    Post-stroke depression: psychological, neuropsychological, HHA axis, localization of stroke aspects and treatment

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    CONTEXTO: A depressão pós-AVC (DPAVC) possui uma prevalência elevada. Apesar disso, ela é pouco detectada e tratada. Muitos fatores de risco e repercussões negativas na recuperação dos pacientes estão associados à DPAVC. OBJETIVO: Revisar alguns aspectos da DPAVC como: qualidade de vida, prejuízos cognitivos, eixo HHA, localização do AVC e tratamento. MÉTODOS: Pesquisa dos últimos 10 anos da base de dados MedLine/PubMed usando as palavras-chave post-stroke depression, stroke, quality of life, hypercortisolism, cogntitive dysfunction e treatment. RESULTADOS: A prevalência de DPAVC é de 23% a 60%. Há poucos estudos sobre a incidência de DPAVC. A DPAVC está associada a pior prognóstico e evolução, agravo das disfunções cognitivas e redução da qualidade de vida. O hipercortisolismo está associado à DPAVC que ocorre tardiamente ao AVC. AVC em gânglios da base, região frontal esquerda e estruturas do circuito prefrontosubcortical está relacionado à frequência e à gravidade da DPAVC. CONCLUSÕES: É necessário melhoria na metodologia dos estudos para maior esclarecimento sobre a fisiopatologia da incidência da DPAVC. Programas objetivando o aumento das taxas de detecção dos pacientes deprimidos se fazem necessários inclusive para a redução dos impactos negativos na recuperação desses pacientes.BACKGROUND: The prevalence of post-stroke depression (PSD) is elevated. Some risk factors and poor outcome have been associated with PSD. The treatment of PSD reduced the negative impact in patients recovery. Appart from these data the PSD has been under diagnosed and under treated. OBJECTIVE: Review some aspects such as quality of life, cognitive dysfunction, hypercortisolism, stroke localization and treatment of PSD. METHODS: MedLine/PubMed database search using the terms post-stroke depression, stroke, quality of life, hypercortisolism, cognitive dysfunction and treatment, published in MedLine in the last 10 years. RESULTS: PSD has a high rate of prevalence, from 23% to 60%. Few incidence rates are investigated. PSD is associated with poor outcome, increase of cognitive dysfunction and reduced quality of life. The hypercortisolism seems to be associated with PSD in the latter period of stroke. Stroke in the left frontal region, basal ganglia and some structures of prefrontosubcortical circuits have been related with frequency and severity of PSD. DISCUSSION: Some programs can be used to assist the medical care researcher with these patients in diagnosis and treatment of PSD. The research needs to be continued with clear methodological protocols in order to understand the physiopathology related to the incident PSD

    Recognition of Depressive Symptoms by Physicians

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    OBJECTIVE: To investigate the recognition of depressive symptoms of major depressive disorder (MDD) by general practitioners. INTRODUCTION: MDD is underdiagnosed in medical settings, possibly because of difficulties in the recognition of specific depressive symptoms. METHODS: A cross-sectional study of 316 outpatients at their first visit to a teaching general hospital. We evaluated the performance of 19 general practitioners using Primary Care Evaluation of Mental Disorders (PRIME-MD) to detect depressive symptoms and compared them to 11 psychiatrists using Structured Clinical Interview Axis I Disorders, Patient Version (SCID I/P). We measured likelihood ratios, sensitivity, specificity, and false positive and false negative frequencies. RESULTS: The lowest positive likelihood ratios were for psychomotor agitation/retardation (1.6) and fatigue (1.7), mostly because of a high rate of false positive results. The highest positive likelihood ratio was found for thoughts of suicide (8.5). The lowest sensitivity, 61.8%, was found for impaired concentration. The sensitivity for worthlessness or guilt in patients with medical illness was 67.2% (95% CI, 57.4–76.9%), which is significantly lower than that found in patients without medical illness, 91.3% (95% CI, 83.2–99.4%). DISCUSSION: Less adequately identified depressive symptoms were both psychological and somatic in nature. The presence of a medical illness may decrease the sensitivity of recognizing specific depressive symptoms. CONCLUSIONS: Programs for training physicians in the use of diagnostic tools should consider their performance in recognizing specific depressive symptoms. Such procedures could allow for the development of specific training to aid in the detection of the most misrecognized depressive symptoms

    Major depression in patients with non-cardiac chest pain: Who is going to treat?

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    OBJETIVO: Investigar a presença de transtornos psiquiátricos em pacientes com dor torácica de origem não cardíaca que não respondem aos tratamentos regulares. MÉTODO: Dezoito pacientes com dor torácica sem origem cardíaca e considerados por seus clínicos como não respondentes aos tratamentos regulares instituídos foram avaliados por um psiquiatra treinado. As entrevistas foram realizadas com base no Present State Examination e os diagnósticos psiquiá-tricos, de acordo com os critérios do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana, 3ª Edição Revisada (DSM-III-R). RESULTADOS: Depressão maior no momento da avaliação foi diagnosticada em 6 (30%) pacientes, somatização em 1 (6%) e transtorno do pânico em 1 (6%) paciente. Sete pacientes estavam recebendo antidepressivos tricíclicos com doses < 75 mg/dia. CONCLUSÕES: A baixa dose de ADTs usadas para o tratamento da dor nesses pacientes pode ter melhorado parcialmente os sintomas depressivos, tornando mais difíceis o diagnóstico e o tratamento apropriado(s) da depressão e, assim, contribuindo para a persistência da dor e outras queixas. As futuras pesquisas deverão focalizar a eficácia do tratamento da depressão nesses pacientes e o impacto deste no alívio da dor torácica não cardíaca.OBJECTIVE: To investigate the presence of psychiatric disorders in patients with chest pain not responsive to treatment. METHOD: We evaluated 18 patients judged by their physicians to have a chest pain not responsive to usual treatment, which included anti-pain medicines and investigation and treatment of possible etiological causes such as coronary artery disease, and gastroesophageal reflux disease. A psychiatrist interviewed the patients using the Present State Examination and made the diagnosis based on the DSM-III-R criteria. Current major depression was diagnosed in 6 (30%) patients, somatization in 1 (6%) and panic disorder in 1 (6%) patient. Seven patients were receiving tricyclics antidepressant with doses > 75 mg/day. DISCUSSION: Patients were receiving doses of tricyclics antidepressants efficacious for pain but not for major depression. It is possible that the low dose of antidepressants used to treat pain may partially ameliorate depressive symptoms, making the appropriate diagnosis and treatment of major depression even more difficult, consequently contributing to the persistence of pain and other complains. Considering the wide alternatives to effectively treat depression, a focus on detection and treatment of major depression in patients with chest pain is warranted by clinicians and researchers
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