9 research outputs found

    VARIAÇÃO E DICIONÁRIOS

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    A variação é um fenômeno natural observável em qualquer língua, mas às vezes mal conceptualizada quanto a sua origem geográfica, social ou funcional. Dicionários precisam estabelecer critérios permitindo a descrição da variação. A esse propósito, a análise de algumas obras mostra que a lexicografia lusófona e a lexicografia francófona não adotaram critérios semelhantes em todos os pontos, sendo a lexicografia diferencial uma peculiaridade da lexicografia francófona

    Fraseologismos e cultura

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    Um levantamento quantitativo mostra que, entre os fraseologismos portugueses, predominam largamente substantivos que designam partes do corpo humano ou verbos de estado (ou assimilável). Os substantivos frequentemente são empregados no seu sentido usual, mas, entre os traços semânticos, podem predominar os traços aferentes e/ou inerentes na ocasião de uma atualização. Esse fato é significativo, pois reflete um comportamento cultural da comunidade linguística. RÉSUMÉ: Un relevé quantitatif montre que parmi les phraséologismes en portugais prédominent clairement des substantifs désignant des parties du corps ou des verbes d’état (ou assimilables). Les substantifs sont souvent employés dans leur sens usuel, mais, parmi les traits sémantiques, peuvent prédominer ceux qui sont afférents et/ou inhérents, lors d’une actualisation. Ce fait est significatif, car il est le reflet d’un comportement culturel de la part de la communauté linguistique. Mots-clés: phraséologie; sémantique; cultur

    A socioterminologia como base para a elaboração de glossários

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    Na elaboração de glossários, o trabalho terminológico não pode mais ignorar a vertente social nas línguas de especialidade. Assim, um glossário na subárea de autopeças deve mencionar não somente os termos consagrados pelos fabricantes, mas também as variantes populares dos mecânicos. Estas exigências têm, evidentemente, uma influência sobre a metodologia do terminógraf

    O dictionnaire suisse romand e a lexicografia diferencial

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    Differential lexicography is little known outside the French-speaking world. This paper seeks to describe the traits of differential lexicography by examining the Dictionnaire Suisse romande (DSR). In line with considerations by Coseriu, Völker and Glessgen, variation is taken here to be an integral part of the system. In lexicography it is a matter of analysing how (diatopic, diachronic, …) variations are associated with a linguistic level termed “unmarked”. The normalised variant of French, so-called standard French, was essentially elaborated by 17th-century grammarians such as Vaugelas and Bouhours. In Francophone lexicography, firmly established by the Richelet (1680) and Furetière (1690) dictionaries, standard French continues to be the frame of reference. In many dictionaries, however, standard French is explained in terms of usage in France, despite its supranational status. This is the context in which the methodology of differential lexicography emerges. The notion of what is differential is manifest in the choice of nomenclature. Only lexemes whose usage differs from that described in general dictionaries of French as a frame of reference (but not as a norm) are registered. In brief, the DSR covers a regional norm, or sub-norm, relating to the peculiarities of Swiss French. Other differential works of reference corroborate this observation: French is seen to consist of a standard form and regional norms described by differential lexicography. This contrasts with the situation that holds for the Portuguese language, for which there is an “educated peninsular Portuguese norm” and an “educated Brazilian norm”. http://dx.doi.org/10.5007/2175-7968.2013v2n32p57A noção de lexicografia diferencial está pouco difundida fora da francofonia. O objetivo do presente trabalho é apresentar as peculiaridades da lexicografia diferencial através do Dictionnairesuisseromande (DSR). Baseado em considerações teóricas de Coseriu, Völker ou Glessgen, nós admitimos que a variação faz parte do sistema. Em lexicografia, cabe verificar como as variações (diatópica, diacrónica...) se articulam em volta de um nível linguístico chamado não marcado. A variante normalizada do francês, o français standard, foi elaborada essencialmente pelos grammairiens do século XVII, como Vaugelas ou Bouhours, por exemplo. Na lexicografia francófona, que verdadeiramente apareceu com os dicionários de Richelet (1680) e Furetière (1690), o français standard continua a referência, mas em muitos dicionários, o français standard, embora supranacional, é explicado em função do uso da França. É nesse contexto que aparece a metodologia da lexicografia diferencial. A noção de diferencial se manifesta na seleção da nomenclatura, pois são apresentados no dicionário apenas os lexemas com uso divergente em comparação com dicionários gerais que fornecem um francês de referência, mas não a norma. Em resumo, o DSR consagra uma norma regional, ou subnorma, correspondendo às peculiaridades do francês suíço. Outras obras diferenciais corroboram essa observação: o francês se compõe de um français standard e de normas regionais descritas pela lexicografia diferencial – situação diferente daquela do português, para o qual existe uma norma culta brasileira e uma norma culta de Portuga

    The dictionnaire suisse romande and differential lexicography

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    http://dx.doi.org/10.5007/2175-7968.2013v2n32p57A noção de lexicografia diferencial está pouco difundida fora da francofonia. O objetivo do presente trabalho é apresentar as peculiaridades da lexicografia diferencial através do Dictionnairesuisseromande (DSR). Baseado em considerações teóricas de Coseriu, Völker ou Glessgen, nós admitimos que a variação faz parte do sistema. Em lexicografia, cabe verificar como as variações (diatópica, diacrónica...) se articulam em volta de um nível linguístico chamado não marcado. A variante normalizada do francês, o français standard, foi elaborada essencialmente pelos grammairiens do século XVII, como Vaugelas ou Bouhours, por exemplo. Na lexicografia francófona, que verdadeiramente apareceu com os dicionários de Richelet (1680) e Furetière (1690), o français standard continua a referência, mas em muitos dicionários, o français standard, embora supranacional, é explicado em função do uso da França. É nesse contexto que aparece a metodologia da lexicografia diferencial. A noção de diferencial se manifesta na seleção da nomenclatura, pois são apresentados no dicionário apenas os lexemas com uso divergente em comparação com dicionários gerais que fornecem um francês de referência, mas não a norma. Em resumo, o DSR consagra uma norma regional, ou subnorma, correspondendo às peculiaridades do francês suíço. Outras obras diferenciais corroboram essa observação: o francês se compõe de um français standard e de normas regionais descritas pela lexicografia diferencial – situação diferente daquela do português, para o qual existe uma norma culta brasileira e uma norma culta de PortugalDifferential lexicography is little known outside the French-speaking world. This paper seeks to describe the traits of differential lexicography by examining the Dictionnaire Suisse romande (DSR). In line with considerations by Coseriu, Völker and Glessgen, variation is taken here to be an integral part of the system. In lexicography it is a matter of analysing how (diatopic, diachronic, …) variations are associated with a linguistic level termed “unmarked”. The normalised variant of French, so-called standard French, was essentially elaborated by 17th-century grammarians such as Vaugelas and Bouhours. In Francophone lexicography, firmly established by the Richelet (1680) and Furetière (1690) dictionaries, standard French continues to be the frame of reference. In many dictionaries, however, standard French is explained in terms of usage in France, despite its supranational status. This is the context in which the methodology of differential lexicography emerges. The notion of what is differential is manifest in the choice of nomenclature. Only lexemes whose usage differs from that described in general dictionaries of French as a frame of reference (but not as a norm) are registered. In brief, the DSR covers a regional norm, or sub-norm, relating to the peculiarities of Swiss French. Other differential works of reference corroborate this observation: French is seen to consist of a standard form and regional norms described by differential lexicography. This contrasts with the situation that holds for the Portuguese language, for which there is an “educated peninsular Portuguese norm” and an “educated Brazilian norm”.

    Fraseologismos e sinonímia

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    Cet article analyse des aspects de la synonymie propres aux phraséologismes. Dans ce domaine, il convient de distinguer entre phraséologismes à parenté formelle et sans parenté formelle. Dans le premier cas, on observe en général un paradigme de variation. Entre les élements se trouvant sur ce paradigme, il existe fréquemment des relations logiques. Contrairement aux unités lexicales synonymes, beaucoup de phraséologismes de même sens ne se laissent pas différencier à l'aide de considérations d'ordre stylistique ou par l'analyse de nuances sémantiques. Par contre, lorsque des phraséologismes synonymes peuvent être différenciés, on observe l'importance des conditions d'actualisation et des registres (familier, populaire, non-marqué, etc.)

    Os afixos ao serviço da intercompreensão: limites de um modelo morfológico / Les affixes au service de l'intercompréhension : limites d'un modèle morphologique

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    Le vocabulaire constitue un objet linguistique dont il convient de connaitre le fonctionnement. Les fondements linguistiques qui organisent notre recherche lexicale nous conduisent à considérer le fonctionnement et la distribution des affixes dans plusieurs langues romanes, à savoir l'espagnol, le français et le portugais. Dans une démarche intercompréhensive de transfert, nous allons démontrer comment l'angle de traitement de la morphologie permet à l'apprenant de relever des régularités lexicales interlinguistiques. Cependant notre corpus de mots affixés nous conduit également à entrevoir certaines limites du modèle de dérivation morphologique dans les langues romanes considérées. En effet la gamme des affixes dans les trois langues comparées permet des choix divergents pour exprimer une même notion. Dans notre article, nous nous proposons de traiter un certain nombre d'exemples dans lesquels le continuum romanophone ne témoigne pas d'une uniformité
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