Educação em saúde e educação ambiental : contribuições da terceira idade para integração dos campos

Orientador: Tiago VenturiCoorientadora: Valéria Ghisloti IaredDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Palotina, Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, Educação Matemática e Tecnologias Educativas. Defesa : Palotina, 21/09/2023Inclui referênciasResumo: A educação ambiental e a educação em saúde são campos de estudos e práticas com diferentes origens, abordagens e arcabouços teóricos. A educação ambiental contempla autores que trabalham com as epistemologias ecológicas, conceito definido pela necessidade de superação das dualidades modernas e das dicotomias entre ser humano-mundo-ambiente. Autores que fazem parte desse guarda-chuva, defendem o engajamento do corpo no mundo como resultado dos movimentos de fluxos da vida, a corporeidade e a necessidade de uma educação da atenção. A educação em saúde ao ser trabalhada em aspectos socioecológicos, formadores e pedagógicos oportunizam que o sujeito seja protagonista para a compreensão e mudança de sua realidade, abrangendo aspectos culturais, sociais, econômicos, ambientais, dentre outros. Apesar de iniciativas que integram saúde e ambiente e de suas perspectivas interdisciplinares, raras são as iniciativas que colocam educação ambiental e educação em saúde em diálogo. Portanto, o objetivo desse trabalho é compreender as possibilidades e potencialidades de articulação entre educação ambiental e educação em saúde, a partir da percepção de sujeitos da terceira idade. Metodologicamente, esta pesquisa configura-se como qualitativa, e pauta-se na etnografia sensorial como produção de dados. Os dados foram produzidos a partir de cinco entrevistas semiestruturadas realizadas em 2022 e 2023 durante caminhadas pelo Parque Estadual São Camilo, Palotina/PR. Metodologia denominada de walking ethnography, que reconhece as experiências vividas, percepções e construção de saberes mediantes o local e contexto social. Alguns autores indicam o walking ethnography como possibilidade de apreensão das multissensorialidades, o que pode direcionar a corporeidade como central para análise das afetividades, ética e estética. Os dados apontaram para a emergência de três categorias: atencionalidades, ética e presentidade. A atencionalidade traz aspectos sobre as percepções dos idosos durante a caminhada, pela observação local e em sintonia com o ambiente, desacelerando os passos e a mente. A ética aborda sobre as nuances de políticas públicas e sua importância, relacionada com os aspectos da justiça ambiental. A categoria de presentidade vê a vida como um presente, no sentido temporal, pelo modo como afetamos e somos afetados, em afetividade e memórias apresentadas pelos idosos. São elementos que evidenciam a filosofia do Bem Viver como possibilidade para articulação da educação em saúde e educação ambiental, contribuindo para diálogos entre os campos de investigação. Entretanto, podem favorecer as práticas educativas, seja no contexto escolar ou comunitário, que privilegiam as sensações e emoções, motivadas pela corporeidade e que tragam novas perspectivas para pensar a educação ambiental e a educação em saúdeAbstract: Environmental education and health education are fields of studies and practices with different strands, approaches and theoretical frameworks. Environmental education includes authors who work with ecological epistemologies, a concept defined by the need to overcome modern dualities and the dichotomies between human beingworldenvironment. Authors who form part of this umbrella defend the engagement of the body in the world as a result of the movements of life flows, corporeity, of an education of attention. When health education works on socio-ecological, educational and educational aspects, it makes it possible for the subject to be a protagonist in changing their reality, covering cultural, social, economic and environmental aspects. Therefore, the objective of this work is to understand the possibilities and potentialities of articulation between environmental education and health education, based on the perception of elderly subjects. In this way, the elderly public was chosen to be a community that has invaluable experiences, experiences and wisdom, talking with the theoretical framework of this research. Methodologically, this research is characterized as qualitative, and is based on sensory ethnography as data production. Data were produced from five semi-structured interviews in 2022 and 2023 while taking a walk through São Camilo State Park, Palotina/PR, a practice called walking ethnography, which confirms the vivid experiences, perceptions and construction of knowledge through the place and context Social. Some authors indicate the itinerant ethnography as a possibility of apprehending multisensorialities, which can direct corporeality as central to the analysis of affectivities, ethics and aesthetics. The data pointed to the emergence of three categories: attention; ethics and; presentness. Attention brings aspects about the perceptions of the elderly during a walk, through local observation and in tune with the environment, slowing down the steps and the mind. Ethics addresses the nuances of public policies and their importance, related to aspects of environmental justice. The category of presentness sees life as a present, in the temporal sense, by the way we affect and are affected, in affectivity and memories presented by the elderly. This is evidence that Good Living offers potential and possibilities for articulating health education and environmental education, as it favors educational practices that favor sensations and emotions, motivated by corporealit

Análise de um curso online sobre fungos desenvolvido para professores da educação básica sob a perspectiva de educação ambiental "fora da caixa"

Orientadora : Valéria Ghisloti IaredMonografia (graduação) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Palotina, Curso de Graduação em Ciências Biológicas.Inclui referênciasResumo : Existem diversas estratégias que podem ser adotadas para a conservação da biodiversidade, considerando-a como prioritária na construção de políticas públicas e práticas educativas em ambientes formais e informais. Nestes espaços, ainda prevalecem o ensino tradicional onde o aprender está "dentro da caixa" e a publicação da Base Nacional Curricular Comum culminou no reforço desse ensino cartesiano. A proposta de uma perspectiva "fora da caixa" visa permitir que os aprendizes busquem a construção de seu conhecimento baseado nos elementos somaestéticos, utilizando mente e corpo, onde a educação da atenção é mais potente que a intenção. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi aplicar e analisar um curso online sobre fungos para cinco professores da Educação Básica de Palotina (PR) sob a perspectiva da educação ambiental "fora da caixa". Para realizar um diagnóstico prévio, foi aplicado um questionário para os professores da educação básica com questões envolvendo a temática fungos e a educação ambiental. Com base nessas respostas, foi realizado o curso nos meses de junho e julho de 2020, que previu como produto final, a elaboração de portfólios digitais. Ainda, durante o curso, os professores responderam um questionário avaliativo sobre o curso. Para analisar os resultados foi delimitado o corpus de análise: 1) questionário diagnóstico; 2) portfólio; e 3) questionário avaliativo. Após os registros, foi realizada uma triangulação desses dados que apontaram que o ensino cartesiano ainda prevalece na educação atual e a dificuldade em se trabalhar com a perspectiva de um corpo somaestético engajado no mundo. Este resultado é congruente com outras pesquisas realizadas sob esta concepção teórica. Conclui-se sobre a importância de motivar outros estudos que preconizem pela multissensorialidade nas práticas em educação ambiental

Cuidados pessoais para se evitar o contágio por COVID-19: os riscos nas cidades pequenas

A COVID-19 é uma doença infecciosa causada por um tipo de vírus potencialmente causador de óbitos e que provocou uma pandemia desde o ano de 2020. Diante disso, o objetivo deste trabalho é diagnosticar os cuidados pessoais da população de grandes e pequenas cidades do estado do Paraná para evitar contágio com o novo coronavírus. Foi aplicado um questionário on-line com 33 questões e analisadas 1.122 respostas dos habitantes de três grandes centros urbanos (Curitiba, Londrina, Maringá) comparados a três pequenos municípios (Matinhos, Palotina, Jandaia do Sul). Comparando os resultados de grandes e pequenas cidades, observou-se que moradores de cidades grandes apresentaram uma porcentagem significativa maior de pessoas que não saem de casa, que sempre retiram os sapatos ao chegar em casa, que sempre higienizam itens pessoais, que higienizam compras e que sempre carregam consigo álcool em gel, sendo que para as cidades pequenas não houve dados significativos com relação a esses cuidados. Estes resultados sugerem que as pessoas que vivem em cidades grandes parecem ter hábitos mais restritivos quanto ao cuidado e prevenção ao COVID-19. Por estes motivos, considera-se que os habitantes das cidades pequenas correm mais riscos que moradores de grandes centros urbanos. Este estudo pode ser considerado um alerta aos moradores e aos tomadores de decisões de cidades menores para incentivar e divulgar a importância das formas de cuidados ao contágio pelo novo coronavírus

Análise de um curso online sobre fungos desenvolvido para professores da educação básica sob a perspectiva de educação ambiental "fora da caixa"

Orientadora : Valéria Ghisloti IaredMonografia (graduação) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Palotina, Curso de Graduação em Ciências Biológicas.Inclui referênciasResumo : Existem diversas estratégias que podem ser adotadas para a conservação da biodiversidade, considerando-a como prioritária na construção de políticas públicas e práticas educativas em ambientes formais e informais. Nestes espaços, ainda prevalecem o ensino tradicional onde o aprender está "dentro da caixa" e a publicação da Base Nacional Curricular Comum culminou no reforço desse ensino cartesiano. A proposta de uma perspectiva "fora da caixa" visa permitir que os aprendizes busquem a construção de seu conhecimento baseado nos elementos somaestéticos, utilizando mente e corpo, onde a educação da atenção é mais potente que a intenção. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi aplicar e analisar um curso online sobre fungos para cinco professores da Educação Básica de Palotina (PR) sob a perspectiva da educação ambiental "fora da caixa". Para realizar um diagnóstico prévio, foi aplicado um questionário para os professores da educação básica com questões envolvendo a temática fungos e a educação ambiental. Com base nessas respostas, foi realizado o curso nos meses de junho e julho de 2020, que previu como produto final, a elaboração de portfólios digitais. Ainda, durante o curso, os professores responderam um questionário avaliativo sobre o curso. Para analisar os resultados foi delimitado o corpus de análise: 1) questionário diagnóstico; 2) portfólio; e 3) questionário avaliativo. Após os registros, foi realizada uma triangulação desses dados que apontaram que o ensino cartesiano ainda prevalece na educação atual e a dificuldade em se trabalhar com a perspectiva de um corpo somaestético engajado no mundo. Este resultado é congruente com outras pesquisas realizadas sob esta concepção teórica. Conclui-se sobre a importância de motivar outros estudos que preconizem pela multissensorialidade nas práticas em educação ambiental