6 research outputs found

    Trends in alcohol and tobacco use among Brazilian students: 1989 to 2010

    Get PDF
    Objective: To analyze temporal trends of the prevalence of alcohol and tobacco use among Brazilian students. Methods: We analyzed data published between 1989 and 2010 from five epidemiological surveys on students from the 6th to the 12th grade of public schools from the ten largest state capitals of Brazil. The total sample consisted of 104,104 students and data were collected in classrooms. The same collection tool – a World Health Organization self-reporting questionnaire – and sampling and weighting procedures were used in the five surveys. The Chi-square test for trend was used to compare the prevalence from different years. Results: The prevalence of alcohol and tobacco use varied among the years and cities studied. Alcohol consumption decreased in the 10 state capitals (p < 0.001) throughout 21 years. Tobacco use also decreased significantly in eight cities (p < 0.001). The highest prevalence of alcohol use was found in the Southeast region in 1993 (72.8%, in Belo Horizonte) and the lowest one in Belem (30.6%) in 2010. The highest past-year prevalence of tobacco use was found in the South region in 1997 (28.0%, in Curitiba) and the lowest one in the Southeast in 2010 (7.8%, in Sao Paulo). Conclusions: The decreasing trend in the prevalence of tobacco and alcohol use among students detected all over the Country can be related to the successful and comprehensive Brazilian antitobacco and antialcohol policies. Despite these results, the past-year prevalence of alcohol consumption in the past year remained high in all Brazilian regions

    Female cancers: trends in breast and cervix uteri cancers mortality rates in districts of the city of São Paulo (Brazil), 1985-1999

    No full text
    Justificativa: Os efeitos das desigualdades no perfil de saúde-doença de uma determinada população estão associados a diferentes fatores sociais, culturais e econômicos. A busca da eqüidade em saúde depende da redução das desvantagens relacionadas àqueles fatores, o que na maioria das vezes não é uma decisão pessoal mas conseqüência de situações de inserção social estabelecidas no passado. Estudos recentes mostraram existir relação entre o local de residência e risco de morrer, mesmo após o controle por variáveis de confundimento individuais. Considerou-se como hipótese que a segregação socioeconômica que acompanha a distribuição geográfica desigual das pessoas no espaço urbano da cidade de São Paulo levou a distintas tendências de mortalidade por câncer da mama e do colo do útero. Objetivos: 1) Comparar territórios do Município de São Paulo (MSP) por meio de indicadores de estrutura etária, dinâmica populacional, longevidade e perfil de mortalidade; 2) Descrever, de acordo com os territórios de residência, as tendência da mortalidade por câncer de mama e de colo do útero; 3) Estimar os efeitos, em cada território de residência, da idade cronológica, período-calendário ou coorte de nascimento na tendência da mortalidade por câncer de mama e de colo do útero. Métodos: Estudo ecológico de série temporal conduzido com dados secundários de declarações de óbito provenientes de bancos eletrônicos de dados. Os distritos que compuseram os quatro territórios de residência, variáveis independentes do estudo, foram escolhidos segundo critérios históricos que caracterizaram o uso do solo urbano. Problemas para compatibilizar a divisão administrativa do MSP antes e após 1991 foram minimizados com o agrupamento dos distritos em quatro territórios: periféricos, operários 2, operários 1 e das elites. Os cálculos das taxas de mortalidade na população foram feitos a partir das informações da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE). Para comparações, utilizou-se como medida sumária a taxa de mortalidade padronizada pela estrutura etária da população do MSP de 1991. As contribuições da idade, período-calendário e coorte de nascimento nas tendências temporais foram avaliadas através do modelo idade-período-coorte. Examinaram-se: 9 faixas etárias (de 30-34 à 70 e mais anos de idade), 3 períodos-calendários (de 1985-89 à 1995-99) e 11 coortes de nascimento (de 1915-1919 à 1965-1969). Resultados: Os perfis demográficos e de mortalidade diferiram significativamente entre os territórios. Nos 15 anos analisados a mortalidade geral padronizada por idade diminuiu nos territórios das elites e, em menor escala, nos territórios operários 2 e periféricos. As taxas de mortalidade por câncer de mama mantiveram-se estáveis nos territórios das elites; aumentaram nos territórios operários e, mais expressivamente, nos territórios periféricos. A mortalidade por câncer de colo do útero diminuiu nos territórios operários 2 e das elites. De modo geral, as coortes de nascimento de 1920, 1925 e 1930 apresentaram, em relação à coorte de 1940, risco aumentado para câncer de colo do útero e diminuído para câncer de mama. As coortes mais recentes: 1950, 1955 e 1960, apresentaram risco aumentado para câncer da mama nos territórios periféricos e diminuído para câncer de colo do útero nos territórios das elites. Nos territórios periféricos, após 1950, as coortes de nascimento apresentaram aumento no risco de morrer por câncer de mama. Nos territórios das elites, após 1950, as coortes de nascimento apresentaram risco diminuído de morrer por câncer do colo do útero. A redução da mortalidade por câncer do colo do útero das residentes nos territórios das elites em períodos-calendários mais recentes pode estar associada ao uso do teste de Papanicolaou. Conclusão: A variabilidade geográfica na distribuição da mortalidade por câncer de mama e de colo do útero é, ela própria, reflexo da segregação social na cidade de São Paulo. Os sucessivos aumentos na mortalidade por câncer de mama nos períodos-calendários mais recentes e nas coortes de nascimento após 1950, entre as residentes dos territórios periféricos, permitem prever a futura carga dessa doença para os serviços de saúde da cidade. É preocupante o caráter localizado da queda da mortalidade por câncer do colo do útero, apenas nos territórios das elites, o que faz supor a baixa efetividade das políticas públicas para o controle dessa doença.Background: It is well known that social, cultural and economic factors have influence on health inequalities. Equity might be translated as eliminating disadvantages attributed to factors beyond individual control and related to marked past events. Studies focusing on areas of residence have suggested that certain socioenvironmental characteristics might he connected with increase risks in mortality rates, even after adjustment for potential individual confounders. As a study hypothesis, we considered that social and economic segregation, which lies under the uneven population\'s geographic location in the city of São Paulo, creates particular and distinct effects on breast and cervix uteri cancers mortality trends. Objectives: 1) To compare four areas of residence by means of indicators of population\'s age structure, population\'s social dynamics and mortality rates; 2) To describe the breast and cervix uteri cancer mortality rates trends by areas of residence; and 3) To estimate the breast and cervix uteri cancers mortality rates trends with respect to age, calendar period and birth cohort effects, by areas of residence. Methods: In order to analyze the intra-urban differentials in breast and cervix uteri cancers mortality trends and its determinants, a time-trend ecological study was conducted. Breast and cervix uteri cancer mortality data from 1984 to 1999 were obtained from the Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE). Study independent variables, the four areas of residence (suburbs, workers2, workers1, and elite), were established including districts based on historical rules concerning the use of urban land in the city of São Paulo. Variable sets were analyzed comparing age-adjusted mortality rates, using the 1991 São Paulo population Census as standard, and fitting an age-period-cohort model. There were 9 age intervals (ranging from 30-34 to 70 or more years of age), 3-calendar period intervals (ranging from 1985-89 to 1995-1999) and l1-birth cohorts (ranging from 1915-19 to 1965- 69). Results: There were substantial differences in social and demographic indicators and mortality rates patterns between the four defined areas of residence. In the 15 years of study follow-up the age-adjusted all-cause mortality rates decreased in the elite, suburbs and workers2\'s residences areas. Age-adjusted breast cancer mortality rates were steady in the elite\'s area from 1985 to 1999, increased slightly in the workers1 and worker2\'s residences areas and showed an expressive increase in suburbs\' area. Age-adjusted cervix uteri mortality rates decreased in the elite and worker2\'s areas. The 1920, 1925 and 1930\'s birth cohorts were at greater risk of dying from cervix uteri cancer, but lesser to die from breast cancer than the 1940 birth cohort was. Breast cancer mortality birth cohort effect for women living in the suburbs\' residence area showed an increasing in birth cohort risk after 1950. On the other hand, estimates of birth cohort effect on cervix uteri cancer mortality showed a decrease of risk for women living in the elite\'s area after 1950. This decrease in cervix uteri cancer mortality risk in the most recent calendar period for women from elite\'s area supports inferences that this phenomenon could be due to Pap\'s smear tests use. Conclusion: Geographic variability of female cancers mortality rates reflects the pattern of social and economic segregation in the city of São Paulo. The increase of breast cancer mortality rates as featured in both calendar periods and birth cohorts in the suburbs\' residence area after 1950 has important implications regard to future burden on the city health system. The decreasing of cervix uteri cancer mortality by calendar periods only among females from the elite\'s area suggests that public health policies are not playing the expected impact in control this cancer in the city of São Paulo
    corecore