O pastoreio de percurso no sistema de exploração de ovinos em Trás-os-Montes

A partir de um estudo realizado em Trás-os-Montes, entre 1990 e 1993, fez-se a caracterização e análise do sistema tradicional de exploração de ovinos. Posteriormente, até 1998, seguiu-se um trabalho que possibilitou alargar o conhecimento deste sistema. Adoptou-se uma perspectiva sistémica e tomaram-se cinco elementos constituintes: o pastor; o rebanho; o maneio; o espaço; e a comunidade. É a partir das interligações entre estes elementos e da gestão dos condicionalismos entre eles, que se fundamenta o sistema tradicional de exploração. O pastor é, na maioria dos casos, o dono do rebanho e a sua relação com a actividade não é puramente empresarial. Este é, geralmente, um “negócio de família”, onde o “saber fazer” é a alma do negócio. Num sistema de exploração tradicional, os rebanhos estão muitas vezes sujeitos a condições adversas, como, por exemplo, o pastoreio associado a longas caminhadas em trajectos por locais de difícil acesso. Os animais das raças autóctones estão adaptados ao sistema tradicional de exploração e conseguem níveis de produção muito favoráveis face aos condicionalismos inerentes àquele sistema. As condições orográficas e edafoclimáticas de cada região vão influenciar e condicionar as formas de uso e utilização do solo e, portanto, interferir, em certa medida, com a gestão do espaço de pastoreio. Este espaço é utilizado na satisfação racional das necessidades alimentares do rebanho. O maneio alimentar é a técnica de maneio mais marcante; e o pastoreio de percurso é uma das características definidoras do maneio neste sistema. O rebanho aproveita recursos vegetais e pastagens marginais que, na maioria dos casos, não teriam qualquer outro tipo de utilização. O papel do pastoreio de percurso e a definição (ou escolha) dos percursos deve ser analisada no quadro da gestão anual dos recursos alimentares disponíveis, e da sua variação ao longo do ano. Com o pastoreio de percurso, o pastor potencia o aproveitamento dos recursos alimentares naturais e consegue ultrapassar as épocas de escassez alimentar. Mas para tal, o pastor tem que gerir as suas relações (de cooperação e conflito) com a comunidade, as quais determinam em larga medida as relações com o território local, em particular o espaço de pastoreio. A comunidade, que engloba quer estruturas sociais locais quer instituições, vai criando normas, regras, usos e costumes que o pastor tem que adoptar na sua actividade e que podem condicionar, de forma positiva ou negativa, a sua evolução. O sistema tradicional de exploração de ovinos resulta de uma articulação, bem conseguida, entre os interesses do pastor/criador e as condições específicas do meio onde está inserido. Revela ser racional e equilibrado, na forma de utilização de recursos marginais. Revela ser capaz de gerar riqueza sem grandes custos nos factores de produção; e de uma forma vantajosa, sob o ponto de vista ambiental. Qualquer intervenção institucional deveria ter em atenção a interdependência e complementaridade entre os elementos constituintes deste sistema tradicional de exploração

O pastoreio de percurso no sistema de exploração de ovinos em Trás-os-Montes

A partir de um estudo realizado em Trás-os-Montes, entre 1990 e 1993, fez-se a caracterização e análise do sistema tradicional de exploração de ovinos. Posteriormente, até 1998, seguiu-se um trabalho que possibilitou alargar o conhecimento deste sistema. Adoptou-se uma perspectiva sistémica e tomaram-se cinco elementos constituintes: o pastor; o rebanho; o maneio; o espaço; e a comunidade. É a partir das interligações entre estes elementos e da gestão dos condicionalismos entre eles, que se fundamenta o sistema tradicional de exploração

Sex-specific transcriptomic differences in the immune cells of a key Atlantic-Mediterranean sea urchin

The abundance of the black sea urchin, Arbacia lixula, has been increasing during the last decades likely related to global warming. This thermophilous species has a leading role in maintaining marine barrens in the Mediterranean with the consequent negative impact on coastal rocky ecosystems due to its grazing activity. In this study, we used transcriptomic data from coelomocytes (the cell effectors of the immune system) of females and males of this sea urchin to study potential differences in performance between sexes under laboratory conditions. Differential adaptations, responses to environmental stressors, and resistance against pathogens between sexes may lead to different outcomes in the ongoing expansion of this species in the Mediterranean Sea. Differential expression analyses demonstrated the existence of 120 transcripts, corresponding to 119 genes and two isoforms of the same gene, differentially expressed between coelomocytes of females and males, being 73 up-regulated in males and 47 up-regulated in females. The differential expression patterns were retrieved from a diversity of genes that play different roles related to the immune response due to their antibacterial activity, immune cell activation, cell to cell interaction, intracellular signaling, and detoxification functioning, among others. Our results point out a higher energetic demand of male coelomocytes due to a higher immune activity than females, whereas females have more efficient molecular systems to avoid oxidative stress caused by infections. In conclusion, our study provides evidence of sex-based differences in the expression of genes related to the immune and stress responses in coelomocytes of the sea urchin A. lixula

Limitations and pitfalls of the brain that prevent us from thinking

When we think or make decisions, we must not forget that there are several internal "pitfalls" that cause our brain to make decisions incorrectly. Many authors have written on various pitfalls that may affect us. In this paper, five of them are identified and they are: The use of patterns when thinking, the relativity of things, the anchor effect, loss aversion, value attribution and diagnosis bias

Looking for “in-between” Places

This article develops the concept of “in-between” places in relation to the study of language, perceptions and memorieswithin the broader mediation of cartography. We held an empirical qualitative studyin the city of Lisbon, Portugal, where a group of participants (1) performed a web map-survey to identifythe spatial dimensions of their sense of place, (2) hada joint discussion about therepresentations and memories associated with their chosen places, and, finally, (3) took a go-along walk to obtain a deeper definition and characterization of them. Results suggest that analog and digital maps generate different virtual images of space, while the navigational use ofdigital maps in particular generates multiple representations of the territory. Themediation of different narrations and the description of encounters within the Person-Place-Process triad helped us to establish the importance of in-between places for a complete conceptualization of place

Ferrocarril, patrimonio y cultura vitivinícola en la ribera del Duero vallisoletana (Castilla y León, España)

Wine and the railroad are two key elements in the history of the Ribera del Duero in Valladolid. Over the years this area has undergone a series of social, economic and landscape significant changes due to the agrarian crisis of the mid-twentieth century. Yet the wine industry has established itself as the engine of the riverside economy through the production of quality wines and, more recently, the wine tourism which has allowed the development of a stronger economic fabric. Using this potential in wine and the railway line Valladolid-Ariza, a proposal for boosting tourism is suggested which will group all other heritage resources (landscape, cuisine, art and culture) located in the Valladolid section of the Ribera del Duero.El vino y el ferrocarril son dos elementos claves en la historia de la Ribera del Duero vallisoletana. A lo largo de los años este territorio ha ido experimentado una serie de transformaciones sociales, económicas y paisajísticas de cierta relevancia debido a la crisis agraria de mediados del siglo XX. A pesar de todo la industria del vino se ha consolidando como el motor de la economía ribereña gracias a la producción de caldos de calidad y más recientemente al enoturismo, que ha permitido el desarrollo de un tejido económico más sólido. Utilizando este potencial vitivinícola y la vía de ferrocarril Valladolid-Ariza se plantea una propuesta de dinamización turística que agrupe al resto de recursos patrimoniales, paisajísticos, gastronómicos, artísticos y culturales que se localizan en el tramo vallisoletano de la Ribera del Duero

LAS PLATAFORMAS DIGITALES EN EL DESARROLLO DEL ENOTURISMO EN CASTILLA Y LEÓN: PÁGINAS WEB Y REDES SOCIALES

Wine tourism is a growing economic activity in Castilla y León. More and more people are interested in knowing the ins and outs of the world of wine, so wine is becoming one of the pillars of rural development in the plains of the Duero. In order to achieve this key role in the territory, this activity has had to adapt to changes in the tastes of consumers and, especially, to faster and more direct new forms of communication. This paper aims to outlook the existing situation in the wineries of Castilla y León in the field of new technologies and, especially, of websites and social networks, two key tools for the development of wine tourism.El enoturismo es una actividad económica en crecimiento en Castilla y León. Cada vez son más las personas interesadas en conocer el mundo de la vid y el vino, convirtiéndose en uno de los pilares del desarrollo rural en las llanuras del Duero. Para lograr este papel clave en el territorio, esta actividad ha tenido que adaptarse a los cambios en los gustos de los consumidores y, en especial, a las nuevas formas de comunicación digital, más rápidas y directas. Con este trabajo se pretende ver la situación existente en las bodegas castellano-leonesas en el ámbito de las nuevas tecnologías y, en especial, de las páginas web y redes sociales, dos herramientas claves para el desarrollo del turismo enológico

EL CANAL DE CASTILLA: RECURSO PATRIMONIAL DEL AGUA Y PERSPECTIVAS DE USO E INNOVACIÓN TURÍSTICA

Castile and León has important resources that allow tourism development, such as the Castilla Canal, a hydraulic infrastructure that has become a key element of the Spanish industrial heritage of the 18th-19th centuries. This research analyzes the Castilla Canal as a tourist resource and its level of innovation as a smart tourism destination, where communication technologies play a key role in the management and planning of available resources, in a territory that is in a regression socioeconomic status for decades.Castilla y León cuenta con importantes recursos que permiten el desarrollo turístico, como el Canal de Castilla, una infraestructura hidráulica que se ha convertido en un elemento clave del patrimonio industrial español de los siglos XVIII-XIX. En esta investigación se analiza el Canal de Castilla como recurso turístico y su nivel de innovación como destino de turismo inteligente, donde las tecnologías de la comunicación juegan un papel clave en la gestión y planificación de los recursos disponibles, en un territorio que se encuentra en regresión socioeconómica desde hace décadas

Genomic signatures suggesting adaptation to ocean acidification in a coral holobiont from volcanic CO2 seeps

Ocean acidification, caused by anthropogenic CO 2 emissions, is predicted to have major consequences for reef-building corals, jeopardizing the scaffolding of the most biodiverse marine habitats. However, whether corals can adapt to ocean acidification and how remains unclear. We addressed these questions by re-examining transcriptome and genome data of Acropora millepora coral holobionts from volcanic CO2 seeps with end-of-century pH levels. We show that adaptation to ocean acidification is a wholistic process involving the three main compartments of the coral holobiont. We identified 441 coral host candidate adaptive genes involved in calcification, response to acidification, and symbiosis; population genetic differentiation in dinoflagellate photosymbionts; and consistent transcriptional microbiome activity despite microbial community shifts. Coral holobionts from natural analogues to future ocean conditions harbor beneficial genetic variants with far-reaching rapid adaptation potential. In the face of climate change, these populations require immediate conservation strategies as they could become key to coral reef survival