352 research outputs found

    Estratégias competitivas entre uma gramínea nativa do cerrado e uma gramínea invasora do cerrado

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    Várias espécies de gramíneas africanas introduzidas no Brasil se tornaram\ud importantes invasoras dos cerrados e constituem uma das principais ameaças para a\ud sua conservação. Comparações envolvendo características entre espécies exóticas e\ud nativas podem levar a uma melhor compreensão sobre o processo da invasão. Neste\ud estudo, semeamos Echinolaena inflexa, uma gramínea nativa do cerrado, e Urochloa\ud decumbens, uma gramínea africana invasora do cerrado, em diferentes proporções\ud relativas uma à outra (100%-0%, 70%-30%, 50%-50%, 30%-70%, 0%-100%).\ud Avaliamos a sobrevivência, crescimento, fecundidade e capacidade fotossintética\ud das espécies nos diferentes tratamentos (puros e mistos). Para avaliar sobrevivência,\ud crescimento e fecundidade foram realizados três censos durante o período de um\ud ano. A medição da capacidade fotossintética foi efetuada por meio de um\ud fluorômetro portátil, onde se considerou os parâmetros de eficiência do fotossistema\ud II, da taxa de transporte de elétrons e do potencial máximo aparente de uso da luz. \ud Sempre que sementes de ambas as espécies foram colocadas juntas, a espécie nativa\ud teve seu crescimento suprimido pela invasora. Nos tratamentos puros, os indivíduos\ud da espécie nativa cresceram em tamanho, mas somente três indivíduos se tornaram\ud reprodutivos. No entanto, muitos indivíduos da espécie invasora cresceram em\ud tamanho e se reproduziram em todos os tratamentos, mostrando sempre uma\ud alocação de recursos tanto para crescimento quanto para reprodução. Ambas as\ud espécies tiveram sua capacidade fotossintética reduzida nos tratamentos mistos,\ud porém, os valores da espécie invasora se mantiveram mais constantes. Portanto,\ud concluímos que a espécie invasora é possivelmente mais tolerante a situações de\ud estresse e utiliza os recursos de maneira mais eficiente, o que poderia explicar o seu\ud sucesso na invasão.1 – Financiamento FAPESP 2 - Departamento de Ecologia, Instituto de Biociências-USP, São Paulo, Brasil

    Conservação dos remanescentes vegetais de cerrado e a dinâmica de uso e ocupação das terras em Bonito, Mato Grosso do Sul.

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    A pesquisa buscou analisar a dinâmica de uso e ocupação das terras no município de Bonito (MS), entre os anos de 1986 e 2004, através de técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, com vistas a subsidiar estratégias de planejamento do uso e ocupação ideal para a região. Houve a criação de um banco de dados georreferenciados para as análises, numa dinâmica espacial e temporal. No período avaliado, a vegetação nativa passou de 58,30% para 48,10% da área total do município, enquanto que as áreas antropizadas aumentaram de 41,70% para 51,90%. Bonito deve estabelecer estratégias de ações direcionadas ao uso racional das terras, principalmente para as áreas de cerrado típico (cerrado sensu stricto), de acordo com a legislação ambiental em seus diferentes níveis de governo, respeitando também os limites de uso dos ecossistemas. Isso dará suporte a atividades econômicas fundamentadas em planejamento ambiental

    Disturbance as a factor in breaking dormancy and enhancing invasiveness of African grasses in a Neotropical Savanna

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    The Cerrado is threatened by wildfires and invasive species. We aimed to evaluate in laboratory conditions whether temperature fluctuation at the soil surface, resulting from the absence of vegetation due to fire, can affect the germination of Urochloa decumbens and U. brizantha, two invasive African grasses. Seeds of both species were submitted to simulations: 1) temperature during fire at 1cm belowground (F); 2) temperature fluctuation at 1cm belowground without vegetation cover for a month (TF); 3) (F) + (TF); 4) control at 25ºC. After treatments, seeds were put to germinate at 25ºC for 40 days. We had four replicates per treatment and three temporal replicates. We compared germination percentage and the mean germination time among treatments using ANOVA. The treatments TF and F+TF had the highest germination values for both species. The results showed that fire per se could not stimulate seed germination, however, they suggest that a disturbance that produces a pattern of temperature fluctuation is able to break dormancy and enhance seed germination and, consequently, increase the invasiveness of the study species. Vegetation gaps resulting from disturbance may become new sites of invasion. This information is important for making management decisions regarding the control of these species.We thank the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) and the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES/DGU 227/2010) for financial support. M.J.B. acknowledges the support from the programme FORESTERRA ERA-Net (Medwildfirelab, PCIN-2013-140-C04-03) and PROMETEO II (Desestres es/2014/038)

    Professor Leopoldo Magno Coutinho: a visão de uma discípula

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    Homenagem ao professor Leopoldo Magno Coutinho, pioneiro nos estudos sobre ecologia do fogo no Cerrado, falecido em 2016

    COMO FERRAMENTAS DE GESTÃO FINANCEIRA PODEM AUXILIAR AS PESSOAS NO SEU COTIDIANO

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    As pessoas em seu dia a dia são influenciadas ao consumo pela facilidade em adquirir bens, principalmente pela grande oferta e possibilidade de crédito no mercado, mas desconhecem meios de controle efetivo de suas contas, não possuem conhecimento a respeito de controles, levando a problemas de ordem pessoal. Este trabalho apresenta algumas ferramentas de grande importância na gestão financeira das empresas, que podem também serem utilizadas por pessoas e famílias em seu cotidiano, visando trazer equilíbrio e saúde financeira

    O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NOS CURSOS TÉCNICOS COM A UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS ATIVAS

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    Nos últimos anos tivemos uma grande evolução tecnológica que influenciou diretamente as relações de trabalho do ser humano, que atualmente dependem mais do conhecimento do que propriamente da sua força. O ensino profissional ganhou campo e rigidez, uma vez que preparam de forma rápida e efetiva, com baixo investimento, as pessoas para as suas funções e, nada melhor do que utilizar metodologias que visem o cotidiano profissional, trazendo uma melhor adaptabilidade. As metodologias ativas proporcionam a busca do conhecimento pelo próprio aluno, é fonte inesgotável, e com isso encontra oportunidade de projetos reais e a solução de problemas com uma melhor inserção na empresa. Os resultados apresentados nesse trabalho demonstram a importância da evolução de nossa educação, com novas técnicas e perspectivas

    Amazon Basin forest pyrogenic carbon stocks: First estimate of deep storage

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    Amazon Basin forest soils contain considerable soil organic carbon stocks; however, the contribution of soil pyrogenic carbon (PyC) to the total is unknown. PyC is derived from local fires (historical and modern) and external inputs via aeolian deposition. To establish an initial estimate of PyC stocks in non-terra preta forest with no known history of fire, to assess site and vertical variability, as well as to determine optimal sampling design, we sampled 37 one hectare forest plots in the Amazon Basin and analysed PyC via hydrogen pyrolysis of three individual samples per plot and of bulked samples to 200 cm depth. Using our data and published total organic carbon stocks, we present the first field-based estimate of total PyC stock for the Amazon Basin of 1.10 Pg over 0–30 cm soil depth, and 2.76 Pg over 0–100 cm soil depth. This is up to 20 times higher than previously assumed. Three individual samples per 1 ha are sufficient to capture the site variability of PyC in our plots. PyC showed significant, large-scale variability among plots. To capture 50% of the PyC in 200 cm soil profiles, soil must be sampled to a depth of at least 71 cm. PyC represents a significant (11%) portion of total organic carbon in soil profiles 0–200 cm depth. This finding highlights the potentially important role that historical fire has played in modifying soil C stocks. Our data suggest that PyC is an important carbon pool for long-term storage, involved in millennial scale biogeochemical cycling, particularly in the subsurface soil

    Deve-se usar o fogo como instrumento de manejo no Cerrado e Campos Sulinos?

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    O fogo é um importante instrumento de manejo em diversos ecossistemas, no mundo todo. No Brasil, particularmente o Cerrado e os Campos Sulinos são submetidos a queimadas periódicas, seja por motivos naturais (raios) ou por ações humanas. Entretanto, nas unidades de conservação que se propõem a conservar esses biomas, procura-se impedir a ocorrência de queimadas. Pretendemos aqui evidenciar a importância do fogo no Cerrado e nos Campos Sulinos e estimular uma reavaliação do manejo em relação ao fogo nesses ecossistemas. Evidências fósseis e palinológicas demonstram que tanto o Cerrado como os Campos Sulinos evoluíram com eventos de fogo, pois diversas adaptações são reconhecidas na vegetação e também em seus processos ecológicos, havendo indicações seguras de que sua própria manutenção seja dependente de queimas periódicas. A decisão de banir o fogo nas áreas protegidas com esses ecossistemas traz diversos problemas às próprias unidades de conservação, como exclusão de espécies, invasão por espécies exóticas, perturbação de ciclos ecológicos, que comprometem a preservação da diversidade biológica em médio e logo prazo. Incêndios de grandes proporções têm ocorrido em áreas protegidas de Cerrado nos últimos anos, especialmente causados pela combinação do acúmulo de biomassa e usos das terras no entorno das unidades de conservação. Sendo assim, sugerimos que os órgãos ambientais brasileiros revejam sua posição em relação ao manejo de unidades de conservação que protegem ecossistemas adaptados a distúrbios de fogo, admitindo a aplicação de ações planejadas e controladas que supram os efeitos causados por esse distúrbio natural. Palavras-chave: história ecológica, incêndio, manejo ecológico, queima controlada, unidade de conservação

    Do regional aerosols contribute to the riverine export of dissolved black carbon?

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    The fate of black carbon (BC), a stable form of thermally altered organic carbon produced during biomass and fuel combustion, remains an area of uncertainty in the global carbon cycle. The transfer of photosynthetically derived BC into extremely long‐term oceanic storage is of particular significance and rivers are the key linkage between terrestrial sources and oceanic stores. Significant fluvial fluxes of dissolved BC to oceans result from the slow release of BC from degrading charcoal stocks; however, these fluvial fluxes may also include undetermined contributions of aerosol BC, produced by biomass and fossil fuel combustion, which are deposited in river catchments following atmospheric transport. By investigation of the Paraíba do Sul River catchment in Southeast Brazil we show that aerosol deposits can be substantial contributors to fluvial fluxes of BC. We derived spatial distributions of BC stocks within the catchment associated with soil charcoal and with aerosol from both open biomass burning and fuel combustion. We then modeled the fluvial concentrations of dissolved BC (DBC) in scenarios with varying rates of export from each stock. We analyzed the ability of each scenario to reproduce the variability in DBC concentrations measured in four data sets of river water samples collected between 2010 and 2014 and found that the best performing scenarios included a 5–18% (135–486 Mg DBC year−1) aerosol contribution. Our results suggest that aerosol deposits of BC in river catchments have a shorter residence time in catchments than charcoal BC and, therefore, contribute disproportionately (with respect to stock magnitude) toward fluvial fluxes of BC
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