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    QUALIDADE DAS OFICINAS TERAPÊUTICAS EM SAÚDE MENTAL NA PERSPECTIVA DOS USUÁRIOS: UM ESTUDO DE ENFERMAGEM

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    QUALIDADE DAS OFICINAS TERAPÊUTICAS EM SAÚDE MENTAL NA PERSPECTIVA DOS USUÁRIOS: UM ESTUDO DE ENFERMAGEM Vanessa Andrade Martins Pinto Lilian Hortale de Oliveira Moreira Descritores: Serviços de Saúde Mental; Indicadores de Qualidade em Assistência à Saúde; Enfermagem Psiquiátrica. INTRODUÇÃO: As oficinas terapêuticas em saúde mental são atividades realizadas em grupo com a presença e orientação de um ou mais profissionais, monitores e/ou estagiários. Elas realizam vários tipos de atividades que podem ser definidas através do interesse dos usuários, das possibilidades dos técnicos do serviço, das necessidades, tendo em vista a maior integração social e familiar, a manifestação de sentimentos e problemas, o desenvolvimento de habilidades corporais, a realização de atividades produtivas, o exercício coletivo da cidadania (BRASIL, MS, 2004, p.20). Conforme o redirecionamento para o modelo assistencial de saúde mental proposto pela Lei nº 10.216, de 06 de abril de 2001, as oficinas terapêuticas são uma das principais formas de tratamento oferecidas nos Centros de Atenção Psicossocial, serviços considerados hoje como um dos reguladores da assistência em saúde mental. Neste novo modelo de atenção à saúde mental, entende-se que as oficinas terapêuticas não devem possuir o sentido da ocupação e do entretenimento, e sim de serem promotoras da reinserção social por meio de ações que podem envolver o trabalho, a criação de um produto, a geração de renda e a autonomia do sujeito, para que não voltemos a cair numa nova institucionalização, que pode vir a criar outros crônicos (LIMA, 2008, p.62). Fato que nos motivou a pesquisar sobre a qualidade do que estamos produzindo ou re-produzindo nestes espaços, segundo a narrativa de quem utiliza esses espaços. Pois, o que vivenciamos hoje nos dispositivos terapêuticos dos serviços em saúde mental, são mudanças realizadas a partir de discussões de profissionais, que não envolvem os usuários. Não que as reuniões e discussões de profissionais não sejam importantes e/ou capazes de mostrar as evoluções dos usuários, mas faz-se necessária a utilização de um instrumento que expresse a demanda do usuário, para ficarmos mais próximos do que eles desejam ter ao participarem das oficinas. OBJETIVO: Analisar as características de qualidade das oficinas terapêuticas em saúde mental na perspectiva dos usuários. METODOLOGIA: Realizamos uma revisão sistemática qualitativa, ou seja, os dados dos estudos selecionados foram sintetizados, mas não estatisticamente combinados (Galvão, Sawada, Trevizan, 2004, p.553). Para o levantamento desses dados, consultamos: (a) Banco de Teses e Dissertações-CAPES; (b) 09 Periódicos de Enfermagem disponíveis em meio eletrônico, de acordo com a classificação (QUALI-CAPES) entre A2 e B3, (Revista Texto e Contexto em Enfermagem (A2); Acta Paulista em Enfermagem (A2); Revista Latino-Americana em Enfermagem (A2); Revista Brasileira de Enfermagem (B1); Revista da Escola de Enfermagem Anna Nery (B1); Revista Enfermagem UERJ (B1); Revista Mineira de Enfermagem (B2); Revista Eletrônica de Enfermagem (B2) e Revista Cogitare Enfermagem (B3)) (c) Bases (LILACS; SCIELO e PUBMED/MEDLINE). Esse levantamento foi realizado no período de 16/04/2010 à 05/07/2010. Para essa pesquisa desenvolvemos a seguinte pergunta-guia: “Quais as características de Qualidade das Oficinas Terapêuticas na Saúde Mental segundo os usuários?”. Como critério de inclusão, selecionamos ser: a) artigo original e disponibilizado na íntegra; (b) publicado no período de 2000 a 2010; (c) nos idiomas português, inglês e espanhol; (d) abordado, pelos usuários dos serviços substitutivos de saúde mental; (e) definido quanto aos objetivos, elenco social, método e apresentação de forma consistente dos resultados. Como critério de exclusão, traçamos: o não atendimento a todos os critérios de inclusão supra-citados. Foi elaborado um protocolo de análise. Foram realizadas, inicialmente, leituras dos Títulos e Resumos dos artigos encontrados, avaliando-os segundo o critério de inclusão. Posteriormente, os artigos selecionados foram lidos na íntegra para que cumpríssemos com fidedignidade o protocolo de análise elaborado RESULTADOS: Não foi encontrado nenhum estudo no Banco de Teses e Dissertações-CAPES . Dos (09) periódicos selecionados foram analisados um total de 236 volumes e selecionados dois artigos. O periódico e seus respectivos autores foram: Revista Texto e Contexto em Enfermagem (Monteiro e Loyola, 2009) e (Lappann Botti e Labate, 2004). Esses artigos apontaram, respectivamente: a participação dos usuários nas oficinas terapêuticas pode estar associada a quatro desejos principais: melhores relações sociais, diminuição dos sintomas, ajuda com respeito e alguma remuneração. E que as oficinas em saúde mental segundo a representação dos usuários avançam em direção à reabilitação psicossocial, como dispositivo que materializa o paradigma psicossocial. Nas bases LILACS, SCIELO e MEDLINE / PUBMED, analisamos 72 estudos e selecionamos um. Na base LILACS, selecionado 01 artigo o mesmo encontrado no periódico da Revista Texto e Contexto de Enfermagem (Monteiro e Loyola, 2009). Na PUBMED/MEDLINE até o momento não foi encontrado estudos relacionados diretamente as características de qualidade das oficinas terapêuticas na saúde mental, apenas sobre a avaliação dos usuários a respeito dos serviços de saúde mental da rede básica (ambulatórios e moradias assistidas) e da rede hospitalar (internação psiquiátrica). CONCLUSÂO: A partir da análise dos estudos selecionados, concluímos que na saúde mental, a disponibilidade de recursos avaliativos ainda é pequena. Dos estudos encontrados a maioria aborda a avaliação do serviço substitutivo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e apenas três o dispositivo oficina terapêutica especificamente, todos no Brasil. Desses três, dois deram enfoque a opinião dos usuários e um a opinião dos familiares. Porém, apenas um retrata as características de qualidade das oficinas terapêuticas segundo os usuários. É importante a realização de estudos que verifiquem as características de qualidade dos novos dispositivos em saúde mental, tendo em vista o período decorrido, ainda recente, que vêm sendo construídos em número crescentes no país desde o início dos anos 2000 em decorrência do aprofundamento e ampliação das experiências substitutivas ao modelo manicomial no final dos anos 1980, denominado como Reforma Psiquiátrica (AMARANTE, 1995, p.50). Portanto a investigação é pertinente e revela uma lacuna do conhecimento na área da saúde mental, reforçando assim, a importância do desenvolvimento de estudos/pesquisas que contemplem essa temática e é nossa função enquanto profissionais da área contribuir nessa discussão tão importante para o campo da atenção psicossocial. Ressaltamos que estudos sobre esse temática é fundamental para que possamos propor uma discussão sobre o que os usuários desejam receber nesse espaço ‘oficina terapêutica’ para que esse dispositivo assistencial faça sentido e seja capaz de movimentar a vida dos mesmos.   REFERÊNCIAS: AMARANTE, P. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1995.136p. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Lei 10.216 de 06 de abril de 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/legisl/htm. Acesso em 20 fev. 2009. BRASIL, MISNISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde Mental no SUS: os Centros de Atenção Psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde: 2004. p 20-26. LIMA, Elizabeth Araújo. Oficinas e outros dispositivos para uma clínica atravessada pela criação. In: COSTA, Clarice Moura & FIGUEIREDO, Ana Cristina (orgs). Oficinas terapêuticas em saúde mental: sujeito produção e cidadania. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2008. p.59-81. GALVÃO, Cristina Maria; SAWADA, Namie Okino; TREVIZAN, Maria Auxiliadora. Revisão sistemática: Recurso que proporciona a incorporação das evidências na prática de enfermagem. Revista Latino-Americana em Enfermagem, 2004, maio-junho;12(3):549-56. LAPPANN-BOTTI, Nadja Cristiane; Labate, Renata Curi. Oficinas em saúde mental: a representação dos usuários dos serviços de saúde mental. Revista Texto e Contexto em Enfermagem.[online], 2004, Out-Dez; 13(4):519-26. Disponível em: . Acesso em: 22 Abril 2010. MONTEIRO, Rachel Lira; LOYOLA, Cristina Maria Douat. Qualidade de oficinas terapêuticas segundo pacientes . Revista Texto e Contexto em Enfermagem.[online], 2009, Jul-Set; 18(3):436-42. Disponível em: . Acesso em: 22 Abril 2010.         QUALIDADE DAS OFICINAS TERAPÊUTICAS EM SAÚDE MENTAL NA PERSPECTIVA DOS USUÁRIOS: UM ESTUDO DE ENFERMAGEM Vanessa Andrade Martins Pinto Lilian Hortale de Oliveira Moreira Descritores: Serviços de Saúde Mental; Indicadores de Qualidade em Assistência à Saúde; Enfermagem Psiquiátrica. INTRODUÇÃO: As oficinas terapêuticas em saúde mental são atividades realizadas em grupo com a presença e orientação de um ou mais profissionais, monitores e/ou estagiários. Elas realizam vários tipos de atividades que podem ser definidas através do interesse dos usuários, das possibilidades dos técnicos do serviço, das necessidades, tendo em vista a maior integração social e familiar, a manifestação de sentimentos e problemas, o desenvolvimento de habilidades corporais, a realização de atividades produtivas, o exercício coletivo da cidadania (BRASIL, MS, 2004, p.20). Conforme o redirecionamento para o modelo assistencial de saúde mental proposto pela Lei nº 10.216, de 06 de abril de 2001, as oficinas terapêuticas são uma das principais formas de tratamento oferecidas nos Centros de Atenção Psicossocial, serviços considerados hoje como um dos reguladores da assistência em saúde mental. Neste novo modelo de atenção à saúde mental, entende-se que as oficinas terapêuticas não devem possuir o sentido da ocupação e do entretenimento, e sim de serem promotoras da reinserção social por meio de ações que podem envolver o trabalho, a criação de um produto, a geração de renda e a autonomia do sujeito, para que não voltemos a cair numa nova institucionalização, que pode vir a criar outros crônicos (LIMA, 2008, p.62). Fato que nos motivou a pesquisar sobre a qualidade do que estamos produzindo ou re-produzindo nestes espaços, segundo a narrativa de quem utiliza esses espaços. Pois, o que vivenciamos hoje nos dispositivos terapêuticos dos serviços em saúde mental, são mudanças realizadas a partir de discussões de profissionais, que não envolvem os usuários. Não que as reuniões e discussões de profissionais não sejam importantes e/ou capazes de mostrar as evoluções dos usuários, mas faz-se necessária a utilização de um instrumento que expresse a demanda do usuário, para ficarmos mais próximos do que eles desejam ter ao participarem das oficinas. OBJETIVO: Analisar as características de qualidade das oficinas terapêuticas em saúde mental na perspectiva dos usuários. METODOLOGIA: Realizamos uma revisão sistemática qualitativa, ou seja, os dados dos estudos selecionados foram sintetizados, mas não estatisticamente combinados (Galvão, Sawada, Trevizan, 2004, p.553). Para o levantamento desses dados, consultamos: (a) Banco de Teses e Dissertações-CAPES; (b) 09 Periódicos de Enfermagem disponíveis em meio eletrônico, de acordo com a classificação (QUALI-CAPES) entre A2 e B3, (Revista Texto e Contexto em Enfermagem (A2); Acta Paulista em Enfermagem (A2); Revista Latino-Americana em Enfermagem (A2); Revista Brasileira de Enfermagem (B1); Revista da Escola de Enfermagem Anna Nery (B1); Revista Enfermagem UERJ (B1); Revista Mineira de Enfermagem (B2); Revista Eletrônica de Enfermagem (B2) e Revista Cogitare Enfermagem (B3)) (c) Bases (LILACS; SCIELO e PUBMED/MEDLINE). Esse levantamento foi realizado no período de 16/04/2010 à 05/07/2010. Para essa pesquisa desenvolvemos a seguinte pergunta-guia: “Quais as características de Qualidade das Oficinas Terapêuticas na Saúde Mental segundo os usuários?”. Como critério de inclusão, selecionamos ser: a) artigo original e disponibilizado na íntegra; (b) publicado no período de 2000 a 2010; (c) nos idiomas português, inglês e espanhol; (d) abordado, pelos usuários dos serviços substitutivos de saúde mental; (e) definido quanto aos objetivos, elenco social, método e apresentação de forma consistente dos resultados. Como critério de exclusão, traçamos: o não atendimento a todos os critérios de inclusão supra-citados. Foi elaborado um protocolo de análise. Foram realizadas, inicialmente, leituras dos Títulos e Resumos dos artigos encontrados, avaliando-os segundo o critério de inclusão. Posteriormente, os artigos selecionados foram lidos na íntegra para que cumpríssemos com fidedignidade o protocolo de análise elaborado RESULTADOS: Não foi encontrado nenhum estudo no Banco de Teses e Dissertações-CAPES . Dos (09) periódicos selecionados foram analisados um total de 236 volumes e selecionados dois artigos. O periódico e seus respectivos autores foram: Revista Texto e Contexto em Enfermagem (Monteiro e Loyola, 2009) e (Lappann Botti e Labate, 2004). Esses artigos apontaram, respectivamente: a participação dos usuários nas oficinas terapêuticas pode estar associada a quatro desejos principais: melhores relações sociais, diminuição dos sintomas, ajuda com respeito e alguma remuneração. E que as oficinas em saúde mental segundo a representação dos usuários avançam em direção à reabilitação psicossocial, como dispositivo que materializa o paradigma psicossocial. Nas bases LILACS, SCIELO e MEDLINE / PUBMED, analisamos 72 estudos e selecionamos um. Na base LILACS, selecionado 01 artigo o mesmo encontrado no periódico da Revista Texto e Contexto de Enfermagem (Monteiro e Loyola, 2009). Na PUBMED/MEDLINE até o momento não foi encontrado estudos relacionados diretamente as características de qualidade das oficinas terapêuticas na saúde mental, apenas sobre a avaliação dos usuários a respeito dos serviços de saúde mental da rede básica (ambulatórios e moradias assistidas) e da rede hospitalar (internação psiquiátrica). CONCLUSÂO: A partir da análise dos estudos selecionados, concluímos que na saúde mental, a disponibilidade de recursos avaliativos ainda é pequena. Dos estudos encontrados a maioria aborda a avaliação do serviço substitutivo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e apenas três o dispositivo oficina terapêutica especificamente, todos no Brasil. Desses três, dois deram enfoque a opinião dos usuários e um a opinião dos familiares. Porém, apenas um retrata as características de qualidade das oficinas terapêuticas segundo os usuários. É importante a realização de estudos que verifiquem as características de qualidade dos novos dispositivos em saúde mental, tendo em vista o período decorrido, ainda recente, que vêm sendo construídos em número crescentes no país desde o início dos anos 2000 em decorrência do aprofundamento e ampliação das experiências substitutivas ao modelo manicomial no final dos anos 1980, denominado como Reforma Psiquiátrica (AMARANTE, 1995, p.50). Portanto a investigação é pertinente e revela uma lacuna do conhecimento na área da saúde mental, reforçando assim, a importância do desenvolvimento de estudos/pesquisas que contemplem essa temática e é nossa função enquanto profissionais da área contribuir nessa discussão tão importante para o campo da atenção psicossocial. Ressaltamos que estudos sobre esse temática é fundamental para que possamos propor uma discussão sobre o que os usuários desejam receber nesse espaço ‘oficina terapêutica’ para que esse dispositivo assistencial faça sentido e seja capaz de movimentar a vida dos mesmos.   REFERÊNCIAS: AMARANTE, P. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1995.136p. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Lei 10.216 de 06 de abril de 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/legisl/htm. Acesso em 20 fev. 2009. BRASIL, MISNISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde Mental no SUS: os Centros de Atenção Psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde: 2004. p 20-26. LIMA, Elizabeth Araújo. Oficinas e outros dispositivos para uma clínica atravessada pela criação. In: COSTA, Clarice Moura & FIGUEIREDO, Ana Cristina (orgs). Oficinas terapêuticas em saúde mental: sujeito produção e cidadania. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2008. p.59-81. GALVÃO, Cristina Maria; SAWADA, Namie Okino; TREVIZAN, Maria Auxiliadora. Revisão sistemática: Recurso que proporciona a incorporação das evidências na prática de enfermagem. Revista Latino-Americana em Enfermagem, 2004, maio-junho;12(3):549-56. LAPPANN-BOTTI, Nadja Cristiane; Labate, Renata Curi. Oficinas em saúde mental: a representação dos usuários dos serviços de saúde mental. Revista Texto e Contexto em Enfermagem.[online], 2004, Out-Dez; 13(4):519-26. Disponível em: . Acesso em: 22 Abril 2010. MONTEIRO, Rachel Lira; LOYOLA, Cristina Maria Douat. Qualidade de oficinas terapêuticas segundo pacientes . Revista Texto e Contexto em Enfermagem.[online], 2009, Jul-Set; 18(3):436-42. Disponível em: . Acesso em: 22 Abril 2010.            

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    QUALIDADE DAS OFICINAS TERAPÊUTICAS EM SAÚDE MENTAL NA PERSPECTIVA DOS USUÁRIOS: UM ESTUDO DE ENFERMAGEMVanessa Andrade Martins PintoLilian Hortale de Oliveira MoreiraDescritores: Serviços de Saúde Mental; Indicadores de Qualidade em Assistência à Saúde; Enfermagem Psiquiátrica.INTRODUÇÃO: As oficinas terapêuticas em saúde mental são atividades realizadas em grupo com a presença e orientação de um ou mais profissionais, monitores e/ou estagiários. Elas realizam vários tipos de atividades que podem ser definidas através do interesse dos usuários, das possibilidades dos técnicos do serviço, das necessidades, tendo em vista a maior integração social e familiar, a manifestação de sentimentos e problemas, o desenvolvimento de habilidades corporais, a realização de atividades produtivas, o exercício coletivo da cidadania (BRASIL, MS, 2004, p.20). Conforme o redirecionamento para o modelo assistencial de saúde mental proposto pela Lei nº 10.216, de 06 de abril de 2001, as oficinas terapêuticas são uma das principais formas de tratamento oferecidas nos Centros de Atenção Psicossocial, serviços considerados hoje como um dos reguladores da assistência em saúde mental. Neste novo modelo de atenção à saúde mental, entende-se que as oficinas terapêuticas não devem possuir o sentido da ocupação e do entretenimento, e sim de serem promotoras da reinserção social por meio de ações que podem envolver o trabalho, a criação de um produto, a geração de renda e a autonomia do sujeito, para que não voltemos a cair numa nova institucionalização, que pode vir a criar outros crônicos (LIMA, 2008, p.62). Fato que nos motivou a pesquisar sobre a qualidade do que estamos produzindo ou re-produzindo nestes espaços, segundo a narrativa de quem utiliza esses espaços. Pois, o que vivenciamos hoje nos dispositivos terapêuticos dos serviços em saúde mental, são mudanças realizadas a partir de discussões de profissionais, que não envolvem os usuários. Não que as reuniões e discussões de profissionais não sejam importantes e/ou capazes de mostrar as evoluções dos usuários, mas faz-se necessária a utilização de um instrumento que expresse a demanda do usuário, para ficarmos mais próximos do que eles desejam ter ao participarem das oficinas.OBJETIVO: Analisar as características de qualidade das oficinas terapêuticas em saúde mental na perspectiva dos usuários.METODOLOGIA: Realizamos uma revisão sistemática qualitativa, ou seja, os dados dos estudos selecionados foram sintetizados, mas não estatisticamente combinados (Galvão, Sawada, Trevizan, 2004, p.553). Para o levantamento desses dados, consultamos: (a) Banco de Teses e Dissertações-CAPES; (b) 09 Periódicos de Enfermagem disponíveis em meio eletrônico, de acordo com a classificação (QUALI-CAPES) entre A2 e B3, (Revista Texto e Contexto em Enfermagem (A2); Acta Paulista em Enfermagem (A2); Revista Latino-Americana em Enfermagem (A2); Revista Brasileira de Enfermagem (B1); Revista da Escola de Enfermagem Anna Nery (B1); Revista Enfermagem UERJ (B1); Revista Mineira de Enfermagem (B2); Revista Eletrônica de Enfermagem (B2) e Revista Cogitare Enfermagem (B3)) (c) Bases (LILACS; SCIELO e PUBMED/MEDLINE). Esse levantamento foi realizado no período de 16/04/2010 à 05/07/2010. Para essa pesquisa desenvolvemos a seguinte pergunta-guia: “Quais as características de Qualidade das Oficinas Terapêuticas na Saúde Mental segundo os usuários?”. Como critério de inclusão, selecionamos ser: a) artigo original e disponibilizado na íntegra; (b) publicado no período de 2000 a 2010; (c) nos idiomas português, inglês e espanhol; (d) abordado, pelos usuários dos serviços substitutivos de saúde mental; (e) definido quanto aos objetivos, elenco social, método e apresentação de forma consistente dos resultados. Como critério de exclusão, traçamos: o não atendimento a todos os critérios de inclusão supra-citados. Foi elaborado um protocolo de análise. Foram realizadas, inicialmente, leituras dos Títulos e Resumos dos artigos encontrados, avaliando-os segundo o critério de inclusão. Posteriormente, os artigos selecionados foram lidos na íntegra para que cumpríssemos com fidedignidade o protocolo de análise elaboradoRESULTADOS: Não foi encontrado nenhum estudo no Banco de Teses e Dissertações-CAPES . Dos (09) periódicos selecionados foram analisados um total de 236 volumes e selecionados dois artigos. O periódico e seus respectivos autores foram: Revista Texto e Contexto em Enfermagem (Monteiro e Loyola, 2009) e (Lappann Botti e Labate, 2004). Esses artigos apontaram, respectivamente: a participação dos usuários nas oficinas terapêuticas pode estar associada a quatro desejos principais: melhores relações sociais, diminuição dos sintomas, ajuda com respeito e alguma remuneração. E que as oficinas em saúde mental segundo a representação dos usuários avançam em direção à reabilitação psicossocial, como dispositivo que materializa o paradigma psicossocial. Nas bases LILACS, SCIELO e MEDLINE / PUBMED, analisamos 72 estudos e selecionamos um. Na base LILACS, selecionado 01 artigo o mesmo encontrado no periódico da Revista Texto e Contexto de Enfermagem (Monteiro e Loyola, 2009). Na PUBMED/MEDLINE até o momento não foi encontrado estudos relacionados diretamente as características de qualidade das oficinas terapêuticas na saúde mental, apenas sobre a avaliação dos usuários a respeito dos serviços de saúde mental da rede básica (ambulatórios e moradias assistidas) e da rede hospitalar (internação psiquiátrica).CONCLUSÂO: A partir da análise dos estudos selecionados, concluímos que na saúde mental, a disponibilidade de recursos avaliativos ainda é pequena. Dos estudos encontrados a maioria aborda a avaliação do serviço substitutivo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e apenas três o dispositivo oficina terapêutica especificamente, todos no Brasil. Desses três, dois deram enfoque a opinião dos usuários e um a opinião dos familiares. Porém, apenas um retrata as características de qualidade das oficinas terapêuticas segundo os usuários. É importante a realização de estudos que verifiquem as características de qualidade dos novos dispositivos em saúde mental, tendo em vista o período decorrido, ainda recente, que vêm sendo construídos em número crescentes no país desde o início dos anos 2000 em decorrência do aprofundamento e ampliação das experiências substitutivas ao modelo manicomial no final dos anos 1980, denominado como Reforma Psiquiátrica (AMARANTE, 1995, p.50). Portanto a investigação é pertinente e revela uma lacuna do conhecimento na área da saúde mental, reforçando assim, a importância do desenvolvimento de estudos/pesquisas que contemplem essa temática e é nossa função enquanto profissionais da área contribuir nessa discussão tão importante para o campo da atenção psicossocial. Ressaltamos que estudos sobre esse temática é fundamental para que possamos propor uma discussão sobre o que os usuários desejam receber nesse espaço ‘oficina terapêutica’ para que esse dispositivo assistencial faça sentido e seja capaz de movimentar a vida dos mesmos.  REFERÊNCIAS:AMARANTE, P. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1995.136p.BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Lei 10.216 de 06 de abril de 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/legisl/htm. Acesso em 20 fev. 2009.BRASIL, MISNISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde Mental no SUS: os Centros de Atenção Psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde: 2004. p 20-26.LIMA, Elizabeth Araújo. Oficinas e outros dispositivos para uma clínica atravessada pela criação. In: COSTA, Clarice Moura & FIGUEIREDO, Ana Cristina (orgs). Oficinas terapêuticas em saúde mental: sujeito produção e cidadania. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2008. p.59-81.GALVÃO, Cristina Maria; SAWADA, Namie Okino; TREVIZAN, Maria Auxiliadora. Revisão sistemática: Recurso que proporciona a incorporação das evidências na prática de enfermagem. Revista Latino-Americana em Enfermagem, 2004, maio-junho;12(3):549-56.LAPPANN-BOTTI, Nadja Cristiane; Labate, Renata Curi. Oficinas em saúde mental: a representação dos usuários dos serviços de saúde mental. Revista Texto e Contexto em Enfermagem.[online], 2004, Out-Dez; 13(4):519-26. Disponível em: . Acesso em: 22 Abril 2010.MONTEIRO, Rachel Lira; LOYOLA, Cristina Maria Douat. Qualidade de oficinas terapêuticas segundo pacientes . Revista Texto e Contexto em Enfermagem.[online], 2009, Jul-Set; 18(3):436-42. Disponível em: . Acesso em: 22 Abril 2010.    QUALIDADE DAS OFICINAS TERAPÊUTICAS EM SAÚDE MENTAL NA PERSPECTIVA DOS USUÁRIOS: UM ESTUDO DE ENFERMAGEMVanessa Andrade Martins PintoLilian Hortale de Oliveira MoreiraDescritores: Serviços de Saúde Mental; Indicadores de Qualidade em Assistência à Saúde; Enfermagem Psiquiátrica.INTRODUÇÃO: As oficinas terapêuticas em saúde mental são atividades realizadas em grupo com a presença e orientação de um ou mais profissionais, monitores e/ou estagiários. Elas realizam vários tipos de atividades que podem ser definidas através do interesse dos usuários, das possibilidades dos técnicos do serviço, das necessidades, tendo em vista a maior integração social e familiar, a manifestação de sentimentos e problemas, o desenvolvimento de habilidades corporais, a realização de atividades produtivas, o exercício coletivo da cidadania (BRASIL, MS, 2004, p.20). Conforme o redirecionamento para o modelo assistencial de saúde mental proposto pela Lei nº 10.216, de 06 de abril de 2001, as oficinas terapêuticas são uma das principais formas de tratamento oferecidas nos Centros de Atenção Psicossocial, serviços considerados hoje como um dos reguladores da assistência em saúde mental. Neste novo modelo de atenção à saúde mental, entende-se que as oficinas terapêuticas não devem possuir o sentido da ocupação e do entretenimento, e sim de serem promotoras da reinserção social por meio de ações que podem envolver o trabalho, a criação de um produto, a geração de renda e a autonomia do sujeito, para que não voltemos a cair numa nova institucionalização, que pode vir a criar outros crônicos (LIMA, 2008, p.62). Fato que nos motivou a pesquisar sobre a qualidade do que estamos produzindo ou re-produzindo nestes espaços, segundo a narrativa de quem utiliza esses espaços. Pois, o que vivenciamos hoje nos dispositivos terapêuticos dos serviços em saúde mental, são mudanças realizadas a partir de discussões de profissionais, que não envolvem os usuários. Não que as reuniões e discussões de profissionais não sejam importantes e/ou capazes de mostrar as evoluções dos usuários, mas faz-se necessária a utilização de um instrumento que expresse a demanda do usuário, para ficarmos mais próximos do que eles desejam ter ao participarem das oficinas.OBJETIVO: Analisar as características de qualidade das oficinas terapêuticas em saúde mental na perspectiva dos usuários.METODOLOGIA: Realizamos uma revisão sistemática qualitativa, ou seja, os dados dos estudos selecionados foram sintetizados, mas não estatisticamente combinados (Galvão, Sawada, Trevizan, 2004, p.553). Para o levantamento desses dados, consultamos: (a) Banco de Teses e Dissertações-CAPES; (b) 09 Periódicos de Enfermagem disponíveis em meio eletrônico, de acordo com a classificação (QUALI-CAPES) entre A2 e B3, (Revista Texto e Contexto em Enfermagem (A2); Acta Paulista em Enfermagem (A2); Revista Latino-Americana em Enfermagem (A2); Revista Brasileira de Enfermagem (B1); Revista da Escola de Enfermagem Anna Nery (B1); Revista Enfermagem UERJ (B1); Revista Mineira de Enfermagem (B2); Revista Eletrônica de Enfermagem (B2) e Revista Cogitare Enfermagem (B3)) (c) Bases (LILACS; SCIELO e PUBMED/MEDLINE). Esse levantamento foi realizado no período de 16/04/2010 à 05/07/2010. Para essa pesquisa desenvolvemos a seguinte pergunta-guia: “Quais as características de Qualidade das Oficinas Terapêuticas na Saúde Mental segundo os usuários?”. Como critério de inclusão, selecionamos ser: a) artigo original e disponibilizado na íntegra; (b) publicado no período de 2000 a 2010; (c) nos idiomas português, inglês e espanhol; (d) abordado, pelos usuários dos serviços substitutivos de saúde mental; (e) definido quanto aos objetivos, elenco social, método e apresentação de forma consistente dos resultados. Como critério de exclusão, traçamos: o não atendimento a todos os critérios de inclusão supra-citados. Foi elaborado um protocolo de análise. Foram realizadas, inicialmente, leituras dos Títulos e Resumos dos artigos encontrados, avaliando-os segundo o critério de inclusão. Posteriormente, os artigos selecionados foram lidos na íntegra para que cumpríssemos com fidedignidade o protocolo de análise elaboradoRESULTADOS: Não foi encontrado nenhum estudo no Banco de Teses e Dissertações-CAPES . Dos (09) periódicos selecionados foram analisados um total de 236 volumes e selecionados dois artigos. O periódico e seus respectivos autores foram: Revista Texto e Contexto em Enfermagem (Monteiro e Loyola, 2009) e (Lappann Botti e Labate, 2004). Esses artigos apontaram, respectivamente: a participação dos usuários nas oficinas terapêuticas pode estar associada a quatro desejos principais: melhores relações sociais, diminuição dos sintomas, ajuda com respeito e alguma remuneração. E que as oficinas em saúde mental segundo a representação dos usuários avançam em direção à reabilitação psicossocial, como dispositivo que materializa o paradigma psicossocial. Nas bases LILACS, SCIELO e MEDLINE / PUBMED, analisamos 72 estudos e selecionamos um. Na base LILACS, selecionado 01 artigo o mesmo encontrado no periódico da Revista Texto e Contexto de Enfermagem (Monteiro e Loyola, 2009). Na PUBMED/MEDLINE até o momento não foi encontrado estudos relacionados diretamente as características de qualidade das oficinas terapêuticas na saúde mental, apenas sobre a avaliação dos usuários a respeito dos serviços de saúde mental da rede básica (ambulatórios e moradias assistidas) e da rede hospitalar (internação psiquiátrica).CONCLUSÂO: A partir da análise dos estudos selecionados, concluímos que na saúde mental, a disponibilidade de recursos avaliativos ainda é pequena. Dos estudos encontrados a maioria aborda a avaliação do serviço substitutivo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e apenas três o dispositivo oficina terapêutica especificamente, todos no Brasil. Desses três, dois deram enfoque a opinião dos usuários e um a opinião dos familiares. Porém, apenas um retrata as características de qualidade das oficinas terapêuticas segundo os usuários. É importante a realização de estudos que verifiquem as características de qualidade dos novos dispositivos em saúde mental, tendo em vista o período decorrido, ainda recente, que vêm sendo construídos em número crescentes no país desde o início dos anos 2000 em decorrência do aprofundamento e ampliação das experiências substitutivas ao modelo manicomial no final dos anos 1980, denominado como Reforma Psiquiátrica (AMARANTE, 1995, p.50). Portanto a investigação é pertinente e revela uma lacuna do conhecimento na área da saúde mental, reforçando assim, a importância do desenvolvimento de estudos/pesquisas que contemplem essa temática e é nossa função enquanto profissionais da área contribuir nessa discussão tão importante para o campo da atenção psicossocial. Ressaltamos que estudos sobre esse temática é fundamental para que possamos propor uma discussão sobre o que os usuários desejam receber nesse espaço ‘oficina terapêutica’ para que esse dispositivo assistencial faça sentido e seja capaz de movimentar a vida dos mesmos.  REFERÊNCIAS:AMARANTE, P. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1995.136p.BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Lei 10.216 de 06 de abril de 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/legisl/htm. Acesso em 20 fev. 2009.BRASIL, MISNISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde Mental no SUS: os Centros de Atenção Psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde: 2004. p 20-26.LIMA, Elizabeth Araújo. Oficinas e outros dispositivos para uma clínica atravessada pela criação. In: COSTA, Clarice Moura & FIGUEIREDO, Ana Cristina (orgs). Oficinas terapêuticas em saúde mental: sujeito produção e cidadania. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2008. p.59-81.GALVÃO, Cristina Maria; SAWADA, Namie Okino; TREVIZAN, Maria Auxiliadora. Revisão sistemática: Recurso que proporciona a incorporação das evidências na prática de enfermagem. Revista Latino-Americana em Enfermagem, 2004, maio-junho;12(3):549-56.LAPPANN-BOTTI, Nadja Cristiane; Labate, Renata Curi. Oficinas em saúde mental: a representação dos usuários dos serviços de saúde mental. Revista Texto e Contexto em Enfermagem.[online], 2004, Out-Dez; 13(4):519-26. Disponível em: . Acesso em: 22 Abril 2010.MONTEIRO, Rachel Lira; LOYOLA, Cristina Maria Douat. Qualidade de oficinas terapêuticas segundo pacientes . Revista Texto e Contexto em Enfermagem.[online], 2009, Jul-Set; 18(3):436-42. Disponível em: . Acesso em: 22 Abril 2010.      

    Dieta da coruja-buraqueira em ambientes abertos do sul do Brasil 1 Universidade

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    Athene cunicularia’s diet is composed of vertebrates and invertebrates, whose relative frequencies can change in space or time. We analyse habitat and temporal variation in the weight and the composition of prey in bird pellets. We collected 396 pellets from nine owl couples for six months and in three open habitats: near forest, far from forest, and urban. Mean pellet weight was 1.03 g. August showed pellets 15% heavier and March 22% lighter than average, differing from the other months. Regarding composition of prey, vertebrates occurred more in the pellets during June, July and August, while invertebrates showed higher frequency in summer months in open habitats far from forest. At the lower taxonomic level, we identified the presence of mammals, serpents, amphibians, birds, beetles, ants, spiders, grasshoppers, woodlice, molluscs and cockroaches in the pellets. The diet during winter in open habitats far from forest showed higher presence of mammals, while summer months in open habitats near forest and in urban habitats showed more hymenopterans. The results showed that A. cunicularia preys on a wide spectrum of prey, but we found some preference for specific prey depending on the season and on the open habitat types.Keywords: Atlantic Forest, pellets, spatial effect, time effect.A dieta da coruja-buraqueira Athene cunicularia é composta de vertebrados e invertebrados, cujas frequências relativas podem mudar no tempo e/ou espaço. Analisamos variações ambientais e temporais no peso e na composição de presas nas pelotas dessas aves. Coletamos 396 pelotas de nove casais durante seis meses em três áreas abertas no sul do Brasil: próximas de floresta, afastadas de floresta e urbanas. O peso médio das pelotas foi de 1,03 g. Agosto apresentou pelotas 15% mais pesadas, enquanto março teve pelotas 22% menos pesadas, comparadas com a média, ambos se diferenciando dos outros meses. Com relação à composição de presas, vertebrados ocorreram com mais frequência em junho, julho e agosto, enquanto invertebrados nos meses mais quentes em áreas abertas afastadas da floresta. Ao menor nível taxonômico, identificamos mamíferos, serpentes, anfíbios, aves, besouros, formigas, aranhas, gafanhotos, tatuzinhos-de-jardim, moluscos e baratas nas pelotas. A dieta no inverno apresentou maior frequência de mamíferos em áreas abertas afastadas de floresta, enquanto aquela do verão apresentou mais himenópteros em áreas abertas perto de floresta e em áreas urbanas. Os resultados mostram que A. cunicularia preda em um amplo espectro de presas, mas encontramos algumas preferências para presas específicas, dependendo da estação e do tipo de área aberta.Palavras-chave: Mata Atlântica, pelotas, efeito espacial, efeito temporal

    Pricing models for rent and sale of residential properties in the city of João Monlevade-MG via multivariate linear regression.

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    Os consumidores de bens e serviços de um determinado mercado são atraídos por um conjunto de atributos de valor que direta ou indiretamente os qualificam em relação aos seus concorrentes. Por outro lado, embora o “preço” seja apenas um dentre os vários atributos, ele muitas vezes é interpretado como uma variável resposta que reúne os demais, justamente pelo seu grau de relevância quanto à restrição orçamentária dos consumidores. Esse artigo objetiva entender o grau de influência e correlação de um conjunto de variáveis explicativas nos preços de imóveis residenciais ofertados para locação e venda na cidade de João Monlevade-MG, via modelos de regressão linear multivariada. A metodologia proposta se baseia em informações reais referentes aos preços ofertados na cidade e suas características estruturais e locacionais, a citar: quantidade de quartos e vagas na garagem; quantitativo de ocorrências policiais; proximidade com o centro comercial, postos de saúde e escolas estaduais mais próximas. Como resultado, foi possível obter um conjunto de equações matemática capazes de explicar o preço em função das variáveis preditoras, bem como entender a relação entre estas variáveis.Consumers of goods and services in a particular market are attracted by a set of value attributes that directly or indirectly qualify them in relation to their competitors. On the other hand, although the “price” is only one among the various attributes, it is often interpreted as a response variable that gathers the others, precisely because of their relevance level to the consumers budget constraint. This paper proposes to evaluate the level of influence and correlation of a set of explanatory variables in the prices of residential properties offered for rent and sale in the city of João Monlevade-MG, using multivariate linear regression models. The methodology is based on real information regarding the prices offered in the city and its structural and locational characteristics, to quote: number of rooms and parking spaces; number of police occurrences; proximity to the center, health centers and schools more nearby. As a result, it was possible to obtain a set of mathematical equations able to explain the price according to the predictor variables, as well as to understand the relation betweenthese variables

    Socio-demographic profile and areas of occupational performance in stroke patients attended by occupational therapy service

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    Background: Stroke (cerebrovascular accident; CVA) resulting in difficulty orinability to perform functional tasks and daily tasks, making it difficult or impossible to return towork, participation in family and community. Occupational therapy interventions help to improveskills in activities of daily life, encouraging greater independence, autonomy, social participationand quality of life. Objective: To identify socio-demographic profile of patients after stroke treatedin an occupational therapy service and identify the filds most affected occupational performance.Methodology: Cross-sectional study with patients with stroke. We used an interview to collectsociodemographic information and the Canadian Occupational Performance Measure (COPM).Results: 19 patients, 9 (47.3%) were female and 10 (52.6%) were male, aged between 36 and 74years (20-39 = 21%, 40-60 = 57.89%, > 60 = 21%). 13 (68.4%) were married or had stable union.Most had finished elementary school. Individuals reported 40 areas of occupational performanceproblems, the most quoted food and gear (self-care), cooking (productivity) and write (leisureactivities). Conclusion: The results indicate the importance of rehabilitative approaches that focuson performance in these areas most affected by stroke, in order to enable greater independence,autonomy and social participation.Introdução: As seqüelas do acidente vascular encefálico (AVE) resultam em dificuldadeou incapacidade para realizar tarefas funcionais e do dia a dia, dificultando ou impossibilitando oretorno ao trabalho, a participação na família e na comunidade. Intervenções de terapia ocupacionalajudam a melhorar as habilidades nas atividades de vida diária, favorecendo maior independência,autonomia, participação social e qualidade de vida. Objetivo: Identificar o perfil sócio demográficode pacientes pós AVE atendidos em um serviço de terapia ocupacional e identificar as áreas dedesempenho ocupacional mais afetadas. Metodologia: Estudo transversal, com pacientes pós-AVE. Foi utilizada uma entrevista para coleta de informações sócio demográficas e a MedidaCanadense de Desempenho Ocupacional (COPM). Resultados: 19 pacientes, sendo 9 (47,3%) dosexo feminino e 10 (52,6%) do sexo masculino, idade entre 36 e 74 anos (20-39 = 21%; 40-60 =57,89%; > 60 = 21%). 13 (68,4%) eram casados ou possuíam união estável. A maioria apresentouensino fundamental incompleto. Os indivíduos relataram 40 áreas problemas de desempenhoocupacional, sendo as mais citadas alimentação e marcha (autocuidado), cozinhar (produtividade)e escrever (atividades de lazer). Considerações finais: Os resultados apontam para a importânciade abordagens reabilitadoras que foquem nestas áreas de desempenho mais afetadas pelo AVE, deforma a possibilitar maior independência, autonomia e participação socia

    Macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores da qualidade ambiental do estuário do Rio Pará, uma área úmida da Amazônia Oriental

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    O estudo caracterizou e avaliou o uso da comunidade de macroinvertebrados bentônicos como indicadora de impactos em diferentes ambientes estuarinos na área do Complexo Portuário Industrial (CPI) de Vila do Conde (Pará, região amazônica). A fauna de praias e rios, em setores do estuário sob diferentes graus de impacto ambiental (alto, médio e baixo), foi comparada em distintos períodos sazonais. A macrofauna foi composta por grupos tipicamente dulcícolas e estuarinos. As praias apresentaram sedimento com textura variando de areia média a grossa, com macrofauna menos rica ( = 4,5 ± SE 0,3 táxons/amostra) e densa ( = 1.838,1 ± 164,8 ind./m2), quando comparados aos rios ( = 5,9 ± 0,3 táxons/amostra e 3.248,9 ± 77,0 ind./m2), os quais foram ambientes mais lamosos. Para ambos os ambientes, locais no setor de alto impacto eram de menor riqueza ( = 4,7 ± 0,3 táxons/amostra) e densidade ( = 2.812,9 ± 232,7 ind./m2), quando comparados ao do setor de baixo impacto  ( = 7,6 ± 0,4 táxons/amostra e 3.314,3 ± 230,1 ind./m2). A riqueza ( = 6,4 ± 0,3 táxons/amostra) e densidade ( = 3.859,4 ± 190,2 ind./m2) foram mais altas no período mais chuvoso, do que no período menos chuvoso ( = 4,8 ± 0,3 táxons/amostra e 1.933,0 ± 172,1 ind./m2). Contudo, não ocorreram modificações sazonais significativas na composição. Os resultados indicaram que a estrutura da comunidade de macroinvertebrados bentônicos no entorno do CPI responde à perda da qualidade ambiental, com efeitos extremos de queda na abundância e diversidade. Táxons mais tolerantes (Namalycastis caetensis, Cirolana sp., Pseudosphaeroma sp., Tubificidae e Chironominae) e sensíveis (Hydropsychidae e Eteone sp.) às condições de impactos foram identificados e avaliados como potenciais bioindicadores. The study characterized and evaluated the use of the benthic macroinvertebrate community as an indicator of impacts in different estuarine environments around the Industrial Port Complex (IPC) of Vila do Conde (Pará State, Amazon region). Fauna of beaches and rivers, in sectors of the estuary under different degrees of environmental impact (high, medium, and low), was compared in different seasonal periods. Macrofauna was composed of typically fresh-water and estuarine groups. Beaches presented sediment with a texture ranging from medium to coarse sand, with a less rich macrofauna ( = 4.5 ± SE 0.3 taxa/sample) and dense ( = 1,838.1 ± 164.8 ind./m2) of organisms when compared to rivers ( = 5.9 ± 0.3 taxa/sample, and 3,248.9 ± 77.0 ind./m2), which were environments more muddy. For both environments, sites in the high-impact sector were less rich ( = 4.7 ± 0.3 taxa/sample) and dense ( = 2,812.9 ± 232.7 ind./m2) when compared to those in the low-impact sector ( = 7.6 ± 0.4 taxa/sample, and 3,314.3 ± 230.1 ind./m2). Richness ( = 6.4 ± 0.3 taxa/sample) and density ( = 3,859.4 ± 190.2 ind./m2) were higher in the rainier season when compared to the less rainy season ( = 4.8 ± 0.3 taxa/sample, and 1,933.0 ± 172.1 ind./m2). However, there were no significant seasonal changes in composition. Results indicated that the structure of the benthic macroinvertebrate community surrounding the IPC responds to the loss of environmental quality, with extreme effects of a drop in abundance and diversity. Taxa that are more tolerant (Namalycastis caetensis, Cirolana sp., Pseudosphaeroma sp., Tubificidae, and Chironominae) and sensitive (Hydropsychidae and Eteone sp.) to impact conditions were identified and evaluated as potential bioindicators

    COOPERATIVISMO: UMA ROTA PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO DOS PRODUTORES FAMILIARES DE MANDIOCA DA COMUNIDADE DE CURUMU NO MUNICÍPIO DE ALENQUER-PA

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    A produção de mandioca é realizada, em grande parte, por agricultores familiares. Entretanto, no Oeste do Pará, estes atuam de forma isolada, fato que impossibilita o desenvolvimento, o fortalecimento e a melhoria das condições de vida do agricultor familiar. Este estudo tem como objetivo analisar e descrever as causas que a desorganização nos setores da mandiocultura levam a improdutividade e a não valorização dessa atividade e dos agricultores da comunidade de Curumu no município de Alenquer-PA. Buscando auxiliar na criação de cooperativa e, assim, possibilitar condições para se tornarem agentes do próprio desenvolvimento. Para captação de informações acerca da realidade dos agricultores, foi utilizado, como instrumento de coleta de dados primários, um questionário com questões semiabertas. Assim como foram obtidas informações complementares por meio de pesquisas no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como em outros que tratam do tema proposto e em trabalhos científicos correlacionados. As informações mostram a importância da mandioca no Brasil e na agricultura familiar, em especial na comunidade estudada que a tem como principal fonte de renda. Observou-se que a falta de uma organização coletiva induz a informalidade, a falta de apoio financeiro e acesso a políticas públicas, dificulta o investimento em novas tecnologias, dificulta a logística, a capacitação dos produtores e induz a saída dos jovens do campo. Conclui-se que a desorganização local amplia os problemas na cadeia de valor da mandiocultura no município de Alenquer. Logo demandando novas pesquisa acerca do papel do empreendedorismo coletivo para mitigar estes problema

    Genetic and biochemical evidence for redundant pathways leading to mycosporine-like amino acid biosynthesis in the cyanobacterium Sphaerospermopsis torques-reginae ITEP-024

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    Cyanobacteria have been widely reported to produce a variety of UV-absorbing mycosporine-like amino acids (MAAs). Herein, we reported production of the unusual MAA, mycosporine-glycine-alanine (MGA) in the cyanobacterium Sphaerospermopsis torques-reginae ITEP-024 using a newly developed UHPLC-DAD-MS/HRMS (ultra-high performance liquid chromatography-diode array detection-high resolution tandem mass spectrometry) method. MGA had previously been first identified in a red-algae, but S. torques-reginae strain ITEP-024 is the first cyanobacteria to be reported as an MGA producer. Herein, the chemical structure of MGA is fully elucidated from one-dimensional / two-dimensional nuclear magnetic resonance and HRMS data analyses. MAAs are unusually produced constitutively in S. torques-reginae ITEP-024, and this production was further enhanced following UV-irradiance. It has been proposed that MAA biosynthesis proceeds in cyanobacteria from the pentose phosphate pathway intermediate sedoheptulose 7-phosphate. Annotation of a gene cluster encoded in the genome sequence of S. torques-reginae ITEP-024 supports these gene products could catalyse the biosynthesis of MAAs. However, addition of glyphosate to cultures of S. torques-reginae ITEP-024 abolished constitutive and ultra-violet radiation induced production of MGA, shinorine and porphyra-334. This finding supports involvement of the shikimic acid pathway in the biosynthesis of MAAs by this species.Peer reviewe

    Tangible interfaces in virtual environments, case study "Instituto de Engenharia Nuclear Virtual"

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    Virtual Reality (VR) techniques allow the creation of realistic representations of an individual. These technologies are being applied in several fields such as training, simulations, virtual experiments and new applications are constantly being found. This work aims to present an interactive system in virtual environments without the use of peripherals typically found in computers such as mouse and keyboard. Through the movement of head and hands it is possible to control and navigate the virtual character (avatar) in a virtual environment, an improvement in the man-machine integration. The head movements are recognized using a virtual helmet with a tracking system. An infrared camera detects the position of infrared LEDs located in the operator’s head and places the vision of the virtual character in accordance with the operator’s vision. The avatar control is performed by a system that detects the movement of the hands, using infrared sensors, allowing the user to move it in the virtual environment. This interaction system was implemented in the virtual model of the Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), which is located on the Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - Brazil. This three-dimensional environment, in which avatars can move and interact according to the user movements, gives a feeling of realism to the operator. The results show an interface that allows a higher degree of immersion of the operator in the virtual environment, promoting a more engaging and dynamic way of working

    Radiological Aspects of Intra-Pancreatic Spleen

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    The spleen, an accessory organ located within the pancreatic parenchyma, is a congenital anomaly of the splenic tissue with morphological and histological characteristics resembling to a normal spleen, usually in the tail of the pancreas. The intra-pancreatic accessory spleen (IPAS) is mainly a benign lesion, being usually asymptomatic and found on imaging studies on an incidental basis, but which often raises concern about malignancy and may be radiographically indistinguishable from neuroendocrine tumours, pandreatic tumours and adenocarcinomas. Therefore, the present study aims to report a case of IPAS by using computed tomography (CT) and magnetic resonance (MR) imaging, in addition to correlating the radiographic findings of the case report with other radiological methods in the literature review. Information was obtained by reviewing medical records, conducting interviews with the patient and using diagnostic photographs as well as laboratory data. In this context, the case report is of a male patient with previous history renal cell carcinoma and who had undergone total left nephrectomy and resection of retroperitoneal lymph nodes. Post-operative followed-up exams showed a nodular image in the pancreatic tail suggestive of metastasis, but whose correct diagnosis was possible by means of CT and MR studies as only an asymptomatic benign affection was shown, meaning that only a conservative intervention was necessary.Baço – acessório localizado dentro do parênquima pancreático – é uma anomalia congênita do tecido esplênico, com características morfológicas e histológicas semelhante ao baço normal apresentado, geralmente, na cauda do pâncreas. O baço acessório intrapancreático (BAI) trata-se, sobretudo, de uma lesão benigna, usualmente assintomática e encontrada incidentalmente em estudos de imagem, mas que suscitam frequentemente uma preocupação de malignidade e podem ser radiologicamente indistinguíveis de tumores neuroendócrinos, tumores pancreáticos e adenocarcinomas. O presente estudo visa, portanto, relatar um caso de baço acessório intrapancreático através da tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), além de correlacionar os achados radiográficos do relato de caso com outros métodos radiológicos encontrados na revisão de literatura. As informações contidas foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, registro fotográfico dos métodos diagnósticos em geral e dados laboratoriais, aos quais o paciente foi submetido. Nesse contexto, o relato de caso é de um homem com história prévia de carcinoma de células renais que, após realização de nefrectomia total à esquerda e de linfonodos retroperitoneais, constatou no seguimento de seus exames de controle pós-operatório uma imagem  nodular na cauda pancreática sugestiva de metástase, mas que, através do estudo tomográfico e de RM, foi possível realizar o correto diagnóstico, tratando-se apenas de uma afecção benigna assintomática e de intervenção conservadora descrita como BAI
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