16 research outputs found

    Arte, fantasia e amor na metafísica ocidental: a interpretação de Agamben sobre a cisão entre poesia e filosofia em Platão

    Get PDF
    O objetivo deste artigo é investigar como Giorgio Agamben problematiza a cisão entre filosofia e poesia em Platão. Identificamos dois momentos da crítica de Agamben a Platão: 1) em O Homem sem Conteúdo, a cisão entre poesia e filosofia aparece no contexto do projeto de uma “destruição da estética”, cujo foco é diferenciar os modos de produção “prático” e “poético” em sua relação com a história da metafísica; 2) em Estâncias, a cisão entre poesia e filosofia aparece em meio à análise da poesia de amor medieval, cujos conceitos de “amor” e de “fantasma”, mesmo se fundando numa tradição neoplatônica, apresentam um certo entendimento da origem da palavra poética que supera a cisão platônica entre verdade e fantasma. Busca-se apresentar de que modo estes dois momentos da crítica de Agamben à metafísica de Platão tem como objetivo restituir à filosofia o seu estatuto ético-poético

    ESTÉTICA E ONTOLOGIA EM HISTÓRIA DA LOUCURA

    Get PDF
    O presente artigo pretende investigar como Foucault reflete, em História da Loucura, sobre o estatuto ontológico da loucura por meio de ideias provenientes da ontologia da obra de arte. Neste sentido, vamos nos atentar ao diálogo entre Foucault, Nietzsche e Blanchot, mostrando como os três pensam a questão do ser da obra de arte sempre em oposição a uma razão dialética.This essay examines how Foucault conceives the ontological statute of madness based on ideas that belong to the ontology of the work of art. I will focus my analysis on the intersections between Foucault, Nietzsche and Blanchot, showing how they always oppose the being of the work of art to the dialectical reason

    Sobre as responsabilidades e liberdades de se discutir o suicídio

    Get PDF

    Arte, fantasia e amor na metafísica ocidental: a interpretação de Agamben sobre a cisão entre poesia e filosofia em Platão

    No full text
    O objetivo deste artigo é investigar como Giorgio Agamben problematiza a cisão entre filosofia e poesia em Platão. Identificamos dois momentos da crítica de Agamben a Platão: 1) em O Homem sem Conteúdo, a cisão entre poesia e filosofia aparece no contexto do projeto de uma “destruição da estética”, cujo foco é diferenciar os modos de produção “prático” e “poético” em sua relação com a história da metafísica; 2) em Estâncias, a cisão entre poesia e filosofia aparece em meio à análise da poesia de amor medieval, cujos conceitos de “amor” e de “fantasma”, mesmo se fundando numa tradição neoplatônica, apresentam um certo entendimento da origem da palavra poética que supera a cisão platônica entre verdade e fantasma. Busca-se apresentar de que modo estes dois momentos da crítica de Agamben à metafísica de Platão tem como objetivo restituir à filosofia o seu estatuto ético-poético

    O legado de Goethe no romance ocidental: caminhos e descaminhos do cânone mínimo

    Get PDF

    Metapoética em Com os meus olhos de cão, de Hilda Hist: transcendência como experiência poética-filosófica

    No full text
    O presente artigo apresenta uma leitura do tema da transcendência em Com meus olhos de cão, de Hilda Hilst, entendendo-a como um exemplo da configuração metapoética da obra da autora. Tal leitura se baseia na interpretação de Agamben da transcendência enquanto um experimentum linguae, ou seja, uma experiência poética com a linguagem. Assim, pretende-se mostrar de que forma o personagem Amós Kéres, poeta e matemático, simboliza a figura do escritor romântico em busca da originalidade de sua escrita. Narrando o embate de Amós com a experiência de um profundo tédio existencial – em diálogo com o Fausto, de Goethe – Hilda Hilst apresenta o processo de criação (poiésis) como uma experiência formalmente idêntica à do filósofo diante do nada

    ESTÉTICA E ONTOLOGIA EM HISTÓRIA DA LOUCURA

    No full text
    <p>This essay examines how Foucault conceives the ontological statute of madness based on ideas that belong to the ontology of the work of art. I will focus my analysis on the intersections between Foucault, Nietzsche and Blanchot, showing how they always oppose the being of the work of art to the dialectical reason.</p

    Metapoetry in With my dog eyes [Com os meus olhos de cão], by Hilda Hilst: transcendence as a poetic-philosophical experience

    No full text
    This paper presents an interpretation of the theme of transcendence in With my dog eyes, by Hilda Hilst, considering it as an example of the poetic disposition of her work. Such reading is based on Giorgio Agamben’s understanding of transcendence as an experimentum linguae, i.e., a poetic experience with language. We assume here that the character Amós Kéres, poet and mathematician, symbolizes the figure of the romantic writer in search of the originality of his writing. By narrating Amós’ experience of a profound existential tedium – in dialogue with Goethe’s Faust – Hilda Hilst presents the creative process (poiesis) as an experience formally identical to a philosopher’s experience when confronting nothingness
    corecore