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    Obesidade e fatores comportamentais em crianças de idade escolar: uma revisão integrativa

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    Introdução: Devido ao atual quadro alimentar brasileiro advindo da transição nutricional em curso no país, o comportamento alimentar tem passado por grandes modificações contribuindo assim para o aumento da prevalência de obesidade em todas as faixas etárias. Com isso, chama-se atenção para a obesidade infantil que vem aumentando significativamente nos últimos anos. Objetivo: Avaliar e compreender os inúmeros fatores comportamentais que contribuem para a ocorrência da obesidade em crianças em idade escolar. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, que buscou responder ao seguinte questionamento “Qual o padrão de comportamento alimentar associado a presença de obesidade em crianças com idade escolar?” Para isso, foi pesquisado artigos indexados nas bases de dados PubMed, SciELO e LILACS, no qual foi selecionado apenas artigos publicados em português e inglês e artigos publicados nos últimos cinco anos (2015 a 2020). Resultados: Foram selecionados 32 estudos, os quais demonstraram uma multifatoriedade na ocorrência da obesidade em crianças, tais como: Consumo alimentar, sedentarismo, influência das práticas parentais, renda familiar e fatores sociodemográficos. Conclusões: Fatores dietéticos, comportamentais, demográficos e socioeconômicos se configuram como os principais fatores envolvidos no desenvolvimento da obesidade infantil. Além disso, verificou-se que as crianças obesas apresentaram um estilo de vida pouco saudável, o que levou a maiores alterações em seu comportamento alimentar

    Qualidade dietética, estado nutricional e desempenho acadêmico em estudantes universitários do interior de Pernambuco

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    The dense daily life of the undergraduate favors inadequate nutrition that can trigger a nutritional imbalance favoring weight gain and affecting brain maintenance, cognitive function and consequently influence academic performance. As well as high body weight excess can affect this performance. This study aims to evaluate the association between dietary quality, nutritional status and academic performance of students from a university in the interior of Pernambuco. A cross-sectional study was performed, evaluating body mass index, waist circumference and, through bioimpedance, the percentage of lean and fat mass. Food consumption and academic performance were also analyzed, through the semester average. The sample consisted of 108 participants with a median age of 20 years, most of them female, class C socioeconomic level and Nutrition course. There was a predominance of eutrophy, with normal waist circumference and a higher prevalence of adequacy of fat mass percentage. Only 9.3% of the students had a balanced diet. Body mass index was significantly associated with food intake and was negatively correlated with academic performance.A rotina diária do universitário favorece uma nutrição inadequada que pode desencadear um desequilíbrio nutricional favorecendo o ganho de peso e afetando a manutenção cerebral, a função cognitiva e consequentemente influenciar o desempenho acadêmico. Esse estudo tem por objetivo avaliar a associação entre a qualidade dietética, o estado nutricional e o desempenho acadêmico dos discentes de uma universidade do interior de Pernambuco. Realizou-se um estudo transversal, avaliando-se o índice de massa corporal, circunferência da cintura e, através da bioimpedância, o percentual de massa magra e gorda. Analisou-se também a qualidade dietética e o desempenho acadêmico desses universitários, através da média semestral. A amostra foi composta por 108 participantes com a mediana de idade de 20 anos, sendo a maioria do sexo feminino, nível socioeconômico classe C e do curso de Nutrição. Observou-se predomínio do estado nutricional eutrófico, com a circunferência da cintura normal e com maior prevalência de adequação do percentual de massa gorda. Apenas 9,3% dos estudantes possuíram uma alimentação balanceada. O índice de massa corporal mostrou-se significativamente associado a qualidade dietética e se correlacionou negativamente com o desempenho acadêmico. Conclui-se que o estudo apontou a relação do estado nutricional com o desempenho acadêmico, diante da qualidade da dieta dos universitários. Palavras-chave: Desempenho Acadêmico. Sobrepeso. Obesidade. Função Cognitiva. Nutrição

    Níveis de albumina sérica e o desfecho de pacientes internados com COVID-19 no estado de Pernambuco: Serum albumin levels and the outcome of patients hospitalized with COVID-19 in the state of Pernambuco

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    Diante da pandemia da COVID-19 que assolou todo o mundo, ceifando a vida de mais de 6 milhões de pessoas, são necessárias estratégias que possam estratificar riscos e prever o prognóstico desses pacientes que evoluem para a forma mais grave da doença. Logo, a albumina é um biomarcador importante que vem fazendo esse papel, auxiliando na estratificação de risco precoce e na seleção de vias de tratamentos adequados para a doença. O estudo em questão teve como objetivo comparar os níveis de albumina sérica em função do desfecho clínico de pacientes internados com COVID-19 no estado de Pernambuco. Esse é um estudo transversal alinhado à coorte com dados secundários coletados de uma pesquisa do tipo coorte dinâmica multicêntrica intitulada “Aspectos sociodemográficos, clínicos e nutricionais associados com mortalidade em pacientes com COVID-19: um estudo multicêntrico no nordeste brasileiro”. Foram coletados dados de pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos, hospitalizados em 08 hospitais de Pernambuco. Foram excluídos da pesquisa, pacientes dos quais não houve a coleta dos dados de albumina sérica. As variáveis contínuas foram testadas quanto à normalidade da distribuição pelo teste de Kolmogorov Smirnov, e após confirmação da normalidade, foram descritas sob a forma de médias e desvios-padrão. Foi adotado um nível de 5% (p<0,05) para constatação de associações estatisticamente significantes. O estudo incluiu um total de 84 pacientes que tinham registro dos dados de albumina sérica no estado de Pernambuco, dos quais a maioria eram idosos (61,9%), do sexo masculino (51,2%), de cor parda (60,7%) e conforme o Critério de Classificação Econômica Brasil – CCEB, de classe baixa (75%). Referente às características de estilo de vida e clínicas da população, houve predominância de pacientes não tabagistas (53,6%), abstêmios (11,9%) e que não praticavam atividade física (41,7%). As comorbidades mais frequentes foram Hipertensão Arterial Sistêmica (58,3%), seguida de diabetes mellitus (33,3%) e as duas comorbidades associadas apresentaram um percentual de 61,9% dos pacientes. Fazendo uma análise de comparação das variáveis estudadas com os níveis de albumina registados, foi constatado que gênero (p=0,68), faixa etária (p=0,40), classe econômica (p=0,44), tempo (p=0,67) e tipo (p=0,07) de internamento e as comorbidades (p=0,80) existentes não evidenciam diferenças significativas. Já comparando os níveis de albumina sérica com desfecho clínico, foi revelado que os piores desfechos estão associados a menores níveis de albumina no plasma sanguíneo (p=0,03). Conclui-se que os níveis de albumina sérica presentes em casos graves de pacientes com COVID-19 internados no estado de Pernambuco se relacionaram diretamente com seus desfechos clínicos, sendo piores naqueles que possuíam níveis baixos desse biomarcador no plasma sanguíneo

    Equação preditiva para avaliação da gordura visceral em mulheres jovens

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    O presente estudo foi realizado com o objetivo de desenvolver e validar equações preditivas para estimar o Volume de Gordura Visceral (VGV) e posteriormente determinar a prevalência de obesidade visceral a partir da referida equação e avaliar sua associação com fatores de risco cardiovasculares em mulheres jovens do estado de Pernambuco. Para o desenvolvimento e validação da equação foram estudadas 48 e 16 mulheres entre 19 a 36 anos, respectivamente. Para o desenvolvimento do modelo estatístico aplicou-se uma regressão linear múltipla do tipo stepwise, adotando-se o VGV avaliado através da Ultra-Sonografia (USG) como variável dependente e as variáveis que apresentaram correlação significativa com o VGV como variáveis independentes (idade, peso, Índice de Massa Corporal - IMC, Circunferência da Cintura - CC, Razão Cintura-Estatura - RCE e Glicemia de Jejum - GJ). Para a validação da equação utilizou-se o teste t de Student para amostras pareadas, adotando-se o nível de significância de 5% para rejeição da hipótese de nulidade. Para a determinação da prevalência de obesidade visceral e avaliação de sua associação com fatores de risco cardiovasculares, realizou-se um estudo transversal, com dados oriundos da III Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição , envolvendo 517 mulheres entre 25 a 36 anos. As seguintes variáveis foram avaliadas: IMC, CC, RCE, VGV estimado por meio da equação preditiva desenvolvida, Pressão Arterial Sistólica e Diastólica (PAS, PAD), Colesterol Total (CT), Triglicerídeo (TG) e GJ. Foram propostas e validadas três equações para estimativa do VGV: Equação 1: VGV= -31,888 + (4,044xIMC); Equação 2: VGV= -51,891 + (248,018xRCE); Equação 3: VGV= -130,941 + (198,673xRCE) + (1,185xGJ), com poder preditivo de 34%, 24% e 45% e erro padrão de estimativa de 18,53cm2, 19,92cm2 e 15,19cm2, respectivamente. A prevalência de obesidade visceral estimada por meio da equação 3 foi de 30,6%. Valores de IMC, PAS, PAD e TG foram superiores no grupo com obesidade visceral. Idade, PAS, PAD, TG e CT apresentaram correlação positiva e estatisticamente significativa com o VGV. As equações propostas pelo presente estudo, particularmente a equação 3, podem ser utilizadas para cálculo do VGV de mulheres jovens quando os exames de imagem não estiverem disponíveis, sendo uma ferramenta valiosa para estudos epidemiológicos e serviços de saúde. Foi verificada no estudo uma elevada prevalência de obesidade visceral, estando estatisticamente correlacionada a fatores de risco cardiovasculare

    Consumo alimentar e risco de doença cardiovascular em universitários

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    As doenças cardiovasculares representam a principal causa de mortalidade no Brasil desde os anos 60. A alimentação desempenha um papel de destaque dentre os fatores etiológicos responsáveis por essas doenças. O objetivo desse estudo foi o de avaliar o consumo de alimentos e de nutrientes de risco e proteção cardiovascular em estudantes da área de saúde da Universidade Federal de Pernambuco, sendo os resultados apresentados na forma de artigos de divulgação científica. Foram elaborados três artigos originais, abordando os aspectos demográficos, sócio-econômicos, antropométricos e dietéticos desses alunos, bem como a associação desses fatores com o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O delineamento metodológico foi do tipo transversal, com base no modelo epidemiológico descritivo. Os resultados evidenciaram 41,7% de sedentarismo, 35,5% e 5,3% de excesso de peso nos sexos masculino e feminino, respectivamente (p<0,0001). Mais de 40% dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e 17,9% dos homens e 44,8% das mulheres um elevado consumo de gordura saturada (p<0,0001). Por outro lado, mais de 90% dos indivíduos estudados apresentaram insuficiente consumo de ácido linoléico, ácidos graxos monoinsaturados, poliinsaturados e fibras. Quanto aos micronutrientes, em ambos os sexos, foi observado uma alta prevalência de inadequação do consumo de ácido fólico (próximo a 100%), zinco (maior que 50%), vitamina A (em torno de 37%) e vitamina C (próximo a 30%), além de uma prevalência de 54,8% de homens e 82,9% de mulheres com consumo de cálcio inferior à Ingestão Adequada (AI) (p<0,0001). A alta prevalência de fatores de risco cardiovasculares representa uma advertência, dada a juventude da população considerada, e mostra a necessidade de insistir em medidas educativas e de promoção de condutas preventivas

    Anemia, disfunção renal e desnutrição associadas à insuficiência cardíaca em pacientes valvopatas Anemia, renal dysfunction and malnutrition associated with heart failure in patients with valvulopathy

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    FUNDAMENTO: A doença valvar pode cursar com insuficiência cardíaca (IC), anemia e disfunção renal (DR), aumentando o risco nutricional e piorando o prognóstico dos pacientes. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de anemia e DR em pacientes portadores de valvopatias com ou sem IC, bem como estabelecer correlação com o estado nutricional. MÉTODOS: Foram avaliados 104 pacientes internados na enfermaria de valvopatias do PROCAPE/UPE, no período de ago-out/2008. Os dados foram obtidos das fichas de acompanhamento nutricional e dos prontuários. As variáveis coletadas foram: sexo, idade, estado nutricional segundo o índice de massa corpórea (IMC), presença de IC, anemia, DR. Considerou-se como anemia valores de hemoglobina < 13 g/dl nos homens e < 12 g/dl nas mulheres. A DR foi estabelecida de acordo com a taxa de filtração glomerular (TGF), sendo calculada pela fórmula proposta por Cockcroft e Gault. RESULTADOS: A prevalência de anemia e DR em pacientes com IC foi de 71,1% e de 68,8%, e nos pacientes sem IC foi de 48,1% e de 60,0%, respectivamente, com diferença estatisticamente significativa para anemia (p = 0,022). Dos pacientes, 48,1% estavam eutróficos, 26,9% com excesso de peso e 25,0% com algum grau de desnutrição. Os pacientes com IC apresentaram uma frequência maior de baixo peso (p = 0,020). O estado nutricional não apresentou associação com anemia (p = 0,117), mas apresentou associação com DR, sendo a função renal diminuída mais frequente nos pacientes com baixo peso (p = 0,000). CONCLUSÃO: Houve significância estatística quando comparamos as prevalências de desnutrição, anemia e DR entre pacientes com e sem IC.<br>BACKGROUND: Valvular disease can course with heart failure (HF), anemia and renal dysfunction (RD), increasing the nutritional risk and worsening patient prognosis. OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of anemia and RD in patients with valvulopathy with or without HF, as well as establish a correlation with the nutritional status. METHODS: A total of 104 patients admitted at the Clinic of Valvulopathy of PROCAPE/UPE, during the period of Aug-Oct/2008. The data were obtained from the nutritional and medical follow-up files. The collected variables were: sex, age, nutritional status according to the body mass index (BMI), presence of HF, anemia and RD. Anemia was considered when hemoglobin values were < 13 g/dl in men and < 12 g/dl in women. RD was established according to the glomerular filtration rate (GFR) and it was calculated through the formula proposed by Cockcroft and Gault. RESULTS: The prevalence of anemia and RD was 71.1% and 68.8%, and 48.1% and 60.0%, in patients with and without HF, respectively, with a statistically significant difference for anemia (p = 0.022). Of the patients, 48.1% were eutrophic, 26.9% had excess weight and 25.0% presented some degree of malnutrition. The patients with HF presented a higher frequency of low weight (p = 0.020). The nutritional status was not associated with anemia (p = 0.117), but it was associated with RD, with renal function being decreased more often in patients with low weight (p = 0.000). CONCLUSION: When the prevalence of malnutrition, anemia and RD was compared between patients with and without HF, it showed statistical significance

    Prevalência de obesidade visceral estimada por equação preditiva em mulheres jovens pernambucanas

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    FUNDAMENTO: O acúmulo de gordura visceral é considerado o principal fator de risco para doenças cardiovasculares e metabólicas. OBJETIVO: Determinar a prevalência de obesidade visceral e avaliar sua associação com fatores de risco cardiovasculares em mulheres jovens do Estado de Pernambuco. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com dados da "III Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição", envolvendo mulheres entre 25 e 36 anos. Avaliaram-se as variáveis: Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Cintura (CC), Razão Cintura-Estatura (RCE), Volume de Gordura Visceral (VGV) estimado por equação preditiva, Pressão Arterial Sistólica e Diastólica (PAS, PAD), Colesterol Total (CT), Triglicerídeo (TG), Glicemia de Jejum (GJ). RESULTADOS: Foram avaliadas 517 mulheres, com mediana de idade de 29 anos (27-32) e prevalência de obesidade visceral de 30,6%. Valores de IMC, PAS, PAD e TG foram superiores no grupo com obesidade visceral: IMC = 28,0 kg/m² (25,0 - 21,4) vs 23,9 kg/m² (21,5 - 26,4); PAS = 120,0 mmHg (110,0 - 130,0) vs 112,0 mmHg (100,0 - 122,0); PAD = 74 mmHg (70 - 80) vs 70 mmHg (63 - 80); TG = 156,0 mg/dL (115,0 - 203,2) vs 131,0 mg/dL (104,0 - 161,0), respectivamente, p < 0,01. Idade, PAS, PAD, TG e CT apresentaram correlação positiva e significante com o VGV: r = 0,171; 0,224; 0,163; 0,278; 0,124; respectivamente, p < 0,005. CONCLUSÃO: Verificou-se uma elevada prevalência de obesidade visceral, estando estatisticamente correlacionada a fatores de risco cardiovasculares
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