273 research outputs found

    Uma análise comparativa sólida, que rejeita determinismos

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    This article addresses the book Brasil e Estados Unidos: O que Fez a Diferença [Brazil and the United States: What Made the Difference], journalist Ricardo Lessa’s work published in 2008 by Civilização Brasileira publishing company; and which is a gripping comparative interpretation of the social, cultural and economic factors determining the success and the United State, and frustrating the Brazilian dream of repeating the North-American accomplishment in the tropicsO artigo aborda o livro Brasil e Estados Unidos: O que Fez a Diferença, trabalho que o jornalista Ricardo Lessa publicou em 2008 pela Editora Civilização Brasileira e que é uma estimulante interpretação comparativa sobre os fatores sociais, culturais e econômicos que determinaram o sucesso dos Estados Unidos e frustraram, até aqui, o sonho brasileiro de repetir o feito norte-americano nos trópico

    Facies analysis and depositional environments of the Vazante Group in the region of Morro Agudo mine, Paracatu, northwest of Minas Gerais state, Brazil

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    Rochas do Grupo Vazante afloram no noroeste do estado de Minas Gerais, em uma faixa contínua de aproximadamente 250 km, da região de Vazante, ao sul, até Unaí, ao norte. Nessa região está localizada a mina de zinco e chumbo de Morro Agudo, que juntamente com os depósitos de Vazante, Ambrósia e Fagundes, todos hospedados no Grupo Vazante, compõe a principal província zincífera do país. Foram descritas, em seis testemunhos de sondagem e afloramentos de campo na região, 12 fácies sedimentares e quatro associações de fácies (AFs), que indicam deposição em ambiente de margem passiva mista carbonática-siliciclástica. A associação mais basal (AF01) é composta por pelitos e ritmitos silto-arenosos carbonosos, representando sedimentação em plataforma profunda de baixa declividade, em regime de transgressão marinha. Após a inundação máxima, em trato de mar alto, depositou-se a AF02 em ambiente de recife com barreiras em borda de plataforma, composta por dolomitos laminados com estromatólitos, dolarenitos e brechas dolareníticas, e ainda pelitos carbonáticos carbonosos com fácies diamictito. O abaixamento do nível relativo do mar gerou uma regressão forçada e a deposição da AF03 em trato de sistema do estágio de queda. É composta, na base, por diamictito argilo-carbonoso com fragmentos de AF02, passando a pelito e ritmito silto-arenoso. A retomada da subida do nível relativo do mar proporcionou a deposição da AF04 e ainda de rochas da AF03 em posição mais distal. A AF04 é composta por dololutitos argilosos laminados e maciços, e dolarenitos intraclásticos depositados em plataforma carbonática. O padrão de empilhamento observado sugere que a deposição de todas as unidades ocorreu progressivamente, em processo de subida do nível relativo do mar Vazante Group rocks outcrop in the northwest of Minas Gerais state, in a continuous belt of approximately 250 km, from the region of Vazante city, in the south, to Unaí city, in the north. In this region is the zinc and lead mine of Morro Agudo, which together with the deposits of Vazante, Ambrósia and Fagundes, all housed in the Vazante Group, make up the main zinc province of the country. Twelve sedimentary facies and four facies associations (AFs) were described in six drill holes and outcrops, that indicate deposition in a carbonate-siliciclastic mixed passive margin setting. The most basal association is AF01, composed by carbonaceous mudstone and silt-sand rhythmic, representing sedimentation in a deep platform of low slope angle, in a regime of marine transgression. After the maximum flood surface, in the highstand systems tract, AF02 was deposited in a reef setting with a barrier at the platform edge. It is composed of laminated dolomites with stromatolites, dolarenites and dolarenite breccia, and carbonate carbonaceous mudstones with interleaved diamictite facies. The fall in relative sea level led to a forced regression and the deposition of AF03 in a forced regressive system’s tract. It is composed, at the base, by carbonaceous diamictite with AF02 fragments, passing to mudstone and silt-sand rhythmithes. The return of the rise of the relative sea level provided the deposition of AF04 and AF03 rocks in a more distal position. AF04 is composed by laminated and massive argillaceous dololutite, and intraclastic dolarenite, deposited in carbonate marine platform. The observed stacking pattern suggests that the deposition of all units occurred progressively, in process of rising relative sea level&nbsp

    Dental Whitening: Self-Referred Needs versus Professional Indication

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    Objective: To analyze the self-reported need of patients compared to professional indications for tooth whitening. Material and Methods: Initially, 58 undergraduate students responded to a form that highlighted the question: "Do you think you need to have your teeth whitened?" Among those who answered positively to the previous question, ten individuals were photographed with their smiles. In addition, they were asked to point out, on the Vita 3D-Master scale, which color they believed their teeth had, a value that was compared to the actual color obtained by a spectrophotometer. Finally, the photographs were presented to dentists, who were asked about the indication or not of the whitening treatment. Results: Most interviewees (63.8%) self-reported the need for whitening, as well as there was a greater incidence of a positive indication among professionals (53.9%). Pearson's Chi-square test revealed a relationship between patient gender and the training course on the desire to have teeth whitened. Among the professionals, the specialty, as well as time since graduation, interfered in the indication for whitening. Conclusion: Professionals and patients share the aesthetic ideal directly related to light teeth; most patients self-perceive the color of their teeth darker than it actually is; the opinion about the color of the teeth has an extremely subjective character and varies greatly from one professional to another

    Does socioeconomic inequality occur in the multimorbidity among Brazilian adults?

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    OBJETIVO: Avaliar a prevalência de multimorbidade e a associação desta com indicadores socioeconômicos entre adultos brasileiros. MÉTODOS: Estudo transversal que utilizou dados oriundos da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil, realizada entre 2013 e 2014. Multimorbidade foi definida como a coexistência, no mesmo indivíduo, de duas ou mais doenças crônicas, e é mensurada a partir de uma lista de 14 morbidades (autorrelato de diagnóstico médico na vida). Classe econômica e escolaridade foram os indicadores socioeconômicos utilizados, sendo as desigualdades avaliadas pelo Slope Index of Inequality (SII) e pelo Concentration Index (CIX), estratificadas por sexo. RESULTADOS: O estudo considerou 23.329 mil adultos (52,8% de mulheres), com média de idade de 37,9 anos. Hipertensão e colesterol alto foram as condições mais prevalentes. A prevalência de multimorbidade foi de 10,9% (IC95% 10,1–11,7), representando, aproximadamente, 11 milhões de indivíduos no Brasil, sendo 14,5% (IC95% 13,5–15,4) entre mulheres e 6,8% (IC95% 5,9–7,8) entre homens. A ocorrência de multimorbidade foi similar segundo os indicadores socioeconômicos. Nas análises de desigualdade, observou-se diferença absoluta e relativa para homens com maior poder aquisitivo (SII = 3,7; IC95% 0,3–7,0) e maior escolaridade (CIX = 7,1; IC95% 0,9–14,7), respectivamente. CONCLUSÕES: A frequência de adultos brasileiros com multimorbidade é alta, principalmente em termos absolutos. Desigualdades socioeconômicas na multimorbidade foram observadas somente entre homens.OBJECTIVE: To assess the prevalence of multimorbidity among Brazilian adults and its association with socioeconomic indicators. METHODS: Cross-sectional study that used data from the Pesquisa Nacional Sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil (PNAUM – Brazilian National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), carried out between 2013 and 2014. The definition of multimorbidity was the coexistence, in a single individual, of two or more chronic diseases, measured through a list of 14 morbidities (self-reported medical diagnosis throughout life). Economic status and educational level were the socioeconomic indicators used, being the inequalities assessed through the Slope Index of Inequality (SII) and the Concentration Index, stratified by gender. RESULTS: The study comprehended 23,329 adults (52.8% of which were women), with an average age of 37.9 years. Hypertension and high cholesterol levels were the most prevalent conditions. The prevalence of multimorbidity was of 10.9% (95%CI 10.1–11.7) representing nearly 11 million individuals in Brazil, of which 14.5% (95%CI 13.5–15.4) were women and 6.8% (95%CI 5.9–7.8) were men. The occurrence of multimorbidity was similar according to the socioeconomic indicators. In the inequality analysis, we observed absolute and relative differences in men with a higher purchasing power (SII = 3.7; 95%CI 0.3–7.0) and higher educational level (CIX = 7.1; 95%CI 0.9–14.7), respectively. CONCLUSIONS: Th e f requency o f c omorbidities i n B razilian a dults i s h igh, e specially i n absolute terms. We only observed socioeconomic inequalities in multimorbidities among men

    Global Journalist: Luiz In�cio Lula da Silva poised to Win Brazil's presidential election

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    In this October 10, 2002 episode of Global Journalist 02, host Stuart Loory speaks with four guests about the implications of an expected presidential victory by Luiz In�cio Lula da Silva, a Marxist member of the Brazilian Worker's Party

    Gerenciamento de obras: programação para otimização de recursos

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    A construção civil cresceu nos últimos anos, e com isso aumentou a demanda de recursos que visam otimizar os processos. Já existem softwares relacionados à área, como o AutoCad - programa desenvolvedor de projetos - que praticamente eliminou a antiga prancheta, onde o engenheiro passava horas para fazer uma planta, e trouxe a praticidade e a comodidade de fazer as mesmas plantas com maior precisão e em menor tempo. O mercado exige praticidade, economia, e tempo, essa é a grande vantagem dos softwares, onde grandes problemas são resolvidos em poucos minutos. O software desenvolvido visa obter uma perspectiva de custos e utilização de uma área disponível, os dados de entrada no programa são: área disponível e padrão da construção. Depois disso, o programa escreve detalhadamente os custos, e uma opção de utilização da área total. Ele tem a função de otimizar projetos de construção civil, atendendo às novas demandas da sociedade. Com um bom planejamento, é possível crescer em um mercado cada vez mais competitivo.

    Acesso a medicamentos para doenças crônicas no Brasil: uma abordagem multidimensional

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    OBJETIVO Analisar o acesso a medicamentos para tratar doenças crônicas não transmissíveis no Brasil segundo fatores socioeconômicos, demográficos e de saúde, sob perspectiva multidimensional. MÉTODOS Análise de dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), inquérito domiciliar, plano amostral por conglomerados com representatividade da população brasileira e grandes regiões do País, segundo domínios de sexo e idade. Dados coletados em 2013-2014 com amostra constituída por adultos (≥ 20 anos) que referiram ter doenças crônicas não transmissíveis e indicação médica para usar medicamentos (n = 12.725). Avaliou-se a prevalência de acesso aos medicamentos para doenças crônicas não transmissíveis autorreferidas, considerando quatro dimensões: disponibilidade, acessibilidade geográfica, aceitabilidade e capacidade aquisitiva. Aplicou-se teste Qui-quadrado de Pearson para avaliar a significância estatística das diferenças entre os estratos, considerando o nível de significância de 5%. RESULTADOS Foram encontradas prevalências de 94,3%, 5,2% e 0,5% para acesso total, parcial e nulo, respectivamente. Maiores prevalências ocorreram entre os idosos, na região Sul comparada à região Nordeste; naqueles que referiram ter uma doença crônica não transmissível comparados aos que referiram ter duas ou mais; naqueles que precisavam de um medicamento comparados aos que precisavam de três ou mais; e naqueles que autoavaliaram sua saúde como boa ou muito boa. A acessibilidade geográfica foi semelhante no Sistema Único de Saúde e nas farmácias privadas (72,0%). A disponibilidade total de medicamentos foi de 45,2% no Sistema Único de Saúde, 67,4% no Programa Farmácia Popular e 88,5% nas farmácias privadas. A aceitabilidade foi de 92,5% no Sistema Único de Saúde, 97,8% no Programa Farmácia Popular e 98,7% nas farmácias privadas. Quanto à capacidade aquisitiva, 2,6% dos indivíduos não tomou os medicamentos que deveria nos 30 dias anteriores à entrevista devido à dificuldade financeira. CONCLUSÕES A prevalência do acesso total aos medicamentos para doenças crônicas não transmissíveis no Brasil é alta e apresenta diferenças significativas por faixa etária, região do País, número de doenças crônicas não transmissíveis e de medicamentos prescritos e autoavaliação da saúde. Foram identificadas as principais barreiras ao acesso a medicamentos nas dimensões analisadas.OBJECTIVE To analyze the access to medicines to treat non-communicable diseases in Brazil according to socioeconomic, demographic, and health-related factors, from a multidimensional perspective. METHODS Analysis of data from the National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines (PNAUM), household survey, sampling plan by conglomerates with representativeness of the Brazilian population and large areas of the country, according to sex and age domains. Data collected in 2013–2014 with sample of adults (≥ 20 years) who reported having non-communicable diseases and medical indication for use of medicines (n = 12,725). We assessed the prevalence of access to medicines for self-reported non-communicable diseases, considering four dimensions: availability, geographic accessibility, acceptability, and affordability. We applied Pearson’s Chi-square test to assess the statistical significance of the differences between strata, considering the level of significance of 5%. We found prevalence of 94.3%, 5.2%, and 0.5% for full, partial, and null access, respectively. Higher prevalence was observed among seniors in the South compared to the Northeast; for those who reported having one non-communicable disease compared to those who reported having two or more; for those who needed one medicine compared to those who needed three or more; and for those who self-assessed their health as good or very good. Geographic accessibility was similar in the Unified Health System and in the private pharmacies (72.0%). Total availability of medicines was 45.2% in the Unified Health System, 67.4% in the Popular Pharmacy Program, and 88.5% in private pharmacies. Acceptability was 92.5% in the Unified Health System, 97.8% in the Popular Pharmacy Program, and 98.7% in private pharmacies. As to affordability, 2.6% of the individuals failed to take the medicines they should in the 30-day period prior to the interview due to financial difficulty. Prevalence of full access to medicines for non-communicable diseases in Brazil is high and presents significant differences for age group, region of the country, number of non-communicable diseases, and for medicines prescribed and self-assessment of health. The major barriers to access to medicines were identified in the dimensions analyzed

    Perfil sociodemográfico dos usuários de medicamentos no Brasil: resultados da PNAUM 2014

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    OBJETIVO Analisar a prevalência do uso de medicamentos pela população brasileira e sua distribuição segundo aspectos sociodemográficos. MÉTODOS Estudo com dados da Pesquisa Nacional de Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), pesquisa nacional de base populacional, realizada entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014 em residências de municípios urbanos. Avaliou-se o uso de todos os medicamentos (global), uso de medicamentos para doenças crônicas e uso de medicamentos para doenças agudas. As variáveis independentes utilizadas foram sexo, idade, classificação econômica e região do País. Foram calculados prevalências e intervalos de confiança de 95% (IC95%) e aplicado teste Qui-quadrado de Pearson para avaliação das diferenças entre os grupos, considerando o nível de significância de 5%. RESULTADOS A prevalência global de uso de medicamentos foi de 50,7% (IC95% 49,3–52,2), sendo 39,3% (IC95% 37,5–41,1) no sexo masculino e 61,0% (IC95% 59,3–62,6) no sexo feminino. Observou-se aumento nas prevalências de uso com a idade (exceto de zero a quatro anos). As menores prevalências de uso ocorreram no grupo mais pobre e na região Norte do País. A prevalência de uso de medicamentos para doenças crônicas foi de 24,3% (IC95% 23,3–25,4) e para doenças agudas foi de 33,7% (IC95% 32,1–35,4). CONCLUSÕES Existe grande variabilidade nas prevalências globais de uso de medicamentos por regiões brasileiras. As regiões consideradas mais pobres (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) apresentam menores prevalências de uso de medicamentos para doenças crônicas, o que indica a necessidade de minimizar as desigualdades no acesso aos medicamentos dentro do País.OBJECTIVE To analyze the prevalence of medicine use by the Brazilian population and its distribution according to sociodemographic factors. METHODS Study using data from the Pesquisa Nacional de Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM – National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), a nationwide household survey of a representative sample of the Brazilian urban population. The data were collected between September 2013 and February 2014. The overall use of medicines, defined as the use of any medicine, use of medicines for treating chronic medical conditions and for acute health conditions, was evaluated. The independent variables included gender, age group, socioeconomic position, and region of Brazil. Analyzes included prevalence calculations, 95% confidence intervals (95%CI) and Pearson Chi-square tests to evaluate the differences between groups, considering a 5% level of significance. RESULTS The prevalence of medicines use was 50.7% (95%CI 49.3–52.2), with 39.3% (95%CI 37.5–41.1) accounting for men and 61.0% (95%CI 59.3–62.6) for women. Medicines use was observed to increase with increasing age, except among children within the zero to four years age group. The lowest prevalence for medicines use was found among those with a low socioeconomic position and those who reside in the North region of Brazil. The prevalence of medicine use to treat chronic diseases was 24.3% (95%CI 23.3–25.4), whereas it was 33.7% (95%CI 32.1–35.4) for treating acute diseases. CONCLUSIONS We found extensive variability in the prevalence of medicines use across regions of Brazil. The poorest regions (North, Northeast, and Midwest) have a lower prevalence of medicines use to treat chronic diseases, indicating the need to minimize inequalities in access to medicines within the country

    Fatores associados à baixa adesão ao tratamento farmacológico de doenças crônicas no Brasil

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    OBJETIVO Analisar fatores associados à baixa adesão ao tratamento farmacológico de doenças crônicas no Brasil. MÉTODOS Análise de dados oriundos da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), inquérito domiciliar de base populacional, de delineamento transversal, baseado em amostra probabilística da população brasileira. Analisou-se a associação entre baixa adesão ao tratamento medicamentoso mensurado pelo Brief Medication Questionnaire e fatores demográficos, socioeconômicos, de saúde, assistência e prescrição. Foi utilizado modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência brutas e ajustadas, os respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%) e p-valor (teste de Wald). RESULTADOS A prevalência de baixa adesão ao tratamento farmacológico de doenças crônicas foi de 30,8% (IC95% 28,8–33,0). As maiores prevalências de baixa adesão estiveram associadas a indivíduos: adultos jovens; que nunca estudaram; residentes na região Nordeste e Centro-Oeste do País; que tiveram que pagar parte do tratamento; com pior autopercepção da saúde; com três ou mais doenças; que referiam limitação causada por uma das doenças crônicas; e que faziam uso de cinco medicamentos ou mais. CONCLUSÕES A baixa adesão ao tratamento medicamentoso para doenças crônicas no Brasil é relevante e as diferenças regionais, demográficas e aquelas relacionadas à atenção à saúde do paciente e ao regime terapêutico requerem ações coordenadas entre profissionais de saúde, pesquisadores, gestores e formuladores de políticas para o seu enfrentamento.OBJECTIVE To analyze factors associated with low adherence to drug treatment for chronic diseases in Brazil. METHODS Analysis of data from Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM - Brazilian Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), a population-based cross-sectional household survey, based on a probabilistic sample of the Brazilian population. We analyzed the association between low adherence to drug treatment measured by the Brief Medication Questionnaire and demographic, socioeconomic, health, care and prescription factors. We used Poisson regression model to estimate crude and adjusted prevalence ratios, their respective 95% confidence interval (95%CI) and p-value (Wald test). RESULTS The prevalence of low adherence to drug treatment for chronic diseases was 30.8% (95%CI 28.8-33.0). The highest prevalence of low adherence was associated with individuals: young adults; no education; resident in the Northeast and Midwest Regions of Brazil; paying part of the treatment; poor self-perceived health; three or more diseases; reported limitations caused by a chronic disease; using five drugs or more. CONCLUSIONS Low adherence to drug treatment for chronic diseases in Brazil is relevant, and regional and demographic differences and those related to patients’ health care and therapy regime require coordinated action between health professionals, researchers, managers and policy makers
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