31 research outputs found

    No solo en el nombre de Dios: discursos religiosos sobre la homosexualidad

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    La homosexualidad ha sido la agenda de varios discursos religiosos en los últimos años, especialmente en los discursos cristianos, a través de espacios religiosos y ingresando en los espacios políticos y de la ley. Este artículo pretende, mediante el análisis de videos de personas que se presentan como portavoces de las religiones católica y evangélica pentecostal y neo pentecostal, analizar y discutir los conceptos de homosexualidad presentes en estos discursos, mediante el análisis del discurso desde la perspectiva de Michel Foucault.A homossexualidade tem sido pauta de diversos discursos religiosos nos últimos anos, sobretudo cristãos, transpondo as arenas religiosas e penetrando em espaços políticos e do direito. O presente artigo pretende, por meio da análise de vídeos de indivíduos que ocupam posições de porta-vozes das religiões católica e evangélica pentecostal e neopentecostal, analisar e problematizar as concepções de homossexualidade dos/as cristãos/ãs, utilizando para tal a Análise do Discurso Foucaultiana como referencial metodológico. Foi verificado um difuso arsenal de discursos acerca da homossexualidade, englobando saberes religiosos, "científicos", entre outros

    “I don’t Talk to Lunatics”: intersections between law and mental health

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    This article presents a Foucauldian Discourse Analysis of enunciations regarding one of the judicial processes composing a Master dissertation on Psychology from Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). The genesis of the research was the fact that a user from a Center of Psychosocial Attention (CAPS) reported his guardian for negligence and bad-treatment to a Promoter of Justice who, later on, refused to receive him, asserting: “I don’t talk to lunatics”. The research, of documentary nature, whose inclusion criterion was being a filed investigation record dealing with a diagnosis of mental disorder, was held with three judicial processes from users of the CAPS above mentioned. Subject positions that are assigned by the legal discourse to people with mental disorders were discussed, as well as the relationship between the diagnosis of mental disorder and another enunciations, and the relation among guardianship, non-imputability and citizenship. It is possible to affirm that legal discourse designates derogatory subject positions to people with mental disorder, supported by medical knowledge/power to enunciate truths about them. Citizenship is denied through processes of interdiction and guardianship. There is a gap between the Civil Code and the Civil Process Code, and the proposals of the Psychiatry Reform, especially regarding the rights of people with mental disorder.Neste artigo apresenta-se a análise do discurso foucauldiana de enunciados de um dos processos judiciais que compuseram uma dissertação de Mestrado em Psicologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). A gênese da pesquisa foi um episódio ocorrido com um usuário de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que denunciou sua curadora por maus-tratos e negligência a uma Promotora de Justiça que, mais tarde, recusou-se a recebê-lo afirmando: “Não converso com demente”. A pesquisa, de natureza documental, cujo critério de inclusão foi haver diagnóstico de transtorno mental, foi realizada com três processos judiciais de usuários daquele CAPS. Problematizaram-se as posições de sujeito designadas aos usuários pelo discurso da justiça; as associações e/ou articulações entre o diagnóstico de transtorno mental e outros enunciados e a relação entre curatela, inimputabilidade e cidadania. Pode-se afirmar que o discurso jurídico designa posições de sujeito depreciativas para portadores de transtorno mental, respaldando-se no saber/poder médicos para enunciar verdades acerca dos mesmos. A cidadania é negada por meio da interdição e curatela. Há uma distância entre os códigos Civil e de Processo Civil e as propostas da Reforma Psiquiátrica, especialmente no tocante aos direitos dos portadores de transtorno mental

    Aids, Infância(s) e Políticas Públicas: A Construção de Sujeitos Através do Discurso

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    No panorama nacional da Aids, há uma preocupação com sua incidência em mulheres, apontando a transmissão vertical do HIV como uma prioridade nas políticas de prevenção. Contudo, quando se trata de políticas públicas voltadas especificamente para a infância que vive com HIV/Aids, há uma invisibilidade e um silenciamento, que vão designar diferentes posições de sujeito no âmbito da Aids. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo investigar os discursos que constituem as políticas públicas em saúde no Brasil voltadas à questão da Aids na infância e seus dispositivos de saber/poder que constroem posições de sujeito. Foi realizada uma pesquisa documental, que contou com a análise de 19 documentos oficiais selecionados de acordo com os núcleos de sentido relacionados ao objetivo da pesquisa (criança/infância; transmissão vertical e gravidez/gestação) e encontrados em uma base de dados do Ministério da Saúde. Observou-se a existência de posições diferenciadas de infância no âmbito da Aids, sendo, uma infância que é, ao mesmo tempo, enunciada como alvo de políticas públicas, antes mesmo de se conhecer seu status sorológico e, por outro lado, uma infância que vive com HIV/Aids, que deixa de ser alvo de políticas públicas. Tais posições de invisibilidade da criança produzem efeitos no âmbito das práticas sociais em saúde pública voltadas a esse segmento populacional, sendo válido, portanto, estudos que se destinem à análise de tais políticas, considerando que os discursos que enunciam as infâncias e a aids também fabricam as políticas públicas na área da saúde e reverberam práticas e saberes

    “A periferia invade o centro”: uma análise sobre a apropriação do espaço urbano por jovens pobres

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    O presente artigo trata dos conflitos advindos da apropriação do espaço central por jovens pobres de uma cidade de médio porte da Zona da Mata Mineira. Isto a partir da participação em um projeto realizado por uma Organização não Governamental no qual são desenvolvidas batalhas de rap. As análises foram construídas a partir das observações registradas em diário de campo, um grupo focal desenvolvido com cinco jovens e duas entrevistas semiestruturadas: uma individual, realizada com o organizador da batalha, e a outra em dupla, desenvolvida com dois jovens colaboradores. Para a análise de dados, foi utilizada a Análise do Discurso Foucauldiana. Com o estudo, pôde-se constatar a presença de dois principais conflitos: a relação com a prefeitura e com os moradores do centro. Nesse contexto, identificaram-se diferentes posicionamentos dos interlocutores a respeito dos conflitos vivenciados, que apontam tanto para possibilidades de resistência quanto para a incorporação dos discursos dominantes

    “A periferia invade o centro”: uma análise sobre a apropriação do espaço urbano por jovens pobres

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    O presente artigo trata dos conflitos advindos da apropriação do espaço central por jovens pobres de uma cidade de médio porte da Zona da Mata Mineira. Isto a partir da participação em um projeto realizado por uma Organização não Governamental no qual são desenvolvidas batalhas de rap. As análises foram construídas a partir das observações registradas em diário de campo, um grupo focal desenvolvido com cinco jovens e duas entrevistas semiestruturadas: uma individual, realizada com o organizador da batalha, e a outra em dupla, desenvolvida com dois jovens colaboradores. Para a análise de dados, foi utilizada a Análise do Discurso Foucauldiana. Com o estudo, pôde-se constatar a presença de dois principais conflitos: a relação com a prefeitura e com os moradores do centro. Nesse contexto, identificaram-se diferentes posicionamentos dos interlocutores a respeito dos conflitos vivenciados, que apontam tanto para possibilidades de resistência quanto para a incorporação dos discursos dominantes

    Gênero, sexo e corpos trans: um relato de experiência de extensão universitária a partir da construção de um grupo de apoio e militância com travestis e transexuais.

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    Este artigo apresenta uma interface conta de extensão universitária em pesquisa com travestis e transexuais. O artigo destaca a extensão universitária como uma estratégia relevante para as relações entre universidades, da sociedade e do Estado. Salienta a importância deste tipo de trabalho com pessoas vulneráveis

    Psychosocial aspects of homophobia in families and health of young lesbian and gay

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    The number of studies on different aspects of homophobia has grown significantly in the last ten years. However there is a lack of studies that analyze the psychosocial aspects involving experiences of LGBT youth by situations of violence and its consequences on their health. The present article reports the results of a research that aimed to analyses as are the situations of homophobia in the context of family relationships experienced by lesbian and gay youth, examining the psychosocial aspects of them processes of rupture or temporary or permanent familiar bond. The hypothesis confirmed during these years of research is that prejudice is articulated in the family context as a device to legitimize the violence and consequently causes the rupture of the bond, temporary or permanent among lesbian and gay youth and their families, which leads often leading to or expulsion from the house of the parents in complex circumstances and often painful.O número de pesquisas sobre diferentes aspectos da homofobia cresceu nos últimos dez anos. Entretanto, há uma carência de estudos que analisem os aspectos psicossociais que envolvem as experiências de jovens lésbicas e gays mediante situações de violência e os desdobramentos destas na sua saúde. O presente artigo busca relatar os resultados de uma pesquisa que objetivou analisar como se constituem as situações de homofobia no âmbito das relações familiares vividas por jovens lésbicas e gays, analisando os aspectos psicossociais dos processos de ruptura ou afastamento temporário ou permanente do vínculo familiar. A hipótese confirmada ao longo desses anos de pesquisa é de que o preconceito se articula no contexto familiar como dispositivo de legitimação da violência e, consequentemente, ocasiona a ruptura do vínculo, o afastamento temporário ou permanente entre jovens lésbicas e gays e seus familiares, levando, muitas vezes, à saída ou à expulsão da casa dos pais em circunstâncias complexas e, frequentemente, dolorosas

    Por onde circulam os corpos invisíveis? Intersecções entre população em situação de rua e gêneros dissidentes no acesso institucional urbano

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    No Brasil, historicamente a população negra e indígena sofreu violências que as colocaram em uma posição de subalternidade, de modo a produzir diferentes posições de sujeitos de (sem) direitos. Nos diais atuais, esse processo histórico, político e social possibilitou, através da noção de direito neoliberal no país durante o período de redemocratização, que essas pessoas historicamente a margem ocupassem uma nova posição de sujeito – a de população em situação de rua. Além disso, o Brasil é o país que apresenta grande índice de violência contra a população travesti e transexual. Desse modo, esse trabalho, com base na perspectiva interseccional feminista, busca uma articulação entre os marcadores sociais de classe, raça e gênero, de modo a problematizar as limitações dos acessos institucionais que pessoas travestis e transexuais em situação de rua vivenciam no município. Realizou-se uma observação flutuante, consoante com os pressupostos da etnografia, nas instituições em que tais sujeitos circulavam na cidade. Através disso, foi elaborado um diário de campo com impressões e falas, analisados sob a ótica metodológica da análise do discurso de Foucault. Como resultado, pode-se destacar o papel normatizador e repressor da polícia em reiterar  posição subalterna desses sujeitos, a lógica caritativa que atravessa os serviços de assistência social no município e a falta de conhecimento acerca do gênero enquanto construção social pelos/as profissionais. Além disso, há apontamentos acerca de diferentes modos de subjetivação de tais pessoas, que não se reconhecem nem como transexual nem como travesti

    Mater semper certa est pater nunquan: o discurso jurídico como dispositivo de produção de paternidades

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    Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em PsicologiaA paternidade tem se destacado como tema de pesquisas em diferentes áreas e tem sido objeto de calorosas discussões em vários contextos da vida social. O debate que envolve as questões sobre paternidade no âmbito jurídico encontra solo fértil nessa arena de discussões sociais e de pesquisas científicas. As possibilidades de investigação para a Psicologia nesse contexto são amplas e convidam ao desenvolvimento de pesquisas como a que aqui se apresenta. Esse é o resultado de um trabalho de quatro anos, no qual foram pesquisados os enunciados da paternidade do discurso jurídico brasileiro, procurando compreender como se produz a norma jurídica, como se normalizam os sujeitos e, neste sentido, como a norma jurídica é subjetivada pelos sujeitos, no que se refere à paternidade. A análise debruçou-se sobre documentos da jurisprudência brasileira. Foram pesquisadas dezenas de acórdãos disponíveis nos sites dos Tribunais de Justiça de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, com o descritor: paternidade. Após leitura e releitura do material arquivado realizou-se análise do discurso ancorada no referencial teórico de Michel Foucault. A análise realizada permite afirmar que os jogos argumentativos acerca da paternidade na jurisprudência brasileira deslocam-se fugidiamente de uma modalidade a outra por meio de práticas discursivas descontínuas que se cruzam e se complementam, mas que também, se excluem, se rompem. O discurso jurídico além de definir posições a serem ocupadas pelos operadores do Direito, também constitui um sujeito sobre o qual esses discursos incidem. Produz, assim, um regime de verdade sobre a paternidade que se estabelece discursivamente e fabrica pais. Regime de verdade ao qual se relacionam práticas institucionalizadas de poder # cujas instâncias dos tribunais, das novas tecnologias médico-legais e da família representam apenas uma parcela dessas dimensões institucionais. Assim, a paternidade não é uma essência inerente aos homens ou sua existência em forma concreta. Para que os homens sejam efetivamente inseridos na paternidade, ligados a ela, é necessária uma série de operações complexas por meio das quais eles se encontram vinculados aos dispositivos de produção dos diferentes e múltiplos modelos de paternidade. O Direito produz sujeitos por meio de seus dispositivos. Dispositivos engendrados por relações de poder e formas de funcionamento de saber que se encontram firmemente enraizadas naquilo que constitui as relações sociais no âmbito da paternidade
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