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    Estudo do papel do sistema purinérgico na mediação das respostas cardiovasculares do núcleo ambíguo e do reflexo bezold-jarisch em ratos anestesiados

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    O nucleotídeo purinérgico, adenosina 5-trifosfato (ATP) pode agir como um neurotransmissor/neuromodulador no sistema nervoso central, inclusive em núcleos associados com o controle autonômico. Estudos anatômicos têm demonstrado a existência de receptores purinérgicos P2 no núcleo ambíguo (NA). Entretanto, pouco se sabe sobre o papel desses receptores na mediação das respostas cardiovasculares do NA. Sendo assim, o nosso trabalho teve como objetivos: a) avaliar os efeitos da ativação dos receptores purinérgicos do NA sobre a pressão arterial e a frequência cardíaca, b) avaliar os efeitos do bloqueio autonômico periférico na modulação das respostas cardiovasculares mediadas pela ativação dos receptores purinérgicos do NA, c) avaliar o papel dos receptores purinérgicos na modulação das respostas mediadas pela ativação glutamatérgica do NA, e d) avaliar a modulação do sistema purinérgico ao nível do NA na mediação das respostas cardiovasculares do reflexo Bezold-Jarisch. Foram utilizados ratos Wistar, anestesiados com uretana (1,4 g/kg, i.p.), paralisados com succinilcolina e ventilados artificialmente. A artéria e veia femorais foram cateterizadas para permitir os registros cardiovasculares e a administração de drogas, respectivamente. As coordenadas estereotáxicas de referência utilizadas para atingir o NA foram: +0,5 mm rostral ao óbex, ±1,7 mm lateral e -1,2 a -1,8 mm ventral. As drogas utilizadas foram: L-Glutamato (5,0 nmol/50 nL), ATP (0,31; 2,5; 3,5; 5,0; 6,0 nmol/50 nL), prazosin (1,0 mg/kg), metil-atropina (2,0 mg/kg), PPADS (500 pmol/100 nL) e solução salina (0,9%). O reflexo Bezold-Jarisch foi ativado pela administração intravenosa de fenilbiguanida (12,0 µg/kg). Os dados obtidos mostraram respostas bradicárdicas com um padrão dose-dependente e também respostas pressoras às microinjeções de ATP nas doses testadas (0,31; 2,5; 3,5; 5,0; 6,0 nmol/50 nL) no NA. O bloqueio α1-adrenérgico com prazosin não alterou significativamente a resposta bradicárdica, mas aboliu a resposta pressora gerada pela microinjeção de ATP (3,5 nmol/50 nL). O bloqueio muscarínico com metil-atropina aboliu a resposta bradicárdica gerada pela microinjeção de ATP (3,5 nmol/50 nL). Microinjeções ipsilaterais de PPADS (500 pmol/100 nL) no NA promoveram uma significativa atenuação da resposta bradicárdica e nenhuma alteração na resposta pressora à microinjeção de ATP no NA (3,5 nmol/50 nL). Além disso, microinjeções ipsilaterais de PPADS (500 pmol/100 nL) no NA promoveram uma significativa atenuação da resposta bradicárdica gerada pela microinjeção de L-Glutamato (5,0 nmol/50 nL). Microinjeções bilaterais de PPADS (500 pmol/100 nL) no NA atenuaram significativamente as respostas hipotensora e bradicárdica do reflexo Bezold-Jarisch. Estes resultados sugerem que os receptores purinérgicos do tipo P2 no NA parecem estar envolvidos na mediação das respostas cardiovagais ao ATP e que estes efeitos podem envolver uma neuromodulação do sistema glutamatérgico ao nível do NA em ratos anestesiados. Adicionalmente, nossos dados mostram que os receptores purinérgicos do tipo P2 do NA, parecem ter participação na mediação das respostas cardiovasculares do reflexo Bezold-Jarisch. No entanto, os subtipos específicos de receptores purinérgicos envolvidos bem como a participação do sistema purinérgico em outros reflexos cardiovasculares ao nível do NA permanecem por ser elucidados

    Perfil temporal e mecanismos de hiperatividade simpática após ligadura da artéria coronária na preparação tronco cerebral-coração isolados de ratos

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    Objetivo: A associação entre isquemia miocárdica e hiperatividade simpática vem sendo há muito tempo avaliada. Nós investigamos o curso temporal e os mecanismos de ativação do sistema nervoso simpático logo após a ligadura da artéria coronária. Métodos e Resultados: A preparação tronco cerebral-coração isolados, in vitro, foi utilizada para registrar as atividades dos nervos frênico (ANF) e simpático torácico (ANSt), frequência cardíaca (FC), eletrocardiograma (ECG) e pressão de perfusão (PP) de ratos Wistar. A ligadura da artéria coronária descendente anterior esquerda (DAE) (grupo DAE) ou ligadura fictícia (grupo Sham) foram realizadas in vitro. O corante azul de Evans, injetado ao final dos experimentos, demarcou, para os animais que sofreram ligadura da DAE, uma área miocárdica em risco de 36,3 ± 1,1 % do ventrículo esquerdo, ao passo que nenhuma área em risco foi demarcada no grupo Sham. Os registros obtidos foram avaliados ao longo de uma hora após os procedimentos de ligadura da DAE ou de ligadura fictícia no grupo Sham. Foi observado um aumento na ANSt dentro de 30 minutos no grupo DAE, alcançando níveis ainda mais elevados em 60 minutos quando comparado ao grupo Sham (ANSt Grupo DAE basal: 2,5 ± 0,2; 30 min: 3,5 ± 0,3; 60 min: 5,2 ± 0,5 &#956;V; P0.05). Houve um aumento significativo dos níveis basais de FC 45 minutos após ligadura da DAE (P<0.01); não tendo o mesmo efeito sido observado no grupo Sham. A função autonômica reflexa e tônica foi avaliada 60 minutos após ligadura da DAE ou ligadura fictícia e os seguintes efeitos foram observados: (i) Uma exacerbação da resposta simpato-excitatória quimiorreflexa frente a três diferentes doses de cianeto de sódio (NaCN 0,03 % doses 25, 50 e 75 &#956;L: 49,7; 45,3 e 26,8 % de aumento, respectivamente, quando comparado à ativação com as mesmas doses no grupo Sham; P<0,01). (ii) Uma resposta pressora elevada frente à administração de fenilefrina (DAE: 31,5 ± 1,3 versus Sham: 23,1 ± 1,2 mmHg; P<0.01) e um ganho barorreflexo simpático deprimido (DAE: 1,3 ± 0,1 versus Sham: 2,0 ± 0,1 %.mmHg-1; P<0.01) no grupo DAE quando comparado ao Sham. (iii) Um tono simpático cardíaco elevado no grupo DAE, evidenciado pelo bloqueio com atenolol, quando comparado ao grupo Sham (&#61508;FC após atenolol DAE: -107,8 ± 8,0 versus Sham: -81,6 ± 7,4 bpm, P<0.05). (iv) Em contrapartida, o tono vagal bem como as respostas bradicárdicas barorreflexa e quimiorreflexa não foram diferentes estatisticamente entre os grupos DAE e Sham. Os procedimentos desenvolvidos para a investigação dos possíveis mecanismos mediando simpato-excitação mostraram: (v) O envolvimento de receptores de angiotensina tipo 1 na sustentação da simpato-excitação, uma vez que o bloqueio com losartan reduziu a ANSt 3 horas após ligadura da DAE (33,8 % de atenuação quando comparado ao grupo DAE que recebeu somente Salina; P<0.05)). (vi) A participação do reflexo cárdio-cardíaco simpático espinhal mediando as mudanças iniciais na atividade simpática, uma vez que ratos com transecção espinhal ainda apresentaram hiperatividade simpática após ligadura da DAE. Conclusão: O sistema nervoso simpático é ativado imediatamente após ligadura da DAE no rato, sendo esta ativação mediada por mecanismos espinhais e, secundariamente, sustentada por mecanismos angiotensinérgicos bem como por aumento concomitante de reflexos simpato-excitatórios

    Influence of physical and chemical characteristics of wine grapes on the incidence of Penicillium and Aspergillus fungi in grapes and ochratoxin A in wines

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    The incidence of filamentous fungi and toxin levels in grapes and wines varies depending on the variety of grapes, the wine region, agricultural practices, weather conditions, the harvest and the winemaking process. In this sense, the objective of this study was to evaluate the diversity of Aspergillus and Penicillium fungi isolated fromwine grapes of the semi-arid tropical region of Brazil, evaluate the presence of ochratoxin A (OTA) in the experimental wine and verify if there is a correlation between occurrence of these fungi and the physicochemical characteristics of the wine grapes grown in the region. For the isolation of fungi we used the direct plating technique. The presence of OTA in the experimental wine was detected by high-performance liquid chromatography. The species found were Aspergillus niger, A. carbonarius, A. aculeatus, A. niger Aggregate, A. flavus, A. sojae, Penicillium sclerotiorum, P. citrinum, P. glabrum, P. decumbens, P. solitum and P. implicatum. All isolates of A. carbonarius were OTA producers and all P. citrinum were citrinin producers. The highest concentration of OTA was found in red wine (0.29 ?g/L). All species identified in this study, except A. flavus, showed a positive correlation with at least one physicochemical parameter assessed, highlighting the pectin content, total sugar, total acidity and phenolic compounds

    Magnetic frustration in low-dimensional substructures of hulsite Ni5.15Sn0.85(O2BO3)2

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    CNPQ - CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICOFAPERJ - FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROFAPESP - FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULOThis paper presents an extensive study of the structural, magnetic, and thermodynamic properties of the hulsite Ni5.15Sn0.85(O2BO3)(2). The crystal structure of the hulsite has two planar substructures formed by Ni and Sn atoms: one with rectangular configuration and the other with a triangular arrangement. These substructures are linked by the boron ions and by Ni in another site closer to the rectangular arrangement, resulting in a quasi-two-dimensional character. Thus, this system literally adds a new dimension to the study of oxyborates. Our results point to a complex magnetic behavior consistent with these substructures. The planes with rectangular arrangement form a complex magnetic ordering at 180 K (one of the highest magnetic transitions among the oxyborates). The other subsystem, formed by Ni atoms located in a two-dimensional triangular lattice, does not order down to temperatures as low as 3 K. The experimental results suggest a spin-liquid behavior for this subsystem. The magnetic moments of the ions between these planes also freeze at low temperatures. The two magnetic planes coexist as independent subsystems down to the lowest temperatures of our experiments.985110CNPQ - CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICOFAPERJ - FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROFAPESP - FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULOCNPQ - CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICOFAPERJ - FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROFAPESP - FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAUL

    Fungos ocratoxigênicos em uvas viníferas Syrah cultivadas no Vale do Submédio São Francisco.

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    O objetivo do presente estudo foi isolar e identificar espécies de fungos potencialmente produtores de OTA em uvas Syrah cultivadas no Vale do Submédio São Francisco, bem como avaliar a capacidade produtora desses fungos

    Incidência de fungos ocratoxigênicos em uvas destinadas a produção de vinhos do Nordeste brasileiro.

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    O presente estudo teve como objetivo avaliar a incidência de fungos Aspergillus em uvas viníferas (Alicante Bouschet), cultivadas no Nordeste brasileiro

    Hybridization in human evolution: Insights from other organisms

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    During the late Pleistocene, isolated lineages of hominins exchanged genes thus influencing genomic variation in humans in both the past and present. However, the dynamics of this genetic exchange and associated phenotypic consequences through time remain poorly understood. Gene exchange across divergent lineages can result in myriad outcomes arising from these dynamics and the environmental conditions under which it occurs. Here we draw from our collective research across various organisms, illustrating some of the ways in which gene exchange can structure genomic/phenotypic diversity within/among species. We present a range of examples relevant to questions about the evolution of hominins. These examples are not meant to be exhaustive, but rather illustrative of the diverse evolutionary causes/consequences of hybridization, highlighting potential drivers of human evolution in the context of hybridization including: influences on adaptive evolution, climate change, developmental systems, sex-differences in behavior, Haldane’s rule and the large X-effect, and transgressive phenotypic variation.Peer Reviewedhttps://deepblue.lib.umich.edu/bitstream/2027.42/151330/1/evan21787.pdfhttps://deepblue.lib.umich.edu/bitstream/2027.42/151330/2/evan21787_am.pd

    Small mammal responses to Amazonian forest islands are modulated by their forest dependence

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    Hydroelectric dams have induced widespread loss, fragmentation and degradation of terrestrial habitats in lowland tropical forests. Yet their ecological impacts have been widely neglected, particularly in developing countries, which are currently earmarked for exponential hydropower development. Here we assess small mammal assemblage responses to Amazonian forest habitat insularization induced by the 28-year-old Balbina Hydroelectric Dam. We sampled small mammals on 25 forest islands (0.83–1466 ha) and four continuous forest sites in the mainland to assess the overall community structure and species-specific responses to forest insularization. We classified all species according to their degree of forest-dependency using a multi-scale approach, considering landscape, patch and local habitat characteristics. Based on 65,520 trap-nights, we recorded 884 individuals of at least 22 small mammal species. Species richness was best predicted by island area and isolation, with small islands ( 200 ha; 10.8 ± 1.3 species) and continuous forest sites (∞ ha; 12.5 ± 2.5 species) exhibited similarly high species richness. Forest-dependent species showed higher local extinction rates and were often either absent or persisted at low abundances on small islands, where non-forest-dependent species became hyper-abundant. Species capacity to use non-forest habitat matrices appears to dictate small mammal success in small isolated islands. We suggest that ecosystem functioning may be highly disrupted on small islands, which account for 62.7% of all 3546 islands in the Balbina Reservoir
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