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    O conceito exclusão na literatura educacional brasileira: os primeiros 25 anos (1974-1999)

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    Resumo O artigo investiga o aparecimento do conceito exclusão em quatro periódicos de circulação nacional, no período entre 1974 e 1999. Seu objetivo é identificar os contextos teóricos em que tal conceito passou a ser empregado na pesquisa em educação no Brasil, bem como discutir a precisão ou imprecisão das diferentes significações de que se revestiu. Observa-se que nos primeiros anos seu uso esteve associado ao temas da marginalidade cultural e da evasão repetência, enquanto nos anos 1990 passou a ser utilizado em relação a uma variedade temática bem mais ampla. Conclui-se que a variedade de posturas teóricas aproxima-se mais da aleatoriedade do que da pluralidade, tornando seu emprego pouco eficaz. Palavras-chave: história da educação; exclusão educacional; marginalidade cultural; analfabetismo; evasão escolar; repetência.   Abstract The paper investigates the advent of the concept exclusion in four journals of education with a nationwide circulation in Brazil in the period ranging from 1974 to 1999. It aims both at identifying the theoretical framework in which this concept has started to be applyed in the researches in the field of education in Brazil and at discussing the accuracy or not of the different meanings it has attained. Its use has first been associated to the issues of cultural marginality or school failure and dropping out, while in the 1990’s it started to be used in relation to a much more varied set of subjects. The conclusion points out the limited efficacy of the utilization of the concept exclusion, since the wide variety of theoretical approaches is more aleatory than plural. Keywords: history of education; educational exclusion; cultural marginality; illiteracy; school dropping out; school failure

    Exclusão Social e Educação: um novo paradigma?

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    O artigo apresenta duas abordagens contemporâneas sobre a exclusão: I) o modelo in/out, proposto por Alain Touraine como novo paradigma de análise da sociedade; 2) o conceito outsiders, formulado por Howard S. Becker para a compreensão da trajetória e perspectiva dos grupos de comportamento desviante. Como resultado, alerta para a necessidade de uma melhor definição conceptual do problema e aponta suas implicações como categoria de análise e intervenção na educação

    Otchiwo, Ondjango and Culture Circles: From Ovimbundu and Freirian Vital Experiences to Angolan Education. Experiencing Intercultural Dialogue as a Revitalisation of Action Research

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    "This paper aims at reflecting on vital perspectives to think about the contemporary world, mainly the world of Education. Paulo Freire’s vision, expressed by the Culture Circles, has been analysed in this text in the light of complex challenges posed by the African/Angolan culture, namely the ondjango and the otchiwo. From this perspective, this study aims at detailing different pedagogies that are found in the three visions so that interfaces can be identified, and ways to a liberating Education in Angola can be proposed. Freire, Lukamba, Nunes, Kavaya and Altuna enable us to suggest dialogue as one of the vital perspectives exposed by this text: the Freirean, the ondjangian, and the otchiwian ones. All look at the world we face in everyday life, and at the world we face in schools; the task refers to reading the world and the word in search for freedom. Therefore, the dialogue, which is the core reference, is not only understood as a methodological perspective, but also as an ontological dimension of the human being." (author's abstract

    Formação humana e exclusão social Repensando possibilidades, revigorando limites...

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    This paper starts from some questions: why do we prefer the concepts of exclusion/inclusion to the detriment of oppression/liberation in educational analysis? Is it just a replacement of terms that is irrelevant to the social-educational project? Or has it rather to do with concepts that involve different social concepts and opposing educational projects? Does the pair included/excluded keep the emancipatory/revolutionary vigor found in Paulo Freire’s concepts of oppressed/oppressor? Or, on the contrary, does it look for a superficial accommodation which maintains the structural logic of the capitalist system? Based on these questions, we try to demonstrate, only provisionally, that the reflection on the concepts of exclusion and inclusion has been hasty and poor when they have been appropriated to constitute the basis of educational projects. Our belief is that, since these concepts originated in a theory designed to support the capitalist model, its task is to attenuate, rather than overcome, the profound and de-humanizing impact that results from the current model of production. Key words: education, oppression-liberation, exclusion-inclusion.O presente texto parte de indagações: por que privilegiar os conceitos exclusão/ inclusão, em detrimento de opressão/libertação na análise educacional? Trata-se apenas de uma substituição de termos, irrelevante para o projeto socioeducacional? Ou será que, muito mais do que isso, trata-se de conceitos que envolvem distintas concepções sociais e projetos educacionais em confronto? O par excluído/incluído mantém o vigor emancipatóriorevolucionário dos conceitos oprimido/opressor de Paulo Freire? Ou, diferentemente, busca acomodações superficiais que deixa intocada a lógica estrutural do sistema capitalista? Diante das questões acima propostas, sempre provisoriamente, buscamos demonstrar que os conceitos exclusão e inclusão têm sido apressada e escassamente refletidos quando são apropriados para a fundamentação de projetos formativos. Nossa tese é: originando-se no seio de teoria criada em sustentação ao modelo capitalista, tais conceitos têm a tarefa de amenizar os impactos nefastos e desumanizadores resultantes do atual modelo de produção, e não de superá-lo. Palavras-chave: educação, opressão-libertação, exclusão-inclusão

    Formação humana e exclusão social Repensando possibilidades, revigorando limites...

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    This paper starts from some questions: why do we prefer the concepts of exclusion/inclusion to the detriment of oppression/liberation in educational analysis? Is it just a replacement of terms that is irrelevant to the social-educational project? Or has it rather to do with concepts that involve different social concepts and opposing educational projects? Does the pair included/excluded keep the emancipatory/revolutionary vigor found in Paulo Freire’s concepts of oppressed/oppressor? Or, on the contrary, does it look for a superficial accommodation which maintains the structural logic of the capitalist system? Based on these questions, we try to demonstrate, only provisionally, that the reflection on the concepts of exclusion and inclusion has been hasty and poor when they have been appropriated to constitute the basis of educational projects. Our belief is that, since these concepts originated in a theory designed to support the capitalist model, its task is to attenuate, rather than overcome, the profound and de-humanizing impact that results from the current model of production. Key words: education, oppression-liberation, exclusion-inclusion.O presente texto parte de indagações: por que privilegiar os conceitos exclusão/ inclusão, em detrimento de opressão/libertação na análise educacional? Trata-se apenas de uma substituição de termos, irrelevante para o projeto socioeducacional? Ou será que, muito mais do que isso, trata-se de conceitos que envolvem distintas concepções sociais e projetos educacionais em confronto? O par excluído/incluído mantém o vigor emancipatóriorevolucionário dos conceitos oprimido/opressor de Paulo Freire? Ou, diferentemente, busca acomodações superficiais que deixa intocada a lógica estrutural do sistema capitalista? Diante das questões acima propostas, sempre provisoriamente, buscamos demonstrar que os conceitos exclusão e inclusão têm sido apressada e escassamente refletidos quando são apropriados para a fundamentação de projetos formativos. Nossa tese é: originando-se no seio de teoria criada em sustentação ao modelo capitalista, tais conceitos têm a tarefa de amenizar os impactos nefastos e desumanizadores resultantes do atual modelo de produção, e não de superá-lo. Palavras-chave: educação, opressão-libertação, exclusão-inclusão

    FILOSOFIA E EDUCAÇÃO EM PAULO FREIRE: PENSANDO COM PRÁTICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

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    O presente texto nasce da motivação de compreender um espaço de sala de aula em processo de formação-investigação com professores em serviço, num programa de formação inicial. Seu objetivo é desvelar os fundamentos filosóficos de tal discussão, tomando como base o pensamento de Paulo Freire. Inicialmente, os autores discutem o lugar da filosofia nos cursos de formação de professores, destacando que sua tarefa é pensar o presente, em busca da verdade. Sobre este pano de fundo são projetadas, ainda, reflexões sobre Estado, ética, história, liberdade, autoridade, diálogo e autonomia. Num segundo passo, é discutida a concepção freiriana de liberdade humana, a qual vem sendo historicamente negada para a maioria. Aí, tem especial interesse o problema do inacabamento humano e da conseqüente necessidade de interferir na história para a conquista da liberdade. Finalmente, abordando a questão da autonomia e da intencionalidade educativa, o artigo conclui que Freire busca dar consistência argumentativa à tese a favor da relação entre autoridade, liberdade e autonomia. A autoridade legítima possibilita a instalação de condições para a construção da autonomia séria, competente e comprometida. A autoridade, neste sentido, tem indispensável presença na formação dos educandos para a autonomi

    A relação entre liberdade e necessidade e a fecundidade educativa: diálogos com o pensamento de Antonio Gramsci e de Paulo Freire

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    This article deals with the concepts of liberty and necessity in the history of philosophy as relevant and recurrent subjects since the Greeks classics up to present time. It states that throughout the universal thought two general ways of facing the problem can be identifed: one that absolutizes one or the other pole of the relation, and another one that intends to articulate them dialectically. It is shown that both the Gramscian and the Freirean approaches are favorable to a disciplinary process that constitutes liberation; therefore, they are philosophies that articulate liberty and necessity in a dialectical manner. Key words: liberty, necessity, dialectics, discipline.Este artigo trata dos conceitos “liberdade” e “necessidade” na história da filosofia como temas relevantes e recorrentes, desde os clássicos gregos até nossos dias. Afirma-se que, ao longo do pensamento universal, pode-se identificar duas formas gerais de enfrentar o problema: uma que absolutiza um ou outro pólo da relação e outra que procura articulálos dialeticamente. Mostramos, no decorrer do texto, que as abordagens gramsciana e freireana são favoráveis a um disciplinamento constituidor da libertação; portanto, são filosofias que articulam dialeticamente necessidade e liberdade. Palavras-chave: liberdade, necessidade, dialética, disciplina

    Ética e educação em Paulo Freire: diálogos permitidos e imperativo debate

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    A reflexão ética é necessária? Quem a constitui? É a capacidade de indignação das pessoas? Ou é a televisão? Questões particulares põem-se em posição contrária às perspectivas coletivas. E aí? Parece que é imperativo pensar afirmativamente, em particular num mundo organizado desde a compulsória e endêmica exclusão social. Mas em que medida tal reflexão deve se dar, ou seja, quando tal reflexão e as conseqüentes exigências práticas tornam-se legítimas, portanto, éticas? Mais, em termos de visão de mundo ou ponto de partida epistemológica, antropológica etc., para organizar a reflexão proposta deve-se adotar a tese dos universais ou do(s) particular(es)? Vivemos, hoje, no maniqueísmo da tirania do todo e da ditadura do fragmento. Como, então, ainda colocar questões e indicar elementos que dêem conta da defesa da ética no mundo atual, em particular a partir do mundo da educação? O presente, tomando Freire como principal referência, busca ensaiar respostas às questões indicadas

    Sensibilizar a natureza humana interior: a unidade homem-natureza e a educação ambiental

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    This paper seeks to contribute with a philosophical approach to a more consitent foundation of Environmental Education, in order to make possible the improvement of public health in communities through disease-prevention practices. Firstly, the text shows the relationship between public health and environmental education; next, it brings a philosophical and historical comprehension of the man-nature relationship, claiming that nature is an intrinsic aspect of the human condition. Lastly, it supports the idea that the emergence of attitudes of human sensitization towards nature is not antagonistic with an ontology that has always been present in human history and that approximates man and physis. The thesis supported in the paper is that the acceptance of human sensibility can bring together three fields of knowledge (public health, environmental education and philosophy) and might be a bridge to restore elements which have been lost, repressed or forgotten with the man-nature split that took place more expressively with modern science, which clearly dichotomized the subject and the object of knowledge.El trabajo contribuye a una fundación filosófica más coherente de la Educación Ambiental, a fin de mejorar la salud pública en las comunidades a través de prácticas de prevención de enfermedades. En primer lugar, el texto presenta la relación entre la salud pública y la educación ambiental, y luego hace un rescate filosófico-histórico sobre la relación entre el hombre y la naturaleza, con el argumento de que la naturaleza es intrínseca a la condición humana. Por último, defiende la idea de que la aparición actitudes de sensibilización humana delante de la naturaleza no es discordante con una ontología de aproximación hombre-physis, siempre presente en la historia humana. El argumento es que la apertura a la sensibilidad humana acerca los tres ámbitos de conocimiento (la salud pública, la educación y la filosofía ambiental), siendo el puente que vá rescatar los elementos perdidos, olvidados o reprimidos con la división hombre-naturaleza, que se produjo más expresivamente en la ciencia moderna, por la dicotomía sujeto-objeto de conocimiento.O artigo busca contribuir filosoficamente para uma fundamentação mais consistente da Educação Ambiental, a fim de possibilitar a melhoria da saúde pública nas comunidades, através da prática preventiva de doenças. Em primeiro lugar, o texto apresenta a relação entre saúde pública e educação ambiental; em seguida, faz um resgate filosófico-histórico a respeito da relação homem-natureza, argumentando que a natureza é elemento intrínseco à condição humana. Por fim, defende a ideia de que o emergir de atitudes de sensibilização humana frente à natureza não é discordante com uma ontologia de aproximação homem-physis, sempre presente na história humana. A tese defendida é a de que a abertura para a sensibilidade humana aproxima os três campos do conhecimento (saúde pública, educação ambiental e filosofia), sendo a ponteque resgatará elementos perdidos, recalcados ou esquecidos com a cisão homem-natureza ocorrida, mais expressivamente, na Ciência Moderna, através da dicotomia sujeito-objeto do conhecimento

    Apontamentos críticos para uma educação intercultural

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    O texto aborda a temática a respeito do Interculturalismo e do Multiculturalismo. Aponta o Multiculturalismo como uma corrente teórica que reconhece a existência de diferentes identidades culturais, defende o respeito à especificidade de cada uma e analisa o Interculturalismo como teoria que propõe o desenvolvimento de processos de interação entre os sujeitos e entre os grupos de diferentes culturas. Além de situar o debate teórico existente entre os autores que defendem cada uma das concepções, o texto propõe uma abordagem baseada no modo marxiano de análise da sociedade como um contexto de totalidade em lugar de uma análise fragmentalista dos contextos culturais. Conclui que, apoiados na teoria marxiana, é possível localizar as fragilidades de uma e outra correntes teóricas e aponta pistas para uma educação intercultural
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