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    UMA REFLEXÃO SOBRE A RETOMADA DOS MITOS NAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: A INFLUÊNCIA DA MITOLOGIA CRISTÃ NA REPRESENTAÇÃO DA MITOLOGIA NÓRDICA

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    A contemporaneidade está povoada de imagens e discursos e produz, a todo o tempo, novos saberes que se disseminam por meio de práticas discursivas na forma de gêneros específicos, determinados pela relativa estabilidade de suas características. O presente artigo tem por escopo, portanto, demonstrar o modo como o mito, em sua constituição arquetípica, é retomado, num movimento histórico cíclico, por meio de diferentes roupagens, evidenciando, dessa forma, o modo como o imaginário e o discurso se articulam na construção da história em quadrinhos como gênero do discurso e sua pluralidade de sentido derivada da linguagem multimodal que o constitui. Procura-se, por isso, descrever e analisar a história em quadrinhos intitulada A Essência do Medo – Jornada ao Mistério, em que se apresenta uma narrativa heroica oculta de Loki (Jovem Loki), em busca de ajudar o irmão (Thor) a proteger o mundo do Ragnarök (escatologia nórdica). Para tanto, utilizam-se Foucault (1995), na perspectiva discursiva, abrangendo o modo como as relações de saber produzem o construto histórico, Bakhtin (1992), em relação aos gêneros do discurso, sua mobilidade e relevância, Durand (2002), na perspectiva do imaginário como constelação de imagens que orienta dado valor de verdade e Nietzsche (2006), com sua filosofia do martelo. Esses autores, entrelaçados, tornam-se esteira teórica para a edificação do presente estudo. Configura-se, assim, como um trabalho de cunho qualitativo, segundo o qual se busca coletar dados representativos. Há de se ressaltar que o método da abordagem, hipotético-dedutivo, é utilizado como base para o desenvolvimento do trabalho, buscando comprovações por meio de marcas linguísticas e imagéticas que evidenciem a concretude da análise. Entende-se, nesse estudo, que a história não é um todo contínuo que se movimenta em uma única direção, sem quebras ou rupturas, mas um lugar de descontinuidade e mudança constante, sendo palco da amálgama mítica erigida a um trono por meio das angústias e anseios inerentes ao humano, o que movimenta os saberes correntes em dado momento e modifica as imagens que nele circulam, transformando, em decorrência disso, o modo como os enunciados se estruturam e os temas que carregam, trazendo, na análise empreendida, as formas heroicas dos deuses nórdicos para a moral maniqueísta alicerçada no cristianismo.&nbsp

    A visão ecológica de mundo aplicada ao jogo eletrônico Don’t starve together

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    Our objective in this article is to analyze the electronic game Don’t Starve Together, creating a new way of looking at the linguistc ecosystem and the variety of communication plataforms. We spread, thus, the theories already established in the Ecological Discourse Analysis, expanding the horizons and aiming to add an analytical model that incorporates statements that flee what is common from the prototypical pattern, founded in faceto-face communication. Basing in Couto (2007), Couto et al. (2015) and Couto, Couto and Borges (2015), we look for excerpts from virtual dialogues, which appear in an electronic computer game, to prove and clarify the operation of the proposed theory. We take into account, above all, the question of Ecological Worldview, stressing in the observed data how the materiality integrates harmonically, or not, in this epistemological perspective.Traça-se como objetivo, neste artigo, analisar o jogo eletrônico Don’t Starve Together, visando estabelecer uma nova forma de olhar o ecossistema linguístico em sua diversidade de plataformas comunicativas. Difundem-se, dessa forma, as teorias já estabelecidas no âmbito da Análise do Discurso Ecológica, ampliando seus horizontes e almejando agregar um modelo analítico que englobe enunciados que fujam ao padrão prototípico encontrado na interação comunicacional face-a-face. Para tanto, fundamenta-se em Couto (2007), Couto et al. (2015) e Couto, Couto e Borges (2015), em razão de trazer à luz um modo de olhar excertos de diálogos virtuais, que se desenrolam em um jogo eletrônico de computador, para comprovar e esclarecer a operacionalização da teoria proposta. Leva-se em consideração, acima de tudo, a questão da visão ecológica de mundo, atestando, no momento da observação dos dados, o modo como a materialidade se integra harmonicamente, ou não, a essa perspectiva epistemológica.&nbsp

    A pandemia de COVID-19 e os efeitos do discurso obscurantista instaurado nas redes sociais digitais

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    O presente artigo tem por objetivo discutir os efeitos da disseminação do discurso obscurantista no Brasil durante a pandemia de COVID-19, além de enfatizar suas implicações e reflexos para o discurso científico e para a sua legitimidade social. Observou-se que as redes sociais digitais (WhatsApp, Facebook, Instagram, Twitter etc.) se tornaram ambientes virtuais em que se proliferam em grande escala e com extrema velocidade enunciados que possibilitam constituir e reafirmar as identidades dos usuários. Tomou forma, desse modo, um sistema em que o que se diz importa menos do que o modo como o dizer reitera a face criada para o usuário. A interação comunicativa virtual pressupõe que se compartilhe com velocidade, já que as informações não cessam em se atualizar, e as redes sociais virtuais propiciam um ambiente confortável para que se leiam apenas textos curtos (sem ser necessário procurar fontes ou fazer uma leitura crítica) e para que se possa compartilhá-los com apenas um toque, que é condicionado pela imagem de si que se busca criar para a audiência invisível com quem se está conectado. Abre-se espaço, assim, para a reprodução massiva de enunciados que não compactuam com fatos (as chamadas Fake News). A democratização dos ambientes virtuais aliada ao cenário político-social instaurado no Brasil em 2020 possibilitou a emergência de um forte negacionismo científico, sustentado pela difusão das Fake News, já que uma série de perspectivas discursivas que permeiam a atualidade se alicerçam na oposição ao discurso científico. Partindo da perspectiva da Linguística Ecossistêmica e da Análise do Discurso Ecossistêmica, propostas por Couto (2013), Couto, Couto & Borges (2015) e Couto & Fernandes (2021), e dos princípios da interação comunicativa virtual proposta por Nowogrodzki da Silva (2018), observa-se que o discurso obscurantista virtual e sua legitimação feita por figuras públicas, tendo por base fake news ou a distorção dos fatos, estabeleceram e disseminaram valores de verdade que se opõem ao que já era tido como axioma pela ciência. Deslegitima-se o discurso científico a fim de exaltar elementos ideológicos que perpassam identidades, como o conservadorismo, a moralidade cristã, a ideologia neoliberal, o nacionalismo e a idolatria da força militar na condução do Estado. Para clarificar essas relações, analisam-se enunciados compartilhados via redes sociais digitais diversas que reproduzam o discurso obscurantista, buscando entender o impacto que causam nos diversos âmbitos da sociedade durante um momento calamitoso, como a pandemia de COVID-19, no Brasil

    Confluências entre a sociolinguística qualitativa e a ecolinguística: práticas religiosas virtualizadas

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    Este trabalho tem por esteira discutir as possibilidades de aproximação entre a sociolinguística qualitativa e a ecolinguística em sua vertente desenvolvida no Brasil, a linguística ecossistêmica. Entrecruzam-se princípios metodológicos e epistemológicos das duas áreas para que se possa evidenciar suas confluências e singularidades, a fim de atestar as afinidades entre os dois domínios do saber, ressaltando sempre que são perspectivas teóricas independentes. Para tanto, apoia-se numa aplicação prática, a fim de visualizar as categorias de análise em sua operacionalidade. Assim sendo, observam-se interações entre usuários da rede social digital Facebook que tenham por base a religiosidade. Ressalta-se que, quando transposta para o ambiente virtual, a religiosidade se materializa em práticas religiosas que se reorganizam e se adaptam às ferramentas interacionais disponíveis. Percebe-se que os simulacros virtuais possibilitam reproduzir a realidade e conectar interagentes em diferentes tempos e espaços, mudando as formas de interagir, de agir como indivíduo religioso e de se entender como sujeito de fé, o que implica em fortes mudanças culturais, sociais e históricas, excedendo limites espaço-temporais. O afastamento espacial, a maleabilidade temporal e a ausência de um corpo físico permitem ao indivíduo modelar suas identidades e projetá-las num simulacro, dando forma a novos modos de interagir que não são previstos pela interação comunicativa face a face

    A criação de simulacros sobre o ecossistema linguístico: a comunicação virtual em jogos de RPG e MMORPG

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    his work aims, as objective, show how simulations are created on the integrality of the linguistic ecosystem, forming an illusory veil, which is called here “virtuality”. We understand by virtuality the space desterritorialization. Thus, we want to observe, using the Ecolinguistic categories, RPG games (role-playing game), in which the participant plays a character with the goal of to create a narrative, and MMORPG (Massive Multiplayer Online Role-Playing Game), in which you take controlo f a character in an online computer game, seeking to understand how the interaction is set at different levels depending on the interactional and systemic rules and on the communicative support mobilized.Este trabalho tem por finalidade apresentar o modo como simulacros são criados sobre o ecossistema linguístico em sua integralidade e dão forma a um véu ilusório, o qual se denomina, aqui, “virtualidade”. Toma-se por virtualidade a desterritorialização do espaço. Dessa forma, pretende-se observar jogos de RPG (role-playing game) de mesa, em que cada participante interpreta uma personagem com o objetivo de criar uma narrativa, e MMORPG (Massive Multiplayer Online Role-Playing Game), em que se assume o controle de uma personagem em um jogo de computador online, à luz das categorias da Ecolinguística, em razão de entender como a interação se configura em diferentes níveis, dependendo das regras interacionais e sistêmicas, além do suporte comunicativo, mobilizados.&nbsp

    Interação comunicativa virtual : avatares e simulacros na comunidade de fala virtual ATEA

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    Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2021.Este trabalho busca analisar o modo como as interações comunicativas são transpostas da realidade física, em que se manifestam por meio da interação face a face, para a realidade virtual, em que o corpo se estende a representações digitais das identidades dos falantes, dando forma à interação comunicativa virtual, manifesta nas redes sociais digitais. Entender o processo de virtualização das interações comunicativas é fundamental para que se compreenda a dinâmica das redes sociais digitais e os efeitos das relações virtuais na realidade física. Por isso, a Ecolinguística se apresenta como uma teoria significativa para este estudo, na medida em que, segundo Couto (2016a), olha-se para as interações comunicativas na realidade física como constituintes de um ecossistema linguístico, ou seja, uma rede de relações antropogênicas que se apoia no entrelaçamento e na integração entre um povo, um território e uma língua (enquanto forma regular de interagir). Partindo desse pressuposto, é possível entender que o processo de virtualização das relações só será possível por meio da desterritorialização, ou seja, da supressão de uma das bases do ecossistema linguístico, o território. O ecossistema abre espaço para a virtualidade como uma extensão de si, provocando um afastamento corpóreo entre os falantes e dando forma a complexos interacionais virtuais. Os sistemas eletrônicos podem ser caracterizados, portanto, como suportes na mediação das interações entre usuários das redes sociais digitais. Demanda-se, assim, a reestruturação do sistema de interações comunicativas, pois o corpo, como uma parte do ecossistema linguístico, não está presente na realidade virtual. Cria-se a necessidade de desenvolver novas formas de interagir nas redes sociais digitais que não sejam mobilizadas pelo corpo, mas por ferramentas interacionais que possibilitem ao usuário se projetar numa máscara digital, num avatar, que o representa, permitindo que ele se revele enquanto indivíduo subjetivado e integre comunidades de fala virtuais, assegurando sua existência num mundo de abstrações. Amparada por uma abordagem qualitativa, esta pesquisa tem como objetivo geral compreender e expor o modo como acontece a transposição da interação comunicativa face a face para a interação comunicativa virtual, evidenciando suas características, a fim de clarificar a nova dinâmica estabelecida pela emergência da realidade virtual no século XXI, além de constatar os efeitos desse complexo virtual na realidade física. Para tanto, foram traçados os seguintes objetivos específicos: a) apresentar o ecossistema linguístico e o modo como a interação comunicativa face a face se dinamiza dentro de comunidades de fala, aplicando, para tanto, conceitos teórico -epistemológicos da Linguística Ecossistêmica; b) observar o modo como a interação comunicativa virtual se estabelece nas redes sociais digitais, por meio do processo de virtualização das relações e da desterritorialização do ecossistema linguístico, descrevendo as ferramentas interacionais que emulam regras interacionais na realidade virtual; e c) verificar o modo como a realidade virtual é constituída, analisando, para isso, o movimento social neoateísta, enfocando a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA), um grupo do Facebook que é estruturado como comunidade de fala virtual.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).This work seeks to observe how communicative interactions are transposed from physical reality, in which they manifest themselves through face-to-face interaction, to virtual reality, in which the body extends to digital representations of users' identities, giving shape to the users' virtual communicative interaction, manifested in social networks. Understanding the communicative interactions virtualization process is essential to understand the dynamics in social networks and the effects of virtual relationships on physical reality. Therefore, Ecolinguistics is presented as a summarized theory for this study, as, according to Couto (2016a), communicative interactions in physical reality are considered as constituents of a linguistic ecosystem, that is, a network of anthropogenic relationships which is based on the intertwining and integration between a people, a territory and a language (as a regular way of interacting). Based on this assumption, it is possible to understand that the process of virtualizing relationships will only be possible through deterritorialization, that is, the suppression of one of the bases of the linguistic ecosystem, the territory. The ecosystem opens up the space for virtuality as an extension of itself, causing a corporeal distance between the speakers and giving shape to virtual complexes. Electronic systems can be characterized, therefore, as supports in the mediation of interactions between social networks users. Thus, the restructuring of the system of communicative interactions is required, because the body, as a part of the linguistic ecosystem, is not present in virtual reality. There is a need to develop new ways of interacting in social networks that are not mobilized by the body, but by interactional tools that allow the user to project themselves into a digital mask, an avatar, that represents them, allowing them to reveal themselves as an individual subjectivate and integrate virtual speech communities, ensuring their existence in a world of abstractions. Supported by a qualitative approach, this research aims to understand and expose how the transposition of face-to-face communicative interaction to virtual communicative interaction happens, highlighting its characteristics, in order to clarify the new dynamics establis hed by the emergence of virtual reality in the 21st century, in addition to verifying the effects of this virtual complex on physical reality. Therefore, the following specific objectives were outlined: a) to present the linguistic ecosystem and the way in which face-to-face communicative interaction is dynamized within speech communities, applying, for this purpose, theoretical-epistemological concepts of Ecosystemic Linguistics; b) to observe how virtual communicative interaction is established in social networks, through the process of virtualization and the deterritorialization of the linguistic ecosystem, describing the interactional tools that emulate interactional rules in virtual reality; and c) verifying how virtual reality is constituted, analyzing, for this, the neo-atheist social movement, focusing on the Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA), a Facebook group that is structured as a virtual speech community

    A escuta dos idosos na pandemia do coronavírus pela Análise do Discurso Ecossistêmica e pelo imaginário

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    Nos últimos meses a COVID-19 tem sido assunto dominante a mídia por se tratar de uma pandemia que está fazendo milhões de mortos não só no Brasil. É sabido que os idosos fazem parte do grupo de risco, aquele que pode ter complicações graves se infectado. Esta pesquisa teve por objetivo investigar como os discursos acerca do coronavírus têm interferido no imaginário dos idosos no contexto brasileiro. Para tanto, mobilizamos a Análise do Discurso Ecossistêmica (COUTO; COUTO, 2015) e a Antropologia do Imaginário de Gilbert Durand (1989). Fundamentados nesse arcabouço teórico-metodológico, analisamos sete depoimentos de idosos com faixa etária entre 65 e 85 anos e diferentes níveis de escolarização. Ao apresentar os idosos como frágeis e descartáveis, esses discursos deixam de enfatizar o fato de que existem idosos sendo curados, idosos sendo produtivos, de que o diferente nem sempre representa um peso. Ao colocar jovens e idosos numa espécie de embate, esses discursos de medo segregam e afastam uns dos outros, estabelecendo uma relação não harmoniosa entre eles. Para a ADE, a velhice é um estado natural de continuação da vida e não um estado que antecede a morte. O idoso é um cidadão que também tem direito à vida, a uma sobrevivência digna de respeito.In the last few months, COVID-19 has been a dominant subject in the media because it is a pandemic that is causing millions of deaths not only in Brazil. It is known that the elderly are part of the risk group, the one that can have serious complications if infected. This research aimed to investigate how the discourses about the coronavirus have interfered in the imagination of the elderly in the Brazilian context. For this purpose, we used Ecosystemic Discourse Analysis (COUTO; COUTO, 2015) and Gilbert Durand’s Anthropology of the Imaginary (DURAND, 1989). Based on this theoretical-methodological framework, we analyzed seven testimonies of elderly people aged between 65 and 85 years and different levels of schooling. By presenting the elderly as fragile and disposable these discourses fail to emphasize the fact that there are elderly people being healed and productive, that the different does not always represent a burden. By placing young and old people in a kind of conflict, the discourse of fear segregates and distances them from one another, establishing a non-harmonious relationship between them. For EDA, old age is a natural continuation of life, not a state that precedes death. The elderly person is a citizen who also has the right to life, a dignified survival

    O CUIDADO DE SI COMO FORMA DE RESISTÊNCIA AO BIOPODER: A BARBA COMO AGENTE DESESTABILIZADOR DO DISPOSITIVO MIDIÁTICO

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    Este texto tem por esteira descrever, a partir da noção de dispositivo, práticas discursivas e não discursivas contemporâneas que, sendo difundidas pela mídia, trazem em si regras fundadas na higienização e na medicalização do corpo, instituídas por uma sociedade de controle (biopoder). Isso tende a gerar uma rede de regularidades que fazem ascender a um patamar de normalidade o ato de “fazer a barba”, relacionando-o a questões estéticas, de saúde e afetividade. Descrevem-se, também, enunciados e práticas relacionados a uma parcela mínima do povo que, por outro lado, retoma o uso da barba como forma de resistência, contrapondo-se ao que é chamado de “normal” na contemporaneidade, desestabilizando os olhares tranquilos num jogo dialético de poder. Busca-se, então, a partir de uma perspectiva foucaultiana, olhar para a história em sua descontinuidade e para as redes de relações e observar que, no dispositivo midiático, instauram-se poderes, regulados pela atualidade do saber e materializados como enunciados, que dão forma aos sujeitos.  Dessa maneira, faz-se uso das fases arqueológica e genealógica de Foucault, dando foco à questão do cuidado de si como forma de resistência na sociedade de controle.&nbsp

    A visão ecológica de mundo aplicada ao jogo eletrônico Don’t starve together

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    Our objective in this article is to analyze the electronic game Don’t Starve Together, creating a new way of looking at the linguistc ecosystem and the variety of communication plataforms. We spread, thus, the theories already established in the Ecological Discourse Analysis, expanding the horizons and aiming to add an analytical model that incorporates statements that flee what is common from the prototypical pattern, founded in faceto-face communication. Basing in Couto (2007), Couto et al. (2015) and Couto, Couto and Borges (2015), we look for excerpts from virtual dialogues, which appear in an electronic computer game, to prove and clarify the operation of the proposed theory. We take into account, above all, the question of Ecological Worldview, stressing in the observed data how the materiality integrates harmonically, or not, in this epistemological perspective.Traça-se como objetivo, neste artigo, analisar o jogo eletrônico Don’t Starve Together, visando estabelecer uma nova forma de olhar o ecossistema linguístico em sua diversidade de plataformas comunicativas. Difundem-se, dessa forma, as teorias já estabelecidas no âmbito da Análise do Discurso Ecológica, ampliando seus horizontes e almejando agregar um modelo analítico que englobe enunciados que fujam ao padrão prototípico encontrado na interação comunicacional face-a-face. Para tanto, fundamenta-se em Couto (2007), Couto et al. (2015) e Couto, Couto e Borges (2015), em razão de trazer à luz um modo de olhar excertos de diálogos virtuais, que se desenrolam em um jogo eletrônico de computador, para comprovar e esclarecer a operacionalização da teoria proposta. Leva-se em consideração, acima de tudo, a questão da visão ecológica de mundo, atestando, no momento da observação dos dados, o modo como a materialidade se integra harmonicamente, ou não, a essa perspectiva epistemológica.&nbsp

    The will of truth as will to power – a discoursive perspective about morality

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    Submitted by Erika Demachki ([email protected]) on 2017-03-31T17:34:14Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Anderson Nowogrodzki da Silva - 2017.pdf: 1741114 bytes, checksum: 6304ba9926289ff4eccc6751865e247c (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)Rejected by Luciana Ferreira ([email protected]), reason: Érika, dê uma olhada na data da defesa e publica~]ao, pois colocou 1993 e no trabalho só identifiquei que foi publicado em 2017 . Com relação a defesa não achei a data na ata. on 2017-04-03T12:00:59Z (GMT)Submitted by Erika Demachki ([email protected]) on 2017-04-05T17:53:57Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Anderson Nowogrodzki da Silva - 2017.pdf: 1741114 bytes, checksum: 6304ba9926289ff4eccc6751865e247c (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)Rejected by Luciana Ferreira ([email protected]), reason: A data de publicação está errada, é 2017. on 2017-04-06T11:12:09Z (GMT)Submitted by Erika Demachki ([email protected]) on 2017-04-06T17:50:47Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Anderson Nowogrodzki da Silva - 2017.pdf: 1741114 bytes, checksum: 6304ba9926289ff4eccc6751865e247c (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)Rejected by Luciana Ferreira ([email protected]), reason: Verifique no formulário de metadados a data da defesa, pois você colocou 1993,na ata está 2017 e na dissertação a data de publicação, também, é 2017. Outro erro (MeStrado em Letras e Linguística) on 2017-04-07T11:06:03Z (GMT)Submitted by Erika Demachki ([email protected]) on 2017-04-07T17:51:37Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Anderson Nowogrodzki da Silva - 2017.pdf: 1741114 bytes, checksum: 6304ba9926289ff4eccc6751865e247c (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)Rejected by Luciana Ferreira ([email protected]), reason: Na ata consta a data de defesa 2017 e na dissertação também está 2017. on 2017-04-10T11:20:37Z (GMT)Submitted by Erika Demachki ([email protected]) on 2017-04-17T17:21:44Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Anderson Nowogrodzki da Silva - 2017.pdf: 1741114 bytes, checksum: 6304ba9926289ff4eccc6751865e247c (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)Approved for entry into archive by Luciana Ferreira ([email protected]) on 2017-04-18T15:45:39Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Anderson Nowogrodzki da Silva - 2017.pdf: 1741114 bytes, checksum: 6304ba9926289ff4eccc6751865e247c (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)Made available in DSpace on 2017-04-18T15:45:39Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Anderson Nowogrodzki da Silva - 2017.pdf: 1741114 bytes, checksum: 6304ba9926289ff4eccc6751865e247c (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 1993-02-15Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESThe present work is the result of some observations about the relations between power and knowledge, the regularities and the possibilities of resistance. We decided, then, think and discuss the articulation between the concepts of Will of Truth and Will to Power, in order to understand the way moral establishes itself in the set of interactions. We demonstrates, like that, the way the society commands itself based on the current knowledge and, at the same time, creates resistences, transforming itself through the confrontation of forces, of the logical of power. Then, the theorical-methodological postulate with wich one works is the study of the discourse by the Foucault’s archaeogenealogy, bringing also, to the research, Nietzsche’s notions and reflections, in order to better illustrate the way society is constituted and your ways to see and say. The use of this theoretical contribution is justified because it is based on numerous unfoldings and contributions to the studies of the language in a historicist perspective. Thereby, it seeks to highlight issues pertinent to this field of study; What means Will to Power? What means Will of Truth? How those concepts relate on na enviroment were resistence and regularity coexist? What are the consequences that these concepts can have in what we propose to investigate? How do you set up a moral control mechanism? Those are questions that guide this work and that tend to worry for a more accurate theoretical analysis. Another aspect that is relevant to this approach is the understanding of the concept of device; according Courtine (2013), we should look to the device as a set of knowledges that can be crossed and make others appear, having a strategic function regulated by the power relations. Foucault and Nietzsche provide a basis for reading the concepts that are discussed, being complemented by your readers. This study is qualitative in that we do not look for exhaustive but representative data. Therefore, will be described, related and crossed statements that present in the contemporaneousness the quest to control morally the body, observing the resumption of the “already said” in function of legitimizing the discourses, leading to the discussion of why a person who goes hungry do not steal to eat as an example of the dynamics of morality. Finally, we can infer that the subject of discourse, although situated sociohistorically in capitalist societies, that reinforce the morality control, can resist which leads to the continuous transformation.O presente trabalho é fruto de algumas observações sobre as relações de poder e saber, as regularidades e as possibilidades de resistência. Decidiu-se, então, pensar e discutir a articulação entre os conceitos de Vontade de Verdade e Vontade de Potência, a fim de entender o modo como a moral se instaura no conjunto das interações. Demonstra-se, assim, o modo como a sociedade se ordena com base na atualidade do saber e, ao mesmo tempo, cria resistências, transformando-se por meio do enfrentamento de forças, da lógica da potência. Então, o postulado teórico-metodológico com o qual se trabalha é o estudo do discurso por meio da arqueogenealogia de Foucault, trazendo, ainda, para a pesquisa, as noções e reflexões de Nietzsche, a fim de melhor ilustrar o modo como se constitui a sociedade, seus modos de ver e dizer. Justifica-se o uso desse aporte teórico por se basear em inúmeros desdobramentos e contribuições para os estudos da linguagem em uma perspectiva historicista. Com isso, busca-se evidenciar questões pertinentes a esse campo de estudo; O que significa Vontade de Potência? O que significa Vontade de Verdade? Como esses conceitos se relacionam num ambiente em que coexistem a resistência e a regularidade? Quais os desdobramentos que esses conceitos podem ter no que se propõe investigar? Como se configura um mecanismo de controle moral? São questões que norteiam este trabalho e que tendem a inquietar para uma análise teórica mais apurada. Outro aspecto que se torna relevante à abordagem é um entendimento sobre o conceito de dispositivo; segundo Courtine (2013), deve-se olhar para o dispositivo como um conjunto de saberes que se entrecruzam e fazem aparecer outros, possuindo uma função estratégica regulada pelas relações de poder. Foucault e Nietzsche constituem a base de leituras dos conceitos que serão abordados, sendo complementados por seus leitores. Essa apreciação é de cunho qualitativo, em que não se buscam dados exaustivos, mas representativos. Assim, serão descritos, relacionados e entrecruzados enunciados, que apresentem, na contemporaneidade, a busca por controlar moralmente o corpo, observando a retomada do “já dito”, em função de legitimar os discursos, levando à discussão do motivo pelo qual uma pessoa que passa fome não rouba para se alimentar, como um exemplo da dinâmica da moralidade. Enfim, podemos inferir que o sujeito do discurso, ainda que situado sociohistoricamente em sociedades capitalistas, que reforçam o controle da moral, pode resistir, o que leva à transformação contínua
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