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    Estoicismo e epicurismo em Roma

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    Todo homem quer ser feliz. Estoicismo e epicurismo, filosofias da natureza, filosofias morais, dão respostas à inquietação do homem que sonha com a serenidade da alma. Costuma-se opor epicurismo e estoicismo, pois suas verdades primordiais e suas regras de vida são diferentes. O primeiro procura a salvação da sociedade pela dependência do homem a uma Providência divina; o segundo, a liberdade do homem, tornando-o seu próprio senhor. Se o Deus estóico, Razão, criou e governa o mundo, os Deuses epicúrios, modelo – perfeito – do comportamento do sábio, não o criaram nem interferem nele

    A ode ad Septimium, de Horácio

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    Platão, a transmigração das almas e Tito Lucrécio Caro

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    Platão apresenta a teoria da reminiscência como prova da imortalidade da alma em Fédão, Fedro, Mênão e República; já em Fedro e República, descreve a composição tripartida da alma e a transmigração da alma. Por sua vez, Lucrécio, no De rerum natura, assim como Epicuro, na Carta a Heródoto, propõe a teoria do esquecimento e afirma que a alma é corpórea; demais, divide a alma em duas partes: animus e anima, ou espírito e alma, e em quatro elementos: calor, sopro, ar e uma quarta substância. Lucrécio, poeta, apóia-se na experiência: não nos lembramos; Platão, filósofo, no mito: saber é lembrar. O epicurismo afasta-se totalmente da concepção órfico-pitagórica e platônica de uma alma imortal: surgiu para livrar dos seus temores o homem, que, ante a morte, teme dores terríveis e eternas para a alma, e a insensibilidade para o corpo. Segundo o epicurismo, ambos os temores são irracionais: quando o homem existe a morte não está presente, e quando está presente o homem já não existe

    Medéia de Sêneca

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    O dramaturgo Sêneca interessa-se principalmente pela alma de suas personagens, com seus sentimentos, suas paixões, seus conflitos. Ouvindo-as falar, gritar, orar, pode-se bem prever o desenrolar da ação trágica. Em Medéia, os versos 919–53 apresentam-nos a heroína presa de sentimentos contraditórios: de um lado, a mãe, seu amor e seu coração; de outro, a esposa com sua cólera e seu espírito de maga

    Sonetos

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    A política indigenista e os territórios indígenas no Paraná (1900-1950)

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    Este trabalho analisa a política indigenista no Paraná durante a primeira metade do século XX, bem como as ações dos grupos indígenas que se articularam em defesa dos seus interesses, lutando, sobretudo, por seus territórios tradicionalmente ocupados. O objetivo é discutir a organização da política indigenista no contexto nacional, principalmente com a criação do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), evidenciando as primeiras áreas de terras reservadas às populações indígenas no Paraná, além de demonstrar a busca incessante das autoridades locais em expropriar cada vez mais os territórios indígenas, como explícito pelo Acordo de 1949 entre o governo do Estado e da União. O desenvolvimento desta pesquisa permitiu a compreensão do processo de formação das áreas de terras reservadas aos grupos indígenas no Paraná, revelando a historicidade de tais povos que, mesmo em situações desfavoráveis, conseguiram manter parte dos seus tradicionais territórios, permanecendo enquanto populações diferenciadas entre si e da sociedade envolvente

    Mobilização e protagonismo indígena na ditadura militar: ações das etnias do Mato Grosso do Sul

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    Este artigo apresenta os resultados da sistematização e análise da série documental “Demarcação de Terras Indígenas – DTR” da ASI/Funai. Foram abordadas as ocorrências em que aparecem as etnias e terras indígenas do estado do Mato Grosso do Sul, durante o período da ditadura civil-militar brasileira. Nesse sentido, investigaram-se as formas de mobilização destes povos, especialmente na busca pela manutenção de seus direitos territoriais, compreendendo-os como sujeitos históricos e protagonistas, que se destacaram na formação de estratégias políticas e, consequentemente, suplantaram a noção vitimizante que, amiúde, se faz deles
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