11 research outputs found

    Liver abscess due to Salmonella enteritidis in a returned traveler with HIV infection: case report and review of the literature

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    Os pacientes com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) apresentam maior frequência de bacteremia associada a Salmonella não-typhi. Porém, complicações focais têm sido raramente descritas. Os autores relatam um caso de abscesso hepático devido a Salmonella enteritidis em paciente com infecção pelo VIH que retornou recentemente a São Paulo de uma viagem pelo Caribe. Após drenagem percutânea do abscesso e tratamento antimicrobiano, observou-se melhora clínica e radiológica. Segundo nossa revisão, este é o primeiro caso descrito de abscesso hepático por Salmonella não-typhi em paciente com infecção pelo VIH no Brasil.Bacteremia due to non-typhi Salmonella is more frequent in patients infected with the human immunodeficiency virus (HIV). However, focal complications have been rarely described. We report a case of liver abscess due to Salmonella enteritidis in an HIV-infected patient who recently returned to Sao Paulo, Brazil, from a trip in the Caribbean. A good clinical and radiological response was seen with both percutaneous catheter drainage and antibiotic treatment. To our knowledge, this is the first culture proven case of non-typhi Salmonellaliver abscess in an HIV-infected patient in Brazil

    Caso grave de monkeypox associado ao diagnóstico laboratorial recente de HIV: relato de caso

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    Introdução: Monkeypox é uma zoonose causada pelo vírus varíola. O primeiro caso humano confirmado foi em 1970, quando o vírus foi isolado de uma criança na República Democrática do Congo. Desde o início de maio de 2022, um surto grande e inesperado tem sido documentado globalmente, com os primeiros casos inicialmente descritos no Reino Unido atingindo hoje cerca de 70 países. As causas desse aumento explosivo de pacientes não estão bem esclarecidas, mas ultrapassaram 10 mil infectados até a terceira semana de julho de 2022. As apresentações clínicas e epidemiológicas têm sido distintas dos casos endêmicos e dos pequenos surtos previamente descritos em áreas não endemicas. Objetivo: Neste relato descrevemos as características clínicas evolutivas e epidemiológicas da coinfecção do Monkeypox e do imunodeficiência humana em um paciente atendido em um serviço de referência em infecções sexualmente transmissíveis — IST/Aids de São Paulo, Brasil. Métodos: as informações dos métodos contidas neste estudo foram obtidas por meio de revisão dos prontuários, entrevistas com o paciente, prontuário fotográfico dos métodos diagnósticos, aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. Resultados: Homem brasileiro, sem antecedente epidemiológico de viagem, foi diagnosticado com Monkeypox por meio de reação em cadeia da polimerase. Simultaneamente a esse diagnóstico, recebeu diagnóstico laboratorial de vírus da imunodeficiência humana, uretrite por clamídia e sífilis latente tardia. Conclusão: Para reduzir o risco de disseminação do Monkeypox, são necessárias estratégias no âmbito da saúde pública, com disseminação da informação e elaboração de projetos de prevenção com informações direcionadas e recomendações para populações vulneráveis, especialmente homens que fazem sexo com homens, com bastante prudência, buscando não favorecer o desenvolvimento de estigmas como os já vivenciados no início da epidemia de imunodeficiência humana.

    BK virus associated meningoencephalitis in an AIDS patient treated with HAART

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    A severely immune-suppressed AIDS patient was suspected of suffering from BK virus (BKV) meningoencephalitis, after being studied for common causes of neurological complications of co-infectious origin. Polymerase chain reaction (PCR) and sequence analysis of cerebrospinal fluid and brain samples, confirmed the presence of BKV. His clinical condition improved along with the regression of brain lesions, after modifications on his antiretroviral regime. Five months after discharge, the patient was readmitted because of frequent headaches, and a marked inflammatory reaction was evidenced by a new magnetic resonance imaging (MRI). The symptoms paralleled a rising CD4+ lymphocyte count, and immune reconstitution syndrome was suspected. This is the first non-postmortem report of BKV meningoencephalitis in an AIDS patient, showing clinical and radiographic improvement solely under HAART

    Cerebral infarction related to cryptococcal meningitis in an HIV-infected patient: case report and literature review

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    Neurological dysfunction as the first manifestation of AIDS has been found in 10 to 20% of symptomatic human immunodeficiency virus infections. However, stroke has rarely been reported in AIDS patients. The most common causes of cerebral infarction in AIDS are central nervous system infections: toxoplasmosis, cryptococcal meningitis and tuberculosis. Potential vascular mechanisms for cerebral infarction and transient neurological deficits among AIDS patients include deposition of antigen-antibody complexes with vasculitis and infarction, and a direct toxic effect of a viral antigen or infectious agent on vascular endothelium. The role of cryptococcal meningitis in vasculopathy is still not clear. We report a case of cerebral infarction in an HIV-infected patient, with cryptococcal meningitis as the first manifestation of AIDS

    PERFIL DE PACIENTES EM USO DE TERAPIA DUPLA COM DOLUTEGRAVIR E LAMIVUDINA, COORTE RETROSPECTIVA DE VIDA REAL

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    Introdução: O uso a longo prazo dos antirretrovirais (ARVs) e suas toxicidades são um desafio no atual manejo de pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA). Com ARVs mais potentes e com maior barreira genética, a terapia dupla (TD) está atualmente recomendada em várias situações. Métodos: Análise retrospectiva realizada até agosto/2022 em PVHA atendidas no CRT DST/AIDS, São Paulo, utilizando TD baseada em Dolutegravir (DTG) 50 mg + Lamivudina (3TC) 300 mg ≥ 365 dias. Dados foram capturados dos prontuários e inseridos na plataforma REDCAP juntamente a verificação de dispensas de ARVs pelo Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM). Resultados: Em um total 8849 pacientes ativos na instituição, identificamos 383 elegíveis à inclusão e análise. Características da população: homem cisgênero 294 (76,1%), brancos 284 (74,1%), ensino superior completo 171 (44,6%), mediana de idade 56,9 anos, mediana de idade no diagnóstico 38 anos, tempo médio de infecção pelo HIV 16,9 anos, contagem linfócitos TCD4 >500 células 315 (82,2%). Identificamos 9 óbitos (2 doença cardiovascular, 2 COVID-19 e 5 sem dados), 371 vivos em seguimento e 3 sem dados. Em relação aos ARVs: tempo médio de exposição 13,5 anos, número médio de esquemas prévios 3,1 (1 naive, 249 um a três esquemas e 133 quatro ou mais), exposição prévia aos Inibidores de Integrase 218 (56,9%). Principais esquemas prévios a TD: Tenofovir (TDF) + 3TC + DTG 166 (43%), Abacavir (ABC) + 3TC + DTG 44 (11,4%), Zidovudina (AZT) + 3TC + DTG 32 (8,3%), TDF + 3TC + Efavirenz (EFZ) 30 (7,8%), ABC + 3TC + EFZ 29 (7,5%) e 82 outros esquemas. Principais razões para TD: comorbidade óssea 110, comorbidade renal 95, conveniência posológica 82, comorbidade cardiovascular 44, outros eventos adversos 40 (lipodistrofia, elevação de transaminases e dislipidemia) e 54 (14%) sem dados. Identificamos pacientes com mais de uma razão. Em relação a manutenção da TD: 371 (96,9%) mantiveram uso, 8 trocas de esquema (2 falhas virológicas, 1 otimização de TARV após blip sem confirmação de falha, 1 presença de M184V em genotipagem prévia e 4 motivos clínicos) e 4 sem dados. Tempo médio de uso de TD no momento da análise 2,4 anos. Não foi possível avaliar ausência de falha virológica prévia em toda população. Conclusão: Uso de TD com Dolutegravir e Lamivudina, pode ser uma opção segura em PVHA em supressão viral, em uso de terapia antirretroviral há vários anos, sem falha virológica prévia
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