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PROPOSIÇÕES DE CUIDADO CULTURAL À ENFERMAGEM FRENTE A ASPECTOS DA SAÚDE REPRODUTIVA DE MULHERES QUILOMBOLAS
Objetivo: descrever proposições de cuidado cultural para a enfermagem frente a aspectos da saúde reprodutiva de mulheres quilombolas rurais. Método: pesquisa com etnoenfermagem, realizada em comunidades quilombolas no estado da Bahia, Brasil, nos meses de janeiro a dezembro de 2014. Para coletar os dados, utilizou-se a Observação-Participação-Reflexão com registros em diário de campo e guia etnodemográfico. Participaram 25 mulheres quilombolas rurais que experimentaram gestação e parto. Os dados foram analisados com base na Teoria Transcultural do Cuidado. Resultados: muitos aspectos de cuidados alimentares, terapias complementares, conhecimento do corpo, relacionais, comunitários e políticos experimentados pelas mulheres quilombolas ampararam benefícios à saúde e outros potencializaram vulnerabilidades para o adoecimento. Conclusão: as proposições de cuidado cultural para a enfermagem frente a aspectos da saúde reprodutiva de mulheres quilombolas rurais podem favorecer maior empoderamento dessas mulheres e o enfrentamento de vulnerabilidades sociais.Descritores: Enfermagem Transcultural. Saúde Reprodutiva. Saúde das Minorias Étnicas. Saúde da Mulher
Racismo e saúde: representações sociais de mulheres e profissionais sobre o quesito cor/raça
Trata-se de um estudo com abordagem multimetodológica apoiado na Teoria das Representações Sociais, com o objetivo de apreender as representações que o quesito cor tem para usuárias e profissionais de serviços públicos de saúde. Foi realizado em Unidades Básicas de Saúde do município de Salvador com 103 sujeitos. Os dados foram coletados por meio do Teste de Associação Livre de Palavras e da entrevista semiestruturada. Utilizou-se Análise Fatorial de Correspondência e análise temática. Os resultados mostram oposição de respostas entre pessoas que se autoclassificaram como brancas e pretas e oposição entre as pessoas mais jovens e mais velhas do estudo. As representações sobre o quesito cor retratam a complexidade da classificação racial e a necessidade de efetivação de trabalhos sobre políticas de saúde e de raças brasileiras.Se trata de un estudio con abordaje multimétodos, apoyado en la Teoría de las Representaciones Sociales, objetivando entender las representaciones que ostenta la cuestión color para pacientes y profesionales de servicios públicos de salud. Se realizó en Unidades Básicas de Salud del municipio de Salvador, con 103 sujetos. Datos recolectados mediante Test de Asociación Libre de Palabras y de entrevista semiestructurada. Se utilizó Análisis Factorial de Correspondencia y análisis temático. Los resultados muestran oposición de respuestas entre personas autoclasificadas como blancas y negras y oposición entre las personas mayores y menores del estudio. Las representaciones sobre la cuestión color retratan la complejidad de la clasificación racial y la necesidad de efectivización de trabajos sobre políticas sanitarias y raciales brasileñas.This is a multimethodology study founded on the Social Representations Theory, with the objective of aprehending the representations that the color issue has for the users and professionals of public health care services. The study was performed at Public Basic Health Units in Salvador, with 103 subjects. Data collection was performed using the Free Word-Association Test and semi-structured interviews. Factorial Correspondence Analysis and thematic analysis was used. Results showed an opposition of answers among people who classified themselves as white and black, and an opposition between the younger and older people. Representations about the color issue portray the complexity involved in racial classification and the need to implement studies on health policies and Brazilian races
CONHECIMENTO DE MULHERES QUILOMBOLAS SOBRE O CÂNCER DO COLO UTERINO
Objetivo: descrever o conhecimento de mulheres quilombolas sobre o câncer de colo uterino. Metodologia: estudo desenvolvido em comunidade quilombola, localizada no estado da Bahia. Os dados foram obtidos por meio de entrevista semiestruturada e oficina feminista, no período de julho a setembro de 2014. Resultados: as mulheres demonstraram dificuldade de entendimento sobre a doença e sua localização, sendo identificada como perigosa, feia e que mata; associada ao uso de pílulas anticoncepcionais, à não observância de cuidados tradicionais em relação ao parto, pós-parto e ao exercício livre da sexualidade pelas jovens. Conclusão: ficou evidente o desconhecimento das participantes sobre seu próprio corpo e sobre a etiopatogenia do câncer de colo uterino, mostrando a necessidade e a importância do estabelecimento de atividades educativas participativas.Descritores: Conhecimento; Neoplasias do colo do útero; Saúde da mulher; Grupo com ancestrais do continenteafricano; Enfermagem
Autoavaliação negativa de saúde em mulheres negras e brancas associadas às características sociodemográficas no Brasil
Objetivo:Verificar associação entre autoavaliação negativa do estado de saúde e característicassociodemográficas, segundo raça/cor das mulheres.Método:Estudo transversal de base populacional, utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostrasde Domicílios (PNAD), 2008. A amostra foi composta de 151.428 mulheres com idade igualou superior a 15 anos residentes no Brasil. Estimou-se a prevalência da autoavaliação doestado de saúde por raça/cor empregando-se regressão univariada e multivariada de Poisson.Resultados:Houve associação entre autoavaliação do estado de saúde e raça/cor. Mulheres negras tiveramchance 1,19 vezes superior (RP=1,19/ IC95%: 1,17 - 1,21) de referir saúde negativa,comparadas às mulheres brancas.Conclusão:As mulheres negras são as mais pobres, menos escolarizadas e que possuem menor inserçãoem empregos formais quando comparadas às brancas, o que pode resultar na piorautoavaliação do estado de saúde pelas negras.Palavras-chave: autoavaliação do estado de saúde, racismo, características da população,inquéritos epidemiológicos
CARACTERÍSTICAS DO RELACIONAMENTO ENTRE A MULHER E SEU PARCEIRO NA OCORRÊNCIA DE GRAVIDEZ NÃO PLANEJADA
Objetivos: caracterizar os parceiros de mulheres em situação de gravidez não planejada e descrever características do relacionamento entre o parceiro e sua companheira segundo as mulheres. Método: estudo transversal mediante entrevista com 191 mulheres grávidas cadastradas na Estratégia Saúde da Família. Na análise estatística, as diferenças entre as proporções foram verificadas pelo Teste Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fischer com nível de 5% de significância estatística. Resultados: Os parceiros apresentaram idade média de 28 anos, predominando raça/cor negra, sem religião, baixo nível de escolaridade e baixa renda. A situação conjugal casada/união estável e o tempo de união apresentaram alta significância estatística para a ocorrência da gravidez não planejada. Conclusão: Os parceiros têm situação socioeconômica desfavorável ao acesso a informações. E a conjugalidade é um importante fator para a ocorrência e aceitação da gravidez, todavia é preciso estimular a co-responsabilidade masculina, ressaltando-se o papel da equipe multiprofissional na atenção básica. Descritores: Gravidez não planejada. Paternidade. Planejamento familiar. Enfermagem
Medo constante e crescente: experiências de cuidado e ensino de enfermeiras durante a pandemia de COVID-19
RESUMO: Objetivo: Compartilhar a experiência de cuidado e ensino de enfermeiras durante a pandemia de COVID-19. Método: Relato de experiência, envolvendo enfermeiras do estado da Bahia, durante a pandemia de COVID-19. Resultados: Foram construídas três categorias: Medo constante e que aumentava; Alterações no cotidiano: implicações para a vida, atividades laborais e acadêmicas; e Repercussões para a saúde. As enfermeiras experienciaram o medo da contaminação e morte, de si próprias e de seus familiares, além de repercussões na saúde como ansiedade, distúrbios do sono, irritabilidade, tristeza, isolamento, incertezas e dúvidas em relação ao futuro. Outrossim, as atividades acadêmicas remotas também contribuíram na sobrecarga das funções acadêmicas e laborais das enfermeiras. Conclusão: A pandemia impôs novos ritmos e modos de organização do trabalho de cuidado e de ensino que exigiu das instituições de saúde e de profissionais, rápidas respostas a questões por vezes atendidas precariamente; a sobrecarga de trabalho, o medo de se contaminar e contaminar familiares teve um grande impacto na saúde das trabalhadoras de enfermagem, levando ao adoecimento físico e mental
PRESAS PELAS DROGAS: CARACTERÍSTICAS DE SAÚDE DE PRESIDIÁRIAS EM SALVADOR/BAHIA
A caracterização sociodemográfica e de saúde é um importante aspecto a ser considerado na formulação de políticas públicas, tendo em vista a melhoria da qualidade de vida de uma população ou de determinado grupo social. Trata-se de pesquisa exploratória, de abordagem quantitativa, com o objetivo de identificar as características sociodemográficas e de saúde de mulheres presidiárias em Salvador, Bahia. Os dados são do tipo secundário e foram obtidos por meio de consulta, no período de junho/outubro de 2011, aos prontuários de saúde e à relação de internas disponibilizados pela instituição. A análise foi realizada por meio de frequência simples. Os resultados mostram predominância de mulheres jovens, da raça negra, com baixo grau de escolaridade, com ocupação de baixa remuneração e que foram encarceradas pelo tráfico de drogas. Quanto às características de saúde, os registros mostram que a maioria consumia alguma substância psicoativa, possuía cartão de vacina e mantinha relações heterossexuais sem uso frequente de preservativos. As características sociodemográficas das presidiárias de Salvador (BA) têm similaridade com presidiárias de outras regiões do país. Os dados oferecem informações que devem ser contempladas na assistência social e de saúde direcionada às presidiárias visando à reinserção do grupo na sociedade e a prevenção de doenças e agravos sociais, bem como a promoção da saúde
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