15 research outputs found

    Movimento estudantil como organização social detentora de projetos políticos

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    Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-13T01:35:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 disserta__o_amon_narciso_de_barros.pdf: 1010065 bytes, checksum: 5580c1de4b1932a03bca6adfb737730c (MD5) Previous issue date: 6As organizações consideradas objeto de análise e reflexão no campo dos estudos organizacionais são na maior parte das vezes identificadas com as empresas privadas, órgãos e, mais recentemente, aquelas vinculadas ao chamado Terceiro Setor, como as ONGs e asfundações, as quais recebem, por vezes, a denominação de organizações sociais pela compreensão de que incorporam a forma como a sociedade civil se manifesta quando organizada. Neste trabalho, buscou-se chamar a atenção dos estudiosos da área da teoria dasorganizações para a possibilidade de adotar os movimentos sociais como objeto de estudo, como manifestação de uma forma de organização que existe na sociedade e que, detentora de especificidades, abre caminho para aqueles que se orientam por uma linha de análise focada na crítica social. Buscou-se mostrar que esse objeto é detentor de uma racionalidade que pode diferenciar-se daquela condutora das organizações produtivas na economia capitalista,abrindo espaço para estudos que fujam do imperativo da performance que permeia a maneira como são conduzidos os estudos na área de administração em geral. Na variada gama de movimentos sociais (ou organizações sociais) existentes na sociedade, elegeu-se como objetode estudo o movimento estudantil praticado no âmbito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para exemplificar como se constitui uma organização da sociedade civil em torno de projetos políticos que sirvam como fundamento para a identificação da noção de pertencimento entre os sujeitos e que possibilitem a idéia de unidade nos grupos.The organizations considered object of analises and reflexion, in the field of organizational studies are, most of the time, linked to private companies, branches and more recently to those connected to the so called Third Sector, as the NGOs and foundations, which are sometimes also called social organizations due to the understanding that they incorporate the way civil society manifest itself when organized. In this work, we try to call the attention of the researchers in the theory of organizations area to the possibility of adopting the social movements as object of study, as a manifestation of a organization form existing in society and that, having specificities, opens the path for those who are guided by a line of analises focused on social criticism. We aimed at showing that this object has a rationality that can diferentiate itself from that guiding the productive organizations in the capitalist economy,creating space for studies which scape from the imperative of performance that permeates the way the studies in the administration area in general are conducted. In the wide range of social movements (or social organizations) existing in society we chose as object of study thestudent movement practiced in the Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) to exemplify how a civil society organization is constituted around political projects that serve as foundation for the identification of the notion of belonging among the subjects and that make possible the idea of unity in the groups

    Os Rolezinhos em Shopping Centers: Reflexões sobre o que Agregam e em que Desafiam os Estudos dos Shoppings como Espaços de Segregação Social e Urbana

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    O objetivo deste ensaio teórico é apresentar um breve panorama sobre o que os estudos que envolvem o espaço do shopping center (como os do campo da geografia urbana e os que estudam em geral as dinâmicas de segregação social nas cidades) já vinham discutindo a respeito de sua relação com o espaço urbano, com a segregação social, e com práticas culturais de consumo. Em seguida, como principal contribuição para a compreensão do fenômeno, refletir sobre o que os rolês agregam e em que desafiam os estudos sobre os shopping centers como espaços de segregação. Argumentamos que os rolês trazem novos elementos empíricos que reforçam a caracterização do shopping como espaço de segregação; e a caracterização dos espaços como estando envoltos por dinâmicas de significação, ressignificação e resistência.

    Assédio Moral e a Violência Inata: Contribuições Freudianas aos Estudos das Organizações

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    This theoretical paper aims to contribute to the discussion on bullying in productive organizations, understanding it as a structural issue of labor relations. It is argued that workplace violence is the result of elective affinities between the specific situation of contemporary society and the pulsional demands of the subject, linked to the death drive, which are in flow demands of modern life, especially in the constant search for performance improvement. Thus, this paper will seek to discuss the humans inherent violence, postulated by Freud in several of his texts, aiming point another possibility of the phenomenon interpretation. In the conclusions it is argued that only when the individual has real possibilities of sublimation in their work and in their leisure time the subject can escape, not entirely, from the negative effects of destruction instinct in the workplace

    Ensino superior em administração entre os anos 1940 e 1950: uma discussão a partir dos acordos de cooperação Brasil-Estados Unidos

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    O presente trabalho tem como objetivo discutir o desenvolvimento dos cursos superiores em Administração no Brasil entre os anos 1940 e 1950 a partir dos acordos de cooperação entre Brasil e EUA. Inicialmente discutimos brevemente a metodologia utilizada para coleta dos dados e, em seguida, apresentamos uma discussão sobre as relações bilaterais entre os países. Posteriormente tecemos considerações sobre os cursos superiores em Administração que contaram com o apoio estadunidense, além de refletirmos sobre os próprios acordos. Concluímos que a dita "americanização" da Administração no Brasil tem raízes profundas e que, para que um saber mais autoconsciente seja construído e fortalecido, devemos refletir sobre a constituição da própria área, sobre como as influências de modelos estrangeiros são recebidas e articuladas. Por fim, sugerimos que futuras pesquisas poderiam aprofundar as discussões realizadas, ao fazer estudos específicos sobre a história dos cursos superiores em Administração brasileiros, especialmente os que participaram de acordos com outras instituições

    O imaginário dos mascates e caixeiros-viajantes de Minas Gerais na formação do lugar, do não lugar e do entrelugar

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    No trabalho aqui relatado, tem-se por objetivo compreender a reconfiguração do espaço, particularmente do lugar, do não lugar e do entrelugar dos mascates e caixeiros-viajantes de Minas Gerais, Brasil. Essa proposta se faz relevante por permitir a análise de novas nuanças no binômio trabalho-vida privada, porém em um movimento inverso. O que se denomina aqui de inversão, caracteriza-se pela externalidade do capital na vida do trabalhador. Isso reconfigura o espaço via apreensões simbólicas também fora das organizações, em substituição à autoconstituição do espaço pelos mascates e caixeiros-viajantes por meio do trabalho. Para isso, recorreu-se a elementos da história oral e das formações imaginárias entrelaçadas no universo simbólico. Os resultados indicam a existência de movimentos pendulares, em que a ressignificação do trabalho ocorre pela adoção de novas tecnologias, remodelando a relação espaço-temporal, sendo sensível inclusive à redução do lugar privado devido à onipresença controladora da empresa. Ademais, verificou-se que a família delimita o lugar e o não lugar nas relações afetivas, sendo também a razão pela qual mascates e caixeiros-viajantes optam por fixarem-se em um lugar

    Deposited remembrance: the construction of an organizational memory at the extinct Banco da Lavoura (Banlavoura) de Minas Gerais

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    This paper discusses the construction of organizational memory based on the analysis of the video Memória do Tempo produced in 1960 by BanLavoura de Minas Gerais. The video was produced to celebrate the 35th anniversary of the organization. As part of the action that we here call “an exercise of futurology”, documents and objects were locked with the video in an urn created for this purpose, which was opened in the year 2000, forty years after its closing. The organizational discourse registered in the movie was analyzed and so were the interviews that we conducted with BanLavoura’s former employees. The research relied on current debates founded in literature that focus on organizational identity and the construction of organizational memory. Based on those references, we discussed the intentionality that permeates the construction of certain record on memory and history, which seeks to represent the past of the organization. The result shows that organization managers intended to preserve the history and the memory of the organization, but not the complete history or any memory. Organization managers were not interested in registering failures or organizational weaknesses, or in building a history based on employees’ accounts, since they barely appear in the analyzed material. They wanted to bring to light things that could project a certain organizational identity and memories of how the past happened. Thus, memory becomes a subject of dispute and is actively constructed to help shape the way the organization is remembered. Only then, it could help to build a good organizational image before the workers and society. Although the studied bank no longer exists and therefore no longer harbors a community of “lavourenses”, this paper allows reflections on similar efforts in preserving (and constructing) a memory made by other organizations.O presente artigo discute a construção da memória organizacional a partir da análise do vídeo Memória do tempo, produzido pelo extinto Banco da Lavoura de Minas Gerais (BanLavoura) em 1960, em comemoração aos 35 anos de sua fundação. Na ação que aqui denominamos de “um exercício de futurologia”, documentos e objetos também ficaram trancados em uma urna criada para tal fim até o ano 2000, quando foi reaberta. Foi analisado o discurso organizacional registrado no vídeo Memória do tempo, que ficou trancado na urna por 40 anos, como programado no planejamento da atividade. Realizamos também a coleta e análise de entrevistas com ex-empregados do BanLavoura. A pesquisa se valeu especialmente de referenciais sobre a construção da memória e da identidade organizacional, a fim de discutir a intencionalidade que permeia a construção de certo registro sobre a memória e história, que busca representar o passado da organização. Os resultados da análise demonstraram que a gestão organizacional tinha o interesse de preservar a história e memória da organização, mas não de qualquer história e memória. Não interessava recordar os insucessos, os fracassos, as fragilidades organizacionais, tampouco visou construir uma história com base nas memórias dos empregados, já que eles pouco aparecem no material que analisamos. Interessava fazer conhecer aquilo que colaboraria para a projeção de certa identidade organizacional e de uma memória de como o passado aconteceu. Assim, a memória se faz objeto de disputa e é construída ativamente de forma a contribuir para a forma como a organização é lembrada. Só assim, seria capaz de ajudar na construção de uma boa imagem perante os trabalhadores e a sociedade. Embora o banco estudado não exista mais e, por isso, não abrigue mais uma comunidade de “lavourenses”, o trabalho permite refletir sobre esforços análogos de preservação (e construção) da memória que possam ser realizados por outras organizações
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