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    LINGUAGEM, DOR E AGÊNCIA: A GRAMÁTICA DESCOLONIAL DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA

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    Neste artigo, procuro mostrar como o caráter complexo e seletivo da violência é enfrentando pelos movimentos sociais campesinos através do trabalho terapêutico da linguagem. Partindo do pressuposto de que a violência, marcada por dinâmicas de poder colonizador, atinge preferencialmente as comunidades subalternas situadas no lado oprimido da diferença colonial, decidi investigar as práticas políticas e culturais de ressignificação da violência pelo movimento campesino brasileiro, através de uma pesquisa-ação realizada em um assentamento rural do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra- MST, situado em uma cidade interiorana do Nordeste do Brasil. Minha preocupação central será discutir a linguagem da dor e do sofrimento na cosmologia subalterna camponesa latino-americana como um modo de agência contra apropriação/violência do sistema capitalista colonizador

    APRESENTAÇÃO

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    A produção de subjetividades em meio a contextos transnacionais, característicos do capitalismo tardio, tem mostrado a urgência de uma agenda de pesquisa que reconheça o papel central do discurso na compreensão das práticas identitárias da sociedade contemporânea. Práticas que se constituem como formas de resistência e de ressignificação diante das tensões, das opressões e dos conflitos de ordem social, econômica, política, étnico-racial e sexual. Nesse sentido, a articulação entre discurso, identidade e sociedade se coloca como um desafio para os estudos críticos da linguagem e se materializa na realização do Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade ”“ SIDIS.A produção de subjetividades em meio a contextos transnacionais, característicos do capitalismo tardio, tem mostrado a urgência de uma agenda de pesquisa que reconheça o papel central do discurso na compreensão das práticas identitárias da sociedade contemporânea. Práticas que se constituem como formas de resistência e de ressignificação diante das tensões, das opressões e dos conflitos de ordem social, econômica, política, étnico-racial e sexual. Nesse sentido, a articulação entre discurso, identidade e sociedade se coloca como um desafio para os estudos críticos da linguagem e se materializa na realização do Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade ”“ SIDIS.A produção de subjetividades em meio a contextos transnacionais, característicos do capitalismo tardio, tem mostrado a urgência de uma agenda de pesquisa que reconheça o papel central do discurso na compreensão das práticas identitárias da sociedade contemporânea. Práticas que se constituem como formas de resistência e de ressignificação diante das tensões, das opressões e dos conflitos de ordem social, econômica, política, étnico-racial e sexual. Nesse sentido, a articulação entre discurso, identidade e sociedade se coloca como um desafio para os estudos críticos da linguagem e se materializa na realização do Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade ”“ SIDIS.A produção de subjetividades em meio a contextos transnacionais, característicos do capitalismo tardio, tem mostrado a urgência de uma agenda de pesquisa que reconheça o papel central do discurso na compreensão das práticas identitárias da sociedade contemporânea. Práticas que se constituem como formas de resistência e de ressignificação diante das tensões, das opressões e dos conflitos de ordem social, econômica, política, étnico-racial e sexual. Nesse sentido, a articulação entre discurso, identidade e sociedade se coloca como um desafio para os estudos críticos da linguagem e se materializa na realização do Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade ”“ SIDIS.A produção de subjetividades em meio a contextos transnacionais, característicos do capitalismo tardio, tem mostrado a urgência de uma agenda de pesquisa que reconheça o papel central do discurso na compreensão das práticas identitárias da sociedade contemporânea. Práticas que se constituem como formas de resistência e de ressignificação diante das tensões, das opressões e dos conflitos de ordem social, econômica, política, étnico-racial e sexual. Nesse sentido, a articulação entre discurso, identidade e sociedade se coloca como um desafio para os estudos críticos da linguagem e se materializa na realização do Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade ”“ SIDIS.A produção de subjetividades em meio a contextos transnacionais, característicos do capitalismo tardio, tem mostrado a urgência de uma agenda de pesquisa que reconheça o papel central do discurso na compreensão das práticas identitárias da sociedade contemporânea. Práticas que se constituem como formas de resistência e de ressignificação diante das tensões, das opressões e dos conflitos de ordem social, econômica, política, étnico-racial e sexual. Nesse sentido, a articulação entre discurso, identidade e sociedade se coloca como um desafio para os estudos críticos da linguagem e se materializa na realização do Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade ”“ SIDIS.A produção de subjetividades em meio a contextos transnacionais, característicos do capitalismo tardio, tem mostrado a urgência de uma agenda de pesquisa que reconheça o papel central do discurso na compreensão das práticas identitárias da sociedade contemporânea. Práticas que se constituem como formas de resistência e de ressignificação diante das tensões, das opressões e dos conflitos de ordem social, econômica, política, étnico-racial e sexual. Nesse sentido, a articulação entre discurso, identidade e sociedade se coloca como um desafio para os estudos críticos da linguagem e se materializa na realização do Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade ”“ SIDIS.A produção de subjetividades em meio a contextos transnacionais, característicos do capitalismo tardio, tem mostrado a urgência de uma agenda de pesquisa que reconheça o papel central do discurso na compreensão das práticas identitárias da sociedade contemporânea. Práticas que se constituem como formas de resistência e de ressignificação diante das tensões, das opressões e dos conflitos de ordem social, econômica, política, étnico-racial e sexual. Nesse sentido, a articulação entre discurso, identidade e sociedade se coloca como um desafio para os estudos críticos da linguagem e se materializa na realização do Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade ”“ SIDIS

    A RELAÇÃO LINGUAGEM E RACISMO NAS CARTOGRAFIAS DO CURRÍCULO DE UMA ESCOLA PÚBLICA

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    Este artigo discute o currículo escolar e a relação entre linguagem e racismo, a partir de uma pesquisa etnocartográfica realizada numa escola pública de Beberibe, estado do Ceará. Tomamos como referencial teórico os estudos decolonialistas e os estudos críticos da linguagem que tecem críticas ao processo de colonialidade e ao eurocentrismo, por estabelecerem desigualdades inerentes às relações sociais, à dominação e à hierarquização do conhecimento. O caminho metodológico pretendeu, por meio da escuta dos diversos participantes da pesquisa cartográfica, acompanhar processos e afetos, tendo a observação participante como técnica primeira. Como resultado, percebemos o currículo, para além da colonialidade do saber, como espaço de disputa de poder, em que significados e identidades se constroem em relações de conflito. Na diversidade da escola, a princípio tida como obstáculo, várias possibilidades de construir alternativas ao modelo eurocêntrico de conhecimento se desenham para nos permitir pensar em uma educação que supere a crueldade das práticas racistas e desiguais, engendradas por meio da violência linguística

    The origins, development and crossings of language concept

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    Desde o capítulo terceiro da obra “póstuma” de Saussure até os trabalhos recentes mais “heterodoxos”, tem sido uma preocupação constante na Linguística definir o que é a língua, tanto que as diferentes correntes dos Estudos da Linguagem distinguem-se, fundamentalmente, por estarem assentadas sobre diferentes perspectivas do que seja a língua. Contudo, não se percebe, nem de longe, o mesmo interesse por parte dos linguistas em definir o que é uma língua, aquilo a que se pode chamar, laconicamente, um “advérbio substantivado”, ou seja, a língua na forma de [falar] português, espanhol, inglês, etc. Este trabalho trata, precisamente, dessa desatenção. O que se depreende dele, à luz do diálogo teórico-metodológico de uma Linguística crítica com as Ciências Sociais, é uma patente fragilidade do conceito língua, o que comporta uma consequência verdadeiramente grave: ergueu-se toda uma ciência, institucionalizada há décadas em faculdades por todo o mundo, com um volume de produções nada desprezível, que aporta teorias e métodos cridos universalmente válidos e aplicáveis, mas que parte de um objeto inventado na e pela modernidade, universalizado à força, manejado ao sabor dos interesses do Estado-nação.Palavras-chave: língua, modernidade, Estado-nação.From the third chapter of the “posthumous” Saussure work to the most recent and “heterodox” works, defining language has been a constant concern in Linguistics, so that the different fields of Language Studies are primarily distinguished by the different perspectives of language that those ones sustain. However, the same interest is not noticed among linguists to define what a language is, what one might call, laconically a “substantival adverb”, in other words, the language in the form of [speaking] Portuguese, Spanish, English etc. This present work is precisely about this absent-mindedness. What can be seen from it, based on the theoretical and methodological dialogue of a critical linguistics with the Social Sciences, is an obvious fragility of the concept of language, which results in a truly serious consequence: a whole science rise up, is institutionalized for decades in colleges throughout the world, with an immense volume of scientific production, which brings theories and methods believed universally valid and applicable, but that’s part of an object created by/in modernity, forcibly universalized and managed depending on the nation-state interests.Keywords: language, modernity, nation-state

    Teoria tradicional e teoria da linguagem: outras considerações à luz da pragmática cultural

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    : The traditional theory, which establishes the power of the knowing subject inrelation to the knowable object, and the theory of language based on cultural pragmatics,which understands language as social praxis and defends subjects “together”, and notseparated in relation to each other, are problematized. to the production of knowledgeabout language. For this, we dialogue with cartography and cultural pragmatics asparticipatory research. When analyzing the references, it is noticed that the theory oflanguage from a dominant perspective and separated from the social sphere of whichlanguage and linguistics are part, is somewhat harmful to proposals that consider thesubject as a creative potential that contributes to make studies of language close to socialrealities, producing new developments and social transformationsProblematiza-se a teoria tradicional que estabelece o poder do sujeitocognoscente em relação ao objeto cognoscível, e a teoria da linguagem baseada napragmática cultural que entende a linguagem como práxis social e defende os sujeitos“juntos”, e não apartados em relação à produção do conhecimento sobre a linguagem. Paraisso, dialogamos com a cartografia e a pragmática cultural como pesquisa participante. Aoanalisar as referências, percebe-se que a teoria da linguagem de visão dominante eseparada da esfera social da qual a linguagem e a linguística fazem parte, é um tanto nocivaàs propostas que consideram o sujeito como potencialidade criativa que contribui paratornar os estudos da linguagem próximos das realidades sociais, produzindo novos devirese transformações sociai

    The origins, development and crossings of <i>language</i> concept

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    From the third chapter of the “posthumous” Saussure work to the most recent and “heterodox” works, defining language has been a constant concern in Linguistics, so that the different fields of Language Studies are primarily distinguished by the different perspectives of language that those ones sustain. However, the same interest is not noticed among linguists to define what a language is, what one might call, laconically a “substantival adverb”, in other words, the language in the form of [speaking] Portuguese, Spanish, English etc. This present work is precisely about this absent-mindedness. What can be seen from it, based on the theoretical and methodological dialogue of a critical linguistics with the Social Sciences, is an obvious fragility of the concept of language, which results in a truly serious consequence: a whole science rise up, is institutionalized for decades in colleges throughout the world, with an immense volume of scientific production, which brings theories and methods believed universally valid and applicable, but that’s part of an object created by/in modernity, forcibly universalized and managed depending on the nation-state interests.Keywords: language, modernity, nation-state.</p

    A propósito da violência na linguagem

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    Este artigo apresenta um panorama do problema da violência nos estudos sobre a significação. Apontamos que a violência não é um traço acidental no uso da língua: a violência tanto oblitera o significado quanto gera, talvez como efeito perlocucionário, novas possibilidades de significação. O artigo propõe inicialmente uma crítica à posição vitalista nos estudos da linguagem. Em seguida, o trabalho propõe, numa visada pragmática, uma definição para violência linguística. Chamamos de violentos os usos linguísticos que posicionam o outro – especialmente aquele que representa a raça, o gênero, a sexualidade e o território que não se quer habitar – num lugar vulnerável. Trata-se de usos que atingem o sujeito em seu ponto mais frágil, a sua condição. O artigo finalmente analisa a mediação de um caso recente de crime de racismo, uma instância de uso violento da língua

    TRAJETÓRIAS TEXTUAIS, INDEXICALIDADE E RECONTEXTUALIZAÇÕES DE RESISTÊNCIA NO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA

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    O artigo propõe pensar as trajetórias textuais de atos de fala relacionados às experiências de sofrimento e martírio no interior do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra como recontextualizações de resistência.&nbsp;Para tanto, tivemos por base a Pragmática Cultural (ALENCAR, 2013; 2014; 2015; BONFIM, 2011; 2016) e a Linguística Antropológica estadunidense (BAUMAN BRIGGS, 1990; BLOMMAERT, 2008; 2010; SILVERSTEIN, 2003). Com base na discussão dos dados, percebemos que as entextualizações e recontextualizações realizadas pelos militantes do MST atestam a propriedade indexical da linguagem, bem como a ideia de que tais práticas de transformação do discurso podem ser vistas enquanto uma das formas de se construir e exercer a pedagogia da esperança (FREIRE, 1992).O artigo propõe pensar as trajetórias textuais de atos de fala relacionados às experiências de sofrimento e martírio no interior do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra como recontextualizações de resistência.&nbsp;Para tanto, tivemos por base a Pragmática Cultural (ALENCAR, 2013; 2014; 2015; BONFIM, 2011; 2016) e a Linguística Antropológica estadunidense (BAUMAN BRIGGS, 1990; BLOMMAERT, 2008; 2010; SILVERSTEIN, 2003). Com base na discussão dos dados, percebemos que as entextualizações e recontextualizações realizadas pelos militantes do MST atestam a propriedade indexical da linguagem, bem como a ideia de que tais práticas de transformação do discurso podem ser vistas enquanto uma das formas de se construir e exercer a pedagogia da esperança (FREIRE, 1992).O artigo propõe pensar as trajetórias textuais de atos de fala relacionados às experiências de sofrimento e martírio no interior do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra como recontextualizações de resistência.&nbsp;Para tanto, tivemos por base a Pragmática Cultural (ALENCAR, 2013; 2014; 2015; BONFIM, 2011; 2016) e a Linguística Antropológica estadunidense (BAUMAN BRIGGS, 1990; BLOMMAERT, 2008; 2010; SILVERSTEIN, 2003). Com base na discussão dos dados, percebemos que as entextualizações e recontextualizações realizadas pelos militantes do MST atestam a propriedade indexical da linguagem, bem como a ideia de que tais práticas de transformação do discurso podem ser vistas enquanto uma das formas de se construir e exercer a pedagogia da esperança (FREIRE, 1992).O artigo propõe pensar as trajetórias textuais de atos de fala relacionados às experiências de sofrimento e martírio no interior do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra como recontextualizações de resistência.&nbsp;Para tanto, tivemos por base a Pragmática Cultural (ALENCAR, 2013; 2014; 2015; BONFIM, 2011; 2016) e a Linguística Antropológica estadunidense (BAUMAN BRIGGS, 1990; BLOMMAERT, 2008; 2010; SILVERSTEIN, 2003). Com base na discussão dos dados, percebemos que as entextualizações e recontextualizações realizadas pelos militantes do MST atestam a propriedade indexical da linguagem, bem como a ideia de que tais práticas de transformação do discurso podem ser vistas enquanto uma das formas de se construir e exercer a pedagogia da esperança (FREIRE, 1992).O artigo propõe pensar as trajetórias textuais de atos de fala relacionados às experiências de sofrimento e martírio no interior do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra como recontextualizações de resistência.&nbsp;Para tanto, tivemos por base a Pragmática Cultural (ALENCAR, 2013; 2014; 2015; BONFIM, 2011; 2016) e a Linguística Antropológica estadunidense (BAUMAN BRIGGS, 1990; BLOMMAERT, 2008; 2010; SILVERSTEIN, 2003). Com base na discussão dos dados, percebemos que as entextualizações e recontextualizações realizadas pelos militantes do MST atestam a propriedade indexical da linguagem, bem como a ideia de que tais práticas de transformação do discurso podem ser vistas enquanto uma das formas de se construir e exercer a pedagogia da esperança (FREIRE, 1992).O artigo propõe pensar as trajetórias textuais de atos de fala relacionados às experiências de sofrimento e martírio no interior do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra como recontextualizações de resistência.&nbsp;Para tanto, tivemos por base a Pragmática Cultural (ALENCAR, 2013; 2014; 2015; BONFIM, 2011; 2016) e a Linguística Antropológica estadunidense (BAUMAN BRIGGS, 1990; BLOMMAERT, 2008; 2010; SILVERSTEIN, 2003). Com base na discussão dos dados, percebemos que as entextualizações e recontextualizações realizadas pelos militantes do MST atestam a propriedade indexical da linguagem, bem como a ideia de que tais práticas de transformação do discurso podem ser vistas enquanto uma das formas de se construir e exercer a pedagogia da esperança (FREIRE, 1992).O artigo propõe pensar as trajetórias textuais de atos de fala relacionados às experiências de sofrimento e martírio no interior do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra como recontextualizações de resistência.&nbsp;Para tanto, tivemos por base a Pragmática Cultural (ALENCAR, 2013; 2014; 2015; BONFIM, 2011; 2016) e a Linguística Antropológica estadunidense (BAUMAN BRIGGS, 1990; BLOMMAERT, 2008; 2010; SILVERSTEIN, 2003). Com base na discussão dos dados, percebemos que as entextualizações e recontextualizações realizadas pelos militantes do MST atestam a propriedade indexical da linguagem, bem como a ideia de que tais práticas de transformação do discurso podem ser vistas enquanto uma das formas de se construir e exercer a pedagogia da esperança (FREIRE, 1992).O artigo propõe pensar as trajetórias textuais de atos de fala relacionados às experiências de sofrimento e martírio no interior do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra como recontextualizações de resistência.&nbsp;Para tanto, tivemos por base a Pragmática Cultural (ALENCAR, 2013; 2014; 2015; BONFIM, 2011; 2016) e a Linguística Antropológica estadunidense (BAUMAN BRIGGS, 1990; BLOMMAERT, 2008; 2010; SILVERSTEIN, 2003). Com base na discussão dos dados, percebemos que as entextualizações e recontextualizações realizadas pelos militantes do MST atestam a propriedade indexical da linguagem, bem como a ideia de que tais práticas de transformação do discurso podem ser vistas enquanto uma das formas de se construir e exercer a pedagogia da esperança (FREIRE, 1992)

    Práticas transidiomáticas na aula de Língua Espanhola: um relato de atividade multimodal na escola pública

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    Resumo Este artigo é baseado em um relato de experiência docente, em que tivemos a pretensão de estimular a reflexividade linguística dos alunos adolescentes da rede pública de ensino da capital cearense. O referencial teórico é pautado nos eixos conceituais: superdiversidade e transidioma (MOITA LOPES, 2013; BLOMMAERT; RAMPTON, 2011); multimodalidade e multiletramentos (JEWITT, 2010; SOARES, 2002; ROJO, 2012). Dessa forma, almejamos escrever como ocorrem os usos transidiomáticos nas práticas sociais dos alunos do 2o&nbsp;ano do ensino médio na construção de textos multimodais, a partir da perspectiva da superdiversidade e da multimodalidade. Diante do exposto, acreditamos que os usos transidiomáticos devem estar presentes nas práticas discursivas da escola, principalmente nas aulas de língua estrangeira, a fim de sensibilizar os alunos em prol de uma visão sociolinguística emancipatória. Palavras-chave: Transidioma. Multimodalidade. Experiência docente. &nbsp; Transidiomatic practices in Spanish as a Second Language: multimodality in the public school Abstract This paper is based on a teaching experience, from a perspective of the linguistic reflexivity for high school students of a public school located in Fortaleza, Ceará, Brazil. The theoretical framework is related to these approaches: superdiversity and transidiomatic uses of language (MOITA LOPES, 2013; BLOMMAERT; RAMPTON, 2011); multimodality and multiliteracies (JEWITT, 2010; SOARES, 2002; ROJO, 2012). Thus we intend to show how transidiomatic linguistic uses occur in the social practices of the students from high school of the second degree in Brazil. We will see, in fact, the construal of multimodal texts, from the perspective of the superdiversity and the multimodality. We consider transidiomatic uses as present in the classes, mainly in second language classes, in order to make the students aware of an emancipatory sociolinguistics view. Keywords: Transidioma. Multimodality. Teaching experience

    Arranjos violentos e esperança: Como a linguagem dos direitos humanos operou num atentado em Fortaleza, CE

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    Este artigo tem por objetivo descrever algumas formas de resistência a arranjos violentos contemporâneos –  entendidos como as relações tensas, no Brasil, entre grupos do crime organizado violento e entre estes e o mundo público – que emergiram na fala de pessoas que sobreviveram ou foram afetadas por um atentado terrorista no bairro do Benfica, em Fortaleza, CE, ocorrido em março de 2018. Em linha com outros estudos sobre formas de florescimento subjetivo e coletivo em circunstâncias de violência ou destruição política, damos o nome a essa forma de resistência de ‘esperança’. A partir de entrevistas com dois sobreviventes do atentado, uma professora e um ativista de direitos humanos, defendemos que ter esperança, nesses diálogos que buscavam ressignificar uma fratura, significou responder à violência não por meio de vingança ou de mecanismos extralegais ou excepcionais de violência reativa mas por meio de tropos que informam a defesa dos direitos humanos
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