41 research outputs found

    Spatial and spatio-temporal distribution of women living with HIV mortality in Porto Alegre, Brazil, from 2007 to 2017

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    OBJETIVE: To present some factors related to the mortality rates of WLHIV in the city of Porto Alegre-RS. METHODS: This is a spatial and spatio-temporal analysis of ecological data about all women monitored by the health care services for the vertical transmission (VT) of HIV, between 2007 and 2017, residing in the city that died during the period. The units of analysis were the 17 sanitary districts of the city. The dependent variable was the mortality rate. The independent territorial variables were the indicators of vulnerability to poverty, women householder proportion, lack of infrastructure, HDI, and GINI index. Still, the individual data collected were: age, race/color, level of education, and period since the HIV diagnosis. The analyses used SPSS 20.0, and QGIS 218.15. RESULTS: Regions with higher vulnerability to poverty and precarious local infrastructure registered higher WLHIV mortality rates, especially black/”pardo” women in fertile age with low education. The regions with most women householders presented a risk of mortality seven times higher. The population with vulnerability to poverty presented the same result. CONCLUSIONS: Regions with critical indicators of vulnerability presented higher mortality rates of WLHIV, which demonstrates social inequalities’ impact for these women.OBJETIVO: Apresentar fatores associados à taxa de óbitos de mulheres vivendo com HIV (MVHIV) na cidade de Porto Alegre-RS. MÉTODOS: Estudo ecológico de análise espacial e espaço temporal incluindo todas as mulheres acompanhadas nos serviços de atenção à transmissão vertical (TV) do HIV, entre 2007 e 2017, residentes no município e que faleceram nesse período. As unidades de análise foram os 17 distritos sanitários do município. A variável dependente foi a taxa de óbito e as independentes territoriais foram os indicadores de vulnerabilidade à pobreza, proporção de mulheres chefe de família, escassez de infraestrutura, IDH e o índice de GINI, já as advindas da informação individual foram: idade, raça/cor, escolaridade, tempo de diagnóstico HIV. As análises utilizaram o SPSS 20.0 e o QGIS 218.15. RESULTADOS: Taxas mais elevadas de óbito de MVHIV foram registradas nas regiões com maior vulnerabilidade à pobreza e precariedade na infraestrutura local, associadas ao desfecho em mulheres em idade fértil, pretas/pardas e de baixa escolaridade. Nas regiões com altas taxas de mulheres que chefiam a família, a prevalência de óbito foi sete vezes maior, mesmo resultado obtido com a proporção populacional de vulnerabilidade à pobreza. CONCLUSÕES: As regiões que apresentam indicadores de vulnerabilidade críticos resultaram em taxas mais elevadas de óbito em MVHIV, revelando o impacto das desigualdades sociais em saúde para a morte dessas mulheres

    A transmissão vertical do HIV em Porto Alegre, Brasil: um estudo caso-controle / The vertical transmission of HIV in Porto Alegre, Brazil: a case-control study

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    Objetivo. Identificar fatores sociodemográficos, comportamentais e assistênciais maternos que se relacionam com a transmissão vertical do HIV em Porto Alegre. Método. Estudo caso-controle, com dados secundários da vigilância epidemiológica de gestantes e crianças expostas ao HIV pela gestação e parto, nascidas nos anos de 2010 a 2015. Para cada caso de transmissão vertical do HIV (TVHIV) foram randomizados quatro controles, sem TVHIV, pareados por ano de parto e idade da mãe. O software STATA foi utilizado na análise estatística, foram realizados o teste qui-quadrado e regressão logistica multivariável com modelagem “backward” além de análise a partir de modelagem teórica hierárquica. O intervalo de confiança de 95% foi utilizado para indicar significancia. Resultados. Foram identificados 75 casos de transmissão vertical do HIV e selecionados 300 controles. No teste qui-quadrado de Pearson, a escolaridade mostrou tendência linear inversa na determinação da chance de TVHIV;  não ter nenhuma escolaridade esteve fortemente associada (OR 18,57; IC 95%:3,19-108,23) na análise multivariada. As variáveis assistênciais como momento da descoberta do HIV, número de gestações com HIV, consultas de pré-natal e uso de ARV, se mostraram relacionadas com a TVHIV em todas as análises realizadas. A chance de ocorrer a TVHIV é elevada quando o diagnóstico se dá no momento do parto (OR 7,72; IC 95%: 1,87-31,85) e (OR 3,72; IC 95%: 0,82-16,83) em relação às mulheres com diagnóstico realizado antes ou durante a gestação.  Conclusão. A transmissão vertical do HIV tem maior chance de ocorrer em gestantes que não realizam o pré-natal, não utilizam a medicação antirretroviral e têm maior número de gestações enquanto vivendo com HIV. Essa constatação reforça a importância de um sistema de saúde presente e acessível na prevenção da TVHIV e a qualidade da assistência prestada, em especial, a uma população com fatores de vulneração facilmente identificados como a menor escolaridade

    Desigualdades sociais no uso de contraceptivos em mulheres adultas no Sul do Brasil

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    OBJECTIVE: To describe the contraceptive methods used by adult women and the associated socioeconomic and demographic factors. METHODS: Population-based cross-sectional study with 20 to 49-year-old women from São Leopoldo, state of Rio Grande do Sul, in 2015. Three outcomes were considered to analyze the association with demographic and socioeconomic characteristics: use of oral contraceptive pills, tubal ligation and male condom. The crude prevalence ratios, stratified by age, and 95% confidence intervals (95%CI) were obtained using Poisson regression, taking the experimental error into account. RESULTS: A total of 736 women, aged from 20 to 49 years old, were evaluated. The prevalence of the use of oral contraceptive pills, tubal ligation and male condom were respectively 31.8% (95%CI 28.4–35.3), 11.1% (95%CI 9.0–13.6) and 10.9% (95%CI 8.7–13.3). In addition, 10.5% (n = 77) of the women reported making combined use of oral contraceptive pills and condom. In the stratified analysis, younger women with lower education level and from lower social classes reported less use of oral contraceptive pills. Tubal ligation was more prevalent among the lower social classes, but only in the age group from 30 to 39 years old. No differences were found in relation to male condom. CONCLUSIONS: The results indicated that differences persist in relation to contraception, which can be associated with both the difficulties of access to these inputs and the frailty of actions in reproductive health to achieve the needs and preferences of women who are more socially vulnerable.OBJETIVO: Descrever os métodos contraceptivos utilizados e fatores demográficos e socioeconômicos associados em mulheres adultas. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional com mulheres de 20 a 49 anos de São Leopoldo, RS, em 2015. Foram considerados três desfechos para analisar a associação com características demográficas e socioeconômicas: uso de anticoncepcional oral, ligadura tubária e uso de preservativo masculino. Foram obtidas razões de prevalências, brutas e estratificadas por idade, e intervalos de confiança de 95% (IC95%) por meio de regressão de Poisson, levando em conta o erro de delineamento. RESULTADOS: Foram avaliadas 736 mulheres com idades entre 20 e 49 anos. A prevalência de uso de anticoncepcional oral, de ligadura tubária e de uso de preservativo masculino foram, respectivamente, 31,8% (IC95% 28,4–35,3), 11,1% (IC95% 9,0–13,6) e 10,9% (IC95% 8,7–13,3). Além disso, 10,5% (n = 77) das mulheres relataram fazer uso combinado de anticoncepcional oral e preservativo masculino. Na análise estratificada, as mulheres mais jovens, de menor escolaridade e classe econômica mais baixa relataram menor uso de anticoncepcional oral. Já a ligadura tubária foi mais prevalente entre as de classe econômica mais baixa, mas apenas na faixa etária de 30 a 39 anos. Não foram encontradas diferenças quanto ao preservativo masculino. CONCLUSÕES: Os resultados indicaram que ainda persistem diferenças quanto à contracepção, o que pode se relacionar tanto a dificuldades no acesso a esses insumos como a fragilidades das ações em saúde reprodutiva para atingir as necessidades e preferências das mulheres em maior vulnerabilidade social

    Comparison between potential risk factors for cardiovascular disease in people living with HIV/AIDS in areas of Brazil

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    Introduction: Coronary heart disease and its risk factors depend on genetic characteristics, behaviors, and habits, all of which vary in different regions. The use of antiretroviral therapy (ARV) has increased the survival of people living with HIV/AIDS (PLWHA), who begin to present mortality indicators similar to the general population. This study aimed to compare the prevalence of factors potentially associated with coronary heart disease in three cohorts of PLWHA from three different regions of Brazil. Methodology: The study population was composed of participants of the cohorts of Pernambuco, Goiás, and Rio Grande do Sul states. In these sites, adult patients attending reference centers for treatment of HIV/AIDS were consecutively enrolled. Results: Pernambuco and Goiás had a higher proportion of males and of individuals with high-risk high-density lipoprotein (HDL). Pernambuco also had a greater proportion of individuals with hypertension, elevated triglycerides, and CD4 counts below 200 cells/mm3. Lower education was more frequent in Rio Grande do Sul, and the use of cocaine was higher in this state. Conclusions: The results confirm the importance of risk factors for coronary heart disease in PLHIV and highlight differences in the three cohorts. Specific measures against smoking and sedentary lifestyle, avoidance of advanced stages of immunosuppression, and appropriate treatment of dyslipidemia and dysglicemia are urgently needed to cope with the disease in Brazil
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