89 research outputs found

    Imperialismo, relaçÔes étnico-raciais e lutas anticoloniais

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    Editorial do volume 14, nĂșmero 2, de agosto de 202

    Da governança de polícia à governança policial: controlar para saber; saber para governar

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    Este texto oferece uma apreciação crĂ­tica da literatura de Estudos Policiais e propostas para romper com a chamada dinĂąmicado reinĂ­cio, em que as questĂ”es referentes Ă  segurança pĂșblica encontram-se sempre por serem resolvidas, sem quehaja uma estratĂ©gia consistente para fundamentar e desenvolver a ĂĄrea. Para tanto, os autores descrevem os problemasoriundos da falta de uma governança de polĂ­cia efetiva e sugerem o uso das quatro instĂąncias de controle da governançapolicial propostas pelo jurista constitucional britĂąnico Lustgarten, como um caminho para que o governo nĂŁo seja seduzidofalaciosamente pela governança policial e nem se perca na ausĂȘncia de estratĂ©gias de conhecimento e controle sobre asmetas e modos de ação da polĂ­cia

    Forças armadas e policiamento

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    Este ensaio focaliza duas questĂ”es sobre o uso das Forças Armadas no policiamento: “As Forças Armadas devem serusadas na segurança pĂșblica?” e “Quais sĂŁo as conseqĂŒĂȘncias desse uso?”. A estas se acrescenta ainda uma terceiraquestĂŁo — “E daĂ­?” —, que permite a consideração do uso interno das Forças Armadas e do uso externo das polĂ­cias,da duplicação das capacitaçÔes militares e policiais, da disponibilização de todos os recursos necessĂĄrios Ă s polĂ­ciaspara prescindir das Forças Armadas e da normatização da sua ação no policiamento. O ensaio tem como questĂŁocentral o mandato policial e suas implicaçÔes em termos conceituais, polĂ­ticos, legais e organizacionais

    Armamento Ă© Direitos Humanos:: nossos fins, os meios e seus modos

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    A definição da capacidade coercitiva da polĂ­cia Ă© a condição de possibilidade de sua instrumentalidade polĂ­tica para a defesa dos Direitos Humanos, bem como de sua governança. ApĂłs uma apresentação que consolida a teorização sobre o uso de força para a produção de obediĂȘncias consentidas, apresentam-se trĂȘs passagens histĂłricas que correspondem aos momentos fundacionais das polĂ­cias modernas como ilustraçÔes das alternativas de definição de tal capacidade, exemplificando diferentes formas de se conectar fins e meios, preferĂȘncias polĂ­ticas e especificidade de armamentos. As ques­tĂ”es que essas exposiçÔes suscitam permitem apresentar duas consideraçÔes relevantes para o debate brasileiro sobre segurança pĂșblica: a tensĂŁo entre universalidade e localis­mo no instrumento policial, e a integralidade de fins e meios em duas instĂąncias em que o uso de força pode ter lugar ”“ a defesa e a segurança pĂșblica

    Muita politicagem, pouca polĂ­tica os problemas da polĂ­cia sĂŁo

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    A partir de uma tematização crĂ­tica do que seja, ou possa ser, o "crime organizado", este ensaio contextualiza e desenvolve a trajetĂłria profissional de um(a) hipotĂ©tico(a) jovem policial, compartilhando uma visĂŁo de base etnogrĂĄfica sobre as "frĂĄgeis fronteiras" entre conveniĂȘncia, convivĂȘncia e conivĂȘncia diante de atividades ilĂ­citas. Segue a pista de uma expressĂŁo cotidiana dos policiais fluminenses: "a polĂ­cia tem vĂĄrios patrĂ”es", que serve para criticar, contemporizar, explicar ou justificar o que compreendem como o "comprometimento" ou o "envolvimento" de policiais com os mais diversos interesses, incluindo os que se associam ao chamado "crime organizado". Compartilha elementos de um diagnĂłstico da clientelização policial que contextualizam e conformam as condiçÔes de possibilidade do uso do mandato policial para fins particulares e suas implicaçÔes.The presente essay departs from a critical appraisal of what is, or would be, the "organized crime" to develop and contextualize the professional trajectory of a hypothetical young police officer, showing an ethnographic perception of the "frail frontiers" that separate police convenience, coexistence and connivance with illicit activities. It follows the lead provided by a common saying of Rio de Janeiro police officers - "the police have many bosses" - in order to criticize, palliate, explain or justify their "connection" or "involvement" with a wide variety of interests, including some that are associated with the so-called "organized crime". It also mentions the elements of a diagnosis of police "clientelization", which contextualize and shape the conditions of the possibility of using the police mandate for private purposes and its implications

    ‘Terreiros’ Under Attack? Criminal Governance in the Name of God and Armed Dominion Disputes over Control in Rio de Janeiro

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    In this article we analyze acts of violence inflicted by armed groups on members of Afro-Brazilian religions in the Metropolitan Area of Rio de Janeiro. Based on a media content survey, it was found that in less than 15 years these conflicts ceased to derive from proximity relations and evolved to confrontations over armed hegemony of popular spaces, controlled by drug traffickers and/or militia, who present themselves as members of Pentecostal churches. The criminal governance operated by “traficrentes” and “milicrentes” combines commercial, theological, and doctrinal imperatives with a political project of nation that directly impacts peoples’ ways of life, especially the followers of Afro-Brazilian religions. In this article we analyze acts of violence inflicted by armed groups on members of Afro-Brazilian religions in the Metropolitan Area of Rio de Janeiro. Based on a media content survey, it was found that in less than 15 years these conflicts ceased to derive from proximity relations and evolved to confrontations over armed hegemony of popular spaces, controlled by drug traffickers and/or militia, who present themselves as members of Pentecostal churches. The criminal governance operated by “traficrentes” and “milicrentes” combines commercial, theological, and doctrinal imperatives with a political project of nation that directly impacts peoples’ ways of life, especially the followers of Afro-Brazilian religions

    Respondendo Ă s balas: Segurança pĂșblica sob intervenção das palavras

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    A entrevista com a antropĂłloga Jacqueline Muniz tem o objetivo de explicitar os conflitos institucionais que envolvem o ‘Poder de Guerra’ frente ao ‘Poder de PolĂ­cia’ estabelecidos pela intervenção federal no estado do Rio de Janeiro, a ausĂȘncia de protocolos de utilização do uso legal e legĂ­timo da força e os efeitos que a administração pacĂ­fica ou violenta, institucional ou informal, dos conflitos tĂȘm para a sociedade. O texto Ă© resultado de um processo de bricolagem que uniu transcriçÔes de partes de entrevistas concedidas por Jacqueline Muniz a emissoras de TV e jornais impressos. As transcriçÔes utilizadas tĂȘm o sentido de depreender a densidade (GEERTZ, 2008) dos temas relativos Ă s demandas da população, como tambĂ©m a de intervir o mĂ­nimo possĂ­vel entre a entrevistada e o pĂșblico. Nestes termos, do ponto de vista metodolĂłgico, o pensamento antropolĂłgico guiou a escrita jornalĂ­stica, no sentido de que a informação seja compreensĂ­vel, a partir de dados que me afetam e mobilizam (CEFAÏ, 2011), como cidadĂŁ, mulher e companheira das lutas por uma sociedade mais justa, diversa e equĂąnime

    ResistĂȘncias e dificuldades de um programa de policiamento comunitĂĄrio

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    The paper draws upon data from a year long evaluation study of a community policing program in Copacabana and Leme, neighborhoods on the south side of Rio de Janeiro. Besides monitoring statistics from the Military and Civil police forces, the program included a wide variety of qualitative data. The paper describes four distinct visions of conflict, disturbance and crime which emerge from analysis of these multiple sources of data.O artigo trabalha com dados de um estudo de um ano sobre o programa de policiamento comunitĂĄrio em Copacabana e Leme, na zona Sul do Rio de Janeiro. AlĂ©m de monitorar as estatĂ­sticas das polĂ­cias Militar e Civil, o programa incluĂ­a tambĂ©m uma enorme variedade de dados qualitativos. O artigo descreve quatro visĂ”es distintas de conflito, distĂșrbios e crime, que surgiram a partir da anĂĄlise desses dados

    Terreiros sob ataque? A governança criminal em nome de Deus e as disputas do domínio armado no Rio de Janeiro

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    Analisamos as violĂȘncias cometidas por grupos armados contra religiosos de matriz africana na RegiĂŁo Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ). A partir de um levantamento realizado na mĂ­dia, percebeu-se que, em menos de 15 anos, esses conflitos deixaram de ser um problema das relaçÔes de proximidade e passaram a envolver confrontos pela hegemonia armada sobre espaços populares, controlados por traficantes e/ou milicianos, que se apresentam como membros de igrejas pentecostais. Evidencia-se que a governança criminal operada pelos “traficrentes” e “milicrentes” misturam imperativos comerciais, teolĂłgicos e doutrinĂĄrios com um projeto polĂ­tico de nação que impacta diretamente os modos de vida das populaçÔes, em especial os afrorreligiosos
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