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    Sobre as Influências na Formação do Geógrafo Físico a partir das Contribuições da Geografia de Matriz Anglo-Saxã

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    Brazilian physical geography, especially after the diffusion of a mathematical and statistical approach, whether upon a systems theoretical standpoint or the direct search for causal relationships, assisted by the growing support of digital modeling, has come close, deliberately or not, to the Anglo-Saxon, highly empirical, geographical tradition. A landmark of this affiliation was the emergence of a long-standing diatribe between the appreciation of time over other elements involved in the spatial explanation. Its overcoming, in favor of surficial processes of different operational magnitudes, following the second half of the 20th Century, was linked to important changes in social history and their reverberations on Science and its final aims. Contemporarily, a revival of time as a significant variable is accompanied by its adjustment to the thematic necessities of the geographical studies, therefore not a taken for granted a priori category.  Physical geography of Anglo-Saxon derivation is highly dependent on technique, and lately reflects, as do other historical sciences with experimental interfaces, a dependence on the scientific method and the rise of problem situations.A geografia física brasileira, sobretudo após a difusão da linguagem matematizada e estatística conquanto, seja sobre uma base teórica sistêmica ou de busca direta de relações causais, mediada pelo crescente aporte da modelagem em bases digitais, efetuou de forma deliberada ou não uma aproximação à geografia física de matriz anglo-saxã, de tradição fortemente empiricista. O marco dessa vertente foi a emergência da diatribe entre a valoração do tempo e os demais elementos envolvidos na explicação espacial. Sua suplantação, em prol do papel dos processos superficiais e suas magnitudes de ocorrência, a partir da segunda metade do século XX, esteve atrelada a importantes mudanças na história social e suas reverberações sobre a ciência e seus objetivos finais. Contemporaneamente, uma retomada da variável tempo é seguida pela modulação dessa à necessidades temáticas dos estudos geográficos, e não mais como uma categoria à priori. A geografia física de matriz anglo-saxã, altamente dependente da técnica, reflete atualmente, como é o caso de outras ciências históricas de interface experimental, a dependência do método científico e da emergência de situações problema

    APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE HACK NO RIO IPOJUCA PARA IDENTIFICAÇÃO DE SETORES ANÔMALOS DE DRENAGEM E RUPTURAS DE RELEVO

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    A bacia hidrográfica do rio Ipojuca, localizada na porção oriental do Estado de Pernambuco, tem se mostrado de relevante importância aos estudos geomorfológicos da região. A bacia possui um controle estrutural marcado pelo encaixamento ao principal lineamento geológico regional, a Zona de Cisalhamento de Pernambuco. Para o presente estudo aplicaram-se à bacia dois parâmetros morfométricos: o Índice de Hack (IH), também chamado de Relação Declividade-Extensão (RDE) e o Perfil Longitudinal. Aliada a estes parâmetros também foi realizada uma análise litológico-estrutural no intuito de elucidar os controles das principais anomalias encontradas por meio da aplicação das técnicas morfométricas. Como resultado, foram delimitadas áreas de concentração de índices anômalos, com base em uma equidistância vertical 25 m, e suas relações de campo subordinadas, que permitiram definir rupturas regionais entre patamares topográficos, estabelecendo limite entre o Planalto da Borborema, strictu sensu, seu Piemonte e as áreas de acumulação fluvial próximas à costa

    ÍNDICE RELAÇÃO DECLIVIDADE-EXTENSÃO (RDE) COMO SUPORTE PARA ANÁLISE ESTRUTURAL NA BACIA DO RIO CAMARAGIBE MIRIM - AL

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    A geomorfologia do Nordeste brasileiro é notadamente marcada por estruturas deformacionais dúcteis e rúpteis impressas no embasamento cristalino pré-cambriano, essas estruturas são representadas por um conjunto de morfologias desenvolvidas em zonas de falhas herdadas da estruturação pré-cambriana. O presente trabalho objetivou a identificação de rupturas de patamar, analisando o índice RDE em conjunto com a geologia e as formas de relevo atuais da bacia hidrográfica do Rio Camaragibe Mirim-AL. Foram utilizados dados SRTM do projeto TOPODATA. Foi calculado o índice de Relação Declividade – Extensão (RDE) para cada cota altimétrica da bacia com intervalo de 25 metros. Os cálculos mostraram trechos de pontos anômalos em intervalos altimétricos semelhantes nos rios escolhidos, evidenciando rupturas de patamar entre superfícies estruturais mencionadas anteriormente na literatura, planalto da Borborema (450 -300 m), superfície escarpada (300-200 m) e Depressões periféricas mesozoicas (50 m). O estudo evidenciou o antigo controle estrutural no modelamento do relevo na bacia hidrográfica do Rio Camaragibe Mirim, mostrando evidências de intervalo entre estruturas evidenciadas pela literatura

    Reativação Tectônica Quaternária no Domínio Sul da Província Borborema, NE do Brasil: Integração de Dados Morfométricos, Geológicos e Geofísicos da Bacia do Rio Una

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    Integração de dados em diferentes escalas foi realizada com o objetivo de identificar possíveis efeitos de reativações tectônicas cenozoicas (pós-rifte), relacionadas ao embasamento adjacente à Bacia Pernambuco, sobre o qual está localizada a bacia hidrográfica do Rio Una. O estudo foi baseado na integração de parâmetros morfométricos do canal do Rio Una, modelados a partir de imagens de radar, dados de geologia de superfície e dados de sísmica de reflexão multicanal 2D adquiridos no canal do rio, próximo às cidades de Barreiros e Palmares. A análise morfométrica se baseou no cálculo da relação declividade vs. extensão (RDE) ao longo do perfil longitudinal do Rio Una. Dados geológicos foram coletados em afloramentos no embasamento próximo aos municípios de Barreiros e Palmares. Também foram investigados os depósitos da Formação Barreiras na região costeira, próximo ao município de São José da Coroa Grande. A análise do perfil longitudinal mostrou que o Rio Una está implantado sobre três superfícies criadas por eventos sucessivos de soerguimento e erosão, as quais controlaram a compartimentação de sua bacia hidrográfica. O estudo do índice RDE mostrou a ocorrência de anomalias de primeira ordem, no médio curso, e de segunda ordem, no médio e baixo curso do rio. As anomalias de primeira e segunda ordem estão localizadas sobre as principais zonas de cisalhamento pré-cambrianas que cortam o embasamento com orientação NE-SW. As anomalias também estão relacionadas a falhas e fraturas mais jovens com direção NW-SE. A interpretação dos dados sísmicos mostrou um arranjo de falhas e fraturas de alto ângulo no embasamento que afetaram depósitos sedimentares de idade quaternária e holocênica. Também foram observadas falhas em depósitos da Formação Barreiras (Mioceno) depositados sobre o embasamento próximo a borda da Bacia Pernambuco. A geometria dos planos de falha é indicativa de estruturas do tipo flor, relacionadas a um regime de reativação transcorrente que está atuando sobre a margem continental, com compressão máxima E-W e extensão N-S. Este regime afetou a morfologia do canal do Rio Una, bem como os depósitos sedimentares associados à sua bacia de drenagem

    Superfícies de aplainamento e morfogênese da bacia do rio Tracunhaem, Pernambuco

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    A identificação, análise e classificação das formas de relevo são as premissas da geomorfologia, ciência que encontra boa parte de suas origens no seio da geografia física. Entretanto entende-se que as formas de relevo são resultados de processos, o que por sua vez faz da geomorfologia o estudo dos processos modeladores da paisagem. Neste trabalho busca-se encontrar uma melhor compreensão sobre a dinâmica evolutiva das formas de relevo da Bacia do Rio Tracunhaem, Pernambuco, através da análise geomorfológica, com ênfase na análise da rede de drenagem, das encostas e dos patamares topográficos, além da aplicação de procedimentos morfométricos como o método de reconstrução de paleosuperfícies. Foram aplicados índices morfométricos como a Relação Declividade Extensão do canal fluvial (RDE), análises estruturais e geotectônicas. Os resultados obtidos por meio desses métodos foram confrontados com aqueles oriundos da aplicação das metodologias clássicas em geomorfologia. Os desdobramentos dos resultados obtidos com este trabalho sugerem que a compreensão da morfogênese em áreas de margens passivas sob domínio morfoclimático tropical deve atentar para que a dinâmica evolutiva do relevo não resta unicamente regida pela atuação do tempo dentro da escala geológica, mas que a estruturação morfotectônica, aliada à distribuição e ação da drenagem, atuando sobre coberturas superficiais específicas, podem gerar formas diversas e morfologias peculiares mediante as variações climáticas ocorridas no passado geológico recent

    O uso da geotecnologia para identificação de Loci deposicionais na Serra da Barriga, Alagoas

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    Este artigo objetiva mostrar o uso da geotecnologia para identificação de loci deposicionais ou depositos quaternários na Serra da Barriga, Alagoas, que segundo alguns autores como Bigarella, são os melhores indicadores para os estudos paleoclimáticos, pois guardam os indícios de como climas anteriores contribuíram para modificação da paisagem. Para o desenvolvimento do trabalho foram utilizados dados exportados de GPS, imagens de satélite e o cruzamento de dados em ambiente GIS utilizando o método de krigagem para criação de um Modelo Digital do Terreno (MDT). Posteriormente, foi elaborada a direção dos fluxos de sedimentos atuais na paisagem, possibilitando a identificação de loci deposicionais atuais. Foram identificados 22 possíveis loci deposicionais que auxiliarão na otimização do trabalho de campo para identificação e coleta de material dos mesmos visando contribuir para uma futura reconstrução paleoambiental da área

    Espacialização e cartografia dos sítios arqueológicos do estado de Alagoas

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    Este artigo tem por objetivo cartografar, especializar e analisar o registro de ocorrências de sítios arqueológicos no estado de Alagoas. Para tal foram utilizados os dados informados no livro Patrimônio Arqueológico e Paleontológico de Alagoas que traz os tipos de sítios arqueológicos separados pelos municípios alagoanos. Foi verificada a existência de quatro (4) grupos de sítios: os rupestres, os históricos, os pré-coloniais e os históricos/pré-coloniais. Após cartografar estes dados foi verificado que os municípios com maior número de ocorrências se encontram ao longo do rio São Francisco, no Complexo Lagunar Mundaú-Manguaba e em regiões próximas à drenagens consideráveis
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