4 research outputs found

    Pedagogia decolonial: Uma análise compreensiva sobre o saber popular preto / Decolonial pedagogy: A comprehensive analysis of black popular knowledge

    Get PDF
    A experiência nas escolas brasileiras demonstra a importância em se repensar práticas, ações e condutas, tendo em vista a realidade que demarca processos excludentes para grupos, especificamente pessoas negras (pretas e pardas). Contudo, além de repensar práticas, enquanto educadores, evidencia-se a importância da cultura e da filosofia africanas como componente da rotina de ensino, especialmente na tentativa de resgate e fortalecimento de práticas educativas diversas via experiência coletiva. O objetivo deste escrito é refletir acerca da tematização da escola como lugar no qual as relações de poder estão subjugadas à lógica racista e colonial, discutindo vias possíveis de construções legítimas a partir do "saber do povo". Inscrito numa perspectiva decolonial/descolonial, o trabalho caminha na tentativa de apontar o resgate de raízes afrodescendentes para o saber que se testemunha na escola, podendo engendrar em perspectivas de descolonização do pensamento hegemônico e de práticas impressas via produções de saber antirracistas

    Discurso psicológico e população LGBTI: endereçamentos de uma ação clínica e política

    Get PDF
    A clínica psicológica, acompanhando entrelaces e experiências diversas no campo da saúde e da educação, é entendida como espaço de recolhimento de questões que tematizam a existência humana. Por meio de leitura bibliográfica, pretendemos dialogar com fenômenos humanos que, sob o caos cotidiano, reverberam compreensões para a clínica psicológica como campo político de ação. Partimos de apontamentos de Hannah Arendt para abordar uma possível ação clínica que faz interface com a política. Buscamos evidenciar as identidades de gênero e orientações sexuais como constructos que permeiam e são permeados por forças que ora direcionam, ora excluem, dadas as confusões em torno do poder e da violência que desde tenra história revelam a sua não-conformidade com a ciência psicológica. Questionamos o lugar do fazer e do saber da psicologia, salientando que sua atitude deveria caminhar numa direção ética e dialogar com uma ação clínica e política

    “Contra a maré”: um olhar para os modos de ser homem gay

    Get PDF
    Abstract: Our paper seeks to understand the meaning of being a gay man. Using a qualitative and documentary research,in an existential phenomenological approach based on Heidegger, six cisgender gay men’s narratives transcriptions shownin the movie Bichas, o documentário were analyzed, in light of Analytical Sense. From the analysis of the narratives, andin dialogue with the academic literature on masculinities, we could reflect upon the narrators experience as gay men,revealing a meaning: being a gay man proved to be a way of being accompanied by suffering and resistance. According tothis unveiling, we also raise some thoughts and questions about the duty of Psychology in an ethical-political dimension, inthe understanding and accompaniment of the phenomena emerging from LGBTI community and psychologist praxis.Keywords: Masculinities. Gay men. Clinical psychology.Resumen: Este trabajo tuvo como objetivo comprender el sentido de ser hombre siendo gay. Utilizando unametodología cualitativa y documental bajo la perspectiva fenomenológica existencial al modo de Heidegger, seanalizaron, a la luz de la analítica del sentido, transcripciones de narrativas de seis hombres gais cisgenéros, disponiblesen la película Bichas, o documentário. A partir del análisis de las narrativas, y en diálogo con la literatura académicasobre masculinidades, fue posible pensar sobre la experiencia de los narradores como hombres gais, revelando unsentido: ser hombre gay se mostró como un modo de ser-con-otros, acompañado de sufrimiento y resistencia. Ante estedesvelamiento, se plantea también algunos cuestionamientos y reflexiones acerca del compromiso ético-político de laPsicología para comprender y acompañar los fenómenos que emergen relacionados con la comunidad LGBTI y lapraxis profesional del psicólogo.Palabras clave: Masculinidades. Hombres gays. Psicología clínica.Este trabalho teve como objetivo compreender o sentido de ser homem, sendo gay. Utilizando uma metodologia qualitativa e documental numa perspectiva fenomenológica existencial ao modo de Heidegger, foram analisadas, à luz da Analítica do Sentido, transcrições de narrativas de seis homens gays cisgenêro, disponíveis no filme “Bichas, documentário”. A partir da análise das narrativas, e em diálogo com a literatura acadêmica sobre masculinidades, foi possível refletir acerca da experiência dos narradores como homens gays, revelando um sentido: ser homem gay mostrou-se como um modo de ser-com-outros, acompanhado de sofrimento e de resistência. Diante desse desvelamento, levantamos, também, alguns questionamentos e reflexões a respeito do compromisso ético-político da Psicologia para a compreensão e acompanhamento dos fenômenos que emergem relacionados à comunidade LGBTI e a práxis profissional do psicólogo

    \"Afasta de mim esse CALE-SE\": Narratives of transvestites and transcorporalities for a clinical and political action in psychology

    No full text
    A presente pesquisa parte de inquietações situadas na clínica psicológica em torno de suas confabulações acerca do corpo humano e da saúde. Tendo o retrato do corpo marcado pelo encerramento na materialidade física, encontra-se, nas experiências de travestis, mulheres transexuais e homens trans, outras possibilidades de compreensão para este corpo. Nesse sentido, orienta-se pela questão: Como tem sido a experiência de travestis, mulheres transexuais e homens trans, no que diz respeito às suas corporalidades, e quais experiências de cuidado essa população requer? O trabalho tem, portanto, como objetivo, compreender como seria possível pensar uma ação clínica e política a partir do encontro com histórias narrativas de mulheres transexuais, homens trans e travestis. Para isso, parte das experiências de três pessoas trans/travestis acerca de suas corporalidades, testemunhadas por meio do recurso da historiobiografia. Compreende, a partir de uma leitura fenomenológica existencial, que através do encontro com o corpo, outras possibilidades surgem, no que concerne às experiências de identidades de gênero, sexualidade e orientações sexuais. Propõe-se a refletir que é no corpo que acontece o processo de politização da existência, na medida em que é a partir dele que se iniciam e se encerram processos e fenômenos concretos e psicológicos, demarcando o lugar da diversidade e multiplicidade do corpo trans/travesti. O encaminhamento de tais questões revela os caminhos da exclusão, ou melhor, da inclusão precária, anunciando e denunciando práticas violentas nos âmbitos da saúde e da educação. A (in)visibilidade desses corpos (des)aparece nas instituições, em especial, nas de saúde, que passam a entendê-los por meio de uma adequação física via recursos tecnológicos (tais como o uso de hormônios e cirurgias redesignadoras). Com isso, a tese discute a transição social de corpos trans/travesti como marcada pela comunicabilidade de potência transformadora, esquivando-se de uma tutela médico-científica. Dessa forma, questiona o lugar da psicologia frente às existências dissidentes, aproximando-se a uma construção de uma ação clínica que se faz junto à política. Tal provocação incita interrogações no campo da clínica psicológica, refutando a \"produção\" de um sujeito psicológico ou um sujeito da psicologia. Nesse sentido, percebe-se que quanto mais a psicologia orienta-se pela aproximação com a medicina, mais perde sua função política dirigida ao cuidado humano. Assim, considera que o grito das corporalidades trans e travestis sinaliza que o modelo de psicologia, enquanto ciência, é falho para suas conjunturas e compreensões sobre as experiências de corpos diversos, revelando o desarranjo entre o poder e a violência em suas práticasThis research starts from concerns in the psychologycal clinic about its confabulations around the human body and health. Having the portrait of the body being marked by the limitations of physical materiality, one finds, in the experiences of transvestites, transexual women and trans men, other possibilities of understending the body. Therefore, this research is guided by the question: What has been the experience of transvestites, transexual women and trans men, regarding their corporalities, and what care experiences does this population requires? Thus, this work aims to understand how it would be possible to think in a clinical and political action from the encounter with narratives of transvestites, transexual women and trans men. For this, starts from the experiences of three transexual/transvestite people about their corporalities, witnessed through the resource of historybiograph. Understands, from a existencial phenomenologycal reading, that through the encounter with the body, other possibilities arise, regarding the experiences of gender identities, sexuality and sexual orientations. This work proposes do consider that it is in the body that the politization of existence process takes place, since it is from the body that concrete and psychologycal phenomena begin and have their endings, demarcating the place of diversity and multiplicity of the trans / transvestite body. The referral of such questions reveals the paths of exclusion, or rather, precarious inclusion, announcing and denouncing violent practices in health and education. The (in) visibility of these bodies (dis) appears in the institutions, in particular in health care ones, which come to understand them through a physical changing via technological resources (such as the use of hormones and surgeries redesignadoras). Thus, the thesis discusses the social transition of trans/ transvestite bodies as marked by the transformative power communicability, dodging a medical-scientific tutelage. This way, this work questions the place of psychology in face of dissident existences, approaching the construction of a clinical action that is made together with politics. Such provocation incites questions in the field of psychological clinic, refuting a \"production\" of a psychological subject or a subject of psychology. Such provocation incites questions in the field of psychological clinic, refuting a \"production\" of a psychological subject or a subject of psychology. In this sense, one realizes the more psychology oriented by the approach to medicine, the more it loses its political function directed to human care. It therefore considers that the cries of transexual and transvestite corporalities sinalizes that the model of psychology, as a science, is flawed for its conjuctures and comprehensions about the experiences of different bodies, revealing the breakdown between power and violence in their practice
    corecore